Maria Narrando

Foi justo o que eu fiz? Separar as meninas dele, do pai delas, com certeza ninguém consegue me entender, claro eu fui uma cachorra. Mas seria justo destruir a carreira dele? O sonho que levou anos para ser construído. Lógico que a culpa não é das minhas pequenas, a culpa foi minha e dele que não esperamos, e não ficamos atentos, mas quer saber o erro já foi cometido! Agora não posso mais voltar atrás, e afinal tudo acontece com um propósito não? Se o Justin não me quer mais, o que é muito provável, eu vou seguir minha vida, a única coisa que não abro mão de forma alguma é as minhas filhas. Isso nunca!
Eu sinto falta de como tudo era quando eu tinha apenas dezesseis anos, era tudo muito insano, e eu nem ligava. Ryan e Letícia sempre brigando por coisas bobas como o pobre do Bob ou então o famoso bacon canadense, – até parecia que o Ryan gostava mais do bacon do que da Letícia - ah o bacon canadense, realmente é o melhor... Com aroma e sabor sem igual. Lorena e Christian, o pobre nunca podia beber, isso até o dia em que eu, Let e Anni resolvemos dar vodka com suco para ela, acho que a Loh bebeu mais de vinte copos, também depois dançou até Single Ladies na mesa de centro da casa do Justin, pra ela voltar ao seu estado normal eu e Let tivemos que dar um banho gelado nela. A Anni e o Chaz, sempre juntos um amor indestrutível, isso até o dia em que eles brigaram e a Anni saiu arrasada e acabou beijando outro, isso acabou com o relacionamento deles. É nós éramos insanos.

-Maria! – senti alguém segurar meu ombro, despertando-me de todos os meus pensamentos. Virei-me e vi que era o Joe.
-Quer me matar de susto é? – perguntei brava.
-Desculpa... – ele riu sem humor – Sinto informar, mas nem vi sinal das meninas... – lamentou.
-Se eu disser que ele resolver viajar hoje para outro lugar, você acreditaria? – coloquei minha cabeça em seu ombro.
-Pior que acreditaria... – segurou em minha mão.
-Joe...
-O que?
-Obrigada... – sorri enquanto caminhávamos pela praia.
-Amigos são para isso não são? – ele perguntou.
-Você é muito mais que apenas um amigo... Você é meu irmão – beijei sua bochecha.
-Eu te amo sua pirralha irresponsável... – ele me abraçou.
-Também te amo dono da verdade... – continuamos andando pela praia por um tempo, e assistimos ao pôr do sol juntos, depois voltamos para o hotel, lá ficamos assistindo TV, depois fomos dormir. --------------------------------------------------------------------------------

