Entre o Amor e o Ódio escrita por Sophie Swan


Capítulo 19
19. Um olhar


Notas iniciais do capítulo

eee... a fic recebeu uma recomendação.... brigadu jd_robb2!!



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19. Um olhar.

- Isabella? Isabella? – Eu ouvia uma voz insistente e cansada a me chamar

Abri os olhos lentamente e avisto Taylor.

Desencosto a minha cabeça da parede e sinto uma dor no pescoço. Eu havia feito novamente, eu dormi mais uma vez naquela cadeira desconfortável da sala de espera em vez de ir para casa e descansar um pouco, como prometido a ele. Ele apenas soltou um suspiro e me olhou como se estivesse me avaliando, vendo se nada se quebrara. Senti o meu rosto corar ao perceber o seu olhar.

- Eu fiz de novo... – Falei meio que em um resmungo

- É... Você deveria ir para casa descansar um pouco...

Ignorei a parte de ira para casa, pois eu não iria conseguir ir para casa e deixar Alex aqui sozinho, apenas com os médicos, enfermeiras e o Taylor. Eu não gostava da idéia nem um pouco, pois eu sabia como era ficar em um hospital, e mesmo com alguém da família lá do seu lado no hospital, é ruim...

- Como ele está?

- Ele está bem, está acordado...

- Ele acordou? Eu posso ir lá?

- Sim... Mas...

- Me deixe vê-lo...

- Está bem.

Taylor me guiou pelos corredores do hospital, até que paramos em frente a uma porta.

- O quarto 312 é aqui. – Ele disse logo em seguida abrindo.

Alex estava deitado na cama imóvel, se não fosse pelo suave movimento de sua respiração eu acharia que ele não estava vivo. O seu rosto estava virado para a janela, mas ao ouvir eu e Taylor entrando no quarto ele logo desviou os seus olhos da janela para mim. Apenas exibindo um sorriso fraco em seus lábios, que não chegava aos seus olhos.

- Alex... – Falei em um fio de voz, fiz menção de ir até ele, mas me detive por um segundo – Eu sei que você vai ficar chateado... Mas...

Ele desviou o seu olhar de mim sem falar uma palavra, já adivinhando o que eu iria falar.

Sentei-me na ponta da cama, apenas para observá-lo, eu não sabia como iria falar isso para ele.

- Você não continuou... – Ele falou suavemente. A sua voz roca preencheu o quarto, me pegando de surpresa e me fazendo ter um leve sobre-salto.

- Eu não iria deixar você lá...

- Eu pedi...

- Alex...

- Eu queria que você continuasse! Você teria tudo!

- Eu não teria nada Alex, afinal, para que aquilo tudo, se eu não teria você ao meu lado, correndo nas pistas lisas e com o melhor carro?

- Eu pedi para me deixar...

- Eu sou egoísta demais para isso... Para deixá-lo morrer enquanto eu tenho como salva-lo. – Falei – Somos uma família se lembra? Uma família, uma pequena família. Você é a minha única família Alex, eu não o deixaria morrer lá. Não o deixaria arder em chamas junto com o carro.

- Você não entende...

- Você é que não me entende Alex... – Falei me levantado e indo para a porta. – Estarei ali fora falando com o Dr. Taylor, e talvez eu vá tomar café daqui a pouco.

Sai do quarto um pouco chateada, mas nem um pouco surpresa, pois eu já havia previsto uma ração parecida com aquela.

Fui caminhando pelos corredores até a sala de espera, passando pela recepção avistei Taylor no balcão, mas não parei para falar com ele. Apertei o botão para chamar o elevador e fiquei para ali, esperando o elevador chegar. Até que senti um olhar em cima de mim, e logo uma sombra se projetando no chão perto de mim, indicando que alguém estava atrás de mim.

O elevador chegou ao andar, as portas se abriram, ele estava vazio, entrei nele, e ao me virar vi Taylor entrando no elevador também. Mas ninguém mais entrou no elevador. Era só eu e Taylor dentro daquele elevador.

