Bokura no Love Style escrita por Shiroyuki


Capítulo 33
Capítulo 33 - Bunkasai!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me a demora para postar!! E olha só a hora ¬¬
Beeem~ saibam que eu tenho ótimas desculpas para demorar taanto!!!
Boa Leitura!!! o/



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Desde que Yoko chegou à cidade, eu e Kaoru nos vemos apenas na escola. Ele passa a maior parte do tempo mostrando a cidade para ela. Quando perguntei para Aiko o que a irmã dela tinha comido para ficar assim tão espaçosa, ela apenas pediu que eu tivesse paciência. Ela anda tão abatida nos últimos dias que nem mesmo tem ânimo para comentários ácidos.

Certo, esse lugar não é tão grande assim, e uma semana é o suficiente para conhecê-lo inteiramente, considerando o fato de que nem há tantas coisas assim que valham a pena ser conhecidas, sem contar que aquela garota já morou aqui quando criança. A cidade não mudou muito, e eu não acredito que ela tenha uma memória tão falha. Entretanto, eu confio plenamente no meu namorado, e por esse motivo estou tranquila. Mentira! Eu não estou nem um pouco tranquila!! Aquela espaçosa lombriga de pernas compridas deve estar nesse exato momento esfregando todo o seu ‘espaço’ no meu Kaoru-kun! MEU Kaoru-kun!!!

— Eeeei! Coeelhinhaa! Por favor, preste atenção, sim?

Virei a cabeça, que antes estava mirando a janela, para a direção de onde aquela voz familiar vinha. O uso do apelido dispensa apresentações. Todos os membros do clube de Karare estão aqui, pois Honey-senpai havia pedido a sala emprestada para fazer um anúncio, mas por algum motivo, era Hikaru quem falava, utilizando a bancada do professor como se pertencesse a ele.

— Onde está o Kaoru-kun? – eu suprimi o uso do possessivo e perguntei com a maior naturalidade possível. Hikaru rosnou. Talvez estivesse esperando que eu o insultasse por me repreender na frente de todos. Eu sou uma dama! Não saio insultando pessoas de graça.

— Ele foi buscar o formulário de inscrição. Esqueceu o motivo de estarmos aqui agora, Coelhinha? Você anda mesmo cheia de preocupações, não? – ele lançou aquele olhar cheio de duplo sentido para mim, e eu o ignorei perfeitamente – Apenas para lhe informar, estamos escolhendo o que vamos apresentar no Festival Cultural. E como você anda desinformada, ele foi junto com Hazuki Yoko. Ela estuda a sala dele agora que pediu transferência... Eu ouvi dizer que ela pediu para entrar no nosso clube também, você sabia disso?

— Sim, eu sabia – sibilei, quebrando no meio o lápis que estava na minha mão. Hikaru gostava de me incomodar, eu podia ver isso. Quando ele via meu semblante irritado, tinha o impulso de me provocar ainda mais, o que aumentava minha irritação e consequentemente o incentivava a continuar... Era um ciclo vicioso.

— Ceeerto!! – Honey-senpai agitou os braços, tentando dissipar a atmosfera pesada. Hikaru sorriu de canto e veio sentar no seu lugar ao meu lado – Nós estamos aqui para decidir o que faremos no festival!

Kaoru bateu na porta e a abriu, com Yoko em seus flancos. Os dois adentraram em silêncio, e Kaoru entregou alguns papéis a Mori-senpai, e depois sentou ao lado dela, perto da parede. Longe demais.

— Algum de vocês tem ideias? – Honey-senpai se adiantou, com os olhos brilhando de expectativa.

— Eu. – Hikaru levantou o braço na altura dos olhos, encarando a todos com seriedade. Ele realmente vai ajudar em alguma coisa? Não combina com a sua personalidade usual se envolver em assuntos escolares dessa forma... – Proponho que façamos uma exibição de vídeos hentai.

— Recusado! – Kaoru-kun gritou do outro lado da sala, com os braços cruzados e os olhos fechados.

— Bastardo! Você não entende nada de romance!!! – Hikaru berrou indignado.

Romance?

