Instinto escrita por miojo, popozita


Capítulo 2
Alguém que caiu do céu!?


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, o primeiro cap!

Agradecer a todos os reviews lindos! (Ai estou super animada!(
E é claro,agradecer a popozita, minha beta linda!

Se continuar assim, com esses reviews perfeitos
PRETENDO postar toda segunda, quarta e sexta.
Isso é se der tempo de escrever e betar.
Prometo me esforçar!

Todas que eu add ou acc como amigas e quem deixou reviews eu deipontinhos de popularidade !

Espero que gostem!



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  “-Caiu de onde? - Ela olhou para o céu. Ela estava dizendo que caiu do céu? Algo me dizia que não fora de um avião.

 

 -O que você é?- Perguntei intrigado, com a garota tão misteriosa.

 

 Ela não era um vampiro, nem um lobo e com certeza, também não era humano!”

 

 Ela me olhou, os olhos liquefeitos trêmulos e deu um passo para trás. Sua expressão era de dor e  tristeza, mal tinha firmeza sobre as pernas, como se a qualquer momento fosse desabar novamente. O vento insistia em lançar o cheiro dela em mim, me deixando ainda mais perturbado e curioso.

 

—Não... Não sei... Não lembro. - Ela começou a dar passos vagos para trás, como se fosse fugir. Dei um passo em sua direção e o medo tomou conta do seu semblante. Suas pernas tremeram e sucumbiram diante do leve peso de seu corpo. Atirei-me para frente, conseguindo pegá-la antes que tocasse o chão.

 

Sua face pendia para o lado oposto do qual eu a encostava em mim. Ajeitei a desconhecida em meus braços, seu corpo estava tão leve e sem vida. O coração batia regularmente, porém, parecia se esforçar bastante para manter esse trabalho constante.

 

Comecei a correr carregando-a, não sabia como seria a reação do Jake, mas eu não podia deixá-la ali, talvez Billy ou qualquer outro do conselho saiba o que ela é, de onde veio e o que quer aqui. Apertei o passo, tomando cuidado para seu corpo não se chocar contra nenhuma árvore pelo caminho.

 

Era tão nítido o estado critico em que ela se encontrava toda coberta de uma mistura de terra e sangue. Seu lábio tinha um pequeno corte na lateral, sua expressão estava tão serena, o oposto da anterior, que era banhada pelo medo.

 

Embora eu tentasse não julgá-la, minha mente não conseguia largar o fio dos palpites. “O que ela fazia no meio da floresta, toda machucada e nua? Como ela pode dizer que caiu do céu? E se isso for real, como ela sobrevivera? E o principal, o que ela fazia no céu?”

 

Observando atentamente sua face, noto que ela aparenta ter dezoito a dezenove anos, o que tecnicamente, seria mais velha do que eu. Apesar de ter apenas dezessete anos, não aparento. Já completei minha fase de crescimento, ostento 99 kg em 1.98 m de altura, na aparência de alguém que tenha vinte e três a vinte e quatro anos - Acabei soltando um leve riso, a garota em meus braços está tão debilitada que não deve atingir os 50 kg.

 

Garota não, Clarissa! Ela se chama Clarissa! Um nome bonito e um tanto diferente. Comecei a avistar os fundos das casas de La Push e desacelerei os passos. Assim que sai de trás das árvores, avistei Leah na porta dos fundos. Usava apenas um short e um tope, o cabelo curto caia levemente sobre o olho direito, suas mãos estavam na cintura e ela bufava. Não estava contente com a minha convidada.

 

—Que palhaçada é essa?- Perguntou furiosa. Revirei os olhos.

 

—Eu a encontrei na floresta. - Abri a porta e entrei com Clarissa nos braços, Leah veio marchando atrás de mim.

 

—Você é retardado? Você ao menos sabe o que essa coisa é?- Me virei para fitá-la e vi que mantinha uma das sobrancelhas erguidas.

 

—Uma garota!- Leah gargalhou.

 

—Com esse cheiro?O Jake vai te matar!- Leah cruzou os braços se encostando ao portal que ia para a sala.

 

—Leah relaxa ok? Ela não me parece nada perigosa, nem está se agüentando em pé. – Retruquei amedrontado. Como queria ter certeza das minhas palavras, eu realmente estava com receio do que o Jake ia fazer ou falar.

 

—Você é um idiota!- Ela bufou.

 

—Agora dê um banho nela, e a ofereça algo para comer enquanto eu vou chamar o Jake.- Coloquei Clarissa sobre o sofá.

 

—Pirou é? Eu não vou tocar nela. - Leah resmungou negando com a cabeça.

 

—Leah...?- Pedi enquanto passava por ela voltando até a cozinha.

 

—Sem chance!

 

—Está com medo?- Leah bradou alguns palavrões, mas eu sabia que ela não admitiria se estivesse com medo da Clarissa.

 

—Ela está pelada!- gargalhou enquanto eu tomava água.

 

—Eu notei. - Revirei os olhos, já acabando com a segunda garrafa de água.

 

—Você é um pervertido! - Leah riu.

 

—Eu?- perguntei incrédulo com sua afirmação. – Mas fui eu que a vesti. – Defendi-me.

 

—Sei...- Ela disse me olhando de rabicho de olho, não acreditando em nada do que eu acabara de falar. Dei as costas para Leah, me transformando assim que entrei na floresta. Novamente sozinho, pensei em passar pela casa do Billy, mas hoje é domingo, Jake está com a Nessie.

