Perfeito para Você escrita por Thatah


Capítulo 19
Capítulo 19 - Ambigua felicidade.


Notas iniciais do capítulo

Não me chinguem...please!!!

Só cortei o capítulo anterior por dois motivos

1. dar mais um pouco de suspense;

2. Explicar alguns pontos do ponto de vista de JACOB...

então leiam com atenção... e só depois briguem comigo!!!!

Beijos



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“Com o tempo você aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decorre sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.”
William Shakespeare

POV - JACOB

Quase um mês já havia se passado, e nenhuma noticia de Bella eu recebi. Apesar da vontade de vê-la, me esforcei ao máximo para me distrair e evitar pensar nela e reprimir o desejo de ir vê-la. Mas era difícil controlar meus pensamentos. Durante o dia era um pouco mais fácil de repreendê-los, Leah não deixava espaço para pensamentos secundários, todo o dia tinha algo novo para fazermos. À noite porém, tudo aquilo que eu reprimia durante o dia, vinha de uma forma cada vez mais forte, o meu amor por ela, a vontade de tê-la em meus braços, de sentir seu cheiro… apreciar seu sorriso… nada disso conseguia ser reprimido ou mudado…

Seu rosto marcado pelas lágrimas, no dia da festa, não saia do meu pensamento. A sensação de que Bella tinha algo a me dizer, arranhava minha mente me deixando inquieto louco para ir atrás dela, mesmo sabendo que esta curiosidade seria apenas um pretexto, uma forma de justificar o desejo louco de vê-la novamente.

A maior curiosidade, porém, girava em torno do casamento de Bella. A esta altura ele já deveria ter acontecido. Cheguei a pensar que Bella, tivesse finalmente criado juízo e desistido do casamento, mas a possibilidade disso acontecer era tão remota, que acabei por esquecer este assunto.

E eu estava me saindo bem, principalmente com a ajuda de Leah. Ao lado dela tudo se tornava menos doloroso.

Era bom ter Leah por perto, ela garantia minha sanidade mental – ao menos durante o dia. Não podia negar que a cada dia, me surpreendia ainda mais com o nível de intimidade desenvolvido entre nós. Leah era uma pessoa maravilhosa, apesar do seu gênio forte, não era difícil lidar com ela. Sem contar que de certa forma, éramos muito parecidos.

Passado o choque, e a surpresa dos meninos descobrirem sobre o nosso namoro, tudo acabou voltando ao “normal”. A alcatéia estava reunida outra vez, embora as rondas tivessem sidos reduzidas depois da morte da Victoria, todos nós, vez ou outra fazíamos uma patrulha, mas somente por precaução.

Foi voltando de uma patrulha que Sam, aproveitando o momento de distração dos meninos, me chamou para uma conversa em particular. Eu já estava esperando por ela, só não sabia quando iria acontecer. Ele me pediu desculpa pelo comportamento que ele teve, logo que descobriu que Leah e eu estávamos juntos. Segundo ele, foi apenas por preocupação. Ele amava Leah, não da mesma forma como antes, mas ainda assim a amava, e não queria ter que presenciar seu sofrimento e sua decepção mais uma vez. Sam temia que eu a magoasse, e não me poupou de um belo sermão sobre os riscos deste relacionamento, mas o sermão passou a ter voz apenas de recomendações; Sam sabia que nós dois, tanto Leah, quanto eu, éramos dificilmente dissuadidos, quando colocávamos algo em nossa mente, só desistíamos depois de quebrar a cara, e às vezes nem assim…

Eu entendi a posição dele, e prometi não comentar nada com Leah. Mas infelizmente, ou felizmente, acabei deixando escapar. Leah ficou furiosa em um primeiro momento, mas logo seus ânimos foram sendo domados, e ela acabou entendendo o comportamento de Sam.

“Não sei se isso me deixa feliz, ou se piora ainda mais as coisas…” Foi tudo o que ela disse, depois de muito tempo em silencio.

Apesar de termos oficializado o namoro, preferíamos passar a maior parte do tempo longo dos holofotes e das piadinhas dos meninos. Leah já havia quebrado o nariz de Embry em uma dessas ocasiões, então achei melhor garantir que mais nenhum osso fosse quebrado.

Leah e eu ficávamos a maior parte do tempo em uma cachoeira próximo a praia de La Push, era uma região pouco requisitada e por isso mais reservada e tranqüila. Fazíamos trilhas e as vezes só voltávamos de madrugada para casa, pois perdíamos a noção do tempo admirando o manto negro sobre nossas cabeças… as vezes somente curtindo a presença um do outro. Mas o que mais nos distrai era os planos para o futuro.

Foi em uma dessas noites, em que resolvemos fugir dos meninos, que acabei descobrindo a paixão de Leah por medicina, mas especificamente a área de enfermagem.

