Justin narrando

-Justin meu amor... – ela veio de braços abertos, me deu um selinho.

-Oi... – dei um meio sorriso.

-Quem são as duas miniaturas? – ela perguntou sorrindo.

-É uma longa história Ana, eu te conto depois... – falei dando ombros.

-Tudo bem, mas quero que me explique tudo! – ela foi autoritária.

-Pode deixar, eu vou! – fiz continência.

-Pai ela é a miss ouro? – senti algo puxando a barra da minha calça, era Amy sussurrando.

-Essa mesmo! – Ryan deu um berro.

-Cala a boca animal! – gritei.

-Justin Bieber! – vários fotógrafos que estavam no local gritaram vindo em nossa direção.

-Scooter, código vermelho? – perguntei.

-O que é código vermelho? – as pequenas perguntaram.

-É corre! – Ryan gritou, pegou Anne, colocou em seu ombro e saiu correndo, fiz o mesmo pegando Amy.

Saímos correndo todos como loucos pelo aeroporto, mesmo com a enorme escolta de seguranças estava difícil passar pelo paparazzis, mas conseguimos, me senti um maratonista com 12 quilos no ombro.

Quando conseguimos chegar no meu avião, Christian já estava lá com a sua esposa Lorena, e as duas pestes que eles chamam de filhos. Sim, eu os convidei para a minha turnê, era um encontro dos velhos tempos.

-Fala irmão... – o cumprimentei com um toque de mão.

-Fala Biebs... – ele retribuiu rindo.

-Lorena, linda como sempre... – a abracei.

-Justin, bom ver você... – ela sorriu.

-Venham aqui com o titio! – abri os braços para Jake e Bernardo.

-Tio Justin! – eles vieram correndo e me derrubaram no chão.

-Bernardo! Jake! Deixem o tio de vocês respirar! – Christian pediu tirando os dois de cima de mim.

-Crianças adoráveis as suas... – falei recuperando o ar.

-Eu sei! – ele sorriu orgulhoso.

-Uns anjos... – Ryan balbuciou.

-E quem são essas duas fofas? – Lorena perguntou.

-Longa história... – falei levantando-me.

-Temos tempo para ouvi-la... – Ana falou sentando-se.

-Ta bom... – sentei-me ao seu lado, e comecei a contar tudo – Essas duas apareceram em casa dizendo serem minhas filhas... – abaixei a cabeça.

-Como assim? Elas devem estar mentindo! – Ana gritou.

-Pior que eu acho que não... – retruquei.

-Como você tem certeza? – ela perguntou – Devem ser filhas de uma prostitutazinha qualquer... – ela falou colocando a mão no meu ombro.

-NUNCA! – gritei, e segurei firme em seu pulso – Nunca fale nada da Maria! – bufei.

-Quem é Maria? – ela fez ironia ao dizer o nome.

-Bom pequenos vamos com o tio Ryan até a área mais legal do avião? – Ryan perguntou levantando-se.

-Qual tio Ryan? – Anne perguntou sorridente.

-Mexer nas bagagens dos adultos... – ele falou sorrindo, e as crianças o acompanharam.

-Como eu ia dizendo quem é Maria? – ela tornou a perguntar.                 

-Eu simplesmente não sei descrever, ela é apenas ela! – senti meus olhos brilhares, por estar falando da minha verdadeira amada.

-Interessante... – Ana mordeu-se.

-Gente... Meus filhos aprenderam a ler! – Christian falou sorrindo, provavelmente tentando quebrar o clima.

-Bom para eles... – Ana ironizou.

-Papai, olha o que achamos... – Bernardo apareceu com um sutiã dourado na cabeça, acompanhado pelo Jake, enquanto Amy e Anne estavam escondidas atrás de uma das poltronas, rindo.

-Eu vou matar esses pirralhos! – Ana gritou saindo correndo atrás dos garotos.               

-Calma amor... – falei tentando segurar ao máximo o riso.

-Belo sutiã Ana... – Ryan soltou uma longa gargalhada.

-É tudo obra sua né seu rato! – minha querida namorada cuspiu palavras na cara do meu amigo.

-Amor, você deve ter milhares... – falei rindo.

-Idiotas! – ela gritou enfurecida, trancando-se no banheiro.

-Eu mereço garota de TPM? – perguntei passando a mão no cabelo.

-Ninguém mandou namorar uma louca Justin... – Christian riu.

-Vocês também não aliviam né?! – Lorena zangou-se.

-Desculpa amor... – Christian amansou.

-Mulheres... Somos bem mais resolvidos que elas! – Ryan riu sentando-se na poltrona ao meu lado.

-Não sei o que você está falando, já que é só a Letícia parecer que fica mansinho... – falei rindo.

-Precisava espalhar para o mundo melhor amigo fofoqueiro? – Ryan perguntou zangado.

-Desculpe, não consegui me conter... – segurei a enorme vontade de gargalhar.

-Animal... – Ryan resmungou.

-Papai... – Anne veio em minha direção – Eu estou com soninho... – ela esfregou a mão no olho.

