Depois dar mais de três voltas no quintal correndo, Bill colocou as mãos no joelho exausto.

-Chega mocinho! –ele falou para Bruno que vinha em sua direção segurando o brinquedo.

-Vai desistir da luta? Eu sabia que você não era pálio para mim! –o garoto levantou a espada em um sinal de vitória.

-OK, você venceu! –Bill disse arfando. –Agora vamos lá dentro ver quais são as tarefa do dia!

-Você vai fazê-las sozinho?

-Não! O Tom vai me...

Nesse instante Tom passou por eles correndo.

-É desse tipo de ajuda que você estava falando? –o menino olhou com desdenho para a sua outra babá que estava correndo de sua irmã caçula.

-Era quase isso. –Bill respondeu sem graça.

-Você deveria ir lá! –Bruno disse. –Ela não vai desistir de correr atrás dele e pelo que parece, ele não vai devolver o doce de livre e espontânea vontade!

-Já estou lá! –Bill disse correndo em direção do irmão.

-Mano me ajuda! –Tom estava atrás da casinha de boneca gigante da menina.

-Sai daí! –o mais novo se aproximou do irmão. –E você Maísa, pare com isso agora! –Bill elevou seu tom de voz e a menina o olhou. –Você não pode ficar correndo atrás desse menino! Você é uma moça!

Os olhos de Maísa se encheram de água e ela começou a chorar.

-Não, não! Xiiiu Maísa! –Bill se ajoelhou na frente dela. –Por favor, não chora! Eu e o Tom podemos brincar com você! E ainda vamos fazer mais um monte de doce só para você, pequena! –ele passou secou as lágrimas da menina. –O tio Bill tá aqui! O malvado do Tom não vai te magoar de novo!

-Você é bom nisso, heim? –Tom se aproximou deles e começou a rir das palavras que o irmão dizia para fazer Maísa parar de chorar.

-Vai embora Tom! Olha o que você fez! A menina está chorando!

-Isso é só manha! Menina mimada! –ele mostrou a língua para ela.

-Seu insensível! Ela só tem dois anos e o errado foi VOCÊ! Por que você foi pegar o doce da menina?

-Para de defender ela! Eu estava com fome, e além do mais, eu fui obrigado a estar aqui com você e ainda por cima não posso comer o que eu quero?!

-Não estamos na nossa casa! Aqui você não pode comer o que quiser, Tom! Coitada da menina! Você come o doce dela e depois a culpa de ser mimada? Você nem perguntou se podia! Tu já abriste a porta da geladeira e mando a ver na sobremesa da guria! –Bill olhou para o seu irmão. –Vai lá procurar o garoto do Star Wars e me encontra na cozinha!

O loiro se afastou e Bill olhou a garotinha de novo.

-Você está bem?

Ela não respondeu a pergunta dele, apenas esfregou um dos olhos com a mão, indicando que estava cansada.

-Vem, temos que ir para a cozinha ver quais são as tarefas da casa! –Bill estendeu a mão para que ela a segurasse, mas Maísa não a segurou. Ela estendeu os braços em sinal de que queria o “colo” dele.

Bill se abaixou e pegou a menina nos braços.

-Ele não vai mais te fazer chorar, meu amor! –ele disse bem baixo, de modo que só ela pode ouvir.

Como agradecimento ao que o garoto tinha feito por ela, Maísa deitou a cabeça no ombro esquerdo de Bill e fechou os olhos. Ela provavelmente não sabia o que ia acontecer em seguida, mas independente do que fosse, se Bill estivesse ali, isso já seria o suficiente para que a pequena se sentisse... segura.