- Tudo o que eu mais queria, era sair daqui e me formar em enfermagem. Já havia sido aceita em duas faculdades e estava à espera da resposta da ultima, a mais requisitada de todas. Havia poucas chances de conseguir, mas ainda assim havia a esperança. Quando a carta de aceitação finalmente chegou, pensei em ir correndo contar para Sam, mas foi justamente quando tudo deu errado… Emily chegou de surpresa em casa, tinha vindo para passar uma semana aqui em La Push. Eu guardei a carta e decidi ir fazer companhia para minha prima que não via a mais ou menos quatro anos. O tempo todo que passamos juntas, eu só conseguia pensar em Sam e na novidade que tinha para dividir com ele. Minha mãe então, teve a brilhante idéia de fazer eu apresentar os meus amigos a Emily, levá-la para passear em La Push. Eu aceitei…

Leah se calou, algumas lágrimas escorreram por seus olhos. Eu a puxei para mais perto de mim, ela deitou a cabeça em meu ombro. Aquela parte da historia eu conhecia muito bem, então deixei que ficasse como estava.

- Você já pensou no quer fazer? – Leah perguntou, recompondo-se de mais um dos seus momentos vulneráveis.

- Ainda não. Quer dizer… eu tenho algumas especulações, nada certo… talvez eu fiquei por aqui mesmo… - disse sendo realmente sincero, há muito tempo minhas expectativas haviam sido frustradas. Perdi tanto tempo pensando em Bella, que acabei por ofuscar qualquer pensamento que não envolvesse Bella.

- Não seja tolo, Jacob. Um talento como o seu não deve ser ofuscado… - Ela disse levantando-se e olhando bem nos meus olhos.

- Eu não entendi…

- Você é muito bom com carros, motos… sua especialidade é recuperar aquilo que ninguém mais achar ter concerto. Eu vi o que você fez com as motos… e o Rabitt. Aquilo até mesmo um mecânico experiente, não seria capaz de fazer igual. Você tem tino para essas coisas… você tem talento. – ela sorriu, provavelmente da minha cara de pateta.

Nunca ninguém havia me ressaltado minhas qualidades daquela forma. O que eu fazia, era por diversão, curiosidade… um passatempo. Não era algo que eu tivesse imaginado como profissão.

- Você é capaz de grandes vôos, Jacob. Pense nisso…

- Pensei que eu fosse um lobo, e não um pássaro.

Não podia perder a oportunidade.

Leah revirou os olhos, e então me deu um soco no ombro. Se fosse qualquer outra garota, eu não teria sentido nada além de uma pluma encostando-se em meu braço, mas o soco de Leah, até mesmo o de brincadeira, doía.

- E você bem que podia ser boxeadora… - disse embalando o clima cômico mais ainda.

- Estou falando sério, Jacob.

Parei de brincar e então resolvi levar dar ao assunto a seriedade que ele merecia. Conversamos muito sobre minhas opções, voltei para casa com a mente borbulhante de possibilidades. Pela primeira vez, em muitas noites, Bella não foi o único pensamento.


Tive uma ótima noite, não tive pesadelos, e não demorei para pegar no sono porque não sabia o que fazer para apagar Bella dos meus pensamentos. Eu simplesmente apaguei, depois de pensar no que teria que fazer no dia seguinte.

Leah e eu iríamos atrás de algumas informações sobre algo que pudesse se encaixar em meu perfil, algo que pudesse explorar o meu “talento”… como Leah mesmo fez questão de chamar.

Acordei super animado. Corri para o banheiro, tomei um ótimo banho, e então depois de trocar de roupa, fui tomar meu café da manha.


- Onde é o incêndio? – Billy perguntou assim que me viu passar apressado para a cozinha.

- Bom dia! – me limitei a responder.

- Onde você vai?- antes que eu pudesse respondê-lo, Leah apareceu na porta de casa.

- Bom dia, Billy. Está pronto, Jacob?

Engoli o ultimo pedaço de panqueca e então peguei as chaves do carro e fui em sua direção.

- Esqueci que agora vivo cercado de segredos… - Billy resmungou e foi em direção a TV.

Não consegui conter o riso, a cara que ele fez, deixou tudo ainda mais cômico.

- Do que Billy está falando? – Leah perguntou assim que fechei a porta atrás de nós.

- Eu é que sei?! – dei de ombros.

- E então, por onde começamos? – Perguntei a ela, dando a partida no carro.

- Que tal por aqui… - Leah se aproximou de mim e então uniu nossos lábios.

Logo de manha, receber um beijo envolvente assim era extremamente incentivador. Leah tinha desejo em me beijar, e o nosso beijo era muito especial. Era maduro, como de quem sabia exatamente o que estava fazendo. Nossas bocas eram exploradas de forma inigualável.

- Agora podemos ir. – Sussurrou ela, com os lábios bem próximos aos meus.

- Errado… - A puxei novamente para os meus lábios e aprofundei o beijo, dei a ele a intensidade que desejava, e Leah correspondeu.

Quase sem fôlego, Leah resolveu me devolver um pouco de foco… encerrou o beijo tentando deixar o Maximo de juízo que fosse possível. O que fosse necessário para nos levar em segurança até os nossos destinos.

