Bokura no Love Style escrita por Shiroyuki


Capítulo 32
Capítulo 32 - Osananajimi


Notas iniciais do capítulo

Heei!! Como estão toodas~?
Nee, Litaa-chan, se estiver lendo esse capítulo, lembra daqueles spoiler que eu te dei? Entoon, finalmente ele chegou! Que demora, nee, eu sei... mas é que tiveram outras coisas que eu queria colocar antes e acabou demorando, mas enfim, aqui está...
O capítulo é dedicado à Litaa-chan, que esperou pacientemente pelo meu spoiler lento~



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A viagem de campo chegou ao fim faz duas semanas. Eu realmente fiz boas memórias lá, junto com todo mundo, e espero poder voltar algum dia, mas fiquei feliz quando retornei e pude ver de novo minhas amigas. Haruhi está bem com Tamaki, os dois andam tão apaixonados que chega a ser difícil de olha por muito tempo. Mas, por outro lado, Aiko-chan parece deprimida. Ela nunca foi muito animada, é verdade, mas de uns dias para cá, ela anda séria e calada, e não fala com ninguém. Estou preocupada com ela, de verdade.

Hoje é domingo, e não há absolutamente nada que eu queria mais do que fazer nada o dia inteiro. Quando eu estava começando a me preparar psicologicamente para descansar enquanto assistia a um filme cheio de romance água com açúcar na TV, ouvi meu telefone tocar.

Waa~ será que é o Kaoru-kun?

— Alô? - indaguei­­ cheia de esperanças, atendendo rapidamente sem nem olhar o visor.

— Oi, Hana-chan – uma voz abafada  e infantil soluçou.

—Aichii? O que está acontecendo? Você está chorando? – perguntei alarmada, ouvindo-a segurar as lágrimas mesmo do outro lado da linha.

— Claaro que não, bakaa!  - ela bradou, voltando ao normal subitamente – É só que… você poderia me ajudar?

— Do que você precisa?

— Venha até a estação central. Eu vou estar perto do terminal 14. Venha rápido!  - sua voz parecia quase desesperada ao fazer o pedido. Eu levantei do sofá, correndo até a entrada para calçar as botas.

— O que aconteceu? – inquiri, enquanto vestia o enorme casaco de lã cor de caramelo que estava pendurado ao lado da porta.

— Eu te explico quando você chegar. Só venha… rápido…!

— Tudo bem. Eu chego aí em um minutinho – disse, ouvindo-a desligar o celular. Eu morava perto da estação em que ela estava, então pouco tempo depois de começar a correr já podia visualizar o prédio da estação ao longe. Acelerei o passou, sentindo o vento tocar minha pele, mesmo através da meia-calça e da saia que eu usava.

Entrei na estação, passando rapidamente o cartão do metrô pela máquina. Por sorte, eu estava com ele no bolso do casaco. Recomecei a corrida dentro da estação, mas ninguém prestava atenção em mim particularmente. Se me recordo bem, esse é o mesmo lugar onde encontrei Hikaru pela primeira vez. Eu era tão boba… nem sabia as proporções que esse pequeno encontro tomaria na minha vida. Se não tivesse conhecido ele, eu provavelmente nunca teria conhecido e começado a namorar Kaoru… nem ido estudar no Ouran… Mas foi aqui que ele roubou o meu primeiro beijo!

Não consegui evitar ficar embaraçada com a lembrança, que tomou força e invadiu meus sentidos, até se tornar quase real. A recordação antiga trouxe outras mais recentes, e eu não conseguia controlar o rumo dos meus pensamentos. Uma memória de meses atrás veio à tona, o dia em que Hikaru declarou-se para mim… Ainda tinha dúvidas sobre a veracidade daqueles sentimentos.  Hikaru havia sido realmente gentil no outro dia, cuidando de mim enquanto eu estava com febre, e ele até mesmo feriu a perna por minha causa! Mas ele já mentiu muitas vezes para mim, e é difícil acreditar completamente nele. Sem falar que ele costumava sair com todas aquelas garotas, só para se divertir! Como alguém como ele pode se apaixonar de verdade… por mim?

— Ei! Aqui, Hanako! – Aiko estava logo atrás de mim, em um banco de madeira perto da parede, e acenava com a mão. Como foi que eu passei por ela e nem me dei conta? Voltei para trás, com a respiração ofegante – Você está toda vermelha, no que estava pensando?

— Em nada! Por que você me chamou aqui? – antes que eu tivesse terminado de perguntar, os olhos de Aiko encheram-se, quase transbordando. Seu rosto estava vermelho, e ela fazia um biquinho para tentar conter as lágrimas iminentes – Ei, o que foi que aconteceu com você, Aichii - me aproximei, hesitando em tocá-la. Antes que eu pudesse, entretanto, ela avançou contra mim, segurando com força o meu casaco e começando a soluçar – Porque você está chorando?

