Um Dia de Adolescente escrita por Shin-san
Notas iniciais do capítulo
Um pouco acerca da história de uma dos personagens, Kate e a solidão que sente mas tenta esconder.
Lake Restaurant. O único restaurante das redondezas. Lá dentro John e os amigos acabavam de jantar. Kate limpou a boca e disse:
- Estava óptimo.
- Sim – concordou Charlie.
- Pois – disse John não tão entusiasmado. – Mas lá se vão as receitas desta noite.
- Deixa lá – disse Charlie. – A partir de amanhã facturamos todas as noites.
- Pois é – disse Kate aflita. – Amanhã é o último dia de aulas.
- E então? Qual é o motivo para tanta aflição – perguntou John admirado.
- E então? E então – repetiu Kate à beira do desespero.
- Sim, e então – perguntou Charlie.
- E então que amanhã é para estar na escola à hora habitual. Já devíamos estar na cama – disse Kate desesperada.
- Vêr09;se logo que não andas connosco à noite – disse John.
- Pois – concordou Charlie. – Isto ainda é muito cedo para nós.
- Pois. Mas eu não sou como vocês – disse Kate indignada. – Eu sou uma aluna pontual. Agora já sei porque é que vocês chegam quase sempre atrasados à primeira aula da manhã.
- Kate – começou Charlie, – não é por causa de um atraso que vais manchar o teu currículo. És uma aluna brilhante. Eles não vão dar cabo de ti por causa disso. Olha para mim e para o John. Se te dessem cabo do currículo por causa disso então eu e ele já devíamos ter sido enterrados vivos.
- Pois. Relaxa – disse John.
- Para além disso podes sempre dar uma desculpa foleira – disse Charlie.
- Pois. Podes sempre dizer que estiveste a estudar o Kamasutra com o teu macho até altas horas da madrugada – disse John.
Charlie bateu nas costas de John e começour09;se a rir. John também desatou a rir. Kate, pelo contrário, não achou piada. Aliás, até ficou magoada.
- Ah, ah – disse Kate secamente. – Estúpidos – disse enquanto se levantava e se ia embora.
John e Charlie pararam de rir.
- Kate! Kate – chamou John que depois se virou para Charlie. – Achas que ela ficou zangada?
- Não sei – disse Charlie. – Temos de esperar até amanhã para ver.
- Pois – concordou John. – Anda. Vamos embora – terminou John desanimadamente.
- Sim. Vamos – disse Charlie desanimado.
A vida de Kate não estava fácil. Problemas familiares, problemas com os amigos e azar no amor. O que mais poderia alguém querer?
- Kate? És tu?
Eis a resposta. Com certeza um raspanete por algo que ela não fez.
- Sim sou eu mãe.
- Ainda bem que chegaste querida! Preciso de falar contigo.
As incríveis semelhanças existentes entre Kate e a sua mãe, Grace Winter, eram a prova do seu grau de parentesco. Até se podia confundir mãe e filha com irmã mais nova e irmã mais velha. No entanto, Kate reparou em duas coisas estranhas na mãe. Estava feliz e chamour09;lhe…
- Querida? Céus, mãe. Estás tão… contente. O que se passa?
- Bem querida, sabes… talvez tu não fiques feliz com a notícia mas eu fiquei porque finalmente os problemas cá de casa vão acabar.
- Não me digas… mataster09;o como?
- Como?
- Como é que mataste o pai?
- Ora Kate. Não é nada disso.
- Então?
- Eu e o teu pai… Bem. Nós vamos divorciarr09;nos.
- A sério? Já não era sem tempo!
- Como? Quer dizer que não ficaste triste?
- Triste? Porquê? Vocês dãor09;se tão mal que mais vale divorciaremr09;se. É melhor para os dois.
-Ainda bem que aceitaste tão bem. Agora temos de decidir com quem vais ficar.
- O quê?
- Ora Kate… Eu e o teu pai vamor09;nos divorciar. Não vais poder contar connosco na mesma casa.
- Mas… eu...
Apesar de não gostar lá muito dos seus pais, Kate não consegue imaginar a vida sem um deles. Kate estava desesperada.
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