Round And Round escrita por BeeGandLadyS


Capítulo 2
Capítulo 1 - New Tenant;


Notas iniciais do capítulo

Demoramos, mas chegamos.
Divirtam-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/107214/chapter/2

Narrado por Bella Swan

Encarei mais uma vez o ser que estava à minha frente. Como assim ele mora aqui? Não, não, não! Deve ser apenas uma brincadeira. Isso. Respirei fundo, tentando controlar meu nervosismo e então escutei a risada. Minto. Era uma gargalhada. Edward me encarava assustado, então eu notei que o som vinha de mim.

Balancei a cabeça. Mais idiota impossível, hein, Bella?

Revirei os olhos, conseguindo conter minha risada.

- Ok, pode contar o resto da piada – ri.

- Não há piada, Bella. Eu realmente moro aqui. Pode olhar meu quarto se quiser, que a propósito, fica em frente ao seu. – Novamente um sorriso torto e idiota brotou em seus lábios.

Bufei.

- Ok. – disse apenas.

Deixei-o sozinho na sala. Andei a passos largos pelo corredor e abri a porta do quarto que supostamente era do Cullen. As malas do idiota que se diz meu primo estavam largadas de qualquer maneira pelo aposento. Isso me lembrou de uma coisa.

Flashback

Era tão bom sair de Phoenix e ir para uma cidade completamente nova. Eu e Alice tínhamos acabado de chegar a NY, estávamos arrumando os nossos quartos. O meu já estava pronto e o dela também. Mas tinha um porem, o nosso apartamento tinha três quartos e quando eu abri a porta do quarto que ficava de frente para o meu, vi que o mesmo estava completamente arrumado.

- Alice! – gritei.

- O que? – veio correndo de seu quarto.

- Por que esse quarto está arrumado? – a indaguei, curiosa.

- Ah – murmurou – Esse é um quarto de hospedes, achei melhor arrumá-lo, nunca se sabe quando nossos pais vêm nos visitar, ou sei lá, vai que o Jasper queira dormir aqui algum dia... – disse, sorrindo.    

- Ah... – assenti – Certo... Você tem razão.

Fim do Flashback.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – gritei irritada.

Aquela anã de jardim de uma figa! ELA ME PAGA! Saí do quarto do Cullen e bati a porta com raiva, entrei em meu quarto e também exagerei na força ao fechar a minha porta.

Sério, como ela podia fazer isso comigo?

Deitei em minha cama, bufando alto. Alice iria ver só quando ela chegasse aqui. Peguei meu notebook e o liguei, arrependendo-me no exato momento que meu papel de parede apareceu.

Era uma foto minha e de Edward.

Argh!

Cullen maldito dos infernos!

Respira fundo, Bella. Ordenei. Você não vai se deixar abater por ele mais uma vez. Ele é apenas um inquilino. Isso. Um maldito inquilino! Mas ainda sim, um inquilino.

Encarei o papel de parede mais uma vez, vendo ali a foto que tiramos em uma de nossas idas à La Push. Balancei a cabeça, eu não iria voltar atrás. Fechei o notebook e voltei a me deitar.

- Eu só quero paz na minha vida – choraminguei.

Fechei os olhos e respirei profundamente. Depois de alguns minutos tentando me acalmar, sentei-me em minha cama e meus olhos foram parar no porta-retrato em cima da minha cama. Era um casal: uma mulher de longos cabelos castanhos, branca e de olhos claros, ela usava um vestido estampado e era evidente que estava grávida, a barriga saliente denunciava; e um homem de cabelos castanhos escuros e de olhos da cor de chocolate, ele estava abraçado à mulher e sua mão pousava na barriga dela, ambos sorriam alegres.

Eram meus verdadeiros pais, Gabrielle e William Swan. Sorri para a imagem e automaticamente peguei o porta-retrato. Mesmo que eu não os conhecesse, eu sentia um carinho imenso. Eu sabia que eles me amavam mais do que tudo, sabia que estavam ansiosos pela minha chegada, e apesar do pouco tempo de convívio comigo, eles me amaram cada segundo. Eu sentia que eles podiam estar em qualquer lugar, mas eu sabia que eles me protegiam, e continuariam me olhando, onde quer que eles estejam.