- Agora podemos ir. – Disse me ajeitando no banco.

Leah sorriu, um sorriso gostoso, diferente de todos os que eu estava acostumado a ouvir.

- Seu cara de pau…

Ela tinha planejado tudo. Leah e eu tínhamos algumas economias, e então, resolvemos ir às compras de roupas mais adequadas para o que estávamos pensando em fazer.

Talvez por causa da idade, ou por causa de vida diferente que Leah levava. Ela se comportava de uma forma diferente das mulheres que eu conhecia. Leah tinha os pés no chão, apesar de seus sonhos serem, às vezes, iguais aos de qualquer uma garotinha de quinze anos. Mas eram apenas sonhos, e Leah tinha uma perspectiva diferente de tudo… suas vontades eram aquelas que somente pessoas audaciosas, ousavam ter.

Conversamos muito, discutimos nossas possibilidades e então percebemos que já estava decidido, Leah e eu, iríamos seguir nossas vidas longe de tudo o que nos atormentava. Estávamos tomando as rédeas da nossa vida, dando a ela, um novo rumo… e uma nova expectativa.

Ela já havia se informado… apesar da diferença de idade. Nós poderíamos ir ao mesmo ano para a faculdade. Ela cursaria enfermagem e eu engenharia aeronáutica. Assim que Leah me mostrou o curso, me apaixonei, decidi que seria uma ótima opção.

Mas para que isso fosse possível, teríamos que nos esforçar muito. As faculdades eram muito caras, por isso, teria que tentar uma bolsa de estudos. A boa notícia é que pelo menos, nós já tínhamos por onde começar. Leah e eu iríamos passar o verão todo ocupados, estudando e trabalhando para juntarmos o máximo que pudéssemos de dinheiro. E então tudo estaria – teoricamente - resolvido.

Passamos a manha inteira traçando nossos planos, certos de que daria certo. Respirar novos ares e manter a cabeça longe do passado, de certa forma nos faria bem.


Eu não me opus – em nenhum momento – aos nossos planos. Estava curtindo este novo mundo, que estava sendo apresentado a mim.

Depois de comprarmos algumas peças para o nosso guarda-roupa, resolvemos comer alguma coisa, em um restaurante simples.

Leah e eu pedimos quase a mesma quantidade de comida. A garçonete quase não acreditou quando viu Leah, devorar tudo o que pediu. Riamos dos olhares de espanto que algumas pessoas faziam ao vê-la se alimentando daquela maneira. Provavelmente o espanto era por causa do corpo de Leah.

“É tão injusto. Eu aqui com essa salada, não consigo emagrecer um quilo, e olha o quanto ela come. Como é possível que tenha o corpo assim?”

Ouvi uma garota, sentada bem próxima a nós, cochichar com a amiga assim que Leah passou por ela em direção ao banheiro.

Leah olhou em minha direção com o sorriso de deboche, como quem dissesse “da para acreditar nisso?” Eu sorri, e acabei me distraindo com os olhares indiscretos de um grupo de garotos sentado no outro extremo do restaurante. Eles praticamente despiam-na com os olhos.

Se Leah estivesse aqui seria a minha vez de lhe lançar este olhar de “da para acreditar nisso”. Era muita audácia dos caras, secando minha namorada bem na minha frente.


Aquilo me incomodou profundamente, tentei desviar o olhar, deixar aquilo passar só para não arrumar confusão. Leah logo estava de volta, sem entender o motivo da minha carranca.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não. Esta tudo ótimo… - respondi, quase me engasgando com a última palavra.

Ela deu de ombros.

- Já terminou?

- Sim…

- Então vamos, preciso entregar isso a Emily.

Olhei para a sacola nas mãos de Leah, e não contive a curiosidade.
- Emily?

- Sim. Hoje é o aniversário dela… Comprei uma pequena lembrançinha.

Ela deu de ombros. E ao encontrar meu olhar, sorriu envergonhada.


- Nova vida, esqueceu? Tudo novo. Sem rancores!


Ela justificou.

- E eu pensando que suas reservas de surpresas haviam sido esgotadas.

Levantamo-nos, e então nos dirigimos ate o caixa para efetuar o pagamento. Os garotos, apesar de notar minha presença, não contiveram o olhar de cobiça para Leah. Eu fuzilando-o com os olhos, entrelacei minhas mãos em sua cintura e a trouxe para mais perto de mim.

- O que eu perdi? –ela disse faceira, me entregando a carteira.

A raiva que aqueles olhares estavam me provocando era tão grande, que estava correndo o risco de me transformar a qualquer momento.

- Jacob? O que esta acontecendo? – ela sussurrou para mim, de forma que somente eu fosse capaz de compreendê-la.

Leah logo compreendeu, sem que eu precisasse falar alguma coisa, e mesmo depois de eu ter desviado o olhar.

Ela soltou uma gargalhada.

- Vocês homens são tão tolos… - Ela disse debochadamente.

