Eu já não sabia mais o que fazer, eles se entre olharam e eu não estava entendendo nada. Não entendia nada.

-Me fala em que logo!

-Não... Não é...Nada...Temos que ir...Ir...Ir para casa. -Luca tentava achar palavras

-Mas... -eles haviam partido. Tantos mistérios como esse irmão que chegou o nada, os sumiços sem sentido eles e do nada, me intrigava do mesmo jeito que me irritava. Eu sabia que tinha alguma coisa com eles e não sei por que mas eu lembrei do medalhão, do sonho, de tudo que aconteceu desde que vi o Luca pela primeira vez.

     Fui para casa. Não havia nada a se fazer. Fui para casa pensando no Luca, no Jason e no... No misterioso do medalhão que havia achado misteriosamente em minha mochila.

-Cheguei! -gritei

-Oi filha -Minha mãe parecia cansada e havia papeis em cima da mesa e no sofá tinha meu pai com a mesma expressão da minha mãe

-O que houve? Por que vocês estão assim?

-Não é nada, eu e seu pai só estávamos conversando. Estávamos preocupados com você minha filha -havia até esquecido sobre meus pais, que na verdade eles foram o motivo para eu ver o Luca e o James e tudo o que aconteceu.

-Eu fui dar uma volta, eu vou subir

-Mas filha... -enquanto minha mãe dizia, corria para meu quarto.

        Pulei em cima da cama. Minha vida estava totalmente confusa. Fui em direção ao meu armário e peguei minha caixinha retirando de lá o medalhão escrito "DieAngells" e eu percebi duas letras pequenas logo em baixo da escritura no medalhão e as letras eram "LD", nem imaginava o que era. Peguei meu note book e fui direto para o google e fui procurar essa tal palavra ''DieAngells''. Achei muito sobre esses tais anjo a morte, sobre lugares onde eles freqüentam como lugares abandonados como se fosse... Igual a casa abandonada que Ali disse que sempre falam que é a segunda casa sobre anjos da morte. Fiquei assustada e empurrei não com muita força meu note book. Respirei fundo. Peguei ele de novo. E procurei mais. Sobre como eles são tipo, pele pálida, aspectos obscuros, olhos que mudam de cor, desaparecem, se afastam de mortais a menos que queiram algo com eles e passam ódio pelos olhos. Agora já não sabia mais o que fazer. Fui direto dormir, era muita coisa para eu agüentar. Fui escovar os dentes quando ouvi meus pais.

-O que quer que eu faça? -então eles ouviram meus passos e começaram a sussurrar.

       Fui direto para a cama, era cedo mas tinha que pensar. Passou meia hora e eu não conseguia dormir. Queria resolver logo tudo isso, ir procurá-lo mas não queria passar pelos meus pais. Olhei para a janela e tive uma idéia. Havia uma árvore lá então resolvi descer por ela. Minha casa tinha dois andares. Quando fui descer me cortei no braço um pouco e começou a arder mas segui em frente. Na rua não havia ninguém, pensava em pedir ajuda a Alice mas não sabia se ela iria poder me ajudar ou pelo menos acreditar em mim. Fui para a casa abandonada com esperanças deles terem voltado. Fui correndo pela rua. Quando cheguei lá já estava cansada de correr. Poderia ser perto de minha casa mas quando você corre e tem um fôlego como o meu você se cansa bastante e um pouco rápido. Fui andando ate entrar na casa. Não havia ninguém, pelo menos ninguém que minha visão conseguia enxergar. Entrei mais do que já havia entrado. Foi então que ouvi sussurros e me virei rapidamente, morria de medo, poderia ser alguém, era o que pensava mas alguém não, um... Um... Não conseguia dizer.

-Eu sei que tem alguém aqui! -rapidamente chegou um homem e colocou a mão em minha boca. Ele era alto, aparentava uns 30 e poucos anos, vestido todo de preto e tinha cabelo preto, poucos mais havia. Olhos vermelho-sangue.

-Quem é você?

-Ca-Ca-Car-Carter -tremia muito, estava assustada.

-Como você poderia saber que havia alguém aqui?

-Eu sei o que você é! -ele fez cara de quem não entendia.

         Na mesma hora ouvi um barulho e ele também, ele desapareceu mas ele não desapareceu num passe de mágica, ele correu, foi algo rápido de mais para uma pessoa normal. Lembrava-me alguns filmes paranormais que já havia visto. Na mesma hora comecei a correr para fora da casa. Por hoje já chega, já bastava toda aquela aventura comigo que não entendia o por que. Fui direto para casa. Tinha esquecido de pegar as chaves então tive que tocar a campainha porque não dava para escalar a arvore de novo para subir para o meu quarto.  Toquei a campainha. Meus pais pareciam surpresos por me verem na porta de casa mas também não era por menos já que eles pensavam que eu estava em meu quarto e como nunca havia fugido pela janela nem nada. Abracei-os bem forte.

-Pai, eu não quero que você se separe da mamãe! –eles me olharam forte sem saber o que fazer

-Oh filha

-Calma filha –minha mãe disse- como você chegou ate ai? –minha mãe disse para mudar o assunto porquê não queria tocar no assunto da separação

-Eu sai pela janela. –olhei para eles fazendo uma carinha de culpa

-Filha... –de novo eles não sabiam o que falar.

-Eu vou dormir, preciso descansar –eles me olharam e deram um suspiro

-Ta bom, vai lá filha

        Subi para o meu quarto, afastei meu note book e fui deitar. Era muita coisa para eu agüentar. Tudo isso me fazia pensar sobre coisas sobrenaturais, sobre filmes sobre vampiros, monstros, bruxas, etc. Será que é tudo verdade ou é minha cabeça, não poderia ser minha cabeça. Estava começando a pirar. Onde ele deveria estar? Ele não estava na casa abandonada que era como se fosse sua segunda casa. E sua casa mesmo? Onde ele mora? Muitas perguntas sem pra quem perguntar no momento. A separação dos meus pais, isso de mortais, anjos da more, o medalhão. Não consigo juntar muito o medalhão com o Luca nem o James. Como o medalhão foi parar em minha mochila e por quê? A única coisa que sabia era que havia um mistério ainda sem solução mas se depender de mim ele acaba agora!