Clarisse Hugh > Recomendações

Fechado Para Reforma!

Clarisse Hugh

02/03/2012 às 14:16
Sério, essa história é muito legal e eu adoro posseidon e suas malícias deixando Athena constrangida!!!Amo muito os dois juntos e a Jenny é uma coisa muito fofa tomara que seu desejo seja atendido e ela ganhe um irmãozinho filho de posseidon!!!!!!(já tem sua recomendação posta logo vai!!!!!!)

A Última Rosa

Clarisse Hugh

20/12/2012 às 12:28
Eu demorei para recomendar essa história. Não por dúvida de que ela seria boa até o final, o que ela é, e muito, mas por falta de adjetivos igualmente perfeitos para descrevê-la. Com certeza é uma das melhores posenas que eu já li. Tem uma trama envolvente, mistério, comédia, amor, tudo que se pode desejar em um romance. Com ela eu me senti como a própria Atena lendo e se interessando cada dia mais e mais, se prendendo ao livro à cada capítulo concluído, mas também com medo de terminar de ler e perder toda aquela magia... A história chegou ao seu final, para mim e para a Deusa, só que a beleza e mágica permaneceram e vão ficar, para sempre, imortais em meu coração, como a última rosa da primavera que não se curva diante do inverno, mas respeitosa, deixa que ele lhe cubra com seu manto de neve porque que sabe que o Sol um dia voltará. E ele sempre voltará...

Agradeço as autoras pelo encantamento que me foi proporcionado com esta bela história de amor...

Com carinho,

Clarisse Helena

Thorns

Clarisse Hugh

03/10/2017 às 16:07
A questão a respeito de thorns é que trata-se de uma peça rara, onde se deve apreciar com muita parcimônia, para que nada escape. Cada detalhe colocado ao longo dos parágrafos como se fossem nada, mas a questão é que são tudo. O diabo mora nos detalhes, diz o ditado alemão, e, apesar de realmente se tratar de uma história protagonizada pelo senhor dos mortos, não há nada de obscuro ou vulgar nestas linhas. O texto, pelo contrário, é de uma literatura tão cheia de significado poético em suas associações da vida com a morte, da dualidade da flor que nasce e perece com a mesma facilidade.
Os dias são indicados em latim e isso por si só já serve de prelúdio para ilustrar a aura de antiguidade imbuída na história, mas, mais do que isso, há também certa atemporalidade nisso, como a ideia do amor que vence o tempo. “Que mito estão recriando”, pergunta-se a florista e é tamanha a graciosidade com a qual Cora – Koré, a donzela – transforma-se em Perséfone deliberadamente e de forma intencional. Prova do sumo das sementes da romã e, ao contrário do azedume de uma prisão, experimenta o doce sabor da liberdade.
Muito menos indefesa e passiva do que normalmente se vê nas versões tradicionais do conto, vê-se claramente Perséfone desabrochar a olhos vistos a cada frase, bem como suas preciosas begônias e orquídeas. Ela compreende da efemeridade e também de sua parcela do eterno e as aceita com o mesmo estoicismo com o qual exibe pérolas ornando o pescoço enquanto firma-se ao chão de pés descalços, preciosidade da rainha primaveril. Sorri para a morte como se aceitasse um convite e, se o esperou por tanto tempo, faz-se hora de fazer valer a pena.
Thorns é, por fim, mais do que uma leitura delicada, maravilhosa e deliciosa, mas uma própria alegoria à existência.

