A ruiva andava de um lado para o outro, estava inconformada.

- Por que você o veria? – perguntou o moreno.

- Não sei. – disse o loiro nervoso. – Você acha que se eu soubesse, já teria falado? – disse o loiro.

- I can’t believe  - exclamou a ruiva. – Como eu não percebi, era tão obvio. – o loiro e o moreno a encararam.

- Do que você tá falando? – perguntou o moreno.

- M.M. de Askaban. – ela revirou os olhos. – Quem poderia ser M.M.?

- Meu avô não tem nada haver com M.M.! – exclamou o loiro – meu avô é Lucius Malfoy, o cara que eu vi é Lucius Malfoy, M.M. não é L.M. – riu indignado.

- Pensa loiro, esquece a cor do seu cabelo, e coloca a cabecinha para funcionar. – falou rindo. – Você acha que Lucius Malfoy, usaria L.M. para admitir logo para todo mundo? – ela bufou. – Ele sabia que outras pessoas poderiam pegar. – o loiro arregalou os olhos.

- O que acha que M.M. quer dizer? – perguntou serio.

- Simples. Malfoy Mor. Ou Maior Malfoy.  Em todo caso se referia a Lucius o tempo todo. – falou desdenhosa.

- Então, o que meu avô quer? – perguntou o loiro.

- Passar alguma informação. – ela respirou fundo. – Tudo se interliga. Ele sabe de alguma coisa, mas por que escolheria a gente para contar? Essa é minha principal indagação.

- É, ele poderia ter escolhido o Draco, que é mais velho e poderia muito facilmente resolver esse caso. – o loiro e a ruiva encararam Alvo.

- Tem toda razão, por que a gente? – perguntou com o loiro.

- Não, mas, olha a lógica. – ela respirou fundo. – Ele precisava contar alguma coisa, mas estava esperando o momento certo. Mas quando foi condenado ao beijo do dementador, percebeu que estava na hora, isso significa, que é algo importante, ele está se arriscando muito, não se pode de jeito algum mandar mensagens mentais dentro de askaban, é muito arriscado, precisa de muito controle de magia mental, e, além disso, ele conseguiu mandar para muito longe, é absurdo. Tem que ser muito importante mesmo. – por fim respirou fundo e se jogou na cama.

- Antes de qualquer coisa, quero falar com a minha mãe. – falou Scorpius. – Sinto que ela quer me contar alguma coisa, ou sabe de algo que eu tenho que saber, quando ela veio me visitar, eu senti isso. – a ruiva prensou os lábios.

- Preciso falar com o papai, maior quantidade de informações possíveis de Askaban. – falou a ruiva nervosa.

- Posso falar com meu pai sobre Voldemort, ao que parece, tem alguma coisa haver. – a ruiva encarou-o.

- Ao que parece você está certo, não acho que ele voltou, mas acho que tem alguma coisa haver. – o moreno assentiu.

X

- Sr. Potter, pode me dizer que tipo de flor é essa? – perguntou Neville para o garoto avoado na sala, o moreno encarou a planta com os olhos analisadores, eles estavam estudando sobre flores cultivadas por trouxas.

- É uma Tulipa Real. – falou desdenhoso. Todos o encararam como se fosse uma aberração, Alvo Potter nunca respondia uma pergunta, ele sempre dizia “Desculpa, mas eu não sei” ou algo do gênero.

- Muito bem, Sr. Potter, dez pontos para sonserina. – ele sorriu de lado, até que não era tão ruim ser inteligente. Logo ele estava se sentando.

- E você Sr. Malfoy, pode me dizer que flor é essa? - perguntou apontando para a flora que havia ao lado, ele se levantou que encarou a planta, ele havia visto ela em algum lugar, tinha sido em um livro, a Rose lhe falara dela ontem a noite, Droga Droga Droga, mil vezes droga. Rosnou em pensamente. Lembrou-se dos nomes ditos.

- Orquidea? - chutou, era mais uma pergunta que uma resposta.

- Muito bem senhor Malfoy. - ele sorriu. - alguém pode me dizer algo sobre ela? - perguntou, e antes que ele termina-se de falar, a mão da ruiva estava levantada. - Srta. Weasley. - abaixou a mão e pronunciou em um tom de quem sabe de tudo.

