até o Sol se Pôr. escrita por Julyana


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês estejam gostando ^.^



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Eu deveria estar nervosa assim? Afinal, era só uma tarde de estudos e, por mais que Nana tenha feito parecer, não um encontro ou coisa do tipo.

A quem eu estava querendo enganar? Ninguém demora tanto para se arrumar ou requisita a ajuda da melhor amiga se não tiver, no mínimo, esperança de que algo vá acontecer.

Graças a Nana, que tem a filosofia de vida de que se uma mulher não se atrasa ao menos 5 minutos não vale realmente à pena, estava eu fazendo uma coisa que odeio profundamente: atrasando-me para alguma coisa.

Cheguei ao lago atrás da escola umas 02h30min e tive uma bela visão de recepção. Sirius estava de pé em frente ao lago com o Sol iluminando seus cabelos e dando-lhe um ar quase angelical. Era uma imagem digna de um quadro e; por mais que algo em meu coração me dissesse que angelical era a descrição errada para um homem como ele; eu não desejava quebrar o encanto do momento.

Mas na vida as coisas passam e como tudo o mais aquele momento também acabou. Quase como se tivesse sentido minha presença ele se voltou em minha direção com aquele sorriso que fazia todas as células do meu corpo responderem e o meu cérebro parar de funcionar.

Senti meu rosto esquentar levemente enquanto sorria de volta e começava a me aproximar de onde ele estava.

- Oi! Achei que você não poderia vir... – ele iniciou a conversa enquanto me guiava para uma mesa de concreto perto do lago.

- Perdoe-me o atraso, mas a Nana estava lá em casa e com ela é tudo depois. – eu respondi envergonhada por tê-lo feito esperar.

- Não precisa se preocupar – aquele sorriso lindo ainda resplandecia em seu rosto quando hesitou em continuar – Eu... Estou feliz que esteja aqui.

Um silêncio levemente constrangedor se instalava entre nós quando Sirius prontamente perguntou se eu trouxera a matéria e assim passamos as três próximas horas; com Sirius me fazendo entender, finalmente, matemática e comigo corando e sorrindo envergonhada a cada pequeno toque ou olhar trocado.

Sorri aliviada quando terminamos de revisar a última matéria e eu pude descansar a caneta. Meu cérebro já estava sobrecarregado e eu não sabia se poderia absorver mais alguma coisa, no entanto eu finalmente havia entendido a matéria! Com certeza me daria bem na prova.

Enquanto deixava minha mente vagar, desviei minha atenção para Sirius. Ele guardava seus materiais e cantarolava uma música em um idioma desconhecido por mim, que logo deduzi como sendo escocês. O Sol de fim de tarde se infiltrava por entre as folhas da copa da árvore sob a qual a mesa onde estávamos ficava e iluminava seu cabelo negro dando-lhe fios de ouro.

Minha atenção estava tão presa aos pequenos detalhes que me faziam indagar se aquele rapaz seria mesmo real ou o encantador personagem de algum conto de fadas ou lenda que mal notei quando ele terminou de guardar as suas coisas e passou a me encarar de volta.

Baixei o rosto quando me dei conta que minha silenciosa observação havia sido descoberta e corei envergonhada por ter sido pega em flagrante.

Meu coração quase parou quando senti sua mão forte e levemente fria levantando meu rosto para que o encarasse. Sirius sorria e tinha a outra mão estendida em um convite mudo para que eu o acompanhasse. Sem saber ao certo o que ele faria deixei a cautela de lado e dei-lhe a mão. Ele me guiou até a frente do lago e, ainda de mãos dadas comigo, falou:

- Logo que eu conheci esse lugar sabia que ele tinha um pedaço de mim. A forma como tudo aqui se completa me fascina e lembra de casa – Sirius apertou fracamente meus dedos direcionando meu olhar para ele e continuou:

- Nesse lugar eu era o único incompleto. Sempre achei que isso fosse normal, que nenhum ser humano nunca ia poder comparar ou se igualar com a plenitude da natureza, as eu estava errado. Hoje, aqui com você, eu pude ver que tudo pode ser perfeito e que, por mais difícil que possa se tornar, eu quero fazer tudo para que seja.

Eu o encarei maravilhada e surpresa com o significado daquelas palavras. Mal podia crer que ele sentira a mesma sensação de plenitude que eu ao estar ali com ele.

Seu sorriso parecia iluminar todo o meu mundo enquanto ele passava levemente sua mão pelo meu rosto; deixando-a escorrer e prender-se em meus cabelos, puxando-os levemente para trás e fazendo um arrepio percorrer meu corpo enquanto o via baixar seu rosto em direção ao meu.

Meu olhar, que antes estava preso em seus olhos, foi desviado para seus lábios que agora estavam a centímetros dos meus...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostado ^.^
Se você não gostou, diga-me! Só através da sua crítica vou poder melhorar.
Se você gostou, diga-me! É o seu elogio que vai me incentivar a continuar trilhando esse tortuoso caminho formado pelas linhas.
E, se possível, gostaria que vocês dessem uma olhada nela no meu blog também!

euprefiroassim.blogspot.com