Anjo de Vidro escrita por DiraSantos


Capítulo 18
Capítulo Dezessete: Transformando


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo!
Minhas queridas leitoras, é a partir desse capitulo que a historia começa entrar no climax e eu queria agradecer por terem me aguentado tanto tempo.
Muito obrigada, espero que gostem.



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Capítulo Dezessete: Transformando

Justin deu alguns passos para traz, vendo toda a extensão da cicatriz em meu peito, horrorizado com o tamanho dela.

—Say... —Sussurrou, tentando chegar perto. Fechei a blusa e olhei para baixo.

—É você realmente não idéia do que ela faz por você. —Falou Sebastian colocando um dos braços ao redor do meu ombro, de um modo agradável  carinhoso, me protegendo.

—Eu não... Não sabia.

—É, isso já deu para notar. —Justin ignorou Sebastian e se aproximou de mim.

—Perdão, eu não...

—Pare de se desculpar Justin. —respirei fundo— Ryan está procurando por você, vá. Temos que ir.

—Espera!

—Não.

Sebastian e eu alçamos voou. Uma tempestade começou a se formar.

Assim que chegamos em casa, tudo estava cinza e ensopado, assim como nós, entramos em casa, e sabíamos que Micaela ficaria irritada por termos molhado tudo, mas... Eu não estava em condições de me preocupar com o piso molhado, Justin tinha conseguido algo muito difícil e... perigoso.

Ele tinha magoado profundamente um anjo.

Isso explicava a chuva forte lá fora, o vendo frio e forte batendo nas janelas, o mar revolto.. Eu tinha medo da depressão, era perigoso para algo como eu, minha alma estava ligada a Terra, como anjo, eu tinha uma ligação com o que acontecia a uma criação do Senhor.

 Subi para o meu quarto, em sentando molhada mesmo na cama, não conseguia olhara para cima, me sentia mal, não era uma dor física, longe disso, era algo de dentro, algo forte, gelado, vazio e duro, me vi fungando olhando para a sombra de minhas asas, puxei os joelhos para o peito, apertando contra ele, tentando me aquecer.

Senti uma toalha grande me cobrindo os ombros, Sebastian se jogou do meu lado, olhando par baixo como eu.

—Não devia ficar assim.

—Devia ficar como, Sebastian? —Perguntei, minha voz fraca e sussurrada.

—Com a cabeça erguida, ele deu um de egoísta, todo humano faz isso, mas confesso que ele exagerou.

—Isso era para me ajudar? —Ele suspirou, fazendo algo que  não esperava, passou os braços pelos meus ombros, me apertando contra o peito febril, deixei algumas lagrimas caírem.

—Posso não entender muito do Céu, mas tenho certeza que não é bom ver um anjo chorando. Qual é, você é mais forte que isso! —Me afastei para olhá-lo, impressionada no que ele tinha se tornado, algo em seu olhar avermelhado me fez sorrir.

—Nunca pensei que veria um Híbrido virar um anjo. —Sorri, ele ficou um pouco confuso.

—O que quer dizer?

—Abra suas asas. —Ainda meio atordoado, ele as abriu, e como eu tinha pensado, no começo sua asa maligna, plumas vermelhas estavam crescendo, longas e com a aparência solida, diferente da outra. As plumas tinham uma cor bonita, um vermelho acastanhado, apesar de longas só estavam no começa delas, ainda não tinha se transformado totalmente, ainda iria demorar bastante.

—Quem diria? Eu, um anjo. —Falou, passando o braço envolta do peito, tocando com as pontas dos dedos as plumas.

—Quem foi que... Ele tá se transformando?! —Gritou Micaela na porta, dei um sorriso.

—É  isso ai, poltergeist. Logo vai me ter como companheiro. —Desdenhou, Sebastian se levantando.

—Ah, vai tudo pelos ares! — Falou saindo do  quarto com as mãos no rosto, aquilo me arrancou uma risada fraca,, Sebastian sorriu e estendeu a mão para mim.

—Está afim de surfar? —Perguntou, olhei para ele.

—Você sabe Surfar? —Perguntei.

—Hey, nasci em Los Angeles, claro que sei. — Dei mais um sorriso.

—Acho que sim.

Eu me desliguei de tudo que tinha a haver com... Justin o resto do dia, vesti uma roupa confortável e fiuqie com Micaela e Sebastian, jogando um jogo de tabuleiro “Banco Imobiliário”, o jogo em si era sobre ganância, mas era divertido ver os olhos doas dois, disputando cada pequeno quadradinho do tabuleiro, Sebastian era bom, mas Micaela era mais esperta, usava seu dom e sempre sabia onde jogar e o que comprar. Certa hora, Sebastian se revoltou.

—Está vendo o futuro, é trapaça.

—Não, o que faço é impulsivo, já faz parte de mim, querido futuro companheiro. —Falou assoprando os dados e os jogando no pedaço de papelão.

—Grande diferença, e não me chame de querido, é bizarro. —Falou pegando os dados.

—Então pare de me chamar de poltergeist. —Disse ela.

—Ah, então esquece, é o meu passa-tempo favorito. — Disse rindo, me arrancando risos e uma tapa na nuca de Micaela. Eu tinha me divertido sendo “banqueria”, mas estava ansiosa para o que ele estava pensando par a amanhã, eu já tinha visto algumas pessoas surfarem, e era... bom de se ver, eles interagiam com  natureza sem desequilibrar o meio ambiente.

Logo de manhã, 6 da manhã para se exata, senti as mãos de Sebastian me balançarem, com cuidado.

—Say, acorde, vamos! — Me sentei na cama e, percebi que, o dia estava mais quente, de uma forma boa, o ar estava salgado do mar e quente pela Luz pura do Sol, ainda sonolenta, assenti com a cabeça.