-Vai dormir... – falei.

-Justin! – Ryan berrou.

-Ta, Christian, o que eu faço? – perguntei.

-Tem que deixar ela deitar no seu colo cara, como você fazia com a Jazmyn... – ele explicou.

-Ok... Vem aqui Anne... – dei umas batidinhas em meu colo, ela logo veio e acomodou-se, acabou dormindo. Parecia um anjo ali em meu colo, ela fazia eu me lembrar muito a Maria, todos os seus traços eram parecidos com os da mãe.

*Flashback on*

-Vamos assistir um filme amor? – perguntei.

-Vamos... – Maria veio correndo, jogando-se na minha cama.

-Vai me derrubar mesmo? – perguntei rindo.

-Para de graça vai Bieber... – ela deu ombros.

-Tem pipoca? – perguntei.

-Só se você preparar... – ela falou indiferente.

-Ta né... – fiz beiço, fui até a cozinha e preparei pipoca de microondas, quando voltei Maria estava dormindo na cama – Nem me esperou... – falei sorrindo.

-Desculpa... – ela resmungou com a voz enrolada.

-Vem aqui... – sentei-me ao seu lado e coloquei sua cabeça em meu colo, fiquei passando a mão em seus cabelos, e acabei dormindo.

*Flashback off*

-Justin... – ouvi sussurros – Justin, acorda homem! – parecia um terremoto.

-O que? Onde? Como? – acordei assustado.

-Cara, você dormiu a viagem toda, e acho que sua namoradinha morreu no banheiro... – Ryan informou.

-Ah, deixa ela lá... – falei com um pouco de sono ainda – Anne acorda... – a balancei com cuidado.

-Só mais cinco minutinhos papai... – ela pediu.

-Temos que descer do avião filha... – espera eu disse filha?

-Ta... – ela falou levantando com certo desânimo.

Todos desceram menos eu que tive que tirar a Ana do banheiro.

-Ana sai daí vai amor... – pedi.

-Não saio... – ela fez birra.

-Olha, eu estou cansado, tenho uma turnê inteira pela frente, não tenho tempo para perder brigando... – desabafei.

-Justin, você tem noção do quanto custou aquele sutiã? – ela perguntou.

-Ah quer saber, fique ai! – gritei.

-Não Justin! Me espera! – ela saiu correndo do banheiro atrás de mim.

-Mulheres... – revirei os olhos.

-Bem vindos à Nova York! – Scooter anunciou agora ele estava devidamente vestido.

-Que seja... – resmunguei descendo do avião. No caminho até o avião notei que a Anne e a Amy estavam meio estranhas.

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Maria Narrando

-O popstar Justin Bieber esta em Nova York pessoal! Isso mesmo, e todos os ingressos para as suas apresentações estão esgotados! – desliguei a televisão na hora.

-Ah, graças a Deus a Anne e a Amy estão em Atlanta... – falei aliviada.

-O que foi Maria? – Joe perguntou.

-Nada não Joe... O Justin vai se apresentar aqui, você ficou sabendo? – perguntei.

-E quem não sabe? Parou a cidade inteira isso! – ele falou sem empolgação nenhuma.

-É... – fingi não ligar, continuei limpando as mesas da lanchonete – Acho que vou ligar para a Letícia, para ver como as coisas estão... – deixei o pano na mesa, e fui até um telefone público.

-Alô?

-Letícia?

-Isso mesmo...

-Sou eu, a Maria...

-Oi Maria, tudo bem?

-Tudo sim, e você?

-Bem...

-Como estão as minhas pequenas?

-Estão ótimas... – sua voz parecia trêmula.

-E eu posso falar com elas? – perguntei, meu instinto de mãe estava me dizendo alguma coisa.                

-Elas saíram com a minha mãe... – ela deu uma risadinha.

-E quando voltam?

-Eu não sei... Deixa que eu te ligo... Agora beijos, te amo, tchau... – ela desligou na minha cara, sinto cheiro de coisa errada no ar. E isso não vem da surpresinha que um cachorro deixou ao meu lado.

-Joe, eu acho que algo esta acontecendo... – falei entrando novamente na lanchonete.

-Você acha? – ele perguntou apontando para a televisão.            

Meus olhos não podiam acreditar no que estavam vendo, minhas pernas ficaram moles, eu perdi o chão que estavam embaixo dos meus pés, estava o Justin, a Amy e a Anne entrando em um hotel, com mais um monte de gente da equipe, o Ryan, o Chris, a Lorena, e uma loira que eu não sei quem é, provavelmente a atual namorado do Justin.

-Joe, eu preciso de um copo d’água... – pedi sentando-me em uma das cadeiras.

Milhares de coisas passaram pela minha mente, e se elas gostarem mais dele do que de mim, e se preferirem ficar com ele, será que ele ficou bravo, será que elas contaram tudo, eu preciso falar com eles.

-Joe, eu posso ir para casa? – pedi.

-Pode sim Maria, promete que ficará bem? – ele perguntou.