A olhei, pegando a nota fiscal e colocando dentro da carteira, como quem diz “não sei do que você esta falando.”

- Olhar não arranca pedaço… - ele sussurrou debochadamente.

- Mas se pudesse… - respondi seco.

Saímos do restaurante, antes que eu acabasse perdendo o controle. Leah não parava de tirar sarro da minha cara.

Concentrei-me na estrada e no nosso destino… a casa de Emily.

Emily se espantou com a presença de Leah em sua casa, mas não reagiu diferente do esperado. Convidou-a para entrar. Sam chegou minutos depois e me encontrou sentado na cadeira de balanço, no lado de fora da casa. Ele olhou para mim e sem fazer qualquer pergunta, entrou em sua casa, apreensivo e já me lançando olhares ameaçadores, caso Leah tivesse feito algo a Emily.

Para o seu alívio, e completa confusão, Emily e Leah estavam se abraçando. No inicio ele se assustou, pois Emily estava chorando, mas logo que tudo foi explicado ele ficou mais a vontade. Não ficamos mais do que dez minutos depois de sua chegada. Pois Leah ainda não se sentia completamente à vontade com ele e Emily, tudo levava tempo…

Antes de sairmos, porém, aceitamos o convite de Emily para irmos comemorar seu aniversario em um restaurante em Port Angeles.

Deixei Leah em sua casa e então fui em direção a minha, tinha que dar muitas explicações a Billy.

Depois de tudo explicado, Billy ficou em silencio, mas no fim disse que apoiaria qualquer que fosse a minha decisão, desde que eu me comprometesse em estar de volta sempre que possível. Ele me deu um belo abraço e disse que estava orgulhoso da minha decisão, apesar de saber que sentiria muito a minha falta.

Rachel chegou logo depois, abraçada com Paul, e foi um alívio perceber que ao menos dele, eu não sentiria falta. Ela ficou feliz por mim, e disse que confiava em meu potencial, estava surpresa, porém, com minha decisão, mas me dava o apoio. Seu discurso poderia ser equiparado ao de Billy, não fosse o nível de emocional típico de uma mulher.

Todos de acordo, e felizes com o novo rumo que minha vida estava levando. Cada um tomou uma direção. Billy para a casa de Sue, pois teria uma reunião com os velhos líderes, enquanto Rachel depois de demorar horas se arrumando, partiu com Paul para a casa de Embry, de onde sairiam para comemorar o aniversário de Emily.

Estava só em casa, e isso apesar de inicialmente parecer um alívio, logo se transformou em tormenta. Aquela que eu mais evitava, voltou imperiosa e ruidosa em meus pensamentos: Bella.

O rosto de Bella com os olhos cheios de lágrimas preencheu minha mente. Não havia um só segundo em que eu não quisesse ir ao seu encontro, suplicar mais uma vez para que ela não partisse, para que ela me escolhesse…

Lá estava eu novamente, me afundando em pensamentos, me afundando em possibilidades injustas. Bella jamais me escolheria, era teimosa demais para admitir seus sentimentos por mim, se bem que a esta altura, eu é que já me imaginava como sendo o persistente, o teimoso, eu é que era burro em não querer admitir que esse amor sejas somente fruto da minha imaginação, expressão latente de minha mais profunda e irrepreensível vontade.

Joguei-me sobre a cama, encarando, pela janela, a tímida iluminação da lua que já dava o ar de sua graça em um manto negro e estrelado.O vento entrava tímido pela janela, tímido como meu amor por Bella se encontrava nestes últimos dias.Assim que ele encontrou minha pele, não pude deixar de imaginar ser o contato com a pele de Bella, sempre mais fria que a minha…

Mesmo me sentindo bem ao lado de Leah, não podia deixar de admitir que é Bella quem daria a completude que minha felicidade merecia. Com ela ao meu lado, eu me sentiria completo e forte o suficiente para encarar qualquer adversidade.

Era ela, que contra todas as minhas forças e contra qualquer razão, eu desejava. Era ela, querendo ou não, quem eu realmente amava.

Passei a mão sobre meu rosto, não queria pensar nela. Não queria chorar por ela. Sem querer me peguei desejando que o casamento se realizasse logo… porque eles ainda não tinham se casado?

Ainda não tinha ouvido nenhuma conversa a respeito deste assunto entre Billy e Charlie, e isso, às vezes, me rendia boas horas de reflexão.

O brilho da lua se intensificou, o que me fez alertar para o horário. Tinha que me vestir rápido, pois Leah estaria a minha espera.

Corri para o banheiro e tomei o banho mais rápido que consegui, mal pude sentir as gotas de água evaporar em contato com minha pele. Enrolei-me na toalha e sai do banheiro, tentando me apressar, assim que entrei no quarto me surpreendi com a presença de Leah.

- Você está atrasado… - Ela sorriu.

Terminei de enxugar meus cabelos molhados, com a toalha de rosto, tentando controlar minha reação a presença de Leah no meu quarto.

