Comentários em Conflito Ancestral

Zusaky

29/05/2016 às 09:04 • Capítulo único — O Guerreiro Sangrento
[PROJETO CRITIQUE-ME]
Oi, The Thief e Trubluu, tudo bem? Espero que sim. Eu fui designada para avaliar a história de vocês no projeto do SBLAN. Lembrando que meu trabalho aqui é somente fazer uma crítica construtiva para ajudá-los. Vocês não precisam aceitar tudo o que eu digo, uma vez que são apenas sugestões, certo? :3
Enfim, vamos à crítica. Começando pelo título, capa e sinopse primeiro. Eu achei que o título combinou perfeitamente com a história. E a capa já nos faz pensar em um guerreiro do tipo sombrio, realmente expressa o que o Pirarucu é. Na história nós temos um guerreiro que luta usando uma lança, então eu posso dizer que li o tempo todo imaginando esse índio que está na capa. E eu gosto de sinopses no estilo e tamanho da sua, sabe? Do tipo que instiga o leitor, mas que ao mesmo tempo não revela completamente tudo sobre a história. Eu já conhecia a lenda do Pirarucu, mas fiquei o tempo inteiro me perguntando como seria ler isso numa narração que não fosse tão breve como a dos livros.
Agora indo para a história. Eu estava deixando para lê-la em uma só tacada, prefiro fazer desse jeito sempre com as fics, senão fico com um sentimento de culpa depois. Isso acabou me atrapalhando um pouquinho com essa história, porque eu tive que ir fazendo algumas pausas nesse meio tempo. Os parágrafos acabaram ficando enormes, de maneira que eu me perdi várias vezes e tive que ficar procurando onde eu tinha parado. E também por esse motivo a leitura acabou não fluindo tão bem quanto poderia. Acho que você poderia fazer uma quebra aí, principalmente quando o foco mudar.
Após isso, eu gostaria de começar a falar da parte gramatical. Notei também que faltou uma boa dose de revisão. Eu vi vários erros com relação à pontuação dos diálogos. Sugiro que vocês deem uma olhada em um artigo bem legal da Liga que fala sobre isso: http://ligadosbetas.blogspot.com.br/2014/11/como-pontuar-dialogos.html
 Teve a ausência de duas coisas bem importantes: crase e vocativo. O vocativo eu acredito que tenha sido mais uma questão de distração, pois todos estavam certinhos no início da história, mas lá pelo meio eles começaram a sumir. Já as crases, bem, não sei se também foi por falta de atenção. Você esqueceu de colocá-las onde deveria ter (“...que corria em meio as chamas”), mas acabou usando onde não deveria ter (“Deu dois passos em direção à Xandoré”). Enfim, seria bom rever isso. Um macete fácil para lembrar seria substituir a palavra feminina por uma masculina — apenas temporariamente — e ver se teria o AO antes.
“...que corria em meio aos pedregulhos.”
Se deu pra colocar o AO com a palavra masculina, então na feminina poderá ter o A craseado.
Também vi que você às vezes confundia o tempo verbal, acabando por colocar no presente o que deveria estar no passado. Peguei um exemplo da própria história, veja: “Todo tipo de injúria contra o Guerreiro Sangrento é pouco”.
A concordância verbal também é um ponto que eu queria falar. Eu vi que você errou nisso algumas vezes, mas provavelmente porque acabou comendo o s, né? xD Eu marquei duas passagens onde isso aconteceu, olha:
1 – “Temendo que as chamas consumisse...”
2 – “Olhou para os céus, que não manifestava-se.”
Seria bom revisar a questão das vírgulas também, pois algumas foram empregadas erroneamente. Separei uma frase para você dar uma olhada:
1 – “Pirarucu vendo aquilo, sorriu debochado” (Não se separa o sujeito do verbo)
Ok, mas agora falando do enredo em si. Eu devo dizer que me surpreendi. Quando vou ler uma história de ação, já começo a torcer para não ser toda aquela repetição de ações e descrições, como se toda a fic fosse uma paráfrase de outra. A sua, porém, me deixou super feliz nesse quesito. Eu não achei seu modo de narrar as lutas cansativo (nem passou perto), ele me deixou empolgada, me instigou a querer saber o que viria a seguir. Quando eu achava que, enfim, o Pirarucu iria morrer, ele ia lá e dava a volta por cima. Deu pra sentir a agonia e o desespero do Tupã ao ver seus métodos falharem, um após o outro.
Outra coisa que gostei bastante foi do seu jeito de fazer comparações. Elas ficaram bem interessantes e coesas com o texto.  O jeito como foi apresentando as cenas também foi muito bom. Você não se apressou em contar tudo de uma vez, mas também não ficou enrolando e batendo no mesmo ponto por muito tempo. Acho que isso é um dos fatores mais importantes aqui, principalmente por se tratar de uma história que possui mais descrições do que falas. Seria realmente maçante ler algo nesse estilo e que o autor ainda ficasse enrolando para contar cada coisinha. Felizmente, é claro, esse não é o caso aqui.
Ainda assim, eu senti falta de algo no final da história. O Pirarucu acabou por morrer, finalmente, mas eu achei que você poderia ter explorado só um pouco mais essa parte. Não no sentido de fazê-lo escapar da morte (como ele conseguiu fazer tantas outras vezes), mas no sentido de mostrar mais o que ele sentia na hora. Quais eram os pensamentos desse grandioso guerreiro ao perder uma guerra que ele achava que já havia vencido? Ele se sentiu realmente frustrado por ter perdido a luta? Ou ficou aliviado por não ter mais que lutar? Acho que isso poderia ter sido abordado com poucas palavras mesmo, sabe? Isso seria bom para o leitor sentir algo a mais em relação ao Pirarucu, algo que o tornasse mais carismático.
Falando em carisma, um personagem que eu achei muito bem trabalhado foi o Xandoré. Não que os outros não tenham sido, longe disso, estavam todos adoráveis, mas o destaque mesmo vai para esse que eu citei. Mesmo sendo o “demônio que odeia a humanidade”, ele foi o que eu mais gostei aqui. A personalidade dele ficou muito palpável para mim; é do tipo que mal aparece e a gente já consegue ver como ele é e para que veio ao mundo. Gostei das falas dele, do modo de agir, não querendo obedecer ordens tão prontamente quanto o Pôlo e a Iuru. Mas olha, você o descreveu muitas vezes como “o demônio”, ok, isso não está errado, mas algumas vezes você colocava com letra maiúscula, outras com letra minúscula, e isso ia alternando do início ao fim. Acho que seria bom manter um padrão nisso. Mas não é nada de alarmante, ok? C:
Well, eu acho que era isso o que eu tinha que dizer. Acabei falando de tudo um pouco, já que você não teve preferência por algum ponto específico. Espero que o comentário seja útil de alguma forma. Ressaltando novamente que você pode ir conversar comigo sobre ele a qualquer momento, viu? E obrigada por ter participado do projeto. ♥


