P.O.V Josh

Reneesme não havia ido à escola ontem, coisa que é muito estranho, já que raramente falta, e quando falta seus irmãos a justificam, e nem isso ontem fizeram. Ou seja, realmente estranho.

Mandei-lhe mensagens, liguei várias vezes, deixei recado na secretária eletrônica, e nada, nenhum telefonema, mensagem, nenhum sinal de vida

Estava seriamente preocupado. Será que aconteceu algo? Esta doente?

Se ela faltasse novamente, estava decidido a ir procurá-la em sua casa, e apesar de namoramos há seis meses, raramente eram as vezes que ia La, a idéia em si já me dava medo, seus irmãos, principalmente Edward me causava uma sensação de medo, ele sempre me olha pelos cantos dos olhos, e lança olhares furiosos pro meu lado, como se lesse meus pensamentos.

Mas, por ela eu iria pra Lua se preciso fosse, pois além de namorados éramos amigos, ela foi uma das pessoas que mais me ajudaram a sair da vida que estava depois da morte dos meus pais há dois anos.

E As lembranças da noite do acidente ainda estão nítidas na minha mente

Flashback on

Já passava das 12 h, quando terminou a festa na casa de Marcos,meu amigo. Meus pais ligaram e mandaram os esperar do lado de fora da casa, pois iriam me pegar de carro, já que ainda não tinha um carro só meu. Não se passou nem 15 minutos, eles chegaram.

Estavam com minha irmã mais nova, Clarisse, de 14 anos, tinham acabado de voltar de uma festa de casamento.

- E ai filho como foi à festa? – mamãe perguntou, assim que entrei no carro, sempre muito atenciosa, com tudo o que me dizia respeito

- Foi ótima, todos da sala foram, e dançamos muito.

Depois de responder,olhei pro lado e Clarisse se encontrava dormindo, chega estava roncando, encostada na janela. Como um bom irmão mais velho, que sou me aproximei bem devagar perto dela, e lhe dei um susto enorme, fazendo eu quase me acabar de tanto rir, e levar várias bofetadas no braço.

- Josh! Já pedi para você parar de brincar desse jeito com sua irmã – mamãe repreendeu, virando-se de costas, para ficar de frente pra mim

- Isso mesmo Josh – papai falou

Fiz que sim com a cabeça, reprimindo o riso, fazendo com que ela me deu outra bofetada. Todos riram.

Mas, os risos não demoraram.

Meu pai ao virar-se de volta ao volante não percebeu que um caminhão vinha em alta velocidade em nossa direção, papai tentou desfiar, porem, já era tarde.

E Foi assim no meio de muitos risos, e alegria, que meus pais se foram, sobrevivendo apenas eu e minha irmã.

Flashback off

Desde então, minha vida não é mais a mesma, moramos, eu e minha irmã, na casa da nossa Tia Beatriz, que apesar de dizer que nos ama, nos trata com indiferença, desprezo, e ate repulsa às vezes.

No primeiro ano da perda deles, me distanciei de tudo e de todos, abandonei a escola, passei a freqüentar festas, boates, e ate entrei no mundo das drogas.

Mas,quando conheci Reneesme,minha vida mudou. Parei de freqüentar festas, voltei aos estudos, e tive que aprender a ter responsabilidades, já que tinha que cuidar de Clarisse.

Balancei a cabeça tentando afastar essas lembranças da minha mente, porém era impossível, elas estavam gravadas na minha cabeça.

O sinal havia acabado de bater, e nada ainda de Reneesme, resolvi então fazer como havia pensado, ir pra aula e quando terminasse ir à sua casa.

- Josh,Josh – pra minha alegria reconheci logo a voz,era Renneesme

Virei-me e ela estava parada de frente ao carro, passei por todos como um furacão, ate chegar ate ela.

- Amor, fiquei preocupado com você, porque não me ligou?

- Desculpa, eu precisava ficar sozinha – ela disse triste e sem olhar nos meus olhos – Precisamos conversar.

- Tudo bem, no final da aula agente sai pra passear naquele parque que você tanto gosta – eu disse

- Não, não pode esperar, tem que ser agora – ela disse e pegou pelo meu braço me guiando ate seu carro.

P.O.V Reneesme

Não tinha como adiar essa conversa, tinha que ser agora.

No começo não sabia muito bem pra onde iríamos, mas também o lugar não importava muito, quando já estávamos longe o bastante da minha família, parei o carro e desci.

Ele sem entender nada, apenas me acompanhou e esperou eu falar.

Era chegada à hora da verdade, não tinha mais como adiar, era agora ou nunca. Engoli seco, e falei:

- Estou grávida