Justin Narrando

Depois de milhares de roupas finalmente escolhemos a que eu usaria, dessa vez eu não faria nenhuma apresentação, apenas receberia meus prêmios, o que é melhor já que eu nem ensaiei nada.
-Papai que roupa a gente vai usar? – Amy perguntou cruzando os braços.
-Xi é verdade – dei um tapa em minha testa.
-Vamos para uma loja agora! – Scooter exclamou.
-O Kenny vai comigo! – chamei-o.
-Vamos logo, quero estar linda... – Anne sorriu.
-Você é linda pequena... – dei um beijo em sua testa.
-Quanta melação viu... Eu vou marcar um SPA para mim... – Ana saiu animada.
-Vamos logo... – Kenny pegou Amy em um braço e Anne em outro.
-Esse cara é forte... – Amy riu.
-Sem gírias garota!
-Ta desculpa... – ela se assustou.
Fomos para diversas lojas, e em todos os lugares tinham vários fotógrafos apenas esperando para dar o bote. Muitos perguntaram quem era as duas meninas, mas eu não respondi, a famosa questão que anda intrigando o mundo esses último mês eu responderei no AMA. Achamos uma loja cheia de roupas para crianças, e lá as duas virão macacões rosas, que vinham com a fita para o cabelo e a camisetinha de baixo branca, elas amaram.
-Então vamos levar esses? – perguntei.
-Sim! – as duas pularam sorrindo.
-Deixa Justin? – Anne perguntou.
-Claro filha... – sorri, ouvi Kenny tossindo.
-Você a chamou de filha... – ele sussurrou.
-Então eu vou ficar com essas mesmo, são filhas de um amigo meu... Minhas afilhadas – sorri amarelo.
-Sim senhor... – a mulher respondeu indiferente.
Depois de ter comprado as roupas, voltamos para o hotel, lá eu fiquei trancado no meu quarto, antes de ter que ir para a premiação, semana que vem eu estaria casado, e por mais que eu ame a Ana, isso nunca é mais do que o amor que sinto pela Maria, eu gostaria de avisá-la de alguma forma que irei me casar.
O dia passou correndo, dormi a tarde toda, chegou a calada da noite, eu fui para o banho e coloquei minha roupa, arrumei meu cabelo do mesmo jeito de sempre, logo desci, Amy e Anne já estavam prontas, e lindas, assim como Ana que também já estava pronta, com um vestido dourado e sandálias douradas, muito linda, meus amigos já estavam todos preparados também, então logo seguimos até o lugar da premiação, eu tinha um tapete vermelho para passar. Ao descer do carro milhares de flashs nos atacaram, me cegando completamente, é esse é o preço da fama, sorri para todos, dei entrevistas, a Ana quase não falou comigo, apenas ficou sorrindo para as câmeras e falando do nosso casamento. A premiação ocorreu bem, como todos os anos, cheia de apresentações maravilhosas, até que chegou a hora de eu receber meu prêmio.
-E na categoria álbum do ano – a mulher anunciou.
-Katy Perry com Teenage Dream, Usher com Raymond VS Raymond, Justin Bieber com My World 2.0 e o vencedor é Justin Bieber! – levantei, abracei minhas pequenas e a Ana me deu um selinho, corri para o palco, lá agradeci a todos.
-Bom, eu nem sei o que dizer... Muito obrigado pessoal! Eu gostaria de agradecer à Deus, à minha família, aos meus amigos, as minhas fãs, sempre... E em especial as filhas que eu não sabia que tinha... Amy e Anne que agora se tornaram o meu motivo para viver... Amo todos vocês! Muito obrigado... – fui para o backstage. Saindo de lá voltei para o meu lugar, depois da premiação e da festa voltamos para o hotel, a Ana continuou lá, já que eu quis vir mais cedo porque Amy e Anne já estavam dormindo no meu colo, as coloquei para dormir, e fui para meu quarto, amanhã tenho mais uma viagem, dessa vez para Paris, senão a Ana me mataria já que o castelo já está reservado.
Peguei uma folha de um caderno de canções meu e resolvi escrever uma carta para Maria, já que agora sei onde ela mora, acho que a carta seria menos doloroso tanto para mim quanto para ela.

Ler Ouvindo: http://www.youtube.com/watch?v=TlDInVqv8cs

“Oi Maria, tudo bem? Quanto tempo né?! Sete anos, dois meses e vinte e sete dias, pode parecer bobo, mas sim, eu contei.
Confesso, eu sinto sua falta, e você continua sendo a única para mim.
Saber que eu tenho essas meninas me devolveu a vida... Já que sem você ao meu lado eu não estava mais vivendo... Você me deixou só por isso? Quer dizer... Achou que eu te abandonaria por estar carregando consigo todo o meu amor?
Sinceramente, eu continuaria aqui só para ver seu sorriso, afinal eu não sou nada sem você , nesse tempo eu cometi meus erros... E quero que você saiba, eu não vou deixar isso acabar... Sim, essas palavras são meu coração e minha alma... Porque se fosse necessário eu sangraria meu coração para mostrar que eu não vou deixar isso acabar.
E com os olhos cheios de lágrimas que te informo, eu vou me casar semana que vem, contra a minha vontade, mas mesmo com ou sem você eu tenho que viver não? Ao ver minha noiva, sei que vou pensar em você, afinal nossos olhos não conseguem esconder o que está estampado no coração...
Eu te amo e sempre vou te amar...
Justin Drew Bieber.”