Ele levantou subitamente, com os olhos queimando em brasas. Segurei seu casaco a tempo de evitar que ele avançasse contra Kaoru-kun, e bufando, ele voltou a sentar.

— Hmm... que tal um Clube de Anfitriões? – eu disse baixinho para mim mesma.

Mori-senpai me encarou fixamente por três segundos assustadores e se inclinou para cochichar algo no ouvido de Honey-senpai. O rosto dele se iluminou.

— Um Clube de Anfitriões! É isso! Ótima ideia, Hanako-chan!

Não! Não era para saberem que a ideia foi minha!!! Kaoru-kun vai pensar que eu sou uma pervertida tarada com segundas intenções.

— Você sabe que é uma Coelhinha pervertida tarada com segundas intenções, não é? – Hikaru sussurrou, com os olhos cheios de ironia contida.

— Não quero ouvir isso de você! – bufei, virando para o lado.

Dias depois da discussão para eleger o tema do festival, nós começamos a trabalhar. Foi complicado organizar as coisas… A maioria dos garotos do clube de karate não eram exatamente o que se chama de “atraentes” e, bem… ninguém pagaria para ver aquilo! Até eu, que nunca pensei em frequentar um Host Club sei disso.

Hikaru já havia aceitado o posto de imediato, e Kaoru, depois de um pouco de teimosia acabou concordando também. Era difícil de admitir, mas eles cabiam perfeitamente nesse posto. Honey-senpai estava ansioso por participar também, e Mori-senpai estava automaticamente recrutado. Mas ainda assim era pouco para atender a todas as garotas que provavelmente nos visitariam.

Então, como última medida desesperada, eu pedi ajuda à Haruhi. A sala dela e de Tamaki iria fazer uma exibição de filmes antigos, então não precisavam de tantos membros. Eu aproveitei e pedi Tamaki e o amigo dele, Kyoya, emprestados. Ela aceitou tão rapidamente que fez Tamaki chorar e cultivar cogumelos no armário de limpeza. Assim que ele se afastou, Haruhi me pediu secretamente para que tomasse conta dele.

E com isso, estava tudo resolvido! Nossos hosts seriam Hikaru, Kaoru, Honey, Mori, Tamaki e Kyoya. Eu e Yoko, como membros femininas, cuidaríamos da comida. Os restos dos garotos ficariam com a decoração, limpeza, e trabalhos de campo (como comprar mais comida ou chamar clientes).

Eu estava ansiosa pelo grande dia. Nunca havia passado por nenhum festival com Kaoru, e por isso me perguntava o que namorados faziam durantes festivais culturais. Nós poderíamos andar por aí de mãos dadas, comer todas as comidas e visitar as barracas, e também tirar fotos de cosplay... Ah! Tem tanta coisa que eu quero fazer! Será que o Kaoru-kun está com tantas expectativas quanto eu?

-

No dia do festival, a escola estava mais agitada do que nunca. Era início da manhã, e nós estávamos terminando de preparas nossa sala. Os garotos montavam mesas e distribuíam os cartazes que fizemos ontem pelas paredes. Yoko estava cuidando do nosso estoque, fazendo compras com outro grupo de garotos, o os anfitriões estavam no vestiário se preparando.

Eu levava uma caixa com panelas e um fogão portátil para a sala. Estava andando pelo corredor, pensando em como eu poderia aguentar durante dois dias inteiros toda a ironia amarga que eu descobrira recentemente em Yoko, quando algo esbarrou em mim. Eu desviei a tempo de evitar a queda da caixa, usando a célebre habilidade ninja do “cai-de-bunda-no-chão”.

— Aaah! Aichii! – exclamei, assim que reconheci a figura imóvel que me encarava de cima. Foi difícil levantar com a caixa na mão, e ainda mais por que Aiko não ofereceu nenhuma ajuda. Ela estava um pouco diferente... Usava um vestido branco com manchas vermelhas que imitavam sangue, arrastava-se no chão e cobria suas mãos com as mangas longas, seu cabelo sempre perfeitamente alinhado estava como um campo de lavandas em meio à ventania.  Sua expressão vazia e inteiramente pálida de maquiagem, completava o conjunto.

