Somewhere escrita por Akane Tendou


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Eu diria que esse capítulo funciona mais como um prológo, pois a maioria dos personagens só vai aparecer a partir do próximo e do 3, então peço que tenham um pouquinho de paciência. Sei que parece loucura misturar pessoas reais com personagens de mangá, mas ficou no mínimo interessante.
Então, obrigada a quem tirar uns minutinhos pra ler o início dessa fic maluca.



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Capítulo I

A agitação em New York nunca parava, e naquela manhã não era nada muito diferente. O trânsito caótico de pessoas e veículos poderia enlouquecer aqueles que não eram habituados. Dentro do campus da Escola de Artes Visuais, mais especificamente o Prédio Oeste, a situação era a mesma. Algumas pessoas corriam frenéticas pela locação, apressadas com algum trabalho, enquanto outros apenas concentravam-se calmamente nos seus deveres.

Livre de suas tarefas por alguns minutos, a jovem Lauren Gray tirou um livro de dentro de sua bolsa e começou a lê-lo. Era da segunda turma de Artes Finas e estava na sala de pintura, onde naquele momento alguns dos alunos encontravam-se alvoroçados. No próximo tempo eles teriam que entregar uma pintura, de tema livre, a um dos professores, mas alguns não tinham tido tempo suficiente para terminar e agora corriam contra o tempo. Ela não estava muito preocupada, pois havia terminado o seu quadro na noite passada e agora as imagens repousavam na tela coberta por um pano.

Sentada ali naquela cadeira, lendo com uma expressão tão calma, muitos acabariam enganados por essa figura de vinte anos. O cabelo castanho, cujo comprimento ia até o meio de suas costas, era repartido para o lado, fazendo com que algumas mechas escondessem seu olho direito a maior parte do tempo. Os orbes esverdeados quase sempre mostravam-se compenetrados e de um estranho magnetismo, e suas feições não muito delicadas e magras a tornavam uma figura interessante de se observar.

Mas ela pouco falava com as pessoas. Trocava palavras quando achava necessário. Estava a maior parte do tempo quieta com seus pensamentos, desenhando ou lendo algo. Mas a contraponto raramente guardava o que pensava e a sinceridade era sua maior amiga e inimiga. O mesmo comportamento do único com o qual ela tinha maior contato naquela sala: Gerard Way. Também conhecido por aí como o ‘esquisitão gordinho’. O fato é que o temperamento quase idêntico aproximou ambos e se tornaram bastante amigos. Algumas pessoas maldosas diziam que eles eram esquizofrênicos, porém eles não ligavam para os boatos.

Lauren notou que o amigo, à sua frente, havia posto o pincel dentro de uma lata e suspirado enquanto observava o que havia pintado. E ele fazia isso quando não gostava de alguma coisa.

“Problemas com seu quadro?” Ela perguntou, fechando o livro.

“De certa forma...” Gerard respondeu, enquanto passava uma mão pela nuca e ainda observava o que pintara. Segurou então a tela pelas laterais e a virou de modo que ela pudesse ver. Uma expressão desgostosa surgiu em sua face quando a jovem arqueou as sobrancelhas ao ver um macaco de boina vermelha e camiseta branca. “Esse maldito macaco não me sai da cabeça.”

“É cômico ver que você cria personagens fofinhos.” Ela sorriu, tentando não gargalhar.

“Não, cômico é ver que de vampiros eu passei a isso.” Ele riu do próprio infortúnio enquanto ajeitava a tela no suporte. Uma mecha caiu sobre seu rosto durante sua tarefa e ele logo a recolocou atrás da orelha. Um gesto que muitas garotas, apesar de o acharem esquisito, achavam bastante sexy. Na verdade, Gerard, no auge de seus vinte e um anos, nunca tivera fama de feio. A exceção de ser um pouco acima do peso, mas não o suficiente para ser chamado de gordo, e os dentes amarelados pelo cigarro, ninguém citava outros defeitos físicos.