Ele me olhou com os mesmos olhos avaliativos de hoje mais cedo, o que me fez ficar um pouco desconfortável e enrubescida, além do meu coração está a mil. Decidi então ignorar a presença dele ali, até que ele perguntou: - O que houve?

Soltei um suspiro, percebendo que eu estava aliviada por ele falar comigo, finalmente quebrando o gelo e a tensão que estava no ar.

- Nada que eu não tenha previsto... – Falei desanimadamente – Ele não consegue me entender...

- Algumas pessoas não percebem a sorte que tem tendo uma pessoa como você do lado... – Ele me disse olhando nos meus olhos.

Naquele momento eu tive a certeza que eu havia corado, as minhas mãos começaram a suar, e eu fiquei nervosa, sem saber o que fazer. Era como se eu tivesse voltado a minha adolescência novamente.

Então mergulhei em seu mar de esmeraldas, aqueles olhos verdes pelo qual me atraia como se fosse imã. Taylor se aproximou de mim e me beijou. Meu corpo inteiro formigou, o meu coração disparou, e de repente, como um impulso envolvo o seu pescoço com os meus braços e o puxo mais para perto de mim.

Eu estava quase ficando sem ar, mas eu não ligava; isso que eu sentia era muito diferente do que eu sentia com o Edward, não era uma chama que queimava tudo que via pela frente, que entrava em combustão quando nossos corpos se tocavam, mas sim um fogo que vai derretendo a rocha aos poucos, lentamente, que faz o meu coração ficar a mil. Era um desejo intenso, porém mais calmo, era uma chama que lambia as toras de madeira lentamente, e que não se apagava. E isso era bom, muito bom.

Taylor me pressiona contra a parede do elevador, mais para perto do painel, ele tira a mão que estava na minha cintura e aperta algum botão no painel que fez o elevador parar. Puxo um pouco de ar antes de ele voltar a me beijar.

Ele solto o meu cabelo e desceu a sua mão até a minha perna, percebendo o que estava fazendo, ele se deteve. Separou os nossos lábios e seu rosto ficou a centímetros do meu. Olhei em seus olhos e mergulhei novamente em seu mar de esmeraldas.

“Eu prometi a mim mesma não me apaixonar mais...”

Ignorei os meus pensamentos e roubei-lhe um beijo. Taylor logo cedeu, era como uma bala de menta, balas de cereja derretem na boca. Taylor ia deslizando a sua mão pelos meus braços, pelas minhas costas... E aonde os seus dedos tocavam, deixavam um rastro de fogo.

Taylor interrompeu o nosso beijo e olhou em meus olhos, em seguida ele beijou o meu pescoço e me deu um selinho.

- Tenho que voltar...

Eu fiquei muda, apenas observando-o, e por fim eu disse contrariada um “está bem...”   

Ele apertou um botão no painel e o elevador voltou a funcionar, me ajeitei e o elevador em poucos segundos estava já na recepção, saí do elevador sozinha... ele não iria comigo hoje. Suspirei. Caminhei pelas esquinas, e parei em frente ao restaurante que costumávamos ir tomar café de vez em quando. Entrei e escolhi a mesa do canto, no fundo, perto da janela, da onde da para ver a chuva caindo lá fora e as pessoas caminhando.   

Em algumas semanas a minha nova rotina havia sido instalada, e eu fiquei me perguntando se quando Alex melhorasse eu conseguiria abandonar essa rotina, se eu iria me acostumar novamente com a velha. O que eu acho muito difícil.

Lembrei-me subitamente de Taylor, não eu não conseguiria abandoná-lo. Em tão poucas semanas havíamos nos aproximados muito. E fomos nos apaixonando um pelo o outro, aos poucos.

Fiquei ali, tomando o meu café e pensando sobre eu e Taylor, e como ele tem o poder de me derreter com um só olhar....


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Notas finais do capítulo

demorei muito né gent?? :(sindrome da autora... *não quero que a fic acabe... mas um dia ela teria que acabar... então, estamos em contagem regressiva para o capitulo final!*



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