Innocence escrita por Anna, Thalia_Chase, bibi_di_angelo


Capítulo 10
Capítulo 10 - Indecisão


Notas iniciais do capítulo

É α Annα (:



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POV Annabeth

   Mesmo que eu esteja chocada e triste com o fato da Silena ir embora daqui a duas semanas, eu reparei que a Rachel também não gosta de mim. Mesmo que eu goste de pessoas sentimentais, que se importam, eu não gostei nada quando ela veio e perguntou se estava tudo bem.

- Estamos... É que... – Silena começou, mas calei a mesma com o olhar.

- Estamos bem. – Falei. Não quero ninguém se metendo nos nossos assuntos. O ódio ferveu em seus olhos verdes. Me lembram Percy. Não recuei. – Só quero dizer que, estamos tristes, mas bem. – Rachel pareceu hesitar, mas acabou cedendo. Não agüentei. – Silena vai embora.

- Como assim vai embora? – Ela perguntou, parecia se importar de verdade.

- Vai se mudar. – Thalia interveio, sua voz ainda estava chorosa.

- Para aonde? – Silena suspirou e disse:

- Califórnia. – Posso sentir as lágrimas teimosas teimando em cair. Olho o mar e Nico parece mais sombrio que sempre, mesmo com um belo dia como esse... Percy me encara e desvio o olhar. Sinto seu olhar sobre mim. Mais lágrimas caem. Rachel, Silena e Thalia estão conversando. Mas... Simplesmente, não consigo prestar atenção. Silena é minha amiga desde os 3 anos.

- Annie? – Percy chega e me chama, preocupado com minhas lágrimas. Ouço Luke chamar Thalia, também preocupado com as lágrimas da mesma. Mas, ao invés de dizer que “está tudo bem”, ou “estou me sentindo mal”, me jogo nos braços de Percy e começo a chorar ainda mais. Ele me abraça, protetor, e eu ali, no lugar mais seguro do mundo. Me passa uma onda de formigamento e calor. Não sei o que está acontecendo em volta de nós. E nem quero saber, tudo que preciso agora é me sentir segura. Posso sentir os olhos de Rachel sobre nós. Porém, quem se importa? Eu não. Faço um sinal de “Depois te explico”. Me dá uma ideia.

- Eu vou embora. – Digo.

- E-Eu também. – Thalia diz em meio aos soluços. Sei que ela não está em condições de dirigir, pois está com os olhos cheios de lágrimas. E creio que está com a visão embaçada. Me afasto do meu namorado e pego a chave do carro de Thalia. Passo o antebraço no rosto e visto a roupa. Quando me dou conta, Thalia já está vestida.

- Si, você pode ir com os meninos? – Pergunto. Ela confirma com a cabeça. – Eu preciso ir em casa. Thalia, vamos? – Ela me olha confusa, por um instante, e logo após assente. Puxo seu braço e atravesso a rua. Chegando no estacionamento, ela me pergunta:

- O que você vai fazer?

- Você vai ver. – Respondo entrando no carro. Engato a ré e vou em direção á minha casa.

- Fala sério. Até parece que você vai pedir pra sua mãe... – Thalia arregala os olhos.

- Eu vou deixar o carro em frente de casa, e você pode ir. OK? – Ela confirma. Estaciono o carro. Suspiro e saio do mesmo. Procuro no bolso do short a chave e enfio na fechadura e entro devagar. Ouço o barulho do carro de Thalia se afastando. Vejo minha mãe vendo TV. Pigarreio. Sem resultado. Pigarreio de novo. Ela vira a cabeça e fala:

- Ah, oi filha.

- Mãe, eu posso falar com você? – Pergunto. Ela confirma e aponta para o espaço vazio no seu lado. – Olha, você deve saber muito bem que a Silena vai se mudar. Provavelmente, já te contaram. Bom... Como você sabe, eu e ela somos amigas desde que tínhamos 3 anos. – Novamente, confirmação com a cabeça – E... Olha, não fique brava, OK?

- Claro. – Ela fecha os olhos e suspira, já sabendo minhas intenções.

- E eu quero muito, muito que ela continue aqui. Comigo. Conosco.

- Mas, onde ela pode ficar aqui? – Faço cara feia.

- Mãe... Essa casa tem 5 quartos. Um meu, outro da Taylor, o terceiro é seu e do meu pai. E o restante é quarto de hóspedes. Eu posso redecorar com ela. Por favor.

- Querida, eu sei que você gosta muito dela. E eu também. Se fosse por mim... – Interrompo ela.

- Se fosse por você, eu sei que você deixaria. Mas... Depende de quem?

- Da mãe dela, do seu pai e da Taylor. – Minha mãe responde como se fosse óbvio.

- Taylor? – Pergunto, surpresa.

- É... Se ela quer a companhia da Silena.

- Mãe, isso é bobagem. Taylor e Silena são grandes amigas.

