- Reneesme já estou com os resultados dos exames – Vó Carlisle anunciou descendo as escadas. Fazendo com que todos o olhassem.

Eu estava sentada no sofá, envolta dos braços da minha mãe, minhas pernas estavam bambas, meu coração pulsava rápido, mamãe percebeu meu nervosismo e me apertou mais em seu peito.

- Você esta grávida! – ele anunciou.

Senti todos os olhos da minha família cair sobre mim. Todos com os mesmos sentimentos. Ódio,desapontamento,tristeza.

Eu os desapontei, não fui digna da confiança que depositaram em mim. E agora o que seria de mim? E dessa criança? Será uma gravidez normal? Será também uma Híbrida? Ou totalmente humana?

Essas perguntas se instalaram na minha mente. E Josh, o que vai fazer quando descobrir, me apoiar, me desprezar?

Papai me odiaria pra sempre, mamãe ficaria entre a cruz e a espada, na dúvida se me ajudava, ou se apoiaria meu pai. Os demais ficariam indiferentes comigo. Seria expulsa de casa,sem lar,sem comida,com uma criança indesejada no ventre.Estaria eu condenada a essa vida?

Papai começou a falar, depois de certamente ter ouvido meus pensamentos.

- Não Reneesme,ninguém te odeia, estamos desapontados com você, mas não te odiamos. Você errou, agora tem que arcar com as conseqüências dos seus atos, assim é a vida. Mas, saiba que sempre estaremos do seu lado. Nós Te amamos.

Lágrimas começaram a descer dos meus olhos, lágrimas de vergonha, de culpa. Eu não merecia isso, não depois de tudo.

- Nos te amamos, e vamos te ajudar. – mamãe falava me reconfortando. Mas não adiantava o que estava feito, estava feito, e não mudaria. Nunca eu iria conseguir amar essa criança.

- Não pensa assim minha filha. Você vai amar essa criança, tanto quanto eu e sua mãe te amamos. – papai falou abaixando-se e tocando no meu joelho.

- Não vou não – gritei e sai em disparada pro meu quarto.

Ao chegar a meu quarto, tranquei a porta, e me joguei na cama. Então deixei as lágrimas saírem, sem intenção de para de chorar tão cedo... O meu choro era tão intenso que chegou ao ponto de se formarem soluços na minha garganta, até que a sonolência começou a dominar a minha mente.