Ver essa foto, uma das várias que meu pai − Charlie – me deu, lembrou-me o dia em que eu fui visitá-los no cemitério de Phoenix...

Flashback

Tínhamos acabado de voltar para o Arizona. Minha mãe ainda estava ressentida, e tentava me agradar a todo instante. Tive que rir, mas conversei com ela, e disse que não era necessário se preocupar.

Emmett continuou me tratando como sua irmã, ele disse a mim que independente de tudo eu sempre seria a irmãzinha dele. Fiquei feliz com isso, Emmett seria sempre meu irmão, apesar de que na realidade ele é o meu primo. Meu pai me tratava da mesma forma, disse que eu podia saber da verdade, mas nada mudaria.

Eu estava na varanda da casa. Dali alguns dias eu iria definitivamente para NY, e também seria meu aniversário de dezenove anos. Emmett tinha saído com a Rosalie e Jasper estava em casa no MSN com a baixinha Cullen. Meu pai estava trabalhando e ouvi passos, era minha mãe. A vovó Swan tinha morrido há alguns anos, sentia falta dela.

- O que faz sozinha, querida? – minha mãe indagou e se sentou ao meu lado.

- Nada – sorri pra ela.

- Ainda pensando no Edward? – perguntou receosa.

- Também – suspirei – Mas não é exatamente isso.

- O que te preocupa, amor? – inquiriu.

- Eu queria... – hesitei – Queria visitar o túmulo deles.

Vi os olhos azuis da minha mãe arregalarem. Eu mordi os lábios, nervosa, vai que ela não quisesse que eu os visitasse. Ela suspirou e passou a mão nos cabelos ruivos.

- Tudo bem – ela disse – Você quer ir quando?

- Agora. – respondi sem nem pensar.

Minha mãe sorriu e se levantou.

- Vá se trocar – disse – Vou pegar minha bolsa e vamos.

- Tudo bem – falei e me levantei num pulo.

Subi correndo para o meu quarto e me troquei rapidamente. Coloquei uma roupa simples, nada muito chamativo: calça jeans, regata, jaqueta por cima, botas sem salto, peguei minha bolsa e os óculos escuros. Desci as escadas no mesmo pique e encontrei minha mãe já arrumada também. Ela me viu e sorriu.

Saímos de casa e entramos em seu carro. Eu estava ansiosa, não sei o porquê, mas me sentia assim. Pedi a minha mãe para paramos numa floricultura, queria levar um buquê de lírios brancos, eram as minhas flores preferidas e pelo que soube, da minha mãe também. Comprei o buquê e seguimos para o cemitério, que ficava um pouco afastado do centro da cidade.

Assim que chegamos lá, meu coração começou a bater descontrolado. Eu me sentia estranha, não sei bem descrever o que se passava comigo. Minha mãe me indicou onde ficava o túmulo deles.

- Quer que eu vá com você? – me indagou.

- Hm... Não, eu quero fazer isso sozinha – disse – Tudo bem?

- Tudo bem sim, vou te esperar aqui – ela disse e deu um beijo em minha testa, vi seus olhos cheios de lágrimas.

Andei entre os vários túmulos que havia ali, até chegar onde minha mãe indicou. Sem que eu percebesse, já estava de joelhos e lágrimas grossas escorriam por minhas bochechas.

Gabrielle Helena Swan

* 12/04/1965

+ 18/11/1991

William Joseph Swan

* 04/01/1965

+ 18/11/1991

Duas almas com um mesmo pensamento. Dois corações que batem como um só.
(Friedrich Halm Ingomar)

Toquei a mármore fria que era a lápide deles. Eu não conseguia controlar as lágrimas, por um momento eu queria estar ao lado deles, em um sono eterno. Coloquei o buquê de lírios e tentei me acalmar, em vão. Fiquei ali, chorando como um bebê abandonado, não sei por quanto tempo. Até sentir uma mão em meu ombro, não precisei olhar para saber quem era.