— A m-minha irmã – ela balbuciou incoerente, com os olhos brilhando úmidos – Ela está v-voltando hoje…

— E isto não é bom? – indaguei.

— É, m-mas ela… ela…

— Hanako?

Virei-me automaticamente ao ouvir meu nome sendo chamado. Kaoru me olhava sorridente num misto de surpresa e alegria. Ao seu lado, uma garota sorria timidamente. Aiko secou as lágrimas rapidamente, disfarçando muito bem o choro.

— Essa é Hazuki Yoko, irmã mais velha da Aiko-chan. – Ele apresentou, vindo para o meu lado. Observei a garota, que ainda sorria para mim. Ela era alta – mais alta que eu – e tinha um rosto solene e gentil, emoldurados por cabelos curtos e alinhados, no mesmo tom de lavanda de Aiko, porém seus olhos eram de um tom de verde intenso e escuro, ao contrário dos olhos claros da irmã. Kaoru continuou a falar – Ela chegou hoje dos Estados Unidos, e eu fui buscá-la no aeroporto. Nós somos amigos desde que estávamos no jardim de infância, sabia?

— Ah! É um prazer conhece-la – eu disse formalmente, curvando-me.

— Eu ouvi falar muito de você, através do Kao-tan e da minha irmã – ela disse, inclinando ligeiramente a cabeça. Kao-tan?- Alias, por que  a minha irmãzinha ainda não veio me comprimentar?

Aiko apareceu, seu rosto já completamente recuperado. Trazia a mesma expressão de indiferença que sempre carregava consigo.

— Eu senti muito a sua falta, Yoko Onee-san – ela disse baixinho, abraçando Yoko.

— Eu também, Aiko-chan!

As duas se abraçaram por mais algum tempo. Kaoru sorria ao vê-las. Aichii já havia citado o fato de que ela e sua irmã brincavam com Kaoru quando crianças, mas eu nunca poderia imaginar que seria uma garota tão bonita… imagino qual seja a relação que eles dois mantêm...

— A Yoko-chan vai se transferir para a nossa escola. – Kaoru disse, me abraçando pelo ombro – Espero que vocês duas possam se dar bem, já que ela não tem amigas aqui no Japão.

— Tudo bem – sorri.

— Agora nós podemos ir a algum lugar? – Yoko perguntou, aproximando-se de nós dois. Havia um leve sotaque americano na sua maneira de falar – Eu estou com fome.

— Claro – Kaoru respondeu, atencioso.

— Vamos até aquele lugar que vende donuts de chocolate tamanho gigante – Aichii sugeriu, com o tom de voz que fazia parecer mais com uma ordem. Ela estava desabando até poucos minutos atrás por causa da irmã, mas agora parece perfeitamente normal.  O que está acontecendo com ela?

— Sim! Vamos lá! – ela disse extasiada, abraçando o braço livre de Kaoru e o rebocando para frente. Eu fiquei parada, piscando atônita. Aiko começou a andar, logo atrás deles, e eu os segui. Sozinha.

Não pude deixar de notar o quanto Kaoru e Yoko ficavam bem juntos, mas ainda assim, como ela teve a coragem de abraçar meu namorado bem na minha frente?

Mesmo que Kaoru a trate apenas como uma amiga de infância, não consigo ficar tranquila com uma pessoa tão linda perto dele.

-

A aula já havia acabado, e eu estava no Clube. Todos estavam lutando ou fazendo exercícios, e eu aproveitava que Mori e Honey-senpai estavam cuidando dos preparativos para o festival cultural para descansar um pouco.

Yoko tinha vindo para ver os treinos, e agora conversava amigavelmente com Kaoru, em outro canto da sala. Eu não consigo ouvir o que eles dizem, mas a maneira que ele ri das coisas que ela diz me deixa profundamente incomodada. Eles são muito… compatíveis pro meu gosto!!!

— Você está sentindo o peso da concorrência, Coelhinha? É uma rival difícil, essa…

Hikaru sentou ao meu lado, sorrindo com tanto escárnio que poderia abastecer a máfia por anos.

— Do que você está falando – sorri de maneira falsamente tranquilizadora – eu não estou preocupada com o fato de ter uma garota linda conversando com o meu namorado! Nem um pouco – minha voz foi ficando estridente, e logo eu ria como uma lunática.

Levantei tão rápido que acabei por enrolar o pé no tatame e ir direto ao chão. Hikaru me ajudou a levantar, mas quando Kaoru se aproximou, ele sumiu.

