Anjo de Vidro escrita por DiraSantos


Capítulo 23
Capítulo Vinte e Dois: Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora, fiquei dois dias sem PC. Mas já vou deixar pronto para o próximo.
Espero que gostem.
Beijos



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Capítulo Vinte e Dois: Descoberta

Vi seus olhos se focarem em meu rosto, seu corpo parar no tempo, ele ficou ali.

—O que? —Abaixei os olhos, colocando um cacho e colocando atrás da minha orelha.

—Eu... Eu beijei Sebastian noite passada. —Senti o peso daquelas palavras, e para ele parecia pior, seus ombros endureceram, o silencio se instalou outra vez, eu não podia esperara que ele dissesse algo, não tinha o direito de esperar coisa alguma depois do que eu tinha feito.

Mas, mesmo assim... Eu esperava algo.

Justin deu um passo na minha direção.

—Quem se aproximou primeiro? Ele ou...—ele pigarreou— Você? —O que isso importava? Não mudava o que tinha feito... Mudava?

Forcei minha mente a lembrar, apesar de ser um pouco difícil.

—Ele veio a mim.

—Você reagiu como? —Perguntou dando mais um passo, mas o que essas perguntas tinham haver com o que tinha acontecido? Confusa, perguntei:

— O que quer dizer? — Ele se aproximou, e puxou meu rosto, me beijando. Senti meus ombros relaxarem, apesar de que nossos lábios não ficaram mais do que 5 minutos juntos, senti minhas pernas bambearem, ele puxou um lufada de ar, tentando se separar.

—Foi assim? —Perguntou com os olhos fechados e a mão ainda segurando meu rosto. Não, não tinha sido assim, o beijo de Sebastian, era mais rude, suas mãos tinham me apertado demais. Justin me tratava diferente, como se fosse feita de cristal, de algo muito frágil.

—Não,—comecei— não foi assim.

—Melhor ou pior? —Dei um sorriso e levantei um pouco os olhos, sua respiração parou.

Não respondi.

—Saray, comigo, foi melhor ou pior?

—Melhor, Justin, melhor. —Falei, sentido meu rosto corar, ele prendeu um sorriso, e largou meu rosto, virando o rosto.

—Você o beijou?

—Eu reagi a ele, Justin. —Admiti, ele suspirou, inquieto.

—E por veio aqui? —Dei um passo para trás, mordi meu lábio inferior com muita força.

—Não ia esconder isso de você.

—Então resolveu vir aqui e ver minha cara de idiota? —As lagrimas começaram a cair mais rápido, meu coração tinha sido arrancado, com os olhos abaixados, recuei outra vez, fugindo de sua hostilidade, eu não podia esperar menos.

—Tudo bem. — Ainda um pouco tonta, peguei o terço que estava no meu pulso, comecei a sentir meu corpo perder a substancia, quando a mão de Justin prendeu meu braço, me prendendo no lugar.

—Onde pensa que vai? —Perguntou, serio e visivelmente irritado. Confusa e feliz por ele me querer perto, ainda não conseguia olhar para seu rosto.

—Pensei que em queria longe. —Murmurei, olhando para baixo, me agarrando ao terço. Ouvi um gemido.

“Bem que eu queria pensar assim”

—Não, Say. O que aconteceu não significa isso, foi só... Um pequeno, obstáculo no caminho. —ele subiu meu rosto, soltou seu sorriso, senti algo quente correr em minhas veias com isso. — Não vou desistir de você, nunca.

Com um sorriso em nossos lábios, ele os selou, apertando meu rosto, feliz, enrolei meus braços sem eu pescoço, aproveitando ao máximo o calor agradável que seu corpo. O beijo durou mais do que eu pensava, ele me pressionou contra a parede de tijolos acinzentados, suas mãos apertando minha cintura,  meus braços o puxando demais; eu não me sentia capaz de para aquilo, meu corpo reagia a ele, me impedindo de me controlar. E, por mais errado que fosse, eu gostava, gostava da pressão e da maciez das suas mãos apertando minha cintura, de seus lábios contra os meus, de sua língua dançando perfeitamente com a minha.

Era difícil dizer onde meu ser começava e o dele terminava

Mas, de modo estranhamente ajuizado, Justin se empurrou para trás, sem sair de muito perto, só o suficiente para ter certeza que não ia voltar a me tomar nos braços. Com o rosto corado e um sorriso malicioso nos lábios, falou:

—Tá ficando difícil parar, você não pode ajudar? — Corei e abaixei os olhos.