- Seu nome cientifico é Chrysanthemum leucanthemum, tem sua origem em Pirinieus, e diziam que uma fada alimentava um príncipe com essa flor, para que ele nunca crescesse e nunca perdesse sua inocência. - após falar sorriu.

- Muito bom. 20 pontos a mais para sonserina, pela resposta perfeita de Rose, e pelo descobrimento de Scorpius, andam muito bem garoto. - falou Neville rindo, e voltando a aula.

X

O garoto moreno encarava o lago negro, era tarde da noite, ele sabia que não podia estar ali, mas encarar o lago negro nunca fora tão convidativo, parecia preocupado demais para idade que tinha.

- Não devia estar aqui. - ele ouviu a voz de James atrás de si, mas não o encarou.

- Nem você, mas mesmo assim, eu estou e você também. - falou olhando para o irmão com as vestes da grifinória.

- Posso sentar? - perguntou levemente. O moreno assentiu e voltou a encarar o lago, o ruivo sentou-se ao seu lado. - O que você tem?

- Já sentiu que está em uma coisa, que não tem nada haver com você, mas você tem certeza que precisam de você? - perguntou encarando o irmão.

- Até o ano passado, sentia isso o tempo todo. - o ruivo encarou o lago. - Nunca tive nada haver com o Teddy ser lobisomem, mas eu estava lá, ajudando, por que ele era meu melhor amigo. - o moreno sorriu.

- Ele e a Vic para você, são como a Rose e o Scorpius para mim, certo? - o ruivo negou.

- Nem perto, nem miseravelmente perto. - ele riu levemente. - Vocês três são amigos de verdade, que sempre se ajudariam, eu amo a Vic, mas não faria por ela, o mesmo que faço pelo Teddy, nem de longe. Não éramos um trio, como vocês. Nós éramos dois amigos de Teddy Lupin.

- Entendo. - ele sorriu. - Posso te pergunta uma coisa? - o ruivo assentiu. - Você também sente a diferença? Como se algo novo, uma mudança estivesse a ponto de chegar, só faltando os últimos passos serem dados? - o ruivo fechou os olhos.

- Sinto, é um sensação boa, apesar de tudo. - ele falou comprimindo os lábios. - Vou dormir, amanhã cedo tenho treino de quadribol. Bons sonhos, irmão.- ele assanhou os cabelos do mais novo e levantou-se, antes de sair, olhou novamente para o irmão. - Sei que nunca digo isso, mas... - ele respirou fundo. - Eu amo você, sempre que precisar de qualquer coisa, pode me chamar. - e com isso saiu.

- Eu também te amo. - o moreno falou encarando o lago. - Irmão. - sabia que ele não tinha ouvido, mas era bom proferi aquelas palavras, depois de anos.

Naquela noite, Alvo se sentia bem, parecia que ele não estava mais sendo esquecido, desde que chegara e hogwarts, as pessoas pareciam notar ele, Scorpius, Samantha, Cláudia - mesmo essa estando na maioria das vezes brigando com o Scorpius, ela nunca esquecia dele - , Neville, Josh, Rose - essa qual nunca o esqueceu -  e agora, ele tinha James, seu irmão, o qual ele nunca contava para nada.

X

- Rose, o que está fazendo? - perguntou o loiro encarando a ruiva que andava impaciente, de um lado para o outro.

- Pensando em uma forma de perguntar a mamãe sobre Askaban. - o moreno sorriu.

- Rose, você é uma leitora obcecada, isso significa: - ele pigarreou. - Mamãe, é que eu li um livro que falava sobre askaban, e agora fiquei curiosa, poderia tirar algumas duvidas minhas? - o loiro falou em uma imitação da voz de Rose.

- Eu não falo assim. - ela lançou um olhar fulminante para o loiro - Mas é tão mal programado, que pode dá certo. - ela encarou Alvo. - Já sabe como vai pergunta ao tio Harry? - o moreno assentiu.

- Pai, todo mundo fica me perguntando coisas sobre você e o bruxo malvado e sem nariz, e eu não posso responder, por que eu não sei nada. - ele fez bico. - idéia do Scorpius.

- Definitivamente, você é o mais criativo e maléfico de todos nós. - falou a ruiva rindo. - Já sabe como vai falar com a Astoria?

- Eu só vou contar a mamãe que sou ofidioglota, o que ela tiver que me contar, vai sair. - a ruiva assentiu, dava para sentir no ar que Scorpius não estava bem.

*