Traume - Tudo Pode se Realizar, escrita por Flaa_Sis
Notas iniciais do capítulo
Finalmente os gemeos aparecem, os G's é so no proximo.
Enquanto tomávamos café-da-manhã e nos preparávamos para irmos pra verdadeira casa do meu pai, ele me contava que aquela era a casa de uma prima dele que morava no interior e emprestou a casa pra ele passar uns tempos comigo.
Meu pai e a família moravam a 40 minutos do centro, em um bairro residencial tranqüilo, com sobradinhos brancos, jardins bem cuidados e fontes no meio de cada um deles. A casa em que estacionamos parecia deserta, mesmo com dois carros lindos na garagem, mas meu pai afirmou que todos estavam em casa nos esperando.
-Não se preocupe – disse ele, descendo do carro, me deixando confusa – Eles devem estar ensaiando, nada de mais.
Entramos pela sala de estar iluminada e modernamente decorada, igual a todo o resto da casa, como eu pude perceber. Assim que meu pai trancou a porta, uma mulher de cabelos castanhos saiu de outro cômodo me pegando pelos ombros e me abraçando.
- Oi, você deve ser a Gabe.Sou a Simone, prazer, seu pai fala tanto de você. Esta gostando da Alemanha? Seu pai esta te tratando bem?
-Oi, prazer Simone – respondi timidamente – Esta tudo bem sim, não precisa se preocupar.
- É, meu amor – disse meu pai me puxando dos braços dela – É claro que eu cuidei bem dela. Deixa ela respirar um pouco.
- Haha, desculpa gabe – ela disse envergonhada – É que estávamos todos muito animados com a sua chegada. Vamos levar suas coisas para cima e mostrar a casa pra você.
Simone me mostrou o andar de cima, um corredor comprido com duas suítes, um quarto de visitas (que seria o meu durante esses dois meses) e um banheiro. Já o andar de baixo tinha o quarto deles, a sala de estar e uma sala de jantar linda, a cozinha com uma porta que levava para o quintal de fundo.
-Bom, tem o jardim la fora – disse Simone quando chegamos na cozinha – mas esse você tem que ver sozinha.
-Tudo bem Simone- disse e comecei a ajudá-la a fazer o almoço – depois eu vou la.
Enquanto fazia o almoço Simone me perguntava coisas sobre minha vida e sobre como meu pai se virou sozinho comigo esses 8 dias. Gordon chegou e começou a se defender e a ajudar com a comida. Quando já estava quase pronto Simone disse:
-Cadê esses meninos que não chegam logo. Vou chamá-los.
Depois de uns 5 minutos que havia saído pela porta dos fundos, Simone entra na cozinha acompanhada de um menino. Ele tinha tranças no cabelo preto, um piercing muito sexy no lábio inferior e usava roupas que pareciam ser uns 4 números maiores que ele. Entrou sorrindo pra mim.
-Filho, essa é a Gabe – disse Simone nos apresentando – Gabe, esse é meu filho Tom.
-Prazer ‘maninha’ – disse Tom me abraçando – bem vinda a Alemanha e a nossa casa.
-Prazer Tom- respondi – obrigada.
-E o Bill, onde esta? – perguntou meu pai
-Estou aqui, Gordon – disse uma voz suave vindo do jardim.
Quando me virei pra olhar o dono da voz, me surpreendi. Parado ali na porta estava um garoto alto e magrelo, com um jeans preto e uma camiseta também preta simples. Ele era bem branquinho, com um tipo de moicano no cabelo, uma maquiagem preta e unhas pintadas. A primeira vista o achei estranho, mas quando ele sorriu e veio na minha direção, fiquei maravilhada com ele e com o perfume, que mesmo de longe eu sentia
-Oi, você deve ser a Gabe – disse ele sorrindo mais ainda e me abraçando – Eu sou o Bill.
-Oi Bill – disse sentindo mais ainda seu perfume – Prazer.
Ele também se sentou ao meu lado para nosso almoço tardio, já que era mais de 4 horas. Posso dizer que foi o almoço mais estranho da minha vida. Eu sentada naquela mesa, com quatro, quase, estranhos, falando sobre minha vida pra eles em alemão.
O almoço foi rápido, e quando todos terminaram, os gêmeos subiram para tomar banho, e meu pai e Simone precisaram sair para comprar algumas coisas, mas antes de sair eles disseram:
-Gabe, sinta-se em casa realmente – disse meu pai – Qualquer coisa que precisar pode pegar ou peça aos meninos.
-E acho que seria legal você ir ver nosso jardim – disse Simone.
-Tudo bem – respondi aos dois enquanto deixavam a cozinha – Fiquem tranqüilos que eu me viro.
Fiz o que Simone disse porque estava muito curiosa e fui ver o jardim. Sai pela porta de vidro e , por um segundo, pensei ter entrado em um conto de fadas. O jardim tinha um gramado bem verde, com alguns arbustos de flores coloridas, alguns bancos de madeira no centro e três grandes arvores ao fundo. Uma delas tinha um balanço virado para uma pequena cachoeira artificial no canto.
Sentei no balanço e fiquei ouvindo o som da água enquanto digeria todas as novidades que me aconteceram nos últimos dias. Fiquei realmente viajando em pensamentos e nem percebi o tempo passar.
-É lindo aqui, não? – disse uma voz atrás de mim me assustando.
-É sim, parece um conto de fadas – disse me virando e me deparando com Bill.
-Eu quase não tenho tempo de ficar aqui – falou se sentando ao meu lado – mas sempre eu passo para dar uma olhada aqui. Me dá uma paz, sabe? Parece que todos os problemas passam e se resolvem aqui.
-E parece que o tempo não passa aqui – respondi olhando no relógio - Eu passei quase uma hora aqui pensando e nem percebi.
-Pensando no que? – quis saber Bill.
-Em tudo o que aconteceu – respondi – acho que essas serão as melhores férias que eu já tive.
...
Depois que Gordon e Simone voltaram e jantarmos, eu fui direto pro ‘meu quarto’ arrumar minhas coisas e cair na cama. Antes de dormir meu pai passou la.
-Tudo bem filha?Gostou da Simone e dos meninos?
-Tudo sim, pai. Claro que sim- respondi já deitada- Não conversei muito bem com ninguém mas foi so o primeiro dia. E eles gostaram de mim?
-Claro que sim – disse meu pai me dando um beijo e saindo – Acho que eles estavam mais animados com sua chegada do que eu. Boa noite, filha.
-Boa noite, pai – respondi sabendo que realmente seria.
Tudo, a partir daquele momento, seria muito bom.
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Espero que tenham gostado. Desculpa a demora.
bgs bgs