O que Otempo se Nega a Apagar. escrita por Deeh-chan


Capítulo 15
Amores Destruídos.


Notas iniciais do capítulo

Gente, demorei porque eu estava sem Internet.
Quase morri ¬¬
Enfim, aqui esta para vocês.
A explicação do passado da mãe, e mais um pouco de drama.

Reviews?

Os próximos capítulos, serão os esclarecimentos.



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Minha raiva era tamanha, que por momentos eu pensei que iria surtar sem pensar duas vezes.

__O que você?!

__Vim lhe ver...

__Não quero você! –Tentei fechar a porta, mas logo ele me impediu.

__Espera...

__O que?! –Eu estava perdendo a cabeça.

__Tenho uma coisa que você precisa saber...

__Nada que venha de você me interessa!

__Algo que envolve sua mãe!

__Como?

Ele mudava por completo sua expressão. Agora estava sério, olhando diretamente para os meus olhos, tentando me implorar para deixá-lo falar.

__Não vou fazer nada, quero lhe pedir desculpas...

__Não acredito em você! Saiba que desce jeito você nunca terá a minha admiração, somente o meu desprezo!

__Eu sei...

Naquele instante, resolvi me calar para ouvi-lo, via em seus olhos arrependimento, e pelo visto ele tentava se explicar para mim. Agora eis a questão, acreditar ou não.

__Não sei... –Eu estava tremendo.

Ouvia Naomi cantar alegremente na banheira, minha filha estava lá, eu não podia deixar escapar nenhum sinal de escândalo.

__Por favor, você me conhece, já te ajudei tanto na empresa...

__Você estragou a minha vida!

__Eu imploro, preciso fazer o que é certo, mesmo não tendo o seu amor, não querer perder sua amizade...

__Vai precisar mais que isso para me ter como amiga...

__Eu não sou mal Caráter... Tome isso... –Ele colocou as mãos do bolso, e dele retirou um envelope cheio.__Sua mãe me deu isto...

Eu retirei minhas mãos tremulas da porta, e peguei o envelope de suas mãos, e quando abri, fiquei espantada.

__Dinheiro, muito dinheiro!

__Ela me entregou isso... –Ele foi se aproximando mais.__Dizendo que queria que eu te reconquistasse, para te separar definitivamente do seu marido...

Eu apertei o envelope em minhas mãos, não aceitando naquilo. Esse era o dinheiro que ela supostamente dizia guardar para mim.

__Minha mãe não faria isso...

__Faria, ela disse algo em relação ao nome ‘’Uchiha’’...

__Mais, ela não teria motivos... -Eu me virei, e dei de frente com ele, ali me olhando seriamente.__Você pode estar mentindo! –Eu me afastei ao vê-lo tão perto.

__Então você não acredita?!

__Claro que não... –Eu me calei então, ao lembrar algumas coisas que a minha mãe andou dizendo.__Não sei... Você vem aqui, me dizendo essas coisas, sabendo de tudo o que você já fez...

__Eu entendo...

__Quer que eu acredite de cara?! Eu não te amo, guarde isso na sua cabeça!

__Não é sobre isso! Você não esta vendo, eu vim lhe dizer uma coisa séria, ela me contratou para te separar dele, e eu supostamente aceitei, para vir lhe proteger do que for que ela esteja planejando...

__Ah, proteger?! Para depois eu me arrastas sobre os seus pés, te adorando?!

__Por favor! –Ele então gritou.

Eu me calei, estava nervosa, confusa, não queria escutá-lo.

__Mamãe...

Então ouvi Naomi sussurrar, e quando me virei, ela estava parada na porta, enrolada a toalha, com os cabelos molhados, me olhando assustada.

__Ele, aqui, você esta chorando?

__Não, não! Meu amor... –Eu corria até ela, para acalmá-la.

Naruto somente observou tudo, me vendo desesperada consolando minha filha, vendo o quanto eu lutava para deixá-la fora de tantos problemas que eu tinha, ela não precisava saber de nada, poderia continuar vivendo feliz, deixando todos os problemas para mim, essa era a minha maior preocupação.

__Pode ir se vestir, ele veio olha ali, me trazer flores...

__Ah...

Eu estava desesperada, fingindo um sorriso forçado, para que ela pensasse que tudo estava indo bem, e que eu estava tranqüila.

__Vai, depois teremos presentes...

__Nossa! –Ela sorria.

__Vamos, vamos, vai se trocas, teremos visitas... –Eu sorria para ela, batendo palminhas, e a empurrando para o quarto.

__Vou vestir que roupa?!

__Seu, seu, vestido, aquele, rosinha, lindo...

__Mais eu...

Então fechei a porta, deixando Naomi no quarto.

__Você... Protege muito essa menina...

Eu fiquei parada na porta, com as mãos a cabeça, exausta, com tantas notícias ruins.

__Por favor... –Então o olhei, segurando as lágrimas.__Olhe para mim, e, por favor, não perturbe o Natal da minha filha!

Ele se assustou ao ouvir o meu lamento.

__Chega! Toda hora uma noticia ruim! Eu não agüento mais! Vai embora!

Apontei para porta, e logo abri violentamente, tentando não gritar, pois a vontade era muita.

__Saia!

O silencio rondou a sala.

Dando alguns passos, ele deu meia volta e andou até a porta onde eu estava parada, e passou por mim, olhando diretamente nos meus olhos profundos e agora cheios de água.