Ela havia, mais uma vez, caprichado no visual. Nada muito extravagante, na verdade Leah se vestia sempre muito simples, o problema – se é que assim posso chamar – é que ainda era diferente vê-la assim, feminina; pois o seu diferente era o suficiente para chamar muito a atenção de outros rapazes.

- Desculpa, acabei me distraindo… - respondi mecanicamente, indo em direção ao guarda-roupa.

- Daria um dólar por seus pensamentos, se não soubesse que provavelmente eles me irritariam… - disse ela, mas apesar de suas palavras serem uma critica, não senti raiva e nenhum outro sentimento adverso. Leah estava feliz hoje, como se nem mesmo os meus pensamentos obsessivos por Bella, fossem capaz de deixá-la irritada ou magoada.

Optei por não responder, mulheres – mesmo aquelas que aparentam serem indiferentes – são uma bomba relógio, você pode pensar que escolheu o fio certo, mas basta um piscar de olhos, para tudo ir para os ares.

- Que tal inovar, hoje? – Leah estava ao meu lado, tirando a jaqueta que compramos de dentro da sacola.

- Tem certeza? – olhei para ela – pensei em algo mais simples, como o que você esta vestindo…

Ela limitou-se a sorrir.

- Tudo bem… - respondi.

-- Vou esperar lá na sala… - Leah sussurrou em meu ouvido, mas não partiu sem dar uma mordida no lóbulo da minha orelha.

Meu corpo inteiro se arrepiou. Aquilo era covardia…


Antes que Leah pudesse se afastar por completo, eu a segurei pelos braços, a virei de frente para mim e lhe beijei os lábios. Leah sorriu – descaradamente – em minha boca e então correspondeu meu beijo, antes, porém, que os limites corresse o risco de serem ultrapassados, ela encerrou o beijo.

- Billy está a caminho… - sussurrou ela.

Mal ela fechou a boca, pudemos ouvir as risadas de Billy ecoar pela casa. E ele não estava sozinho.

- Comporte-se! – disse ela, antes de sair do quarto.

Mal ela fechou a boca, pudemos ouvir as risadas de Billy ecoar pela casa. E pelo barulho, ele não estava sozinho.

- Comporte-se! – disse ela, antes de sair do quarto.

Vesti-me o mais rápido que pude, e então encontrei o olhar de Billy assim que abrir a porta do meu quarto.

- Pensei que já tinham ido… - disse ele.

- Não. Estamos indo agora, neste exato momento.

- Juízo… - foi tudo o que ouvi meu pai dizer, em meio a um sussurro.

Só o que me faltava, logo agora o velho iria me cercar de “cuidados” e sermões?!

Passei pela sala e cumprimentei Sue Clearwater, sentada no sofá diante de Leah, com um olhar nada amistoso.

Seguimos em direção a garagem, e então encontramos Sam, Emily e Seth vindo em nossa direção.

- Meu carro quebrou, não deu tempo de concertar. E os meninos já foram… Podemos ir com vocês? – Sam aproximou-se de mim, enquanto Emily e Leah trocavam o segundo e rápido abraço.

- Não vai ser preciso, Jacob e eu iremos de outra forma. – Leah respondeu, aproximando-se de mim.

- Iremos? – perguntei.

- Sim. Quero sentir um pouco de adrenalina… - ela me lançou um olhar interessante – além do mais, quero ir de moto, colada em sua cintura – sussurrou ela em meu ouvido.


Seth nos olhava encabulado, parecia que nunca iria ficar a vontade com meu namoro com sua irmã.


Entreguei as chaves do carro à Sam e então segui em direção as motos.

Há muito tempo que não as via, para ser mais exato, a última vez que estive em cima de uma, foi junto de Bella. Quando ela aparecia em casa, sempre que Edward saia para caçar.

Aquela moto era um símbolo. Um símbolo que não tinha sentido se não estivesse no devido contexto.

Aquela moto era um símbolo. Um símbolo que não tinha sentido se não estivesse no devido contexto.

Como um filme, todos os momentos em que estive com Bella, em cima daquelas motos passou em meus pensamentos.

Despertei-me deles assim que ouvi o barulho do motor do Rabitt, olhei ao meu redor, o carro já não estava mais na garagem. Leah vasculhava distraída a garagem.

- Onde estão os capacetes? – perguntou ela, sem notar os segundo em que fiquei ausente.

Retirei a lona preta que cobria as motos, e então estiquei o capacete para Leah.

Passei um pano no acento empoeirado e então subi na moto e dei a partida. Leah subiu segundos depois, deu um beijo em meu rosto.

- Corra o máximo que conseguir…

Disse ela, colocando o capacete.

Sorri, tomando aquelas palavras como desafio.

- Segure-se firme! – disse, e então coloquei o capacete.

Senti os braços de Leah circulando minha cintura, agarrando-se a ela, como garras. Meus pensamentos se embaralharam, entre a sensação gostosa de ter Leah grudada em meu corpo, e o desejo gritante de imaginar Bella em seu lugar.