O fato era que muitas secretamente caíam de amores pelo seu rostinho fofo, olhos verdes que beiravam o castanho-claro, as finas costeletas nas bochechas e seu cabelo à altura do queixo. E outro fato é que Gerard era indiferente a isso. Nunca gostara da sua aparência, e odiava ouvir quaisquer comentários a respeito dela. Apesar de seu temperamento quase anti-social, ainda conseguira fazer boas amizades dentro da Escola. E ele podia até sumir por meses, mas guardava as amizades que achava valer a pena.

“E o seu quadro, sobre o que é?” Ele perguntou, puxando uma cadeira para perto da amiga, apoiando os braços no encosto.

“Nada muito interessante.” Lauren respondeu desanimada enquanto folheava o livro novamente.

“É outra cesta de frutas?” Gerard sorriu sarcástico.

“Engraçadinho.” Ela também sorriu, porém fuzilou-o com o olhar. “É só o meu gato dormindo.”

“Parece... interessante.”

“Aposto como é melhor que o seu macaco dançante.”

“Ele não está dançando no quadro.” Ele sorriu de novo, virando as páginas do livro dela. “Sobre o que é esse livro?”

“É um de Phillip Pullman.” Lauren sorriu de uma forma que demonstrava admiração. “É o primeiro da trilogia que ele lançou uns quatro anos atrás, Fronteiras do Universo.”

“Ah, sim, ouvi falar. E tome cuidado ao falar disso, têm muitos religiosos aqui.” Ele disse, num tom amigo, enquanto o sinal avisando para o próximo tempo soou. “Quiseram me linchar por falar mal de música pop! São pessoas realmente muito amistosas.”

“Você não teve cuidado com as palavras.” Ela sorriu ao lembrar do incidente que era mais engraçado do que trágico e guardou o livro novamente em sua bolsa.

“E você tem com elas a sutileza de um elefante também.” Gerard deu um sorrisinho de lado, uma de suas marcas, arrastando o suporte de tela para perto de si. “Quando perguntei se você gostava de Star Trek, só faltou atirar a mesa na minha cabeça.”

“Concluindo, somos todos uns ignorantes!” Ela riu, com um orgulho irônico estampado no rosto. “Mas estou pouco me importando.”

“Brilhante! Mas exclua-me dessa lista, sim.” Recebeu um peteleco após a afirmação pretensiosa.

Não demorou muito e logo o professor de pintura, Daniel Andrews *, um cinquentão conservado, magro e cabelos grisalhos, adentrou a sala. Conforme observava um a um dos alunos, recebia de alguns sorrisinhos tão amarelos quanto os de Gerard, e ele retribuía cada um dos sorrisos com prazer.

“Bom dia, pessoal. Parece que algumas pessoas não terminaram o dever de casa do início da semana.” Ele falava com entusiasmo, depositando seu material sobre uma mesa. “Mas muito bem, vocês terão a oportunidade de me explicar o objetivo de seus quadros inacabados também.” Ele juntou as mãos à frente do corpo observando os alunos de novo. “Sr. Way, meu aluno favorito!” Ele aproximou-se do rapaz, que o olhava desconfiado.

“Eu serei sua primeira vítima hoje?” Gerard sorriu de lado de novo.

“Temo que sim, meu caro.” Fez um gesto com a mão como se dissesse ‘não esquenta’ ainda sorrindo.

“Seu bom humor me contagia, Dan.” O rapaz levantou e se espreguiçou, ficando de frente para seu quadro. “Vai ficar de queixo caído com minha obra de arte.”

“Aposto que sim.” O professor sorria desconfiado do que viria pela frente. Quando Gerard virou a tela e lhe mostrou a pintura, a reação dele fora a mesma da de Lauren: arquear as sobrancelhas e se perguntar o que era aquilo. “... É muito interessante, Sr. Way.” Levou uma mão ao queixo e fez pose de crítico de arte. “Qual é a mensagem que pretende passar com esta imagem infantil?”

