País das Maravilhas escrita por NoOdle


Capítulo 8
A outra face do Sr. Wonka


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demoraaa, mas agora to de férias, posso escrever mais!! aliás, o capitulo de continuação desse ja ta pronto hahahaha
beijinhos, tomara que gostem, ficou pequeno mas ficou legal hahahaa :DD



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O meu ‘toc toc’ constante na porta já começava a ficar realmente irritante. Já fazia em torno de 15 minutos que estava ali, ninguém tinha sequer aberto para mim.

A neve continuava a cair na Rua 23, onde estava tentando, sem sucesso, voltar para o pequeno lugar que Sr. Wonka levara os adolescentes.

“Por favor, por favor, abra!” Pedia, já quase desistindo. Era madrugada, provavelmente ele estava dormindo. Mas eu não podia desistir. “Sr. Wonka, sou eu, Alice, abra!” Bati novamente, insistente.

Depois de alguns minutos o homem abriu, usando sua roupa chamativa mas não mais com um chapéu roxo cobrindo seus olhos e cabelos: o olhar castanho escuro penetrante cortava toda minha ansiedade, me jogando no escuro e no vácuo. Falou, da maneira mais grossa que pôde.

“O que quer?”

Estremeci, me arrependendo de ter voltado. “Queria poder entender como fui parar no País das Maravilhas e como posso voltar mais uma vez...” Perguntei, mito tímida, o que não era meu comum.

Ele passou as mãos pelos cabelos também castanhos e lisos, fazendo uma pequena bagunça. “Não acredito que você não sabe.” Falou, cansado. “Estou cheio de meninas e meninos que vem até mim sem saber no que estão se metendo.”

O olhei com cara de dúvida por debaixo de minha franja loira, sem conseguir dizer nada.

“O caminho mais rápido para se chegar à fantasia...” Começou ele, as olheiras em seus olhos me deixando assustada. “O modo mais fácil de encontrar os seus sonhos...” Deu uma pausa; parecia um maníaco querendo me atacar. “É comendo o chocolate que entrego-lhe toda vez. Nunca pensou, por uma vez só, o que era aquilo??”

Parei, olhando para baixo, visivelmente abalada. “Você me drogou...” Falei por fim, estremecendo com minhas palavras e com a verdade. “O País das Maravilhas era só em minha imaginação...”

Todo o escuro e frio me atingiu, comecei a sentir dor em todo meu corpo. Mas nada se comparava à dor imensa que ocupava meu coração.

Sr. Wonka não parava de me olhar, com sua ‘segunda face’ me encarando maldosamente. “Agora, se não se importa, vou voltar a dormir. Boa noite.”

Bateu a porta em minha cara, me deixando ali na rua, sozinha.

Eu tremia mais que tudo, mais que nada, comecei a chorar convulsivamente, sentando naquele chão de paralelepípedo todo molhado. Peguei, com dificuldade, meu celular no bolso de trás, discando o primeiro número que me veio em mente.

“Alô...?” Atendeu uma voz sonolenta.

“Hi-hina...?” Perguntei, chorando. “Você pode falar...?”

“É claro, Liss, o que foi??” Perguntou ela, agora com um tom assustado.

Balancei a cabeça, não sabendo por onde começar. Todo meu mundo estava perdido, já não tinha pais para me consolarem e uma família para me ajudar. Aquele mundo era a única coisa que me parecia boa até agora.

“Onde você está?” Perguntou, novamente, minha amiga.

“Rua 23...” Foi o que consegui dizer, antes de desabar em lágrimas novamente, encostada na parede suja do lugar.

“Não saia daí, estou chegando.” Hinata anunciou antes de desligar o telefone.

Me deixando mais uma vez sozinha. Só eu e meus pensamentos, só eu e a escuridão.


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