Treminei de escrever a carta com os olhos totalmente cheios de lágrimas. Eu não pensei que fosse sofrer escrevendo algo. Depois disso pedi um envelope na recepção do hotel e coloquei todos os dados, selei-a e fui até a caixa do correio na frente do hotel, coloquei a carta e rezei para que fosse entregue o mais rápido possível.
Voltei para meu quarto, mas foi impossível pregar os olhos, andei para todos os lados, tomei uma banho em plena madrugada para relaxar e ver se conseguia dormir, mas só consegui afundar na banheira, e chorar, eu não tenho certeza se quero me casar... Mas eu não posso deixar a Ana na mão, mesmo porque a Maria eu nunca mais terei. A madrugada demorou para passar mas passou, logo já era de manhã e a Ana estava no meu ouvido com a viagem.
-Vamos logo Justin! – ela gritava batendo na porta do meu quarto.
-Já vou! Minha mala não ta fechando! – gritei.
-Kenny vai lá e ajuda ele! – ouvi Ana gritar.
-Da licença cara, isso é coisa pra macho... – Kenny me empurrou e fechou a mala.
-Ok então senhor fortão... – fechei a cara e sai do quarto arrastando minha mala. – Vamos logo! – falei entrando no carro. Logo chegamos no aeroporto, e eu Ana, Amy e Anne embarcamos no meu avião até Paris. Demorou horas mas chegamos. -------------------------------------------------------------------------------- Maria Narrando No outro dia fui à praia com o Joe, ao ver as crianças brincando na areia com seus pais me dava um aperto no coração, era triste ver tal cena. Passamos um dia muito bom, a noite assisti ao AMA, e para meu total desespero e tristeza, Justin estava lá, e o discurso que ele fez ao receber seu prêmio me fez chorar como um bebê.
-Bom, eu nem sei o que dizer... Muito obrigado pessoal! Eu gostaria de agradecer a Deus, à minha família, aos meus amigos, as minhas fãs, sempre... E em especial as filhas que eu não sabia que tinha... Amy e Anne que agora se tornaram o meu motivo para viver... Amo todos vocês! Muito obrigado...
-Ele as ama Joe... – sussurrei o abraçando.
-Ele vai te perdoar... – ele deu um beijo em minha testa.
Depois vimos algumas entrevistas lá a atual namorada do Justin anunciou que eles se casariam semana que vem em Paris, confesso que senti uma enorme dor no peito ao ouvir isso, mas tentei me manter forte. -Maria... Você quer resgatar suas filhas? – Joe perguntou olhando em meus olhos.
-É claro que quero...
-Eu tenho a solução... – ele sorriu.
-Joe, eu não estou entendendo... Onde você está tentando chegar? – perguntei sem entender.
-Maria, eu nunca cheguei a te contar... Mas minha família mora em Paris... Eu fui a ovelha negra que não me adaptou, e preferi vir para Nova York...
-Ok, mas aonde você quer chegar?
-Nós vamos para Paris! E você pega a Amy e a Anne de volta! – ele gritou animado.
-Sério? – gritei.
-Sim! – ele sorriu abrindo os braços e me abraçando.
-Muito obrigada Joe, você salvou a minha vida... – sorri explodindo de felicidade.
-Amigos são para isso minha cara... – ele riu. -Eu te amo seu bobão! – ri.
-Vou comprar as passagens agora mesmo! – Joe exclamou pegando seu computador.
-E eu vou ali na sacada respirar um pouquinho, preciso digerir tudo isso que acabei de ouvir... – ri.
Fiquei olhando a praia, e dessa vez me senti completa, como se a parte perdida do meu quebra-cabeça estivesse finalmente encontrada.
-Está tudo pronto! Voamos amanhã de manhã – ele sorriu.
-Isso é muito louco! – coloquei a mão na testa. --------------------------------------------------------------------------------

Justin Narrando

Ao entrarmos no hotel já pude notar o padrão Frances, e também o furo que meu bolso teria. Oh mulherzinha cara viu.
-Vamos logo... Ta mole hein Justin... – Ana riu.
-Amor, você que trás umas vinte malas e eu que tenho que ir rápido? – falei bravo.
-Fala como se fosse muito... – ela reclamou.
-Bom, eu vou sair resolver algumas coisas, enquanto você cuida das suas crias... – ela saiu saltitante.
-Ta né? – falei – Vamos, Amy e Anne ajudem o papai – pedi. --------------------------------------------------------------------------------

Maria Narrando

O dia passou voando, assim como a noite, de manhã acordei com as galinhas – como minha mãe diz - arrumei minhas malas, e Joe as dele, depois disso tomamos rumo ao aeroporto, o vôo atrasou algumas horas, mas logo embarcamos, e fomos destino à Paris.
Dormi o vôo todo, quando chegamos Joe me acordou, dali pegamos um taxi até a casa da mãe do Joe.
-Maman! – ele sorriu abraçando sua mãe, sim eu entendia o que eles falavam pelo fato de que quando eu ainda namorava com o Justin a avó dele Diane me ensinou a língua, eu sempre gostei muito da língua.
-Bonjour! – sorri para a senhora de cabelos grisalhos, ela me abraçou.
-Maria certo? – ela começou a falar inglês.
-Sim... – sorri.
-Maman ela é minha melhor amiga, e eu precisei trazê-la para cá por aquilo que eu te contei no telefone...
-Sinta-se em casa querida.
-Muito obrigada – sorri.
-Essa é a Maria? – ouvi uma voz feminina.
-É sim soeur... – Joe falou sorrindo.
-Oh meu Deus como você é linda... – a garota que era irmã de Joe veio me abraçar.
-Muito obrigada – sorri.
-Eu sou Magda – sorriu. -Lindo nome!
-Querida, vamos conversar um pouco... – ela me puxou e subimos até o quarto dela.
-O Joe me falou que você veio resgatar suas filhas... – ela começou a falar.
-É sim, quer dizer... O Justin Bieber é o pai das minhas filhas, e atualmente elas estão com ele, e ele vai se casar... – contei toda a história para ela.
-Oh meu Deus... Eu posso te ajudar... Já maquinei algo... – ela sorriu.
-O que? – perguntei.
-Pelo que eu notei você sabe falar francês não? – ela me olhou sorrindo.
-Sei sim, a avó do Justin me ensinou... – comentei.
-Então pelo que você me contou essa Ana gosta de coisas com classe certo?
-Sim...
-Você finge ser consultora matrimonial... – ela sorriu.
-Mas eu nem tenho roupas francesas e... -Eu te dou as minhas, estou com sete meses de gravidez e nenhum dos meus vestidos está servindo...
-Oh muito obrigada – sorri a abraçando.
-Vou falar com o Joe e ele finge ser seu assistente...
-Ok... Mais uma vez muito obrigada... – sorri.
Descemos e conversamos com o Joe, ele adorou a idéia e prometeu me ajudar, a Magda tentou falar com seus contatos e descobriu que a Ana estaria na loja de vestidos hoje, e adivinha para onde eu vou? Colocar o plano Rita Le Black em prática.
Magda me emprestou uma roupa maravilhosa, e agora sou uma francesa.

