Anjo de Vidro escrita por DiraSantos


Capítulo 19
Capítulo Dezoito: Estratégia


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas aqui está. Prometo que amanhã já vai ter outro pronto.
E também queria dizer que talvez os capitulo fiquem mais complexos.
Dica: A Batalha está chegando.



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Capítulo Dezoito: Estratégia

O ferimento se curou instantaneamente, a menina, ainda com lagrimas nos olhos, passou as pontas dos dedos redondos e curtos onde tinha uma pequena cicatriz fina.

—Uau! O que você fez?! —Perguntou ela, encarando os olhos acinzentados de David.

—Uma pequena, mágica. —Disse dando um sorriso largo e branco, a menininha sorriu e saiu correndo, de volta a mãe.

—O que faz aqui David? —Indaguei já um pouco preocupada. Ele me ajudou a levantar, e deu um sorriso.

—Ora, como se não soubesse. —disse apontando para o horizonte. — Achamos a Fresta No Tempo.

Meu estomago se revirou. A Fresta No Tempo era um espaço entre uma dimensão e outra, onde, pelo que eu sabia só tinham usado uma única vez na historia para abrigar uma luta, e se eles acharam mais uma vez... Significava que mais uma batalha estava próxima, não era a toa que David tinha descido. Estavam convocando os Lideres De Tropa.

David era um velho companheiro de batalha, íamos sempre à Frente de Batalha, ele era o tipo que via tudo sem eu lado bem, ela sempre sorria. E como Um Chefe de Tropa da Infantaria principal, tinha uma ligação maior com Miguel, Uriel— chamado para destruir Gomorra.

—Quando? —David deu de ombros e me olhou, com um sorriso.

— Há dois dias.

—Já estão convocando? —Perguntei, olhando fixamente para as pequenas listras violetas em seus olhos.

—Não, vão demorar um pouco, os ataques pequenos de Lúcifer não cessam Rafael não suporta a idéia de recuar, apesar de estar um pouco mais calmo que antes.

—Miguel. —Adivinhei, ele deu um sorriso e assentiu a cabeça.

—Ele entendeu o que se passava no Tonel, então já está com a estratégia toda. Não vejo a hora disso começar. —Falou animado, olhei para ele.

—Você parece Noemi, sem certos mementos. —Falei, fitando para duas ondas que se formavam.

—Ele está bem concentrado lá em cima, quer ajudar.

—Não deixe ele se meter em nossas fileiras. —Pedi, sem olhara para ele.

—Gabriel está cuidando disso. Bom, pelo que sei, Micaela está ai, e eu estou morrendo de fome. —Disse procurando por ela, dei um sorriso e apontei.

—Ali, tenho que conversar com Sebastian sobre isso.

—Sebastian? Seu Híbrido? —Revirei os olhos.

—Não meu, ele está sobre minha custodia. Vá. —David começou a subir a pequena duna de areia, com as mãos na bermuda leve, a camiseta branca grudada em seus músculos. Virei meu rosto e encarei Sebastian, que devolveu meu olhar com curiosidade, largou o copo com algum tipo de liquido e deu uma leve corrida até mim, ofegando um pouco.

—O que houve? —perguntou com as mãos na cintura, respirei fundo, olhando para as costas de David que se curvava par abraçar Micaela. —Quem é o Bombado?

—David, um dos Lideres de Tropa. —Sebastian arregalou os olhos avermelhados para mim.

—Espera, Tropas? Então...

—Mais uma batalha está por vim, e acredito que vou ser convocada, e se acontecer...

—Não vai. Quer dizer, você acabou de voltar da morte e já querem te jogar outra vez na frente de batalha? —Disse com os músculos dos braços se enrijecendo, respirei fundo, e olhei as marcas nos meus pulsos.

—O que aconteceu não tem a haver com o que está acontecendo. —Ele agarrou um dos meus pulsos.

—Pode não ter, mas aconteceu. Não podem dar umas férias? —Perguntou apertando a linha dos meus pulsos finos, respirei fundo e tirei sua mão, olhando para baixo.

—Não tem haver com você. Só quero que fique em cima de Justin caso eu seja convocada, só isso. —Disse olhando para ele, Sebastian não parecia estar satisfeito com isso, me olhou nos olhos, procurando alguma coisa em meu olhar, um pouco incomodada, desviei o olhar.

—Não sou a favor disso.

—Sei que não.

—Mas, acho que não tenho escolha. — Virei o rosto para casa, achando aquilo dramático demais, comecei a andar em direção a casa, ele veio atrás de mim. Assim que entramos, vimos David, engolindo o resto da salada de tomate direto da travessa.

—Ora! Então esse é o Híbrido.— ele estendeu a mão para Sebastian que a apertou com cautela. —Nunca pensei que um de vocês poderia durar tanto.

—Também não sabe quanto eles podem ser irritantes. —Falou Micaela, pegando a travessa da mesa.

—É, vejo que vocês não se dão muito bem, certo...

—Sebastian. Ela não admite, mas adora ficar perto de mim. —Falou sem rir, e depois cruzou os braços no peito.

