Uma pequena diva hiperativa. Era como o menor costumava chamar o belo garoto que penetrantes olhos azuis. O loiro estava sentado no sofá à, ao menos, uma hora, esperando até que Strify estivesse completamente pronto.

Às oito horas da noite, eles teriam uma apresentação para fazer, durando 2 horas. Às 10 da noite, participariam de um DJ Set.

Strify adentrou eufórico na sala. Devido à leve brisa, confortante e suave, seus belos cabelos mestiços balançavam, enquanto ele procurava algo avidamente. Kiro o observou revirar todos os cantos da sala, até achar sua corrente de prata.

Ele, já de posse do objeto, parou em frente à Kiro, colocando suas mãos em sua cintura, olhando para baixo, com seu nariz empinado, como uma verdadeira diva. ‘’ Como estou, Kir? ‘’, ele perguntou.

O menor levantou o olhar, a fim de observar o cantor. Caminhou cada centímetro daquele perfeito corpo, e mergulhou-se em pensamentos obscenos, imaginando-se em cima daquele corpo macio, durante a noite, ouvindo os belos lábios rosados de Strify a chamar seu nome.

Os olhos verdes do garoto pareciam estar distantes, e ele sentia sua boca ficar seca. ‘’ Kir? ‘’, o chamado do mais novo, ainda à sua frente, o fez sair de seus devaneios. ‘’ Você está perfeito, minha diva. ‘’. Kiro sentia o sangue subindo por sua face, e se concentrar em suas bochechas.

Strify virou-se, e começou a seguir até o espelho. Ele fechou os olhos, e começou a cantarolar uma música até então não sendo reconhecida por Kiro. Ele dançava, e seus movimentos de quadril eram reproduzidos em câmera lenta para o baixista.

O cantor rodou a corrente em suas mãos, e sorriu, olhando para o rosto de Kiro, refletido no espelho. Como ele queria sentir aquela boca a beijá-lo, e aquelas mãos rudes, mas doces e macias, a acariciá-lo, e ouvir seu nome sair daquela boca perfeitamente desenhada.

‘’ Pode me ajudar? ‘’, ele pediu. Kiro se levantou, seguindo até o espelho. O baixista se posicionou atrás de Strify, fazendo com que a distância que os separava se resumisse a poucos centímetros. Sua respiração estava pesada, e seu coração saltava. Ao sentir o suspiro quente de Kiro em sua pele, e as mãos dele a tocarem seu pescoço, a fim de afastar seus cabelos de lá, o maior sorriu, serenamente.

Kiro começou a embolar-se com o fecho da corrente. Lógico, ele sabia muito bem como fechá-la, afinal, ele mesmo usava várias delas. Mas a proximidade extrema com Strify fazia com que ele perdesse a coordenação, e se embolasse todo na hora de fechar a bendita corrente.

Strify se deliciava com o toque macio, mas ao mesmo tempo rude, da mão do pequeno em sua pele. Kiro, por sua vez, preferiu parar, e fechar logo à corrente, antes que seu controle se perdesse, e ele passasse do ponto.

Ao fazer referência de fugir, fechando à corrente, Strify moveu levemente o ombro, fazendo com que Kiro olhasse para seu reflexo no espelho. Uma vez feito, ele sorriu, sedutoramente. ‘’ Fica aqui ‘’, ele sussurrou, e em seguida, Kiro suspirou de alívio.

Com essa atitude do mais novo, o baixista se sentiu livre para acabar com a pequena distância entre eles. Os poucos centímetros que os separavam foram preenchidos, e agora, os corpos estavam colados. Strify fechou os olhos, e suspirou pesadamente, satisfeito.

As mãos pequenas e doces do menor caminhavam pelos ombros e braços do maior, acariciando cada pedaço de pele e pano que ele encontrava. Ele aproximou mais seu rosto do pescoço de Strify, e este, sentindo a respiração quente do menor em sua pele, arqueou o pescoço para trás, apoiando-se no ombro de Kiro.

A boca do mais velho encontrou a pele do mais novo, e foi com o se uma pequena carga de energia fosse despejada por eles. Ambos sabiam, as peles macias em contato produziam energia, os eletrizava. E eles amavam.

Os lábios do baixista caminharam pelo pescoço do cantor, fosse com beijos carinhosos, ou mordidas suaves. Strify não pôde segurar um baixíssimo gemido de satisfação ao sentir a língua macia de Kiro caminhando de seus ombros até sua orelha. Não que Kiro não tenha ouvido-o gemer. Mas este preferiu continuar ali, onde ele tanto quis estar.

‘’ As mocinhas já estão prontas? ‘’, era a voz de Yu, do outro lado da porta. ‘’ Um segundo. Já estamos saindo. ‘’, respondeu o baixista, ainda perto de Strify. Este estava corado, mas não de vergonha, e sim porque, com o toque macio do menor, ele perdera o ar e a percepção dos fatos.

Ele se virou de frente para o menor, que sorria, com os olhos verdes brilhando. Esses olhos que tanto o hipnotizavam agora estavam olhando fixamente para ele, como ele tanto queria. ‘’ Vamos. Temos uma multidão para agradar. ‘’