Comentários em Fotografado

20/09/2012 às 22:56 • A fotógrafa
Gostei!!!


Sven

23/09/2012 às 23:54 • A fotógrafa
Eu também.
Para uma história sua, me pareceu incrivelmente explícita, direta e denotativa.
Eu comecei pensando se você por acaso não estaria exultando a maravilha da tecnologia. É incrível podermos capturar uma imagem apenas apertando um botão, não é? Pra mim não. Nada de surpreendente. Essas coisas já existiam quando eu nasci. Não sei por que alguém do século XXI ficaria maravilhado com isso. Mas para quem isso é novidade, certamente é surpreendente. Ou então podem achar que é bruxaria. 
A questão que veio em seguida, porém, é tão interessante de ser discutida para nós como para alguém do século XIX. O que nós registramos em nossos filmes (ou nos nossos HDs) é a realidade? Ou apenas uma imagem? As duas coisas. O que vemos com nossos olhos, também, são apenas imagens. Mas nem sempre as imagens são suficiente para que possamos VER as coisas como elas são.
. . . .
Você entendeu? Porque eu não entendi. Logo me ocorreu que escrevi um tremendo paradoxo. Talvez eu mesmo tenha divagado um pouco, já que senti falta das suas costumeiras divagações nessa história.
Pensando sobre o fotógrafo, a foto e as câmeras, acabei lembrando do que você escreveu na resposta do meu review em "Coisinhas": as nuvens não estão nem aí pra gente. As fotos também não. Quando você bater, sairá na foto simplesmente aquilo que a câmera focava naquele momento. Simples assim.
Como naquela música dos Titãs "tudo que a antena captar meu coração captura". Podemos, da mesma forma, dizer que tudo que a lente captar nosso coração captura? Talvez. Mesmo que fotos sejam apenas imagens, eu tenho certeza de que há fotos que você olha com um sentimento especial. Eu não tenho nenhuma foto assim. Depois de ter lido essa história, até fiquei com vontade de ter uma.
Posso dizer que de todas as histórias suas que li, essa foi a que eu gostei mais. Não quer dizer que seja melhor que as outras. É que agora eu consigo entender melhor o que você escreve. 


Resposta do Autor [Kalhens]: Minha Beta, por assim dizer (não sei se já falei dela com você, é a Senhorita Konan), disse claramente que essa história não era da Kalhens, e sim da Thaís.
Particularmente, acho que tem um pouco das duas. Talvez seja por isso que o estilo esteja diferente.
Normalmente, só posto coisas da Kalhens.
Haha, realmente. Acho que consigo dizer que estranhei sua review, quase como se tivessemos trocado de lugar dessa vez.
Mas sinto que entendi o que quis dizer.
Depois de ler sobre esse seu sentimento em relação à fotos, e tendo a oportunidade, não pude evitar deme enfiar pelos antigos álbuns de fotos que eram da minha mãe. Tem um tio meu que morreu antes de eu nascer. Tudo o que imagino dele, é atraves das poucas fotos. Mas o Tio que eu vejo lá é o ''irmão da minha mãe''. Sempre foi. Recentemente, na casa da minha prima, pude ver o meu tio ''Pai das minhas primas''. Era a mesma pessoa. mas ao mesmo tempo era completamente diferente.
Mas, concluindo, acho que o cerne da questão do valor de uma fotografia, está como ela foi tirada, mais do que a imagem em si.
Eu, que detesto tirar fotos, tenho duas que me arrancam sorrisos sempre que vejo. As duas tiradas em momentos constrangedores com amigas(uma envolve 9 garotas fazendo bolinho em mim depois de me derrubarem no chão. Lindo).
Certo, a verdadeira conclusão agora, as fotos não são imagens. São lembranças em papel. A lente não captura o mesmo que nosso coração. Somos nós que olhando a imagem horas ou anos mais tarde, resgatamos de dentro o sentimento. As vezes, como quando vejo as fotos do meu tio, sou contagiada pelos sentimentos alheios, e os sobreponho sobre o sorridente homem barbudo que jamais conheci. Sozinhas, são iguais a qualquer outra. São os olhos que alteram a lente, e não o contrário
Mas é fato que essas câmerazinhas sádicas não estão nem ai pra gente, outra coisa que notei bem nas fotos. Sobretudo antes da era das digitais, quantas caretas e constrangimentos elas registram em seus negativos, indiferentes.
E acho bom salientar que a Fotografa da minha história é daquelas com filme e negativo a ser revelado.
Pensando agora, você já deve ter ouvido falar de uma pintura de um pipe(cachimbo) cuja legenda é ceci n'pas un pipe(ou algo assim). Acho que essa é a resposta do seu paradoxo. Se te perguntarem o que é aquilo, você responde que um cachimbo, ainda que seja, na verdade, um quadro. É a realidade e a foto.
 
Ou algo assim.
Uma resposta excessivamente divagueante... Foi sem querer. É só que você realmente me fez pensar.
Façamos de conta que foi pra compensar o conto tão denotativo.
Grata, sempre,
Thaís.