- Eu sinto muito, querida – disse a voz grave do meu pai – Eu sinto a falta deles todos os dias, eram pessoas maravilhosas, assim como você.

Eu me agarrei a ele, encharcando sua camisa.

- Sei que você sente sozinha – ele disse, acariciando minhas costas – Mas você não está, tem a mim e a sua mãe, seu irmão, pessoas que te amam. Sei que aonde quer que eles estejam, estão felizes por saberem que você se tornou uma mulher incrível.

Eu consegui me acalmar e me levantei. Não sei nem como meu pai havia chegado ali, provavelmente minha mãe deve ter ligado para ele. Saímos do cemitério e encontramos minha mãe chorando rios. Eu a abracei fortemente e ela acariciou meus cabelos, soluçando mais alto.

- Eu amo você, mamãe – disse.

- Eu também te amo tanto, Bella – ela disse aos tropeços.

Fim do Flashback

Limpei uma lágrima teimosa que escapuliu de meus olhos e coloquei o porta-retrato no lugar de volta. Suspirei e voltei a me deitar. Eu pensando que me livraria de Edward por um bom tempo, e a peste vem pra NY e resolve morar no meu apartamento. Eu mereço.

-x-

Narrado por Edward Cullen

- Isso é inadmissível, Edward! – Esme berrou.

- Eu não estou te pedindo permissão – disse, calmo. – Estou apenas avisando-a, para não vier me encher depois falando que eu não lhe contei.

- Mas, Edward... – tentou argumentar. – Você está trocando Harvard, seu sonho, por... Por um amor de verão!

- Não vou discutir isso com a senhora. Olha, eu não quero brigar Esme, mas se você não deixar de ser tão radical...

- Radical? Quem está trocando Harvard, por uma faculdade qualquer não sou eu!

- Eu estou indo para Columbia, e suas pirraças não vão mudar minha opinião. Agora eu preciso terminar de arrumar minhas coisas, com licença.

- Eu só quero o seu bem, amorzinho – murmurou.

- Se você quer mesmo o meu bem, deixe-me seguir minhas próprias decisões, e não fique agindo como uma criança mimada.

Deixei-a ali e fui para meu quarto, Alice havia me ligado mais cedo, avisando que meu quarto já estava pronto. Suspirei e terminei de colocar algumas coisas que faltavam na mala. A cada dia que se passava, estava mais difícil de conviver com minha mãe. Ela não era nada flexível em relação à Bella, e parecia que nada ia mudar isso.

Talvez o tempo a faça aceitar, pensei.

Balancei a cabeça, e vi um porta-retrato em cima da cama. Peguei-o, suspirando. Bella estava sorrindo, e eu abraçava-a pela cintura, sorrindo também. Parecíamos o casal perfeito, mas depois daquela conversa que tivemos na casa de nossos avós, eu duvidava que um dia tivéssemos chegado ao ponto de ser um casal.

Ignorei a dor que insistia crescer em meu peito, e o guardei.

Quem sabe Alice não estivesse mesmo certa?

[...]

- Eu ligo quando chegar – avisei, dando mais um abraço em meu pai.

Não posso negar que fiquei triste quando minha mãe se recusou a ir comigo até o aeroporto, mas já era de se esperar essa reação. Peguei minhas malas e fui fazer o check-in, depois de todo o procedimento necessário, adentrei a aeronave e sentei-me na poltrona que era destinada a mim.

Rapidamente encostei minha cabeça e coloquei os fones de ouvido, tentando, em vão, relaxar.

[...]

- EDWAAARD! – Alice berrou, assim que me avistou no aeroporto.

- Olá, pequena – sorri, afagando-lhe o cabelo.

Abraçamo-nos rapidamente, e fomos para seu carro. Eu havia convencido meu pai de trazer meu volvo para NY, mas o mesmo só chegaria daqui a alguns dias, já que ainda estava em Forks. Colocamos as malas no maravilhoso Audi r8 de Jasper, e ela deixou que eu fosse dirigindo, para me acostumar com o caminho para o duplex.

