Instinto escrita por miojo, popozita


Capítulo 9
Melhor que voar!


Notas iniciais do capítulo

Amores!
Desculpe postar só essa hora, mas estava muito oculpada cuidando da casa hoje, sabe como é, ou melhor, como diz a POpozita: Mulher sofre!

Agora, espero que gostei do beijo! Sim têm beijo! (Levanta a mão e grita caramelhinho!)

Obrigada pela recomendação linda da jessiicaa e pela segunda da Popozita! Ameiii tanto, vocês não fazem ideia.

Agradecer a todas que deixaram reviews! Isso me anima tanto!

Agora, estou meio triste, estão tirando meus pontinhos de popularidade, o que eu fiz?

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Estávamos indo visitar a nova casa de Claire, que Quil havia terminado a sozinho. Clarissa apertava docemente meus dedos, enquanto caminhávamos. Não havia sonhado essa noite, e por algum motivo, isso estava me amedrontando. Pensar nas palavras que ele disse, nos outros sonhos, no modo como parecia fugir de alguém, deixava-me nervoso e preocupado. E se ele fosse o Chacal? Esse que tanto machucou Clarissa. Não podia estar dando ouvidos a ele.

A ausência dos sonhos pode ter sido efeito da escassez de sono. Foi difícil dormi com Clarissa tão agarrada a mim, não que eu não gostasse de tê-la assim, pelo contrário, tive medo de não controlar minhas reações e assustá-la ainda mais. Ela, mesmo sem querer, provoca reações pecaminosas em mim.

-Está pensativo. -Sua voz aliviou meus pensamentos.

-Só me perguntando algumas coisas. -Sorri, passando meu braço em volta de sua cintura.

-Claire!- Clarissa sorriu, olhando para o final da rua. Eu ainda não consegui ver nada, mas sabia que ela estava vendo Claire.

A casa tinha ficado ótima, Quil caprichou em todos os detalhes. Estávamos vendo o quarto que seria da Claire. Todo o vão era rosa com pequenos detalhes brancos. O armário embutido estava perfeitamente finalizado, no outro lado, várias caixas dos móveis ainda desmontados, estavam empilhadas.

-Claire que escolheu as cores! - Quil sorriu feito bobo, como se nada mais importasse, além da Claire. Peguei-me pensando se eu também agia assim quando Clarissa sorria.

-Seth?-Quil balançou as mãos na minha frente, captando a minha atenção.

-Quil, eu fico bobo?- Quil gargalhou.

-O quê?- Ele ainda ria, sem entender minha pergunta.

-Assim, igual a vocês ficam, quando estão perto dos imprintings.-Tentei segurar o riso.

-Então quer dizer que ficamos bobos?- Quil segurou o riso. - Você não fica assim, fica pior. -Ele voltou a rir  e eu dei uma tapa, quase sem força, em seu ombro.

-Quil!- A voz infantil de Claire ecoou pela casa, seguida por uma gargalhada.

-Vida?- Quil chamou, eu revirei os olhos. Não é possível que eu fique assim.

-“To” escondida!- Eu nem precisava sair do lugar para saber que ela estava no armário do quarto de hóspedes, o cheiro dela denunciava. Mas, como eu sabia que Quil iria ficar horas fingindo que  a procurava, fiquei calado.

-Depois a gente se fala. -Lancei um olhar para ele, que saia do quarto sorrindo, ele nem se deu ao trabalho de olhar na minha direção. Desci as escadas, seguindo o aroma, único; tentador e envolvente de Clarissa. Ela estava observando os armários da cozinha,  alisando os pingüins dos puxadores.

-Gosta de pingüins?- Sussurrei em seu ouvido, fazendo-a se virar sorrindo.

-Gosto!- Ela me olhou nos olhos, descendo o olhar em seguida.

-Posso providenciar alguns lá pra casa. -Ela me olhou assustada.

-Você fala como se fosse minha casa, também. -Ela se virou, observando o mar pela pequena janela.

-E não é?-Abracei-a por trás, segurando-a pela cintura, fazendo com que nossos corpos colassem-se. - Só não é, se você não quiser. -Beijei levemente seu ombro, sem ter certeza se ela aceitaria.

-Vêm!- Ela se virou, encarando-me. Pegou em minha mão e me conduziu para fora da casa.

-O quê?- Perguntei rindo.

-Quero te mostrar uma coisa. -Ela sorriu, enquanto começava correr na direção da floresta.

-Aonde vai?- Acompanhei seu ritmo com facilidade. Ela era tão delicada, até quando corria.

-Lá. -Ela apontou para o penhasco, não consegui imaginar o que ela iria me mostrar.

-O que têm lá?- Perguntei curioso. Eu conhecia aquele canto como minha própria mão, não havia nada além da vista.