—Vai sonhando. —Respondeu Micaela, revirei os olhos e David abriu um sorriso.

—Certo. As coisas estão começando a se ajeitar lá em cima, o local da batalha já está certo, a convocação ainda vai demorar um pouco, estão reconhecendo o território.

—E como isso vai mexer na gente? —Perguntou Sebastian, atrás de mim.

—Ainda não tem a haver com vocês, ainda, mas me mandaram ir por causa de Saray. —Falou apontando para mim, Sebastian me fitou de cenho franzido depois encarou o anjo na cadeira. Micaela colocou um copo de suco perto dele, David sorriu.

—Obrigada. — olhou para mim.— Bom, ela é uma das Lideres das Tropas, vamos precisar dela. Miguel tem planos pra minha, sua e a tropa de Uriel, é uma coisa bem planejada.

—Como o que? —Perguntou Micaela, enxugando um copo, recostada na pia de alumínio.

—A batalha vai ficar em um campo oval, e subterrâneo e como conseguimos a vantagem de chegar lá primeiro então estamos tentando fazer um ataque Triangulo, o principal ataque vai ser pelos lados para exprimi-los como uma ampulheta, vão ficar separados em meio as nossas tropas, se...

—Dividindo em dois, acabando com uma primeira parte e com a outra sem muitos danos. —falei, com as mãos nos queixo, analisando toda a tática, vendo que quase não tinha erros, se existiam falhas, mas eram mais imperceptível,a Infantaria Alada seria incorporada a todas as tropas. — Números.

David girou o pulso em um movimento alheio a tudo.

—Estamos mais concentrados, estão sem muito que fazer. Sabe como são, não tem estratégia vão para cima com unhas garras e dentes; mas respondendo a sua pergunta, não mais do que o de costume, pelo que os Profetas conseguiram ver.

—Mas e os ataques freqüentes? —Perguntou Micaela, se sentando sem desgrudar os olhos de David, Sebastian observava minha posição, eu estava pensativa. Era de minha natureza, buscava erros, coisas com que me preocupar —mas como sempre, Miguel se mostrava infalível não se permitia errar.

—50 Transfiguradores, 15 Mestiços e 5 Camicases? Não riscam nossas defesas.

Camicase, demônios completos e também suicidas, destruíam sua matéria para causar danos graves a nós. Eram perigosos mas fáceis de se destruir eram pegos pela alma. Respirei fundo e tentei achar lógica. Por que eles mandariam os Camicases?

—Camicases. Vão sempre? —Perguntei, olhando para o pequeno vazo de flor amarelada na janela na frente da pia prateada.

—E o que isso tem a haver? —Perguntou Sebastian tentando achar meu olhar; Micaela revirou os olhos, me virei para seu corpo sem encará-lo

—Camicases causam danos maiores, mas se destroem e demoram décadas para se recompor o suficiente para voltar a ser úteis em uma batalha. São como Incorpóreos que não possuem, são só... Fumaça. —Falei, fazendo gestos com a mão, ainda sim não fazia sentido...

—Sim, estão indo, em todos os pequenos ataques. — respondeu David os olhos brilharam, percebendo que eu estava mais envolvida que o normal, minha sagacidade estava voltada para isso. — Em que está pensando, Saray?

Dei alguns passos para frente.

—Por que eles sacrificariam os Camicases em ataques inúteis? Não tem propósito nem mesmo sentido mesmo para eles, não são tão burros assim, alguns deles já foram anjos, apesar de não ser um passado do qual nos gostemos de lembrar.

—Pensamos nisso, mas não. Eles estão fazendo algo tão imprudente que chega a ser quase humano. Sem querer ofender... —Falou, olhando de esguia para Sebastian.

—Tudo bem. —Disse, aparecendo mais preocupado comigo, passando seus olhos em mim, procurando alguma coisa, ou sinal de alguma coisa.

—Não faz sentido, Lúcifer não é tão estúpido para gastar uma de suas maiores artilharias com ataques inúteis. A não ser...

—A não ser...? — Perguntou Micaela, se inclinando para mim.

—A não ser...? —Também indagou David.

—Eles não podem ser tão burros assim... — Olhamos para Sebastian, ele tinha notado alguma coisa.

—O que Sebastian? —Perguntei, me virando completamente para ele, o mestiço me deu um sorriso e falou,sem perder o humor.

—Lúcifer já foi um anjo certo? O Favorito, então ele sabe como as coisas funcionam, então ele deve ter alguma coisa em mente. —Ele falou, colocando as mãos no bolso da bermuda, os desenhos tribais em vermelho, me fizeram em lembrara de algo.

—Mas O Quarto Arcanjo não está atrás de todos os ataques. —disse Micaela— Ele se exporia demais, e como disse, não é idiota o suficiente. —Completou pensando mais.

—Mas nada impede de ser outra... Coisa, qualquer outro demônio... —Comentou David, olhando para o Além.

—Outro? Não creio que Lúcifer daria seu lugar  outro. Seu Orgulho é grande demais —Discordou Micaela.

—Mas... E Lilith?


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Notas finais do capítulo

Tá bom?
Gostaram?
Bjs