CAPÍTULO 13

Meu coração disparava ao ver aquele garoto parado na porta, ele era tão lindo, tão perfeito, minha respiração parou e eu sorri de alegria. Levantei da minha cadeira e fui correndo ao seu encontro.
- Draco. Ai estava tão preocupada. – eu disse assim que cheguei perto dele e o abracei.
- Calma Mi, eu estou bem. – ele disse nos afastando.
- Mas por que você saiu ontem à noite e voltou só agora? – não era essa a pergunta que eu queria fazer realmente.
- Estava ocupado. Mas agora estou aqui não estou?! – ele disse com um sorriso tão perfeito que eu me acalmei.
- Sim está. – estava feliz por não ter acontecido nada a ele, então eu o beijei, e mais uma vez - como toda vez acontece quando eu o beijo –, eu me esqueci de como se respira.
- Hum... Mi, calma. Eu estou bem. – ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou: - Minha Morena, Eu Te Amo pra sempre, pra sempre, pra sempre. – ele disse cada palavra com amor e carinho e me beijou de novo. Esquecemos por um momento de que havia pessoas no observando.
Ele era muito importante pra mim, eu sabia que estava acontecendo algo e ele não queria me contar para que eu não ficasse preocupada, mas eu sabia o que estava acontecendo e lutaria até o fim por ele. Não importa o que nos atrapalhasse, não importa quantos obstáculos teríamos que passar, eu estaria ao lado dele para toda eternidade.
- Hum... Mi vamos pras nossas mesas, acho que já chamamos bastante atenção. – disse ele assim que se afastou de nosso beijo. Eu me virei para trás para me certificar se o que ele falara era verdade ou era só uma maneira de me distrair para que eu perguntasse o que estava acontecendo.
- É! Concordo. Hum... Draco, depois eu preciso falar com você. – tinha mesmo pessoas nos olhando, e eu não queria chamar mais atenção.
- Claro Amor! – então ele foi para sua mesa, e eu pra minha.
Cheguei à mesa e ninguém disse nada, Rony ainda estava calado e eu tinha certeza de que ele queria me perguntar algo.
- Anda logo. Pergunta Ron. – eu disse.
- O que foi aquilo? Meu Merlin, vocês se beijaram como se vocês dependessem daquele beijo. Mi o que está acontecendo? – Rony perguntou assim que eu permite que ele perguntasse logo e eu ri.
- Rony, calma, não está acontecendo nada. Eu só estava preocupada com ele, por que ele tinha faltado todas as aulas hoje, está tudo bem. – eu dei um olhar de aviso a Kim, para que ela não desmentisse ou completasse nada e ela percebeu o meu aviso.
- Hum... Se você diz. – Rony deu de ombros, mas eu sabia que ele estava curioso em saber o que estava acontecendo. Eu olhei pra mesa da Sonserina e vi Draco conversando com Haniel, provavelmente contando o que havia acontecido.
O resto das aulas passou tranquilamente, Draco e eu, sentamos junto quando as nossas aulas eram juntas. Ele estava mais atencioso, e muito preocupado, ele tentava esconder essa preocupação, mas eu o conhecia muito bem, eu podia ler o seu rosto. Esperei até que acabassem as aulas e estivéssemos em nosso quarto.
- Draco. Eu... – ele me interrompeu com um beijo.
- Hermione, eu sei que você sabe de tudo. Haniel me contou. Me desculpa por não ter te contado, me desculpa. – ele começou a chorar e se sentou na poltrona mais próxima de nós dois.
- Draco. Amor, que isso?! Calma. Está tudo bem. – eu me sentei em seu colo e o abracei tentando acalmá-lo.
- Não, não está. – ele disse entre soluços enquanto se afastava de meu abraço.
- Por quê? O que aconteceu Draco? – ele estava em estado de choque, e eu não conseguia acalmá-lo.
- Meu pai descobriu que estamos namorando...
- Sim. E?
- Hermione, você é uma... – ele se interrompeu, não queria dizer a palavra.
- Uma sangue-ruim, e você um sangue-puro. Seu pai não aceitou isso, então pediu pra que você terminasse comigo. É isso? – eu completei tudo que ele começou a dizer.
- Sim, é. Mas tem mais. – ele não me olhava nos olhos, sua cabeça estava baixa.
- Draco. Me fala, não importa o que seja, eu não vou te deixar. Eu morreria por você.
- NÃO. – sua voz subiu algumas oitavas. – Não diga isso. Nunca mais. – algo sério estava acontecendo.
- Draco, por favor. Me conte logo.
- Meu pai pediu que eu terminasse com você, e como eu disse não, ele chamou Voldemort, e contou tudo. E... – ele hesitou. – E Voldemort me deu um tempo de um mês para terminar com você. - Minha respiração se acelerou. – Caso contrário, ele virá até nós pessoalmente, e... – ele não completou.
- E vai nos matar. – eu disse completando a sua frase. Ele se encolheu, e mais lágrimas começaram a cair de seu rosto, e pra minha surpresa, eu também comecei a chorar.
- Eu não vou permitir que ele lhe faça mal algum. – eu analisei essa frase calmamente.
- NÃO. – eu gritei assim que percebi o que ele queria dizer com aquela frase. – Não Draco, não. Você não pode enfrentá-lo, e nem terminar comigo. Draco, isso só vai piorar. NÃÃÃÃO. – eu o abracei lhe suplicando.
- Eu não vou enfrentá-lo, eu acho.
- Mas também não pode terminar comigo. – ele não respondeu. – Draco, Não. Eu te amo, não faça isso comigo.
- Mas Mi, eu te amo tanto que não quero te perder. – eu entendi o que ele queria dizer, ele não queria me 'perder', ele não queria que eu morresse.
- Draco. Não, por favor. Olha pra mim. – ele hesitou. – Olha pra mim. – mas olhou. – Você me ama?
- Você ainda tem dúvidas?
- Então não me deixe. Voldemort sabe que eu sei que você é um aprendiz de comensal né?!
- Não sou mais. Eu fui obrigado a ser um comensal, meu pai me transformou num monstro. – ele dissera cada palavra com raiva.
- Você não é um monstro, nunca foi. Agora, não importa se você me deixar, eles viram atrás de mim, e se estivermos juntos, poderemos vencer. – ele sabia que eu estava certa.
- Mas o que vamos fazer?
- Vamos falar com Harry.
- Não... Não... Não... Miii.
- Draco, ele é nossa única esperança.
- Pra você né. Eu prefiro enfrentar Voldemort sozinho.
- Draco, para de ser tão birrento, para com essa rivalidade com o Harry. Nós vamos falar com ele agora. – eu disse me levantando.
- Espera. – ele me puxou de novo para seu colo. – Minha morena, eu te amo. – e seus lábios encontraram-se com os meus novamente.
- Vamos. – eu disse afastando-me dele e indo para a porta, ele hesitou um pouco, mas não resistiu e me seguiu.