-Não é o que há lá, e sim o que eu vou te mostrar. - Confesso que arregalei meus olhos e tossi levemente. Essas simples palavras me assustaram. Fiquei admirado com a destreza com que Clarissa correu entre as árvores, sem se cansar ou desanimar. Eu a seguia de perto, se quisesse, poderia ultrapassá-la facilmente, mas não via necessidade. Peguei-me reparando em como seus quadris se moviam na medida em que ela corria como seus seios balançavam embaixo do tope, como suas pernas - amostras devido ao short - eram torneadas. Ela já estava com um corpo cheio de curvas, diferente do corpo magro de quando chegou aqui.

Quando chegamos ao penhasco, fomos assustados por um estrondo de trovões. Olhei para cima e vi as nuvens cinza, embora não parecesse que iria chover, por agora. O mar estava negro e o vento forte, maltratando as árvores em nossa volta. Clarissa caminhou até a beira, me olhando por cima do ombro.

-Já sentiu como se o vento fizesse parte de você?- Sua voz saiu doce e cheia de leveza.

-Quando eu corro. - Assumi.

-Parece que eu sou parte dele, preciso dele envolvendo-me. -Ela sorriu, abrindo os braços enquanto ficava na ponta do penhasco. Pensei em adverti-la, mas a imagem dela de olhos fechados, se entregando ao vento era linda. Os cabelos eram atirados com voracidade para trás, suas roupas eram remexidas, sua pele parecia absorver e se misturar ao vendo. Seus lábios rosa se torciam em uma meia lua radiante. O vento lhe trazia tranqüilidade, deixava-a amena de lembranças torturantes.

-Eu já fiz isso. -Ela falou baixinho.

-Já veio aqui?- Perguntei aproximando-me.

-Não. Eu voei. -Ela falou tão ciente que não havia como duvidar. - Eu preciso! – Ela disse, lançando-se do penhasco. Não tive o que pensar. Eu arranquei a camisa, pronto para me lançar também, mas algo me parou na beirada, olhei para baixo e vi seu corpo cortar o ar em direção a água, eu acreditei que ela iria voar.

Quando o seu corpo perfurou a água, realmente me surpreendi. Eu esperava que ela voasse, mas não o fez. Lancei-me atrás dela, em um mergulho certeiro. Não custei a alcançar as águas negras, estavam frias, mas não me incomodaram. Deixei meu corpo relaxar, ates de emergir. Procurei por Clarissa, mas não vi nada, além das ondas negras, mergulhei procurando-a novamente, e nada. Emergir mais uma vez, já com o coração apertado. Na água, meu olfato não funciona e eu estava me desesperando, quando me sinto ser puxado para baixo. O susto foi um inevitável, assim como a tranqüilidade que veio a seguir. Clarissa emergiu gargalhando, com os cabelos colados ao corpo, os olhos pareciam estar se fundindo ao mar de La Push. Eu realmente ficava bobo ao lado dela.

-Desculpe-me. -Ela pediu, ainda sorrindo. Não respondi me limitei a sorrir e agarrá-la pela cintura e nadar em direção a areia.

-Eu sei nadar. -Ela meio que me avisou.

-Eu sei. – Sorri. As ondas fortes do mar lançavam seu corpo contra o meu. E eu me alegrava com isso. Assim que a água bateu em meu peito, Clarissa se soltou de mim, e começamos a caminhar.

-O que eu estou sentindo?- Ela parou na minha frente, a água já estava na minha cintura. Não consegui compreender o sentido de sua pergunta.

-Como?- Ela se aproximou, arregalando os olhos. Os malditos olhos liquefeitos que me hipnotizavam.

-Leia-me. -Ela congelou a expressão, enquanto eu mergulhava em suas pupilas. De alguma forma, era como seu eu realmente conhecesse cada milímetro de seus olhos.

-Felicidade. -Sorri, mas no fundo dos seus olhos, havia uma apequena dose de medo.-Medo?

-De te perder! -Ela sussurrou. Eu queria tanto tomá-la ali mesmo, experimentar seus lábios, ao mesmo tempo, em que não queria assustá-la.

-Não vai! -Desisti de tentar protegê-la do amor que sinto. Sem me ponderar, envolvi sua cintura com um de meus braços, enquanto minha outra mão entranhava em seus cabelos, chegando a sua nuca. Puxei-a, encarando-a firmemente enquanto nossas bocas se aproximavam. Meus lábios, enfim, tocaram os dela, selando esse sentimento.

No começo, ela ficou estática, as mãos espalmadas em meu peito e os lábios parados. Não ousei movimentar os meus não iria forçá-la a nada, não queria que ela se lembrasse do Chacal.