Fomos calmamente pelas ruas de NY, e depois de alguns minutos, ela pediu que eu virasse à esquerda e logo apontou para um prédio alto, avisando que ficaríamos ali. Ela apertou um botão, e o portão para a garagem abriu. Rapidamente estacionei na vaga que ela apontou e saímos do carro.

Ela me ajudou a pegar as malas e fomos para o elevador. O prédio possuía duas coberturas, uma de frente para a outra. Seria praticamente a mesma coisa de todos morarmos juntos.

- Bom, seu quarto fica naquele corredor – avisou, quando adentramos a sala. – Quer ajuda para desfazer as malas?

- Não precisa, eu me viro – sorri, agradecido.

Olhei todo o ambiente, observando cada detalhe.

- Ela não está – avisou, vendo que eu procurava por Bella.

- Ah, ok.

- Então, eu vou dar uma pulada lá no apartamento de Jasper e lhe entregar as chaves do carro.

- Tudo bem – concordei.

Com um aceno animado, ela saiu pela porta. Revirei os olhos, Alice era ligada na tomada. Peguei minhas malas e as joguei de qualquer jeito no quarto, eu não estava com paciência para arrumar tudo agora.

Apenas peguei uma roupa qualquer e fui tomar um banho. Alice já havia colocado o que eu tinha pedido no banheiro, sorri agradecido. Terminei o banho, vesti minha roupa e fui dar uma volta pelo duplex.

Descobri que o quarto de Bella ficava de frente para o meu. Isso era bom. Na verdade, muito bom. Sem me conter, abri a porta, sentindo um cheiro familiar invadir minhas narinas. A cama estava devidamente arrumada, e em cima dela havia apenas um notebook – que eu sabia ser o seu −, e ao lado da cama havia algumas fotos, eu queria me aproximar mais e observar cada mínimo detalhe, mas não queria ser pego por ela ou por Alice. Por isso, fechei a porta e fui para a cozinha. Peguei um pacote de um salgadinho qualquer e fui para a sala.

Liguei a televisão em um canal que passava um filme de comédia qualquer e me acomodei melhor no sofá.

Eu estava curtindo o filme, quando o barulho da porta se fechando me fez olhar para trás.

- O que você faz aqui? – perguntou.

Meu coração parou por alguns segundos, e então voltou a bater rapidamente, quando eu a vi ali. Bella estava mais linda. Como se isso fosse possível. Seu rosto estava tenso, e ao mesmo tempo com raiva. Segurei uma risada, ao ver o pequeno bico de dúvida se formar ali.

Minha vontade era pular desse sofá e correr até ela, beijando-a em seguida, mas eu não podia. Então, eu apenas sorri e respondi:

- Eu moro aqui, Bella.

Ela não aceitou bem isso, começou a rir descontroladamente dizendo que eu estava fazendo piada. Disse a ela para olhar o meu quarto, e logo escutei um berro e o barulho de uma porta se bater.

Bobinha. Mal sabia ela que quanto mais nervosinha, mas linda ela ficava. Gargalhei e voltei a olhar para a televisão.

[...]

Já estava começando a anoitecer, quando Alice voltou, trazendo Jasper, Emmett e Rosalie com ela. Abraçamo-nos rapidamente e sentamos espalhados pelo sofá. Alice me indagou onde Bella estava e eu disse que estava no quarto.

- Um minuto, volto já – avisou, correndo até o quarto de Bella.

Revirei os olhos, ficamos ali conversando amenidades e resolvemos pedir uma pizza, para relembrar as noites do verão. Não demorou nem cinco minutos, e logo Alice voltou para a sala. E para minha surpresa, Bella estava com ela também, mas ela evitava me olhar.

Continuei a sorri para todos, fingindo que nada estava acontecendo.

Depois de quase meia hora, as pizzas finalmente chegaram. Comemos em meio a risadas, e uma nostalgia gostosa que sempre estava presente em cada fala. Emmett, sempre com suas gracinhas, não perdoava nada, zombando de tudo. Jasper e Alice sempre naquela bolha. Rosalie e Bella sorrindo timidamente para eles e eu apenas ria.