-Prometo...

Sai correndo até a minha casa, lá tomei uma boa ducha fria, e coloquei uma roupa ( http://www.polyvore.com/hey_daddy/set?id=25680438 ), peguei um ônibus e fui até o hotel.

-Me deixa passar! – fui empurrando os fotógrafos que estavam ali – As minhas filhas estão ai, me deixa passar, por favor! – eu gritava.

Encontrei com uma moça loira, no hall do hotel, logo pedi informação.

-Moça, eu sou mãe das crianças que entraram com o Justin Bieber nesse hotel, você os viu por aqui? – perguntei.

-Qual seu nome? – ela perguntou.

-Maria...

-Ah querida, o Justin mandou falar para você não o procurar mais, e que ele que vai ficar com as crianças agora... – a cada palavra dela meu coração sangrava.

-Mas como? – perguntei.

-Ninguém mandou o enganar falando que as meninas eram filhas dele... – ela debochou – Me poupe que Justin Bieber iria ter alguma coisa com uma desclassificada como você... – riu.

-Desclassificada? – ok, agora o meu salto vai voar na cara dela, perdi a pose – Escuta aqui o miss oxigênio, em primeiro lugar, você não tem o direito de falar nada sobre a minha pessoa, em segundo, quem é você? E terceiro, a sua correspondência acabou de chegar! – dei-lhe um tapa estalado na cara.

-Eu vou te arrebentar! – ela veio correndo gritando na minha direção.

Começamos a nos agarrar pelo cabelo, logo fomos separadas por seguranças, eu logo reconheci o Kenny.

-Kenny, manda eles me soltarem, você me conhece! – eu implorei.

-Me desculpe senhora, mas eu não te conheço. – ele disse sério.

-Kenny, a Maria, namorada do Justin... – tentei fazê-lo lembrar-se.

-Ex! – a loira gritou – Jogue ela embora daqui agora! – gritou, e eu fui levada para a porta de saída de incêndio do hotel.

-Hei, eu pago meus impostos! – comecei a bater na porta, sem sucesso – Sou uma trabalhadora! Tenho meus direitos! – ok, a quem estou querendo enganar, sou uma garçonete, que come de graça na lanchonete do melhor amigo, e ainda por cima sou mãe solteira.

Espera, será que o celular do Justin é o mesmo ainda? Peguei meu celular e disquei.

-Você ligou para Justin Bieber, deixe seu recado após o Biiiiiieber.

-Idiota! – gritei com raiva.

Eu preciso ver as minhas filhas, o que eu faço? Fiquei mofando naquela sarjeta por horas.

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Justin Narrando

-Chegamos! – abri a porta do meu quarto.

-Onde nós vamos ficar pai? – perguntaram.

-Scooter, peça outro quarto para a Ana, que a Anne e a Amy vão dormir comigo... – pedi.

-Ok Justin! – ele saiu, e as duas correram me abraçar.

-Você é o melhor papai! – Anne sorriu.

-Obrigado... – eu me senti um bobo naquele momento, fiquei babando por aquelas pequenas, acho que sou o pai mais feliz do mundo.

-Papai brinca com a gente de cavalinho? – elas perguntaram.

-Claro Amy... – sorri – Quem vai primeiro? – perguntei.

-Eu! - Amy gritou.

-Então pula aqui... – virei de costas, ela subiu na cama e pulou nas minhas costas, eu sai correndo como idiota pelo hotel. O Kenny pegou a Anne, e correu conosco.

Quando chegamos à recepção encontrei com a Ana, ela estava com um olho roxo, e o cabelo todo embaraçado.

-O que aconteceu? – perguntei assustado, e tentando segurar o riso, já que estava muito engraçado.

-Uma fã louca sua me bateu... Espero que você tome providencias... Elas tem que aceitar que vamos nos casar... – ela estava entre lágrimas.

-Casar? – berrei, ajoelhando para Amy descer.

-Oh Justin, é claro que aceito... – ela segurou minha mão, e os fotógrafos tiraram várias fotos.

-Eu não acredito! – gritei deixando-a sozinha ali, peguei Amy e fui até meu quarto.

Quando entramos no meu quarto, me joguei na cama, Amy veio atrás e sentou-se ao meu lado.

-Você vai casar com ela papai? – ela tinha um tom triste na voz.

-Eu não quero...

-Mas Justin, não faça nada obrigado, você tem o direito de escolha, vive em uma democracia, defenda a sua opinião, e a sua escolha... – Anne que também havia visto tudo opinou.

-Você é uma criança mutante ou superdotada de inteligência? – perguntei pasmado pela sua habilidade com as palavras e seu conhecimento.

-Na verdade eu li alguns livros de auto-ajuda da mamãe... – explicou.

-A Maria lê livros de auto-ajuda? – perguntei assustado.

-Depois de tudo o que ela passou queria que fosse a pessoa mais sorridente e sem problemas do mundo? – Amy foi sarcástica.

-Vocês não existem... – falei meio abobado.