— Você tem sorte – ela recitou morbidamente – Irá participar do festival com o clube e não vai ter que passar por isso – apontou para si mesma – De quem foi a ideia genial de fazer uma casa do terror mesmo?

— Foi do Terada-kun – divaguei, tentando me lembrar do momento exato em que nossa turma discutia sobre o festival. Tudo o que eu lembrava era de ficar trocando mensagens de texto com Kaoru-kun.

— Ele irá desaparecer misteriosamente hoje – ela sussurrou e então me deu as costas, caminhando tão silenciosamente quanto um… fantasma. Olhei para os pés dela, só para verificar se não estavam flutuando.

Continuei meu árduo caminhando, com os dedos latejando e pedindo para que eu jogasse aquela caixa longe e saísse correndo.

— Me dê isso – ouvi a voz atrás de mim, e logo o peso foi retirado das minhas mãos pelo alto. Olhei para trás, calculando mentalmente quais as chances de ser assaltada na escola. Sinto muito, mas eu só tenho panelas.

— Ah, é você – resmunguei ao ver quem havia me assaltado. Hikaru sorriu, piscando um olho.

— Eu sei que era em mim que você estava pensando agora – ele disse, caminhando ao meu lado.

— Até parece!

— É assim que você agradece a minha ajuda? Poderia pensar em mim de vez em quando, só pra variar – ele disse, olhando para a janela enquanto andava. Senti aquele baque desconfortável que sucede o inesperado, mas mantive-me impassível. Rápido, um assunto novo rápido!!!

— Hmm... E a sua perna? Já tá melhor? Sabe, você não deveria carregar peso agora, dá pra ver que ainda manca um pouco! – eu avancei, tentando indistintamente pegar a caixa de volta.

— Desde quando você se preocupa com a minha perna? – ele colocou a caixa fora do meu alcance, encarando-me com a sobrancelha arqueada em desconfiança.

— Sua perna está ferida por minha culpa, eu tenho o dever de me preocupar com você! – argumentei, vendo-o me fitar com surpresa, e então, sorrir de canto.

— E Você tem o dever de me deixar fazer ao menos isso. Eu posso salvar minha princesa de ter que carregar uma caixa, não posso?

 — Você não é um príncipe! – rebati, disfarçando o constrangimento.

— Eu sei. Sou o sapo. Ainda estou esperando que você me encontre e me beije...

Minha face entrou em ebulição instantânea, enquanto eu procurava na minha mente repentinamente vazia algo decente para falar. É claro que nada surgiu, então eu apenas segui o caminho até a sala em silêncio.

Depois de descarregar todas as coisas, Hikaru foi até o vestiário com os outros garotos para se vestir, enquanto eu e Yoko começávamos a organizar nossa pequena cozinha improvisada atrás de uma cortina amarela que dividia a sala em duas partes desiguais.

Alguns outros garotos que não seriam hosts terminavam de por ordem nas mesas, e outros vestiam fantasias fofinhas de bichos de pelúcias e carregavam placas para chamar clientes. As fantasias eram todas de Honey-senpai e eu não faço ideia de onde raios ele tirou aquilo.

O festival estava prestes a começar, e eu mal posso esperar para ver tudo o que me espera. Festivais sempre são tão animadores!!!


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Notas finais do capítulo

Aqui estão as minhas desculpas:
~Tive prova do vestibular (e adivinhem só, EU PASSEEEI!!!) e a minha formatura do ensino médio foi hoje *0* (e eu to em casa postando fic u_u)... mas o maior motivo de eu ter demorado eras pra escrever foi que eu fiquei viciada... siim, eu sou uma dependente... Minha amiga fez um tumblr pra mim (até semana passada eu nem sabia que esse treco existia) e agora eu viciei! Beem... que notas horrivelmente grandes e desabafantes (isso existe õ.o?)!!!
Beeeem~ eu espero que vocês gostem desse capítulo, e deixeem reviewziinhos para essa autora relapsa e irresposável que agora é uma universitária (quase!)...
kisuu~♥



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