Strike! escrita por Lirio_de_Maio


Capítulo 1
Capítulo 1




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Prólogo

 

Emmett McCarty aproximou-se da moça e deu um assobio.

— Oi, belezura!

Bella Swan estava entrando no vestiário do Califórnia Rebels, quando ouviu o gracejo. Virou-se para ver quem tinha sido o engraçadinho e um lindo sorriso iluminou-lhe o rosto. Ficou meio de lado, a fim de deixar que um dos membros do time passasse. O tal fulano lançou-lhe um olhar curioso e entrou.

Emmett, o autor do assobio a abraçou. Foi um gesto de pura amizade, embora ele tivesse de admitir que a caçula do velho Campeão Swan se transformara numa mulher.

E que mulher, Deus do céu!

Dois jogadores saíram do vestiário e deram um sorrisinho, tentando adivinhar quem seria aquela beldade ali fora. Depois de ter que agüentar a companhia de um monte de homens grandalhões, nada como uma visão celestial daquelas para levantar o ânimo.

— Que bom ver você, Bells! — Emmett sorriu. — Mas posso saber o que uma garota linda como você está fazendo aqui, na porta de um vestiário masculino?

Os olhos dela brilharam.

— Eu fui escolhida para fazer a cobertura dos Rebels. — Bella não poderia ter ficado mais contente com aquilo. Afinal de contas, os Rebels era o time de seu pai, e as lembranças daqueles bons tempos ainda estavam vivas em sua mente.

— Não me diga!

— Não é o máximo? Eu estou tão feliz! Agora, será que você poderia me fazer um favor?

— Para você, minha querida, eu faço qualquer coisa!

— Então, por favor, avise Edward Cullen que eu quero falar com ele.

Emmett bateu com a mão na testa.

— Oh, não! Você também, Bella?

Ela olhou para ele, intrigada.

— Como assim?

— Desde que o filho da mãe chegou aqui, todos nós, pobres mortais, ficamos completamente jogados às traças. Ele faz jus ao apelido de Raposa. As mulheres só querem saber do bonitão do Edward!

Bella imaginou como seria. Aliás, ninguém conseguia entender como o sujeito arranjava tempo para jogar beisebol. Ele era um assíduo freqüentador de boates e restaurantes sofisticados e, a cada noite, era visto na companhia de uma mulher diferente.

Uma sempre mais bonita que a outra, na verdade

— Fique tranqüilo, amigo. Meu interesse pelo fulano é puramente profissional. — Ela deu um sorriso. — Agora, quanto aos pobres mortais jogados às traças aos quais você se referiu, não seriam todos eles homens casados? Inclusive você?

Emmett deu um sorriso maroto.

— O fato de sermos casados não nos impede de gostarmos de receber o carinho de nossas fãs. Principalmente de fãs bonitas, diga-se de passagem.

Bella fez uma careta.

— O que será que minha amiga Rose diria, se soubesse desse seu pequeno comentário?

Ele passou a mão pelos cabelos dela.

— Ela não vai saber. A menos que você lhe conte, é claro. Só que não iria fazer isso com seu querido amigo de tantos anos, iria? E, afinal de contas, não se esqueça de que eu fui o primeiro jogador que você entrevistou!

Os dois caíram na risada e se abraçaram de novo.

Emmett era o jogador mais antigo do clube, tinha trinta anos e começara a jogar profissionalmente no Rebels aos 18.

Bella, aos doze anos de idade, se apaixonara por ele. Havia sido uma paixão tão forte (no ponto de vista de uma criança) que ela pensara que fosse morrer. O tempo passara e, pouco a pouco, a paixão fora se transformando numa grande amizade.

Ele era um homem e tanto. E tinha uma coisa rara nos dias de hoje entre os jogadores mais jovens: humildade. A verdade era que a nova geração de atletas não conhecia aquela palavra. Eram todos uns grandes convencidos, metidos a estrelas, que achavam que podiam fazer o que bem entendessem, inclusive exigir salários astronômicos e absurdos em troca do talento.

Edward Cullen se enquadrava perfeitamente nessa segunda categoria, e Bella não estava muito contente por ter que entrevistá-lo. Ele era o "garoto de ouro" do beisebol da atualidade. Possuía um braço para o arremesso que os arremessadores do mundo todo dariam a vida para ter. Podia fazer tudo o que quisesse com um bastão de beisebol, exceto fazê-lo dançar uma valsa. De qualquer forma, os milhões de dólares garantidos em seu contrato era algo completamente fora da realidade. Na opinião de Bella, ninguém valia todo aquele dinheiro. Muito menos um jogador de beisebol que parecia ter mais músculos do que cérebro.

Paciência. Ela recebera a incumbência, de seguir todos os passos do time e tinha a obrigação de entrevistá-lo. Eram os ossos do ofício.

— Você pode lhe dizer então que eu gostaria de vê-lo, depois que ele estiver vestido?

Emmett lhe deu um sorrisinho.

— Engraçado. As garotas que pedem para falar com ele geralmente deixam essa última parte de lado.

Bella apertou o bloquinho de anotações junto ao peito.

— Já lhe disse, Emmett querido. Meu interesse no sujeito é puramente profissional. E, aqui entre nós, eu não vou muito com a cara dele.

— Sabe que você é a primeira mulher que diz isso? — Emm piscou para ela. — Pode esperar aqui, que eu já vou chamá-lo.

— Obrigada.

Emmett entrou no vestiário e sentiu os odores familiares de suor, umidade e sabonete masculino. Alguns jogadores ainda estavam trocando de roupa. Jasper Hale permanecia sentado na mesma cadeira que ocupava meia hora atrás, uma toalha em volta da cintura, uma revista de palavras cruzadas nas mãos. Adorava aquele passatempo. Era seu modo de esfriar a cabeça, depois de uma partida. Ele avistou Emmett com o canto do olho e gritou:

— Ei, McCarty, qual é a palavra de dez letras que significa...

— Não posso ajudá-lo agora, cara. Preciso falar com o Cullen. Ele ainda está aqui?

O rapaz fez que sim com a cabeça e, concentrado, voltou a atenção à revista.

Edward estava acabando de se enxugar, quando avistou o colega se aproximando.

— Você ainda está aí? Pensei que já tivesse ido embora.

— Eu já estava indo embora quando encontrei uma pessoa que quer falar com você. B. Swan. Já ouviu falar?

Edward ficou pensativo durante alguns instantes. B. Swan. O nome não lhe era estranho. Já devia ter lido um ou dois artigos do fulano, na coluna de esportes.

— Acho que sim. O que é que o cara quer?

Emmett ia abrir a boca para corrigi-lo e dizer que B. Swan era o pseudônimo de uma mulher, mas seu senso de humor o impediu.

— Uma entrevista — respondeu, com cara inocente.

— Tudo bem. — Mande o sujeito entrar.

Emmett deu um sorriso.

— Pode deixar.


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