—Tudo bem.

Tomei um banho frio, vesti algo mais leve, como u short curto e uma blusa branca de mangas. Me sentindo uma criança, só peguei uma maçã e corri para uma pequena oficina perto da areia, o pequeno cômodo erguia-se em um azul-turquesa e o desenho bem detalhado de ondas se quebrando, por todas extensão da madeira, andei até lá, sentindo os grãos minúsculos e brancos nos meus pés.

—Sebastian? —Entrei pelas portas duplas, dando uma mordida na maçã.

Tinha dois garotos ali dentro, um deles não em notou, o outro, os olhos um azul muito bonito me analisaram e eu não pude deixar de fazer o mesmo, ele era alto, e não tão musculoso.

—Opa! Temos vistas. —Falou, uma lixa voou e bateu em sua testa.

—É, pode tirar os teus olinhos gulosos dela, Owen. — Disse Sebastian aparecendo de traz de uma bancada.

—É a tua garota? —Perguntou o outro garoto, tinha os cabelos castanhos escuros, franzi o cenho e encarei Sebastian e apoiou os antebraços na bancada.

—Se ela quiser...

—Não sonhe tão alto. — falou Micaela aparecendo ali, jogou um pote com um liquido viscoso amarelado. —A resina.

—Serio, Sebastian, onde arranja essas garotas? —Perguntou Owen, Sebastian riu e me olhou de cima a baixo.

—Anjos caem sobre mim. — Cerrei os dentes, Micaela pegou a maçã da minha mão e a jogou, pegando exatamente em seu ombro.

—Vou ter que te ensinara fica calado? — Indagou Micaela irritada, Owen se jogou na frente dela.

—Pode começar por mim. —Fechou os olhos e tentou e aproximar de Micaela,que , maldosamente, pegou uma lixa gasta e enfiou na boca do garoto.

—Mark, dá pra colocar a coleira nele? —perguntou Sebastian, pegando o começo de uma Prancha, dei um sorriso e andei até ele, olhando o Poliuretano já tomando forma de prancha, sorri e me coloquei ao seu lado. —Ela é sua, então só fiz cortar, vou estar aqui só pra assistência.

—Tudo bem, me diga o que fazer. —Disse, deixando o entusiasmo infantil me inundar complemente, dei um sorriso .

—Certo, assim que os dois idiotas saírem. — Os dois logo pegaram duas pranchas e foram em direção ao mar.

—Tem amigos humanos. —Ele deu de ombros e pegou a plaina elétrica e duas mascaras.

—Eles são garotos legais, devia tentar. —-disse passou o braço ao meu redor e colocou minha mão da maneira certa da plaina— É só ter mão firme, ela vai deslizar sozinha, você só tem que conduzir, quando chegar no bico ad prancha, tem que gastar mais o Poliuretano. Tudo bem?

Assenti, ele sorriu e conduziu no começo, aos pouco me largou, se sentando no balcão cheio de potes e ferramentas, pegou uma lixa gasta e começou a alisar a barriga da prancha, em movimentos circulares. Continuei meu trabalho, era um pouco monótono mas ver a prancha tomando forma embaixo das minhas mãos era gratificante, como não cansava, eu não tive problemas de ficar amanhã toda ali, Sebastian tinha um grupo amplo de amigos humanos, garotos, garotas, senhores e até mesmo um menino de cerca de 6 anos.

Sebastian, por menos humano que fosse geneticamente, tinha muito carisma com os mortais, apesar de um pouco sarcástico e um pouco grosseiros as vezes, as pessoas gostavam de ficar perto deles, algumas garotas, reconheci pelo olhar se interessavam um pouco mais do que só em amizade, uma garota loira chegou lá junto com duas amigas por volta das 11 da manhã.

—Sebastian,queria saber se podia me dar umas aulas de surfe. —Perguntou, ele que etsva pendurado em uma escada procurando uma resina especial, pulou no chão e balançou o cabeço, fazendo o coração da moça quase sair pela bova.

Com um sorriso amigável falou:

—Não vai dar, estou com outra aprendiz. —Falou apontando o polegar para mim.

—Ah, quem é a sua amiga? —Perguntou enciumada, ele me chamou  com a mão, tirei a mascara de proteção e parei na frente dele, a menina me olhou por inteiro e se sentiu menor, não queria isso.

—Vai Sebastian, eu me viro aqui. —Disse olhando de relance para garota,que me deu um sorriso.

—Tudo bem então. Depois que terminar o bico da prancha, faz o lado a rebeta, tem gastar, mas não muito se não vai ficar desigual, vai ter que rebaixar a longarina com plaina manual.

—Certo.

Não conseguir ficar muito tempo, trabalhando na minha prancha, por que Micaela me levou para casa, ela fez uma salda de tomate perfeita, acabei repetindo 3 vezes, depois, cheia e querendo dar um tempo para descansar, me sentei e na areia, olhando para o mar.

De longe, vi Sebastian e a garota loira, feliz por passar um tempo com ele. Satisfeita por ter feito alguém feliz, olhei para o céu azul, claro com apenas algumas nuvens, brancas e fofas, flutuando.

—Ai! —Me levantei num pulo e vi uma menininha, jogada no chão segurando o joelho ferido, mesmo com o cheiro de sangue, corri até ela.

—Hey, calma, vai ficar tudo bem. —Falei, passando a mão no cabelo liso e castanho claro da menina.

—Não, eu cortei meu joelho! —Gritou, acariciei seu cabelo.

Uma das mãos douradas e másculas pousaram no ombro da menina, sussurrando em sua voz de ondas se quebrando para menina se acalmar, sua outra mão, pousou exatamente no meio entre minhas asas. Eu devia ter imagina.

Logo ele chegaria.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Tudo bem?
Bjs



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