Apaixonada por Um Fantasma escrita por Gibs


Capítulo 16
Capítulo 15 - Eu posso te tocar?


Notas iniciais do capítulo

olá minhas queridas leitoras, sinto muito a demora, eu to tentando entrar pra postar mas só to conseguindo ficar o maximo de tempo pra responder os review, obrigada por eles.. que bom que ainda estao acompanhando a fic *-*
ai está mais um capitulo pra vocês, boa leitura, até a proxima



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– Ei, isso machuca! - exclamou ele pegando o travesseiro.

– Ele bateu em você. - murmurei perplexa.

– É, bateu. E bem no meio da minha cara! - com o travesseiro nas mãos ele me fitou, compreendendo então, meu choque. - Eu to segurando o travesseiro. Você o jogou e bateu em mim! Eu to segurando a droga do travesseiro Victoria! - exaltado, ele se levantou do chão e se agarrou mais ao travesseiro. Levantei-me o fitando, inexpressiva. Caminhou até mim e balançando o travesseiro na minha frente, sussurrou. - O que aconteceu? Porque eu consigo pega-lo?

– Eu não... Eu não sei... Eu... - gaguejei, sentindo uma lagrima rolar por meu rosto, eu sorria e ao mesmo tempo chorava. - Talvez você tenha conseguido força suficiente para poder tocar nas coisas. Talvez o tempo que ainda está aqui tenha feito isso.

– Mas pelo que eu entendi disso tudo, os fantasmas que conseguem erguer objetos, tocar nas pessoas... só conseguiram isso, depois de anos preso à Terra. Ou raiva, ódio o movendo a tal coisa, não é isso? - perguntou ele entregando-me o travesseiro.

– Sim, basicamente isso. - respondi, dispersando desejos alheios e limpando meu rosto.

– Como eu fiz isso? - não foi uma pergunta para mim, mas eu responderia mesmo assim.

– Talvez por você saber sobre o acidente, sua mãe, sua vida... Isso o tenha fortalecido. Tenha feito com que você recuperasse partes de sua energia perdida. - ele andava de um lado para o outro coçando a nuca. Estupefato, era como ele estava.

– Você que me dá essa energia, Vic! É você! Só você! - ele me olhava, admirado. - Isso me faz tocar nos objetos...? - se virando, gesticulou mostrando a palma da mão, para que talvez, algo fizesse sentido.

– Sim, você pode. - joguei meu travesseiro nele e sorri. Ele sorriu de volta o pegando. Andou até mim e ajoelhou-se na minha frente, ficando na minha altura. Eu estava de joelhos no chão. Eu o fitei admirando aqueles olhos azuis, brilhando de alegria e felicidade.

– Eu posso te tocar? - seus olhos moviam-se de um lado para o outro me fitando, seus lábios abriram-se em um sorriso. Olhei sua boca e depois seus olhos e sorri.

– Não sei. Talvez sua força só dê certo para os objetos.

– Ou talvez não. - Sebastian ergueu a mão e aos poucos a levou ao meu rosto, fechei os olhos esperando por algo. Não senti nada. Meus músculos se retraíram ao sentir sua pele fria em contato com a minha. Seu dedo acariciava minhas bochechas, passando com delicadeza pelo meu nariz, até chegar a minha boca. Sebastian passou as pontas dos dedos por todo meu rosto. Desde a têmpora até meu queixo. Desceu desenhando por meu pescoço, parando ao chegar a minha clavícula. Deixou sua mão em meu pescoço e com a outra segurou minha mão, a levando até seu rosto. Fitávamo-nos sem falar nada, apenas o silencio nos fazia companhia. Seguimos explorando nossas feições. Toquei seu rosto com delicadeza. Passei a ponta de meus dedos em seus cabelos os ajeitando. Desci arrepiando lhe a nuca. Deixei meus dedos percorrerem a volta de seu pescoço e subi até seu queixo. Acariciei sua bochecha, arranhando minha mão com sua barba cerrada. Com o polegar, senti seus lábios. - Posso tentar uma coisa? - perguntou. Apenas assenti, sem desviar meus olhos dos seus. Devagar o vi se aproximar mais de mim. Nossas respirações estavam próximas, eu podia sentir seu hálito quando ele abriu um pouco a boca. Virando a cabeça, tocou meus lábios com os seus. Num encaixe perfeito, nossos lábios começaram uma dança delicada e prazerosa, onde só se ouvia o bumbar de nossos corações e a respiração descompensada de amantes apaixonados.

O beijo mais doce e cheio de carinho foi de fato, com o homem que posso dizer que amo. Suas mãos agarraram-me pela nuca me puxando mais para perto de si, envolvi seu pescoço com meus braços, colando nossos corpos. Sebastian me segurou pela cintura. Separamo-nos e Sebastian abriu um sorriso ao me fitar. Acariciou meu rosto e me deu mais um selinho. - Não sabe como esperei por isso. - disse ele. Eu só o abracei. Eu não precisava dizer nada, ele sabia que eu sentia o mesmo. Eu queria tocá-lo, abraçá-lo por tanto tempo. Seu peito junto ao meu, seus braços a minha volta, me prensando contra si. Aquilo era loucura, aquilo era masoquismo. Apaixonar-me por um fantasma. Por uma pessoa que era pra ser sua, mas lhe tiraram antes mesmo de você a tê-la. O sofrimento era inevitável. A angustia em saber que a qualquer momento, ele pode não estar mais aqui ao meu lado. Que a qualquer momento, ele pode perceber o que o prende aqui e partir. Quem sou eu para impedir? Eu devia estar o ajudando, o guiando para a luz, mas, neste momento, eu só o tiro dela. “Egoísta” - pensei. Encolhi-me nos braços de Sebastian com esse pensamento. Sim, eu sou egoísta. Estou pensando em mim em não querer suportar a dor e a magoa que terei caso ele parta de vez, mesmo sabendo que permanecer aqui é perigoso para ele. Antes de mais nada, eu preciso fazer o que é melhor para ele. Colocar meu dever em primeiro lugar, descobrir o que o mantêm aqui, e deixar meus sentimentos e desejos guardados bem no fundo de uma gaveta. Suspirei baixinho, envolta por seus braços. Sebastian me abraçou mais forte e instalou um beijo no topo de minha cabeça.

– Eu não quero ir Vic, eu não quero deixá-la. Eu não preciso ir pra luz, eu preciso de você. - me afastei dele, levantando-me. Fui até a janela e pude ver que já escurecia. Sebastian estava ao meu lado e me fitava. Virei-me para ele.

– Você não pode ficar. Você precisa ir para a luz.

– Não, eu não preciso. Ficarei aqui com você. Eu posso te tocar Vic, isso é... Radiante. Você não sabe como é bom poder te tocar. Sentir seu calor, seu corpo junto ao meu, seus lábios. Você é minha verdadeira paz. - voltou a me abraçar. Afastou-se e encostou os lábios nos meus novamente, começando um novo beijo. Para mim, aquele belo toque significa muitas coisas: desejo, paixão, carinho, sentimentos, tristeza, magoa, mágica, perda, amor.

– Não posso me apaixonar por você - sussurrei fitando o vazio fora da janela.

– Mas eu me apaixonei.

– Isso não pode acontecer. - falei, o fitando. Minha visão estava embaçada, devido à lagrimas que custavam a sair.

– Eu amo você.



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Notas finais do capítulo

ouçam ein meninas
http://letras.terra.com.br/chris-daughtry/850247/traducao.html