“Ahn... aproveitem a infância enquanto é tempo?” A resposta saiu mais como pergunta, enquanto ele passava a mão pelo cabelo. Nitidamente uma frase pensada naquele exato momento. O professor lançou-lhe um olhar meio surpreso, e logo gargalhadas foram ouvidas. Tanto do professor como de alguns dos alunos.

“Sr. Way, realmente... é um artista. Nota B pelo esforço.” Mal terminara de rir e assumira uma postura séria, numa tentativa de intimidação, e logo passara à outra vítima.

“Não sei como você consegue.” Lauren murmurou para o amigo, rindo baixinho da situação.

“Eu sou um gênio artístico.” Gerard respondeu-lhe tentando suprimir o riso também.

Depois de alguns minutos, Daniel havia conferido e avaliado cada um dos quadros, dando-lhes as notas que ele achava serem merecidas. Caminhou de volta à sua mesa e sentou-se em uma das beiradas.

“Bem, pessoal... brincadeiras à parte, fico feliz em verem como estão progredindo. Alguns dos quadros de vocês realmente me pegaram de surpresa, e espero que continuem dando o melhor de si em cada um deles. Não esqueçam, eles são a expressão dos seus mais profundos sentimentos no momento que são concebidos, e transmiti-los de uma forma compreensível e ao mesmo tempo intrigante é algo que poucos conseguem.” Ele falou, arrancando uma expressão animada dos alunos. “Não é, sr. Way?” Sorriu sarcástico para o rapaz.

“Claro, Dan.” Gerard devolveu-lhe o mesmo gesto.

“Certo, então agora...” Antes que Daniel pudesse terminar a explicação para o que fariam a seguir, uma jovem loira ergueu o braço parecendo afoita. “Sim, Rachel?”

“Desculpe interromper, professor, mas...” Ela hesitou alguns segundos antes de criar coragem suficiente para perguntar o que queria. “Eu vi ontem no noticiário que o Prédio Leste teve problemas com os equipamentos do terceiro andar, que acabou gerando um incêndio e as turmas teriam que mudar de salas.”

“Bem, de fato... é verdade. Lamentável, mas pelo menos ninguém se feriu.” O professor meneou a cabeça. “Mas onde fica a sua dúvida?”

“É que...” Rachel passou a mão pelo cabelo, nervosa. “Ouvi dizer que duas turmas de lá seriam transferidas pra cá. É verdade?”

Daniel ficou em silêncio por alguns segundos, fitando-a confuso. “Onde você ouviu isso?”

“Eu ouvi uns comentários por aí, e achei que o senhor poderia explicar.” Respondeu apreensiva.

“Essas coisas se espalham rápido demais...” Ele suspirou, assumindo uma expressão de dúvida. “Vocês vão ficar sabendo disso cedo ou tarde, então vou adiantar-lhes os fatos.” Sua expressão amenizou e voltou a olhar para os alunos. “Não se sabe ainda a causa específica do problema com os equipamentos, mas aparentemente houve um curto-circuito. O terceiro andar abrigava atualmente apenas as turmas de cinema, como vocês bem sabem, e suspeita-se de alguma sobrecarga que tenha gerado esse incêndio.” Daniel suspirou de novo.

“Nossa...” Alguns alunos murmuravam, surpresos com os acontecimentos que até então desconheciam.

“Felizmente, o fogo foi controlado pelos bombeiros e se restringiu a esse andar apenas. Mas houve um grande prejuízo. Isso aconteceu há dois dias e a coordenação da Escola fez um remanejamento às pressas das turmas. Como os andares inferiores estavam bem, as salas disponíveis foram usadas. Tentaram fundir algumas turmas, mas não foi possível porque cada uma estava focada em algum projeto diferente.” Ele coçou o rosto, pensativo. “Duas turmas ainda estavam sem uma sala, então decidiram transferi-las para o último andar daqui, já que quase não é utilizado.”