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=26970775

Eu e Joe pegamos um taxi e fomos até a loja, era uma loja imensa, entramos e logo vi a loira que me bateu aquela vez no hotel. Fomos para perto dela e começamos a conversar alto o bastante para que ela ouvisse.
-Alors que parlons-nous? (Então o que vamos falar?) – perguntei.
- Parlez rien ... Elle ne le comprendra pas. (Fala qualquer coisa... Ela não vai entender mesmo) – rimos.
- Allez-y et parlez de moi ... (Vá até ela e fale sobre mim...)
- Oui madame (sim senhora) – ele fez continência. -Gente do céu... Precisamos de segurança aqui... – Joe começou falar.
-Aconteceu algo ? Tem algum bandido ? – A loira perguntou.
-Não, é que simplesmente a Rita Le Black está aqui... – ele riu de leve.
-Quem é Rita Le Black ?
-Você não sabe ? – Joe fingiu assustar-se.
-Sei sim... Só preciso lembrar... – ela riu de leve.
-Querida... A maior consultora cerimonial do mundo, uma legítima francesa... – Joe quebrou a munheca, OH meu Deus.
-E ela está disponível ? – a garota perguntou.
-Bom, eu sou o tradutor dela... Porque está interessada ? – ele perguntou.
-Eu vou me casar nesse final de semana e preciso da melhor... –e la sorriu.
-Então temos um contrato fechado – Joe estendeu a mão de uma forma feminina, eu não sabia o dom que ele tem para ser gay.
- Chère Rita, voulez-vous vos services (Rita querida, está senhora quer seus serviços) – Joe veio até mim puxando a garota.
- Plaisir Rita Le Black ( prazer) – estendi a mão.
-O que ela disse ? – a mulher perguntou.
-Ela disse o nome dela... Diga o seu... – Joe pediu.
-Ana – ela sorriu apertando minha mão. - Voulez-vous m'épouser? ( vai se casar) – perguntei.
-O que ela perguntou ?
-Se você vai se casar... – Joe revirou os olhos.
-Si... Yes... Como eu falo ? – perguntou.
-Oui – Joe olhou para mim corrigindo.
-Vou me casar com Justin Bieber...
- Elle va se marier Justin Bieber ( ela vai se casar com Justin Bieber)
- Félicitations ( meus parabéns) – sorri.
-Ela desejou felicidades...
-Obrigada – ela sorriu, ficamos nisso a tarde toda, fui com ela até o castelo e passamos a tarde resolvendo coisas, até que eu tenho dom para esse tipo de consultoria, ela pagou o castelo pelo alugel que ficou em milhões e fez os convites ela e Justin enviariam essa noite os convites, voltei para a casa do Joe morta. E amanhã eu teria que ajudá-la a escolher a decoração. --------------------------------------------------------------------------------

Justin Narrando

A Ana chegou no hotel toda empolgada, disse que tinha contratado uma consultora francesa, que era super famosa para ajudar nos preparativos do nosso casamento, uma tal de Rita Le Black, nunca ouvi falar dessa...
-E quando eu vou conhecer essa tal de Rita? – perguntei.
-Só no dia do nosso casamento bebê... – ela me deu um selinho.
-Poshá ela vai preparar tudo e eu nem sei quem é – fiz beiço.
-No dia você conhece, falta pouco... – ela riu.
-Ta né? – falei pegando os convites.
-Já estão com os devidos nomes? – perguntei.
-Sim... É só mandarmos... Vamos lá no correio... – ela se levantou.
-Ei espera ta faltando amigo meu aqui... – reclamei.
-Amanhã eu mando os que faltaram...
-Ok...