__Um dia ela vai te agradecer, não se culpe, você é uma boa mãe, eu te admiro por isso...

Seu sorriso era carinhoso e gentil, seu olhar luminoso, pelo visto sincero.

__Vou deixar você, as flores eu trouxe em forma de desculpas, e o vinho foi para alegrar a sua ceia...

__Saia... –Eu sussurrei, ao senti-lo tão perto, queria gritar, queria bater em alguma coisa, mas eu tinha que me conter.

__Tudo bem, agora, se eu fosse você, eu ligaria para sua mãe...

Ele andou até os degraus embaixo da porta, e se voltou para mim, encarando-me.

__Se fosse tudo mentira, eu não lhe entregaria um saco de dinheiro alegando ser da sua própria mãe, toma cuidado com qualquer boato que ela venha lhe dizer, e parece ter alguma coisa haver com o seu marido, alguma trapaça...

Logo ele sorria.

__Adeus... –Então se retirou, andando, sem olhar para trás.

Eu fechei a porta imediatamente, paralisada, assustada, confusa, perplexa com tudo aquilo, seria mentira? Ele não viria aqui alegar algo tão perigoso, e ainda me entregar todo esse dinheiro, um dinheiro que eu sei que é meu. Impossível minha própria mãe ter feito isso.

Mais logo, tudo se encaixou, eu comecei a me lembrar, escorada a porta, com as mãos apertando violentamente o pacote de dinheiro, parecia tudo estar claro, seria uma suspeita.

Flashback.

12/05/1986

Eu tinha Oito anos, uma criança inocente trancada em um quarto, brincando com a sua boneca. Uma menininha, que morava em um bairro solitário, deprimente, e sem crianças, somente velhos. Era obrigada a me trancar dentro de casa, imaginando e brincando com as pequenas mocinhas de pano que eu mesma fazia, e uma delas era a Pequena Naomi, minha boneca preferida, a qual eu chamava de ‘’Filhinha’’.

__Vamos pequena Naomi, vamos trocar de roupinha... –Eu criava as roupas de pano, retalhos e tudo o que tinha.

E foi em um dia comum e normal, que enquanto eu brincava, comecei a ouvir gritos seguidos de uma forte batida na porta.

__Desgraçados!

__Mamãe...

EU me espantei ao reconhecer a voz.

Minha mãe entrava gritando, seria o seu horário de vir embora, mas ela sempre era discreta, e hoje teria vindo mais cedo e acompanhada de um homem.

__Acalme-se Yoda!

__Não vou me acalmar! Eles vão pagar pelo que fizeram!

Assustada com os gritos eufóricos, eu inventei de descer lá embaixo ate as escadas para ver melhor o que estaria acontecendo.

__Fique aqui pequena Naomi... –Eu corria rapidamente ate a minha cama, e pousava delicadamente a boneca entre os lençóis, e logo voltava a me esquivar pela porta.

Naquela época, eu usava um longo vestidinho verde, e o cabelo levemente trançado, deixando alguns dos fios rosados caírem livremente pelo rosto, escondendo meus olhos verdes.

__Você viu como eles falaram comigo!

Os gritos eram maiores cada ponto que eu me aproximava, e quando estava ao ponto suficiente da escada para ver e ouvir, minha mãe derrubou um vaso a força para o chão, e começou a rasgar todas as toalhas de mesa, aquilo foi horrível para mim, minha mãe chorava, e o homem que com ela estava a abraçava, tentando consolá-la.

__Não fique assim...

__Eles me demitiram, e por sinal não querem me dar indenização, só porque aquele desgraçado me acusou de algo que eu não fiz!

__Porque, o que você fez?!

__Me acusaram de roubo! Algo que eu não fiz, e mesmo sabendo disso, por mero orgulho, aquele idiota, dono daquela merda gosta de mim, e só por que eu estou com você, ele me despede desse jeito!

__Mais você...

__Não! Claro que não! Odeio aquele Uchiha idiota! Odeio todos! Odeio aquilo tudo!

__Acalme-se...

__Não, ele casou minha licença de trabalho, não posso voltar a fazer nada!Mais isso não vai ficar assim! Eu vou lá amanha mesmo tirar satisfação nessa historia! E quero que você vá junto para ele ver tudo!

__Tudo bem, tudo bem...

Eu não podia entende muito bem, mais eu sabia que se a minha mãe estava chorando, não era um bom sinal.

Naquele dia, eu não consegui dormir de noite, me abracei á pequena Naomi, e de leve ouvia minha mãe na cozinha, resmungando alguns choros solitários.

Só sei que na manhã seguinte, minha mãe voltou desesperada e chorando, angustiada e gritando, e no próximo dia, eu fui ao enterro, do homem que estava com ela naquela noite.

Ele teria sido assassinado. Estava morto depois daquela visita.

Depois daquele dia, minha mãe mudou. Ficou fria e chorona, depressiva, era como se ela soubesse de alguma coisa mais se recusasse a me contar.

Fim do Flashback.

Naquele momento, eu sabia o que fazer. Com as mãos tremendo, eu peguei o telefone da mesinha ao meu lado, ignorando as flores e o vinho.

__Naomi...

Eu não podia estragar o Natal dela, mas também deveria ligar para ela. O que fazer agora?

__Droga, droga!

Pensar que a minha mãe poderia ter feito tudo isso, as suspeitas, a mesma historia que a minha filha e eu vivíamos, verdades escondidas, amores destruídos.

Continua.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ; )



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