Era bom ter um tempo com os amigos.

Já se passavam das onze, quando a galera resolveu que era hora de ir embora. Despedimo-nos rapidamente, e Alice desse que levaria iria resolver uma coisa com Jasper. Ficamos apenas Bella e eu na sala.

Antes que ela começasse a brigar comigo, levantei-me e fui em direção ao meu quarto. Surpreendi-me quando notei que ela vinha atrás de mim, então eu lembrei que o quarto dela ficava de frente para o meu.

- Vejo que você ainda usa o colar que eu te dei, Bella – murmurei, parando na porta de meu quarto.

Ela já estava quase entrando em seu quarto, mas sua mão parou na maçaneta. Ouvi-a suspirar e se virar para mim. Bella mordeu os lábios, sabia que ela estava nervosa, eu a conhecia bem demais.

- Só o uso porque ele é bonito – falou, como se fosse a coisa mais normal do mundo – E porque ele combina com a maioria das minhas roupas. – sorriu.

Eu quis rir. Por hora eu resolvi não contestar. Eu sentia que não era só por isso que ela usava o colar que dei a ela, a esperança cresceu de uma forma absurda em meu coração. Ainda havia chances para nós.

Apenas sorri e balancei a cabeça, dei-lhe “boa noite” e entrei em meu quarto, fechando a porta em seguida.

-x-

Narrado por Bella Swan

Eu fiquei o restante do dia inteiro em meu quarto. Não queria sair e dar de cara com o Cullen perambulando pelo apartamento. Vai ser difícil conviver com ele nesse mísero duplex. Já estava quase anoitecendo, eu estava bestando na internet.

De repente a porta do meu quarto se abriu, quase tremi na base pensando que era o Cullen. Na verdade era Alice, quando a vi eu senti vontade de esganá-la até que ela ficasse roxa, mas me contive.

- Oi Bella – ela disse, sorrindo, mas com aquela cara de culpada – Sei que você está me odiando agora, mas era necessário.

- Necessário? – eu rebati, ríspida.

- Sim – ela suspirou e sentou em minha cama, de frente pra mim – Se eu dissesse que Edward estava vindo pra cá, você iria surtar.

- Jura? – minha voz saiu esganiçada.

A meio metro riu.

- Você já está surtando – sorriu – Bella não é um bicho de sete cabeças, Edward veio para estudar apenas, assim como nós... E é bem mais legal que todos nós estejamos juntos de novo.

- Não, não é – resmunguei – Eu passei a infância inteira ao lado do seu irmão e desejava a cada dia que aquele inferno acabasse, passei quatro longos anos longe daquele idiota e fiquei feliz – recitei – Voltei a passar quase noventa dias no mesmo teto que ele e olha no que deu! – disse magoada – Imagina passar mais quatro anos ao lado dele? Vivendo sob o mesmo teto! Vai ser o inferno!

- Ai Bella, pára de drama! – a baixinha disse, revirando os olhos – Tudo bem que tudo que aconteceu no último verão foi traumático, mas temos que continuar vivendo. – disse, impaciente.

- Alice – fechei os olhos e massageei minhas têmporas – Cala a boca! – choraminguei.

- Você ainda o ama, não é? – ela me indagou, receosa.

- Sim, você sabe – suspirei – E tê-lo morando comigo não vai ajudar em nada.

Ela mordeu os lábios e depois respirou fundo.

- Sei que não vai, mas você pode tentar – ela disse, carinhosamente – Vocês quase não vão se ver, apesar de que vão estudar na mesma universidade – tagarelou.

O QUE?

Arregalei os olhos, surpresa.

- Ops! – ela disse, e tampou a boca com as mãos – Me esqueci desse detalhe – murmurou.

- E quando você iria me contar esse detalhe? – debochei – Quando eu o visse perambulando pelo campus? – minha voz esganiçou de novo.

- Calma Bella – ela disse – Ele também vai pra Columbia – sorriu amarelo.

Eu me levantei da cama e comecei a andar de um lado pro outro: nervosa, irritada e soltando fogo pelas ventas praticamente.