- Então, está vetada da lista. – Ela diz, com um sorriso no rosto. – Mas, eu posso ligar para a mãe dela hoje e falar com seu pai quando ele chegar. – Fala quando vê minha cara de decepcionada. Logo percebo que estou ajoelhada e me levanto rapidamente.

- Eu... Vou tomar banho. – Subo as escadas correndo. Assim que chego no meu quarto, passo direto pelo quadro cheio de fotos minhas, da Silena e da Thalia de quando éramos menores. Me jogo na cama e só percebo que estou chorando quando vejo meu travesseiro com pingos. Deito na cama e fecho os olhos.

POV Silena

    Depois que as meninas foram embora, perdemos toda a animação e também fomos. Primeiro, deixamos a Rachel, depois, Luke, e logo após, Percy. Depois que todos foram, me virei para Nico e pedi:

- Pode me levar na casa da Annie?

- Onde fica? – Ele perguntou, mais sombrio que nunca. Dei o endereço da rua e número da casa dela. Nico estacionou em frente a casa de Annabeth. Suspirei e me virei para ele.

- Nico, me desculpe.

- Pelo que?

- Pelo fato de ter começado isso. Pelo fato de você ter que passar por isso, pelo fato de... Te machucar.

- Me machucar? – Ele pergunta, com as sobrancelhas arqueadas.

- Claro, olha só isso. Não trouxe nada além de dor. Espero que um dia você me perdoe – Começo a sair do carro, mas sou puxada por uma mão que me passa formigamentos.

- Como pode dizer isso? – Nico pergunta, com os olhos cheios de dor e angústia. – O que quer dizer com isso?

- Eu quero dizer que... – Aperto os lábios – Que se você acha melhor acabar... Por mim tudo bem.

- Espera, o que você quer dizer com isso? – Ele repete.

- Significa que se eu for mesmo me mudar, nada vai ser como antes. Talvez você até se canse de... Trocar nomes carinhosos pelo MSN, ou o telefone e procure uma experiência real com uma garota normal. Que more pelo menos, perto. – Não percebo que estou chorando até que ele se aproxima e passa os dedos pelas minhas lágrimas. Até que, me puxa para perto do seu peito.

- Nunca, repetindo, nunca mais fale isso na sua vida, OK? – Confirmo. – Nada vai me separar de você. Nada. Quero que pense nisso essa noite. – E me dá um beijo. Um beijo de verdade. Não um selinho. Me distancio para tomar ar.

- Claro. – Sussurro antes de sair do carro. Toco a campainha e espero alguém atender. Me viro e lhe mando um sorriso. Sei que está esperando eu entrar em segurança. Taylor abre a porta.

- Oi.

- Oi. A Annie está? – Ela confirma com a cabeça.

- Pode subir. Ah, minha mãe queria falar com a sua. Deve ser algo beem importante. Por que ela até pediu para o meu pai chegar um pouco mais cedo. – Faço que “Sim” com a cabeça e subo até o quarto de Annabeth. Bato na porta e não ouço resposta. Entro mesmo assim. Vejo o quadro que fizemos quando éramos pequenas; e Annie dormindo na cama de casal. Cutuco a mesma.

- Não. Eu não quero ir pra escola hoje. – Ela murmura se virando.

- Annie? É a Silena. E estamos de férias. Esqueceu? – Pergunto, rindo fraco. Ela se levanta rapidamente e bate os olhos em mim.

- Ah, oi. – Seus belos olhos cinzentos estão avermelhados.

- Não chore. Nós encontraremos um jeito. – Me sento na ponta da sua cama.

- Eu não estou chorando.

- Mas chorou. – Digo.

- É que... Eu estou... Mal. E acredite, quando eu entrei nesse quarto e vi aquele quadro bem ali, não me ajudou muito. - Ela suspira e levanta. Vai em direção ao quadro e fita uma foto de nós três, tiramos 2 meses atrás. Quando estávamos no avião em destino à Flórida: Thalia está com a língua de fora e fazendo sinal de paz com os dedos. Logo no meio, temos Annabeth, que está com um símbolo de celular, feito pelos seus dedos pintados de preto, perto da orelha e com biquinho. E eu, estou a direita, com a língua de fora e sinal de rock nos dedos. O quadro tem várias fotos, uma com nós três, também, e foi tirada uma semana antes de conhecermos os meninos, estamos todas fazendo sinal de silêncio. Uma do lado da outra. Eu, Annabeth e Thalia. Não respectivamente.

- Quando eu for embora, você vai tirar essas fotos daí, né? – Ela me olha como se eu estivesse louca e responde:

- Se você for embora. Acredite, Silena, você não vai. Thalia e eu não deixaremos. Você pode morar aqui comigo. Eu falei com a minha mãe. E... Provavelmente, ela vai deixar você ficar com o quarto de hóspedes. E, se você optar por ficar, poderá redecorar o quarto do jeito que você quiser. – Suspiro. Se e Provavelmente não ajudam muito.


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Notas finais do capítulo

Esperoo q tenham goostado (:



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