O Roteiro

Clarisse Hugh

05/01/2018 às 18:44
Existem algumas alegrias reservadas aos leitores nesta vida: frases inspiradoras, enredos instigantes, personagens marcantes, cenários encantadores e finais surpreendentes, por exemplo. O Roteiro é uma história que é capaz de propiciar todas as nuances de felicidade anteriormente descritas e ainda muito mais.
A Cecília tem esse poder de entregar partes tão boas quanto o todo, de forma que sentenças isoladas conseguem ser lindas, capítulos inteiros mostram-se impecáveis e a obra completa é simplesmente magistral.
A versão original d’O Roteiro já era boa. Uma escrita surpreendentemente cuidadosa, envolvente e marcante para uma autora ainda tão jovem. Mas foi aí que o peso do tempo mostrou a que veio e Maeve Deep resolve reescrever sua peça de estreia no mundo das fanfics. A escrita seria boa, qualquer um que tenha acompanhado sua trajetória sabia disso desde o início, mas o que não se podia prever de antemão era o tamanho da maturidade e evolução encontradas nesta nova versão.
Somos presenteados com detalhes significativos que já haviam conquistado nossos corações, aquela sensação valiosa de voltar para casa ao longo da leitura; um desenvolvimento e conclusão incrustados por metáforas e reflexões capazes de resignificar os sentimentos e identificação com a história; e por fim, cada palavra escolhida para pertencer ao resultado final tem um cuidado e zelo tamanho, um carinho visível e uma delicadeza tão bela que mais parece uma obra clássica, um ode consagrado, um romance épico.
O Roteiro é mais que literatura, é alimento para alma.

False God

Clarisse Hugh

19/07/2020 às 22:00
Uma das coisas mais incríveis na Júlia é que dentro desta mulher habitam infinitas versões de escritoras distintas e todas são arrebatadoras. False God, em específico, é uma verdadeira poesia em forma de prosa.
A música escolhida para inspirar a trama casa perfeitamente com o desenrolar dos parágrafos e o ritmo é tão gostoso que só fazemos querer mais.
É mágico, divino, encantador e mundano ao mesmo tempo. Ficamos sem fôlego tanto quanto algo em nosso coração parece se aquietar.
Nessa história ela escreve sobre deuses, mas nos ensina um pouco sobre como ser humanos também.

Cornelia Street

Clarisse Hugh

19/07/2020 às 22:10
A música que dá nome para essa história contém os seguintes versos que tomei a liberdade de traduzir: “Como se as luzes da rua apontassem para a ponta de uma flecha nos levando para casa. Espero nunca te perder, espero que isso nunca acabe”.
Essa é um pouco a sensação de ler Poseidon e Atena interpretados pela visão da Cecília. Confortável como voltar para casa, mas igualmente arrebatadora e cheia de encanto para que desejemos que não termine nunca.
Não é de hoje que recomendo amplamente qualquer coisa que essa autora excepcional escreva, pois não há dúvidas de que será incrível, mas Cornelia Street é toda um pôr-do-sol.
Leia, e anoiteça feliz.

vão

Clarisse Hugh

04/05/2021 às 14:29
Escrevi no meu review que essa história, pra mim, tem os mesmos acordes de João e Maria, do Chico Buarque, e isso é verdade em uma infinidade de sentidos.
É no brincar da referência ao conto de fadas, como se as memórias de algo nunca vivido fossem as migalhas-pão de possibilidade que o destino plantou na mente de Poseidon. É no reverberar dos versos que começam com um "Não, não fuja não" e terminam com "Vem, me dê a mão / A gente agora já não tinha medo / No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido" porque se eles representam o imortal, o que isso diz de nós, seres humanos? Como é ter nascido antes do tempo da maldade, sendo que o deus dos mares é herdeiro justamente do titã que devorava os próprios filhos, descendente do Tempo em si? A música me vem mais uma vez na melodia suave e melancólica na mais doce das formas e no poderoso encerramento "Pois você sumiu no mundo sem me avisar / E agora eu era um louco a perguntar / O que é que a vida vai fazer de mim?". Não posso dizer muito sobre a grandiosidade das palavras da Lígia em "vão" sem entregar detalhes de seu final, mas posso dizer sim que essa história é toda um cafuné. É repousar a cabeça num colo querido e deixar o sono lhe tomar devagarinho, te transportando para uma terra de sonhos. É uma metáfora linda e uma realidade pura. Uma leitura imperdível...