Acelerei a moto, e então, conforme Leah pediu sai em disparada pela estrada em direção a Port Angeles.

Senti os braços de Leah circulando minha cintura, agarrando-se a ela, como garras. Meus pensamentos se embaralharam, entre a sensação gostosa de ter Leah grudada em meu corpo, e o desejo gritante de imaginar Bella em seu lugar.

Acelerei a moto, e então, conforme Leah pediu sai em disparada pela estrada em direção a Port Angeles.

Percorri o caminho, lutando com meus pensamentos, pelejando para deixar Bella no campo do esquecimento, no lugar onde ela esteve nas ultimas semanas. Sendo ignorada com sucesso. Mas não foi nada fácil, hoje os meus pensamentos estavam insistentes e só pertenciam a uma única pessoa.

- Isso é o mais rápido que você consegue? –gritou Leah, desafiadora.

Não contive o riso e então acelerei ao máximo de imprudência que a moto pudesse me permitir. Éramos dois lobisomens, se caíssemos nos curaríamos rápido. Atingimos uma boa velocidade, passamos por Sam, sem dar-lhes a chance de ver mais do que apenas um borrão.
Foi até divertido, não cometia esses deslizes há muito tempo, tirar da moto mais do que estava acostumado, foi inteiramente satisfatório.

“Mais uma coisa que não poderia fazer, se estivesse com Bella…” pensei.

Acabamos chegando ao restaurante primeiro que todos, assim que estacionei a moto, Leah saltou sorridente da garupa e tirando o capacete disse:


- Devíamos ter feito isso antes. É tão bom… - Leah contornou a moto e então uniu nossos lábios docemente – Quero andar de moto mais vezes.

- O que você quiser. – disse selando rapidamente nossas bocas.

Leah e eu fomos em direção ao restaurante abraçados. Mas algo me deteve no meio do caminho…

- Ei. Bella! O que está fazendo aqui em Port Angeles? – a voz de Seth fez meus pés cravarem no chão.

Virei-me automaticamente em direção a sua voz, torcendo para que meus sentimentos não me traíssem. Há quase um mês eu só via seu rosto em pensamentos, tudo o que eu tinha eram minhas lembranças, lembranças – noturnas - dos nossos últimos momentos juntos e felizes, pois era tudo o que eu conseguia pensar…

Lá estava ela, parada apenas alguns metros de mim. Olhá-la, mesmo que a esta distancia, me deixou sem ar, meu coração acelerou, batia ritmadamente como um solo de bateria… Eu não conseguiria esquecê-la, a quem eu queria enganar? Eu amava aqueles lindos olhos castanhos, mesmo que seus lábios insistissem em negar o que eles freqüentemente me afirmavam, mesmo que suas palavras e suas atitudes sempre viessem a me machucar, era ela a minha escolhida. Eu amava Bella, e a sensação que tenho é que será assim por muito tempo.

- Vamos entrar? – Leah falou, me tirando do meu momento de recaída.

Já estava cogitando a possibilidade de ir até Bella, mesmo não tendo nada especifico para lhe dizer; seria apenas para sentir seu cheiro, ouvir o batimento do seu coração… ou quem sabe, pegá-la em meus braços no velho e tão bom abraço de urso… ouvi-la dizer que estava sem ar…

- E então? – insistiu Leah.

Limitei-me a mover levemente a cabeça, reprimindo veemente o desejo avassalador de ir ao encontro de Bella.

Leah escolheu uma mesa enorme, na ala direita do restaurante, e logo Quil e Keira – seu imprinting – vieram ao nosso encontro, juntamente com Jared e Kim.

Keira era uma garota tímida, mas muito legal. Ela pertence à tribo Makah – a mesma tribo da mãe de Embry. Keira estava na festa que os meninos fizeram para mim, fora convidada por Embry com a intenção de ser apresentada a mim, mas seus planos foram por água a baixo por tudo o que aconteceu na festa. Quando voltei com Leah, Quil já tinha visto Keira. Ao menos não tive que ver a eficácia do imprinting bem diante dos meus olhos, Leah e eu fomos poupados de presenciar o momento em que tudo ocorre…

Estar diante de casais imprintados era terrivelmente chato, sorte ter Leah ao meu lado, passávamos por todo o desconforto de forma bem mais agradável.

- Então, já decidiu quando iremos? – perguntou-me Leah.

Não pude deixar de notar o quanto fiquei aéreo depois de ver Bella, meus pensamentos estavam focados no corpo frágil a poucos metros do restaurante. Trocando algumas palavras com Seth…

- Ei, tem alguém ai?

Leah acariciou meu cabelo, enquanto uma de suas mãos percorria meu rosto trazendo-o para mais perto do seu. Fechei os olhos e senti os lábios macios de Leah moldarem-se aos meus, mas como há muito tempo acontecia, imaginei sendo os lábios de Bella.