—Como eu o faria? —Perguntei, olhando para baixo e me apoiando na parede. Justin riu e se aproximou outra vez, puxando meu rosto para cima e examinando-o.

—Quem sabe deixando sua boca menos vermelha, cheia e... Droga, ficando menos brilhante e.... —ele estava perto outra vez, os lábios entreabertos em sua pausa— bem menos doce.

Ele me beijou com mais urgência, apertou meus ombros contra a parede, o ar fora arrancado de mim, seu corpo estava pressionado contra o meu, algo crescia dentro de mim, a cada toque de Justin, alguma cosia se alastrava por minhas veias, músculos e ossos, era forte e impulsivo e extremamente luxurioso.

Justin se afastou, passando o rosto no ombro.

—Perdão. Não vou mais...

—Só me prometa que é minha. —Aquelas palavras me fizeram mergulhar em um turbilhão de emoções, dei um sorriso e, naquele momento, percebi a verdade. Era por aquele motivo que eu, simplesmente, não sabia como reagir a ele, eu sempre estava inclinada a ceder seus caprichos, por mais mundanos que fossem.

—Sou sua. —Aquelas palavras arderam em minha garganta, parecendo aliviar um frio a muito preso na mesma. Justin analisou meu rosto e gemeu, me tomando nos lábios por um tempo.

Em meio ao beijo, falou:

—Ah cara, não dá. —Me apertou mais contra seu corpo, mesmos em ar, ele se recusava a me largar. Sorri e mexi meus ombros, tentado me saltar.

—Ao que se refere? —Eu sabia que estava falando formal demais, mas essa era minha natureza, a língua humana era pobre demais, uma palavra podia significar tanta coisa...

—Ao fato de que eu não consigo ficar perto de você sem te beijar.

Quando voltei para casa, Justin me fez prometer que iria vê-lo a noite, disse que tínhamos passado pouco tempo juntos, e, mesmo sem dizer, eu sabia que ele nunca chegara a confiar em Sebastian e não era agora que ele ia começar. Mas eu sabia que Sebastian ia em entender, por mais complicado que aquilo estava sendo, eu sabia que el ia entender, ia fazer a cosia certa. Mas, o fato que me preocupava era,

Ele ia fica bem?

Fui traz dele, não estava em casa nem na Oficina, só quando olhei para o mar, vi seu perfil moreno em uma onda, equilibrado na prancha, saia de um tubo cristalino, eu conseguia sentir seu sorriso, uma ligação tinha sido estabelecida entre ele eu, seita que el relaxava em contato com o mar. Me sentei a areia, os joelhos perto do peito, olhando como Sebastian era habilidoso naquilo.

Seu corpo e a prancha eram uma coisa só, se moviam com leveza e delicadeza. As garotas na praia o observavam com curiosidade e desejo, um certo alvoroço tinha se estabelecido em um grupo sentadas perto de um pequena barraca de cocos, quando me percebeu, el saiu da água, vindo em minha direção, balançando os cabelos negros.

—Então, como foi? —Perguntou, desistindo de afastar os fios negros molhados de seu rosto.

—Ele... Aceitou bem. —Sebastian deu uma risada leve, olhou para o lado por um segundo e logo enterrou a única prancha preta com os detalhes em branco e uma pequena linha vermelha nas bordas.

—Nenhum cara aceita ser traído numa boa, Say. —ele se sentou do meu lado, apoiando os antebraços nos joelhos. Dei de ombros. —Ele fez alguma coisa.

—Algumas perguntas e depois... Bom, depois ele me beijou. —Respondi.

Sebastian deu um sorriso sarcástico.

—Desculpe, Sebastian. Eu... —Ele se virou para mim, as sobrancelhas erguidas e com um sorriso mais doce nos lábios.

—Relaxe. Sei que você o ama, e ele parece que faz o mesmo; quanto o que aconteceu ontem a noite...

Abaixei os olhos.

—Não posso dizer que não gostei, mas, também sei que não foi certo. As coisa aqui são difíceis para você aqui, e não vou dificultar nada, vou continuar do seu lado. —colocou a mão sobre o coração. — Me considere um irmão mais velho irresponsável.

Ri e encostei minha cabeça em seu ombro quente, Sebastian passou o braço em meu ombro.

—Já considerava você meu irmão Sebastian. —Admiti.

—Ótimo, se você é minha irmã e a Poltergeist também é... Já tenho um motivo maior para implicar com ela. —Ri mais.

—Você não vais e cansar até ela acabar arrancando-lhe as asas. —Ele suspirou, esticou as pernas e suspirou.

—Sinceramente?... Não mesmo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Tá bom?
Bjs