Senti suas mãos subirem até meu pescoço, envolvendo-o. Percebendo que ela aprovara que ela também queria a colei em mim. Movimentando lentamente meus lábios, a inexperiência pareceu não existir. Clarissa aos poucos foi entregando seus lábios também, e então houve o encaixe perfeito. Não parecia que era o nosso primeiro beijo, era tão sincronizado. Era como se eu reconhecesse aquele toque sutil, aquele gosto, único. Era como se eu estivesse esperando por isso por toda a minha vida, como se há tempos eu necessitasse desse toque.

Deixei minha língua pedir passagem, enquanto apertava Clarissa ainda mais contra meu corpo. Na medida em que ela abriu os lábios, permitindo o contato de nossas línguas, um choque percorreu meu corpo. Nossas línguas dançavam um ritmo próprio, conhecendo-se, ou melhor, reconhecendo-se. Nossos corpos se encaixavam com total perfeição, como se tivessem sido moldados um no outro. Como duas partes que há muito estavam separadas, agora se unia de uma forma sublime.  Minha língua chegava a queimar levemente, enquanto explorava a de Clarissa. Larguei sua nuca, descendo para sua cintura, apertando-a e colando-a ainda mais em mim. O beijo foi apenas o começo, como se apenas ligasse o meu corpo. Meu primeiro beijo...

Senti as mãos, ainda tímidas de Clarissa envolvendo meus cabelos, puxando-me ainda mais, para logo depois cessar o beijo. Sorrindo, ela colocou a cabeça em eu peito, tentei sentir seu cheiro, mas o sal do mar queimou minhas narinas.

-É estranho... - Ela começou e eu me assustei. Será que fiz algo errado?

-Eu nunca havia beijado ninguém. - Falei constrangido.

-Não desse jeito, é que parece que já aconteceu.

-Também tive essa impressão. -Sussurrei. -Talvez porque seja o nosso destino. -Ela ergueu a cabeça, voltando a me beijar no mesmo momento em que uma onda me pegou de surpresa, não tive tempo de firmar meus pés, apenas de girar-me, fazendo com que Clarissa ficasse sobre mim, enquanto éramos arrastados para a margem. Ela ria, deixando-me totalmente extasiado de felicidade. Senti minhas costas tocarem a areia e comecei a rir juntamente com Clarissa, que se encontrava em meu peito. Apoiei meus braços ao lado do meu corpo, me mantendo parcialmente sentado, enquanto Clarissa gargalhava sentando-se sobre meu quadril. Suas mãos estavam apoiadas em meu peito, e ela me encara sorrindo. Não conseguia acreditar que aquela menina que agora ria por tudo, chegou aqui temendo tudo e todos. Clarissa estava realmente feliz ao meu lado.

Encarei o sorriso que transbordava de seus lábios, enquanto ela se aproximava de mim, selando novamente nossas bocas. Lancei meu peso para frente, sentando-me com ela em meu colo. O reconhecimento de nossas línguas já havia terminado, agora era o desejo que aflorava, com um toque de romantismo. Com o corpo já explodindo de desejo, deixei que meu instinto explorasse. Minhas mãos acariciavam suas coxas, enquanto ela se agarrava aos meus cabelos, nossos toques eram delicados e carinhosos, repletos de um amor sem igual. Subi minhas mãos pela suas costas, alisando suas costelas, e parando rente ao tope. Eu queria continuar, mas não sabia se era o certo a se fazer, então Clarissa aprofundou o beijo, me dando margem para tocar seus seios, ainda por cima do tope. Ela se mexeu em meu colo, percebendo assim, que eu estava perdendo o controle. Envergonhei-me quando ela parou de me beijar, corando, diante da minha excitação.

-Desculpe-me? - Pedi coçando a cabeça. Clarissa saiu do meu colo, sentando-se ao meu lado.

-É que ainda é estranho. - Ela abraçou os joelhos. Eu entendia completamente a reação que ela estava tendo, ela fora violentada, é normal que demore a se sentir segura.

-Eu nunca... -Ela me silenciou com o dedo indicador, pressionando levemente meus lábios, para depois me beijar docemente, antes de se levantar.

-Não penso uma coisa dessas de você, apenas me dê um tempo. -Ela pediu. Levantei-me, segurando sua face com ambas as mãos.

-Você tem o tempo que quiser, assim como têm a mim. -Disse sorrindo, enquanto acariciava suas bochechas.

-É tão bom estar aqui! – Ela aconchegou seu rosto em minhas mãos, fechando os olhos delicadamente.

-É melhor do que voar!- Afirmei e ela sorriu.

-Seth?- Olhei para trás assustado, com o grito de Jake. Ele corria em nossa direção, com um semblante serio de mais.

-O que aconteceu?- Soltei Clarissa, assustando-me.


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Notas finais do capítulo

e ai amores? o que acharam??
Espero que tenham gostado do beijo, e não se precosupem, com o tempo esse clima esquenta, mas sem perder o toque do Seth!

Não esqueçam os reviews lindos!
Beijos :*