Senti-me culpado por estar pensando em Bella, enquanto Leah me beijava. Foi então que percebi que não daria certo ficar em Forks, não quando ainda havia possibilidade de ver Bella. Ou talvez não desse certo nunca, já que esquecê-la parecia uma tarefa impossível de ser realizada, mesmo diante de tantos esforços.

- Prefiro ver um belo sorriso nesses lábios, que ver essa carranca… - Leah sussurrou no meu ouvido, encerrando o beijo assim que ouvimos um barulho.

Não me surpreendi com o que vi.

Já era de se esperar que algo daquele tipo acontecesse, caso Bella realmente resolvesse dar o ar de sua graça naquele ambiente.

Contive o riso, apesar de não querer demonstrar eu na verdade estava - internamente - explodindo de felicidade em vê-la assim desastrada como sempre, a “minha” Bella desprovida de bons reflexos e equilíbrio básico… A velha Bella de sempre... Mas então algo me deixou irritado.

Não pude deixar de me incomodar pela forma com a qual Seth evitou que Bella caísse no chão. Bastava evitar que o corpo dela não entrasse em contato com o chão, não precisava envolvê-la daquela forma em seus braços. O mais estranho foi perceber o nível de intimidade entre eles.

Ao contrário do que imaginei, Bella não se incomodou com o contato, como ela naturalmente fazia. Seth sussurrou algo no ouvido de Bella, que despertou um lindo e descontraído sorriso em seus lábios. Aquilo me correu por dentro, fiquei curioso para saber o que Seth disse a ela.

Bella olhou em minha direção, não pude ver meu rosto, mas pela expressão de Bella, tive certeza de que não estava com minhas melhores “mascaras”. Tentei, mas não consegui evitar a dualidade que se formou naquele instante. Por dentro eu estava louco para falar com ela, mesmo que casualmente, estava louco para abraçá-la, acariciá-la… mas não conseguia evitar a demonstração de raiva e frustração. Frustração por não poder fazer nada do que eu realmente desejava, e raiva por perceber que ela ainda exercia sobre mim um inexplicável poder.

Minhas ações eram umas, por mais bem planejadas que pudessem ser minhas atitudes, quando estava diante de Bella tudo desaparecia, nada mais fazia sentido, tudo se tornava confuso… Nada mais me interessava nada mais me prendia a atenção, pois quando ela estava diante de mim, era aqueles olhos o meu ponto de fixação, eram aqueles lindos lábios que prendiam no mundo.

As maças do seu rosto estavam levemente ruborizadas. Ela ficava linda de qualquer forma, mas quando ficava envergonhada seu rosto ganhava um destaque ainda mais interessante.

Tentei me concentrar no que Leah e os meninos conversavam, mas não consegui desviar meus olhos de Bella. A proximidade entre ela e Seth, e ainda a forma como ele a puxou, para que se sentasse ao seu lado me deixou intrigado. Cheguei a pensar que os sumiços de Seth durante esses últimos dias tivessem algo relacionado com essa intimidade entre eles.

Cada passo de Bella aumentava uma batida em meu coração, senti minhas mãos soarem e um frio percorrer por toda a minha espinha.

Visivelmente constrangida, e com as maças do rosto ainda levemente rosadas, ela se aproximou de onde estávamos sentados. Seth a puxou para que se sentasse ao seu lado…

Seth é mais novo que Bella, Jacob. Não pode estar rolando nada… Bella… Seth, eles não seriam capazes… - meus pensamentos estavam me deixando louco – Bella logo será uma mulher casada… se já não o é!?

Procurei por sua aliança, mas não vi nada. O que isso significava?! Será que aquele sanguessuga mudou de idéia quanto ao anel? Por que Bella…

Bella sentou-se diante de mim, meus olhos foram novamente aprisionados por aquelas feições delicadamente avassaladoras. A sensação que tive, é de que tudo ao nosso redor havia desaparecido, não havia mais risos, nem palavras… O único som naquele ambiente era do coração de Bella, oscilante e cativante ele passou a reger os meus próprios batimentos.

A noite se arrastou, entre risos, brincadeiras e comentários, dos quais tenho certeza de que participei apenas mecanicamente. Vez por outra, deixava um pequeno sorriso escapar por entre meus lábios, mas ao contrario do que pudesse parecer, ele nada tinha haver com os comentários ou as brincadeiras dos meninos… o motivo estava bem diante de mim, mesmo calada, mesmo concentrada… era ela quem estava me fazendo sorrir.

Desde que Bella pôs os pés no restaurante, meus olhos foram aprisionados por ela. Foram poucas às vezes em que consegui desviar o olhar… Melhor ou pior… era que ela também me olhava, talvez até com a mesma intensidade, o fato é que isso estava me deixando intrigado.

A sensação que tive era de que Bella tinha algo para me dizer, eu conhecia aquele seu olhar, ela estava travando uma batalha interna para que as palavras pudessem ser pronunciadas, não da melhor maneira possível, mas apenas da maneira de se expressar, a forma normal de Bella dar luz aos seus pensamentos.