- Olha – Alice começou a falar de novo, receosa toda – não precisa ser assim, apenas o ignore. Aja como sempre agiu perto dele, mas não briguem. Deixem as coisas onde ficaram. Tente esquecer o passado, sei que vai ser difícil, mas estou contigo. – disse, olhando-me totalmente culpada.

- Tudo bem – bufei e respirei fundo – Eu só queria saber o que merda se passa naquela cabeça de bagre do seu irmão! Por que raios ele simplesmente largou Harvard para vir para Columbia?

Alice apenas deu de ombros e se levantou da minha cama.

- Isso você terá que perguntar a ele – disse – Porque nem eu sei, ele não quis me dizer. – fez bico.

Eu revirei os olhos e cocei a cabeça.

- Vamos tentar se acalmar? – Alice me indagou, sorrindo – Estão todos aí e Emmett pediu pizza, vamos lá?

- Tudo bem. – respondi relutante.

Saímos de meu quarto e encontramos todos na sala. Abracei meu irmão grandão, Rosalie e Jazz. Evitei qualquer tipo de contato com o Cullen, nem lhe dirigi a palavra para ser mais exata.

Ficamos conversando bobagens até as pizzas chegarem e assim que estas chegaram, começamos a comer em meio a risos e piadas do meu irmão idiota. Foi uma noite divertida, eu realmente sentia falta de todos, e com Edward ali – odeio admitir – tudo ficava completo.

Já passava das onze quando nossos vizinhos resolveram ir para o apartamento deles. Alice foi junto porque, dizendo ela, tinha que conversar sei lá o que com o Jasper.

Aham, tá e eu sou a rainha da Inglaterra.

A parte ruim de tudo foi que somente eu e Edward ficamos na sala. Senti-me uma garotinha, não sabia o que falar ou como agir. Então, Edward se levantou e foi em direção aos quartos. Acabei por segui-lo, mas não para falar com ele, apenas para ir ao meu quarto, que infelizmente ficava de frente para o dele.

Já estava com a mão na maçaneta quando ele resolveu falar comigo.

- Vejo que você ainda usa o colar que eu te dei, Bella – murmurou, parado na porta de seu quarto.

Suspirei. O que eu diria? Relutei, mas acabei por me virar e encará-lo. Mordi os lábios, completamente nervosa, criei coragem e respondi:

- Só o uso porque ele é bonito – mentira braba – E porque ele combina com a maioria das minhas roupas. – mais outra mentira.

Edward simplesmente sorriu daquele jeito torto idiota que me fazia ficar de pernas bambas. Ele meneou a cabeça e me desejou “boa noite”, entrou em seu quarto e fechou a porta.

E eu fiquei lá, com cara de bunda e encarando a porta do quarto dele. Pisquei freneticamente e finalmente entrei em meu quarto, desabando em cima de minha cama e enfiando o rosto em meu travesseiro.

Seria muito difícil a convivência com ele aqui. Eu pressentia.

-xx-

N/a¹: Oi povo lindo! *-* Bem, nós avisamos que iríamos demorar a postar o primeiro capítulo da RR. Motivos: as duas autoras estudam e esperaram entrar de férias totalmente para poderem se dedicar a fic. Nós ainda não temos um cronograma de quanto em quanto tempo a RR será postada, mas não se preocupem, a gente vai avisar.

Capítulo morninho, mas tudo a seu tempo. No próximo capítulo as provocações recomeçam. Obrigada pelos reviews, e pela 1ª recomendação. Continuem assim, beleza?

Feliz natal pra todos e antes do ano novo estaremos com mais um capítulo pra vocês, tá?

Robeijos;*

Lady S.

N/a²: OOOOOOI! Então, alguém aí ainda se lembra de mim? *risos* Demoramos, mas chegamos, né? Ai, ai, esses dois mal começa a fic e eles já ficam nessas provocações bobas! Essa, Alice... haha bom, posso dizer que o próximo capítulo virá cheio de provocações, briguinhas, e tensão. Espero que tenham gostado desse capítulo. Um feliz Natal a todos!

Beijos,

B. Grape.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!