Apaixonada por Um Fantasma escrita por Gibs


Capítulo 2
Capítulo 1 - Não, você não!


Notas iniciais do capítulo

olá, como vai vocês? espero que bem..
meninas, recebi minhas notas... me fudi em fisica, eu já esperava, serio.. não estou indo bem.. e matematica, mas me diz que CRISTO entende matematica?
caso você que está lendo entende de matematica, parabéns, você ganhará um premio o/
enfim, boa leitura.



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Em maio de 2001, eu havia completado oito anos. Estávamos comemorando meu aniversario na casa de minha avó, e minha mãe estava feliz, ria e brincava comigo. Vovó trazia o bolo; cantamos parabéns e assoprei as velinhas.

Depois daquele dia, minha vida não foi mais a mesma.

Vovó também podia ver espíritos. Disse-me que eu devia ajudá-los. Que eles precisavam de nossa ajuda para fazer a travessia e assim, viverem em paz.

Disse-me que eu os devia ajudar acima de qualquer coisa, mesmo que alguns me deixassem com medo. E que eu os levaria a encontrar a luz, para onde eles teriam que ir. Contou-me também, que quando fosse a hora, eu conheceria alguém especial e que ele faria minha vida mudar completamente. Não entendi o que ela quis dizer, afinal, eu só tinha oito anos.

Às vezes, eu conversava com um deles. Eram meus amigos antes de tudo e não me machucavam. Não os que vinham a mim. Entretanto, para vovó, era mais complicado. Ela já tinha forças para ajudá-los. Ela precisava de mim.

Teve um dia que um senhor, de talvez uns 60 anos, veio falar comigo. Seu nome era Jason. Disse-me que estava com câncer e que este se espalhara pelo fígado.


Deixara sua mulher, Clara, sozinha, e seu filho, James. Eu tinha quinze anos na época. Pediu-me que falasse com eles, que os avisasse que ele havia partido em paz e que sentiria saudade. Fui até eles e lhes falei o que Jason me pedira.

Chamaram-me de louca. Tentei explicar, mas, era complicado demais. Eu entendo de certa forma. Minha mãe foi uma que não acreditou muito em mim, dizia que minha avó sempre tivera essas ideias malucas de fantasmas e que estava colocando coisas em minha cabeça. Mas, como ela poderia colocar algo na minha cabeça se eu os via? Se para mim, eles eram reais, falavam comigo e sempre que eu me metia a visitar suas famílias, estes confirmavam que perderam algum parente? Ela começou a me chamar de louca também. Aguentei até o dia que sai de casa e fui morar com a minha avó.

Certa noite, eu e minha vó ficamos até tarde assistindo filmes antigos. Adorávamos tirar um dia na semana e colocar em dia nossos filmes. Depois de terminarmos de ver “A noviça rebelde”, vovó foi para seu quarto dormir e eu fiquei na sala para ajeitar as coisas. Depois de arrumar tudo subi pro meu quarto, me deitei e dormi.

Acordei com sussurros em meu quarto. Nunca havia ouvido sussurros desse jeito, eles só apareciam e falavam comigo. Não estava acostumada com isso. Sai da cama e fui até o quarto de minha vó e a chamei. A vi em pé ao lado da cama, olhando seu corpo estendido sem vida na cama.

– Não, você não. - murmurei meio a lagrimas.

– Estou bem, minha linda. – disse ela, com um sorriso meigo no rosto. - Não se preocupe, estarei olhando por você.

– Mas você não pode ir. – eu soluçava desesperada. - Não pode me deixar aqui.

– Está na minha hora, criança. Você vai saber o que fazer.

E então, ela foi em direção à luz e nunca mais a vi. Depois desse dia, tive que voltar a morar com minha mãe, que não me recebeu nada bem. Não éramos chegadas, não nos falávamos não nos importávamos uma com a outra. Ela mantinha distancia de mim, como se eu mordesse e eu, bom, eu não lhe dirigia a palavra por não querer brigas. Conversar? Só quando víamos extrema necessidade para tal coisa.

Ela ficava em casa e ora ou outra saia para resolver coisas do trabalho. Deixava-me sair e não fazia perguntas. Acho que sabia que eu não ia fazer nada tão preocupante. Ou não se importava mesmo.

Meu pai havia morrido quando eu tinha quatro anos então, não tive oportunidade de vê-lo antes de partir, e ele fugira quando soube que minha mãe estava grávida. Mesmo sendo meu pai, não sentia vontade de conhecê-lo. E creio que não seria gentil se o visse após sua morte. Eu era parecida com ele, e minha mãe não gostava muito disso. Meu cabelo era castanho escuro como os dele e caiam pesados até minha cintura, meus olhos, verdes, como os dele.

Ouvi meu pai dizer certa vez - eu era muito pequena e não devia lembrar, mas lembro - que meus olhos o lembrava olhos de gato. Tenho que admitir: eu gostei daquilo.

















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Notas finais do capítulo

e então, para o 1º capitulo, mereço reviews?