— Você está bem? – Kaoru me fitava com preocupação, tocando minhas bochechas com ambas as mãos.

— Estou…

— Deixa que eu cuido dela – Yoko apareceu, me forçando a sentar e começando a examinar meu tornozelo. Kaoru assentiu e saiu, voltando a treinar com os kouhais.

— Eu não me machuquei realmente, não há necessidade disso…

— Esse Hikaru… ele é exatamente igual ao Kao-tan, não é? – ela inquiriu, observando Hikaru que estava sentado perto da porta.

— É bem… eles são gêmeos…

— É como Kao-tan me contou – ela comentou sorrindo – eles ainda brigam muito?

— Ultimamente não, eles estão começando a se acertar.

— Ah, e você, Hanako-san, também é exatamente como Kao-tan me contou. Uma honesta e amável garota…

— Você está exagerando, eu não sou assim – disse, corando.

—… e também infantil, sempre precisando de ajuda. Uma completa inútil. Francamente, é cansativo tomar conta de você.

— Hã?

Meus ouvidos estão me enganando, ou ela está me ofendendo? Será que todos os Hazuki tem desvio de personalidade?

Yoko riu melodicamente. Era impossível acreditar que ela seria capaz de dizer aquelas coisas para alguém, mas eu tenho quase certeza do que ouvi. De qualquer forma… ela tem certa razão.

— E então, como ela está? – Kaoru apareceu, inclinando-se para baixo.

— Está bem! – Yoko comentou alegremente. Eu continuei fitando-a chocada. Como era possível…? – Lembra que eu sempre cuidava dos seus ferimentos quando éramos pequenos? Você era muito travesso!

— Isso não é verdade!

Os dois continuaram a rir juntos e relembrar fatos da infância. Discretamente, eu saí da sala do clube e entrei no prédio principal, indo até os chuveiros. Depois de me aprontar, voltei, para pegar as minhas coisas.

— Ah, sim, Hanako! – Kaoru me parou quando eu pegava a bolsa. Aposto que tinha se esquecido de mim enquanto conversava. Não deve nem ter notado minha ausência – Vamos voltar para casa juntos?

— Não posso, eu tenho coisas a fazer – eu desconversei, em voz baixa, saindo do Clube. Entrei de novo no prédio, para sair pelo portão dos fundos.

— Ei, Hanako! – ouvi Kaoru me chamando ao longe. Apertei o passo, mas ele era obviamente mais rápido que eu. Logo me alcançou, segurando-me pelo braço e me parando – O que você está fazendo? Está me evitando? Por que?

— N-não – eu balbuciei, sem conseguir olhar nos seus olhos. Estava começando a ficar irritada comigo mesma, estava sendo muito patética, mas eu não conseguia evitar. Kaoru sempre tinha esse tipo de efeito comigo, e eu agia feito boba quando o assunto era ele.

— Então me diga o que foi que aconteceu! – ele me pressionou contra a parede, usando seu corpo como empecilho para que eu não fugisse.

— Eu não quero ser um problema para você – admiti, fitando o chão – Yoko… bem, eu acho que é cansativo estar sempre tomando conta de mim…

Kaoru segurou meu queixo, forçando-me a olhar para seu rosto. Havia tanta certeza estampada ali que embaçava as minhas próprias convicções.

— Eu jamais acharia que você é um problema, Hanako! Eu te amo! – Dizendo isso, ele se aproximou, tocando com a ponta do nariz o meu rosto, descendo para o pescoço, e então de volta para a bochecha. Segurava minha mão com força contra a parede – Você não acredita em mim? – ele sussurrou no meu ouvido, fazendo meu corpo todo derreter.

— A-acredito… – murmurei, com dificuldades para encontrar até mesmo minha voz.

Ele riu, e terminou com a distância que nos separava. Movi meus lábios junto com os dele, trazendo seu rosto para mais perto do meu. Cada terminação nervosa do meu corpo tremia, ligado como um fio desencapado. Kaoru abraçou minha cintura, pressionando-me mais contra a parede, tão perto de mim que era como se fossemos apenas um.

— Nós já estamos namorando há meio ano – ele disse ofegante, depois de se separar de mim – e você ainda não acredita nos meus sentimentos.

— Não foi minha intenção, Kaoru-kun! Eu só… fui uma boba…

Ele acariciou meu rosto, sorrindo ternamente.

Por que Yoko fez aquilo?… será que isso quer dizer que ela também gosta do Kaoru-kun? Se for isso… bem, acho que eu não tenho chances. Ela é bonita, tem um corpo desenvolvido e também é inteligente e esperta… não tem como uma coelhinha como eu competir com isso!


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Notas finais do capítulo

Espero peloos reviews!!! :D



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