Dust and Air

17/05/2018 às 11:21 • Capítulo único — O Guerreiro Sangrento
Cara, este história é TÃO foda! Poderiam fazer uma continuação se quisessem...


Resposta do Autor [Trubluu]: Que bom que gostou. Essa história surgiu em uma noite, quando estava com muita vontade de falar sobre o Brasil e sua mitologia. A princípio ia ser um projeto super longo, cheio de aventura, ação, suspense e tudo mais que tivesse de melhor das nossas ideias, mas infelizmente a história foi esfriando e deixamos esse one shot apenas como lembrança do que essa fanfic prometia ser um dia. 

Mas não vou negar que ainda tenho vontade de escrever sobre todo esse universo incrível. Ideias não faltam. Fico animado que tenha gostado. Obrigadíssimo pelo comentário. Vou pensar com carinho sobre dar continuidade ao projeto. Até mais e tudo de bom sempre.
 
~Abraços, Trubluu. 


Rebeca Lemh

25/09/2018 às 09:12 • Capítulo único — O Guerreiro Sangrento
O que mais gostou no capítulo?
as alusões a deusa Angra

Bom dia, 
 
Gostei muito da sua história, principalmente por resgatar parte da nossa cultura ancestral que é tão pouco valorizada. 
Estou fazendo um trabalho com a Deusa Angra, mas não acho material na internet. Você tem alguma fonte, livro ou outros que possa me sugerir?
 
Obrigada