Queria encorajá-la a falar, queria muito questioná-la sobre o que estava acontecendo, sobre o que ela tanto queria falar, mas acabei mantendo minha fachada imparcial, tive medo de que eu estivesse enganado sobre isso também. Não seria a primeira vez que Bella e suas reais intenções seriam mitigadas pelas minhas esperanças…

As brincadeiras se seguiram por boa parte da noite, até que Emily, encorajada pela terceira golada de “cuba livre” resolveu expressar em alto e bom som, o quanto ela estava feliz em ter reatado a amizade com Leah, e para fechar com chave de ouro, deixou escapar – ainda que superficialmente – nosso planos… A reação de Bella, a única – que injustamente – me importava, deixou-me ainda mais curioso.

Ela não gostou da noticia! Seu semblante mudou completamente, seus olhos encheram-se de lágrimas, mas ela não chorou. Apenas colocou-se de pe, como se tivesse acabado de ser chicoteada, avisou que estava tarde. Sua amiga concordou prontamente, e então parabenizou Emily mais uma vez e se despediu.

Foram tantas informações, em um curto espaço de tempo. Fiquei paralisado na cadeira, com seu semblante decepcionado e frustrado ferroando minha mente. Eu queria segui-la, queria conversar com ela, me comportar melhor do que fui capaz a noite inteira, mas meu corpo permaneceu estático, não consegui me mover, a única coisa que conseguia era olhar sua forma lindamente desajeitada, deixar o restaurante.

Enquanto eu travava uma batalha epicamente patética dentro de mim, Seth resolveu fazer o que eu tanto desejava, ir ao encontro de Bella. Não sei o que foi que me deu, simplesmente achei-me no direito de detê-lo, e agindo como quem estava sendo traído o detive pelo braço.

- Onde você pensa que vai? – grunhi para Seth.

O garoto, inicialmente, se perdeu em minha reação, custou a entender o que eu ainda não tinha entendido.

- Calma cara. – ele se afastou do meu braço.

- Vou acompanhar minha amiga…

Aquela frase, apesar de destilar inocência, não me deixou tranqüilo, muito menos satisfeito. Algo no olhar de Seth, e na própria forma como Bella e ele se trataram a noite toda, me deixou corroendo de ciúmes a noite inteira.

O que estava acontecendo aqui?

Minha mente estava ficando confusa. Logo agora que tudo parecia realmente fazer sentido, Bella voltou para bagunçar tudo. Vê-la me deixou errante, incerto… nada do que eu planejei, e nada que julguei desejar fazia sentido; parecia não ter mais razão de ser…

- Jake… - senti as mãos de Leah me contendo.


Seu toque me acalmou, ao mesmo tempo em que me deixou constrangido. Senti-me culpado por estar me comportando daquela forma, em sua frente. Contra minha mais intensa vontade, deixei meus músculos relaxarem sob seu toque.

Seth ainda, desorientado, olhou para Sam e então foi ao encontro de Bella, que olhava esperançosa na porta do restaurante.

Aquele olhar bastou para me deixar imóvel, ali mesmo, onde eu estava. Ela queria a presença de Seth ao seu lado… era isso que seu olhar apreensivo estava me dizendo?!!?!

Desconectei-me novamente quando Bella desapareceu do meu campo de visão. Voltei minha atenção para Leah e os meninos, mas o estrago já havia sido feito. Tudo tinha descarrilado segundos atrás.

Eu precisava e iria falar com Bella.

- Desculpa! – uni levemente meus lábios ao de Leah, e então segui em direção ao estacionamento do restaurante.

Meu coração martelava, adrenalina e apreensão, percorreram meu corpo impulsionando-me, dando-me ainda mais gás para ir encontrá-la.

Mesmo ciente de que não seria necessário, minhas pernas moveram-se tao rapidamente que só percebi que estava correndo quando sai do restaurante, quase atropelando um casal que entrava no mesmo instante em que eu tentava sair.

Por sorte, não causei nenhum estrago. Agi a tempo de segurar a moça, para que ela não caísse. A entregando nos braços de seu acompanhante ajeitei-me e segui meu caminho, seguindo meu objetivo. Percorri os olhos por todo o estacionamento, e nada. Olhei em volta, e ao longe avistei os três seguindo descontraídos ate o lado norte.

- Bel…

Mal tive tempo de pronunciar seu nome, fui interrompido com o ardor terrivel em minhas narinas.

Eu já devia ter imaginado. Ela jamais desistiria dessa loucura!

A baixinha vidente aproximou-se deles. Não agüentei mais esta decepção, como eu pude ser burro ao imaginar que talvez Bella tivesse uma ótima noticia para me dar? Eu definitivamente estava enganado sobre ela, achando que a conhecia melhor que ela mesma, isso tudo não passa de fixação da minha cabeça.

Ela jamais será minha!

Senti lagrimas percorrem minha face e então me afastei, decidido a nunca mais pensar em Bella.

Definitivamente tudo o que remetia a Bella, era o tão desesperado Adeus!



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