“É por isso que o pessoal da coordenação está correndo feito louco desde ontem?” Rachel perguntou, parecendo tentar conter algum tipo de animação que isso lhe proporcionara.

“Sim, mas não saiam espalhando, com certeza uma reunião será feita com todas as turmas para que tudo seja explicado melhor. Possivelmente amanhã, ou ainda hoje, não há certeza.” Daniel colocou as mãos dentro dos bolsos enquanto observava a garota vestida de rosa. “Entendido?”

“Sim, professor, obrigada.” Rachel sentou-se de novo em sua cadeira sorrindo largamente. Os murmurinhos logo se espalharam pela sala, em especial entre a jovem loira e suas amigas.

“Ei, ei, pessoal, vocês terão o intervalo para falarem do que quiserem. Agora é hora da minha aula.” O professor disse em alto e bom som, com um sorriso irritado no rosto. Logo todos voltaram suas atenções a ele, que tratou de começar sua aula.

--x—x--

Já era a hora do almoço, e Gerard estava sentado sozinho numa mesa, comendo enquanto lia uma revistinha em quadrinhos. Estava tão concentrado que quando Lauren praticamente jogou sua bandeja sobre a mesa o rapaz quase caiu duro de susto.

“Você sempre anuncia que chegou desse jeito.” Ele a olhava assustado, com a mão sobre o peito, tentando se ajeitar na cadeira de novo.

“E eu tenho culpa se você se assusta fácil?” Ela retrucou enquanto se sentava.

“Só quando me pegam desprevenido.” Respondeu-lhe com raiva, levando uma colher de comida à boca logo em seguida. Ficaram em silêncio por alguns segundos, concentrados no que faziam.

“Ei.” Lauren chamou-o de repente, mais uma vez tirando-lhe a atenção da revista. “O que você achou dessa história de duas turmas de cinema se mudarem pra cá no meio do ano?”

“Nada de mais. Eles não vão vir porque querem.” Levou outra colherada à boca.

“Não é isso, é que... reparou que a Rachel está muito animada com isso?” A jovem lançou um olhar de esguelha até à mesa onde a loira estava sentada, rodeada de garotas parecidas com ela. “Deu a impressão que alguém que ela conhece vai vir pra cá. Fico me perguntando se mais patricinhas como ela vão dar o ar de sua graça.”

“Patricinhas? Cursando cinema? Eu duvido.” Gerard também observou a mesa discretamente enquanto engolia. “Isso seria a decadência final da arte cinematográfica.”

“Com toda a certeza.” Lauren riu enquanto bebia um suco.

“Pode ser um cara que ela esteja querendo agarrar.” Gerard comentou sem pensar, fazendo a amiga se engasgar com o que bebia.

“É... faz sentido.” Ela concordou assim que parou de tossir.

“Gee!” Ambos ouviram uma voz feminina e alegre ao lado da mesa. Gerard nem teve tempo de raciocinar, pois logo foi acertado por uma forte tapa no ombro que o fez se engasgar com a Coca que bebia. “Como você está?”

“Morrendo engasgado.” Ele respondeu com sarcasmo enquanto buscava ar.

“Por que você sempre me recepciona assim?” A garota, de cabelo colorido púrpura, sentou-se na cadeira ao lado e fez uma cara emburrada.

“Porque sempre que você chega, eu quase vejo a morte.” Retrucou ríspido enquanto pigarreava, tentando limpar a garganta dos vestígios do refrigerante.

“Seu gay estúpido!” Ela mostrou-lhe a língua.

“Sua retardada.” Ele não parecia dar muita atenção ao que ela dizia.

“O casal vinte começou cedo hoje, não?” Uma outra garota, de cabelos ruivos, se aproximou da mesa com um sorriso brincalhão na face e sentou-se ao lado de Lauren.

“O Gerard que é um estressado.” A outra jovem pegou a lata de refrigerante do amigo, bebendo tudo num gole só.

“... Que legal, Laetitia. Agora compra outra.” O rapaz lançou-lhe um olhar irritado.

“Você que deixou a latinha dando sopa.” A garota deu de ombros e o ignorou em seguida.

“Eu acho é que vocês deviam se casar.” Lauren pronunciou-se dessa vez, tentando não rir muito.

“Do jeito que ela é, vai me matar na noite de núpcias.” Gerard resmungou e logo depois levantou-se para ir comprar outra bebida.

“Ele é tão exagerado! Eu nunca o mataria... não nas núpcias.” Laetitia esboçou um pequeno sorriso maldoso, apoiando os braços na mesa.

“Quando você sorri assim, admito que tenho medo.” Sarah, a garota ruiva, apenas ria das brincadeiras.

Laetitia McCain era uma garota de estatura mediana e olhos negros profundos que irradiavam energia. Estava sempre mudando a cor do cabelo desde os dezesseis anos, e estava prestes a completar vinte. A franja lhe dava um ar infantil que combinava com o seu jeito de se vestir e seu jeito brincalhão. Tinha seus altos e baixos no humor bastante acentuados, mas ela sempre dava um jeito de não ficar deprimida. Adorava perturbar as pessoas, e sua principal vítima sempre fora Gerard, desde que o conhecera.

A ruiva se chamava Sarah Williams e era prima de primeiro grau de Laetitia por parte de suas mães. Era apenas alguns meses mais velha e também possuía olhos de um negro profundo. Ao contrário da prima, ela possuía um temperamento mais calmo e era a mais madura dentre aqueles quatro. Vestia-se de maneira mais sóbria e geralmente ficava com Lauren rindo das palhaçadas. Ela e Laetitia eram como irmãs, e ambas estudavam o mesmo curso, Artes Gráficas, e diziam que os computadores eram os únicos amores de suas vidas.

“E aí, sobre o que vocês estavam fofocando dessa vez?” Laetitia perguntou, provando do prato de Gerard logo em seguida. “Argh! Esse negócio tá intragável!” Cuspiu logo em seguida.

“Não é ruim assim.” Lauren riu. “Só estávamos falando de umas coisas que ficamos sabendo.”

“Ei, também quero fofocar.” Sarah cutucou o braço da amiga com força, sorrindo.

“Vocês vão ficar sabendo logo.” Ela deu de ombros e bebeu o resto do suco.

“Ahh, não seja chata!” As duas primas exclamaram ao mesmo tempo.

“Qual o estardalhaço da vez?” Gerard perguntou ao voltar, com outra lata de Coca na mão, e sentando-se em seguida. “E quem comeu do meu prato?” Perguntou irritado, olhando para Laetitia, que fingiu não ter ouvido nada.

“Queremos saber o que vocês estavam fofocando e a Lauren não quer contar!” Sarah olhou para Gerard decidida a arrancar dele as informações.

“Não é nada demais.” Ele abriu a latinha e começou a beber o refrigerante.

“Isso é complô para nos deixar na curiosidade?” Laetitia perguntou indignada, puxando a jaqueta preta de Gerard.

“Vocês vão saber em breve do que se trata.” Ele respondeu calmamente, terminando de comer enquanto voltava a ler a revistinha.

“Ahh, vocês dois são iguaizinhos!” A ruiva reclamou, batendo a mão na mesa revoltada. “Conta logo, não custa nada!” Choramingou, embora uma expressão divertida estivesse em seu rosto.

Sarah e Laetitia não se deram por vencidas e o azucrinaram o horário do almoço inteiro para que ele contasse do que se tratava, mas Gerard foi impassível em não contar. Lauren apenas se divertia com a situação, não contando apenas para torturar as amigas na curiosidade. Mas aquela história toda a deixou intrigada pelo resto do dia. Sua intuição lhe dizia que alguém daquelas turmas transferidas ainda lhe traria alguma dor de cabeça, e ela descobriria mais tarde que seus pressentimentos estavam certos.

Continua.

* Personagem fictício.


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