 

Correr em forma de lobo outra vez me aliviou, quando dei por mim, já estava em frente à mansão Cullen, deixei o lobo voltar a adormecer e me vesti. Assim que sai das árvores Jake apontou na porta. Tinha uma boneca de cabelos pertos em uma das mãos, seu olhar estava serio. Uma pequena princesinha com cachos ruivos surgiu atrás dele, sorriu para mim e correu escada a baixo.

 

Senti o impacto me impulsionando para trás e seus braços me envolvendo, Nessie também tinha uma boneca nas mãos.

 

‘Seth! Que saudade!’

 

Ao mesmo tempo em que ela introduzia as palavras enquanto me tocava, me mostrava à imagem de nós três brincando de bonecas no chão da sala.

 

—Hoje não pequena. Tenho um assunto para tratar com Jake. - disse sorrindo, enquanto ela me soltava para abraçar o Jake.

 

—Depois eu volto está bem?- Jake beijou as bochechas rosadas dela, que saiu correndo para dentro da casa em seguida.

 

—O que está havendo?- Jake perguntou com o ar preocupado.

 

—Encontrei uma garota na floresta. - Disse nervoso, pensando em sua reação quando soubesse.

 

 

—E daí?- Jake deu de ombros.  

—Ela não é humana... - engoli a seco o nervosismo - e está ferida.

 

—Como não é humana?- Jake arregalou os olhos.

 

—Não sei... - Jake coçou o queixo.

 

—Onde ela está?

 

—Na minha casa com a Leah. – Disse direcionando-me para a floresta, e então Bella surgiu na porta.

 

—Olá Seth.- Ela acenou.

 

—Bella.- Sorri em troca.

 

—Bella, vou até La Push.- Jake avisou.

 

—Algum problema?- Bella trocou o peso de um pé para o outro nos olhando curiosa.

 

—Espero que não. - Jake deixou as palavras saírem com um tom um tanto frio. Seu olhar em mim doeu, era o olhar de Alpha.

 

Assim que nos transformamos, comecei a mostrar ao Jake tudo o que havia ocorrido comigo durante aquela tarde. Ele assistia a tudo enquanto corríamos, sem julgar ou pensar em nada. Eu ja estava ficando ansioso e temente.

 

“Pare de frescuras Seth! Não vou te morder ou te encher de sermões. A garota não parece perigosa mesmo.”

 

Um alívio sem tamanho me percorreu, não queria de modo algum desapontar o Jake.

 

“Entretanto, a Bella não parece perigosa e pode matar facilmente.”

 

Jake falou rindo, mesmo ele sendo o Alpha, sempre seria o Jake brincalhão!

 

“Agora, vamos ter que dá um jeito de descobrir o que ela é. Não conheço o cheiro dela.”

 

Jake pensou por alguns segundos nas lendas que conhecia, e pude ver que nenhuma falava sobre algo como Clarissa.

 

“Peça a Leah para avisar aos demais lobos, inclusive o Sam, e depois leve a Clarissa até a minha casa. Vou falar com o os anciões, convocar uma reunião e depois ligar para o D. Presas, talvez ele saiba de alguma coisa.”

 

“Ela necessita mesmo de cuidados, está bem machucada.”

 

Jake consentiu e acelerou a corrida.

 

“Leah está mesmo cuidando dela? Ira nos encher com isso durante meses.”

 

Ambos rimos.

 

 

Esperava encontrar uma Leah rabugenta na porta, mas não. Vesti-me e entrei em casa. Leah estava  acabando de encher um prato com sopa.

 

—O que o Jake falou?- Leah abriu a gaveta, pegou uma colher, fechou-a com o quadril e caminhou até a sala.

 

—Ele te pediu para avisar aos demais que vai haver uma reunião essa noite na casa dele. - Não pude ver, mas sei que Leah revirou os olhos. Segui-a e então avistei Clarissa.

 

—Ele não tem idéia do que ela seja não é? – Perguntou com desdém.

 

Clarissa estava sentada no canto do sofá, com o cabelo molhado e roupas da Leah, até não ficaram tão grandes como pensei. Leah se se sentou a sua frente, esticando o prato. A garota pegou com certo receio, me encarando em seguida.

 

Os grandes olhos perturbadores me fitando, fez-me levar alguns segundos para conseguir desviar meu olhar para o resto de sua face. A pele possuía um tom mais saudável, o corte na boca estava fechado, apenas uma cicatriz continuava em seus lábios. Reparei no resto de seu corpo, todos os cortes eram apenas cicatrizes e os hematomas estavam apenas arroxeados. Ela estava se curando!

 

—Ela não é muito de falar. - Leah levantou-se, passando por mim.

 

—O nome dela é Clarisssa. - Leah parou e me encarou incrédula.

 

—Ela falou com você? Porque comigo ela não abriu a boca?

 

—Ela só me falou o nome e que caiu do céu. - Leah gargalhou.

 

—Ela é louca! Agora vê se a faz comer enquanto eu dou o recado ao bando. - Leah saiu, me deixando a sós com Clarissa, que ainda não havia tocado na sopa.

 

—Vamos, coma. - Me sentei onde a pouco Leah estava ficando de frente para Clarissa.

 

Ela começou a bebericar a sopa devagar, me olhava como se me temesse, suas mãos tremiam. Baixei meus olhos, encarando minhas mãos, estavam sujas, igualmente ao resto do meu corpo. Precisava urgentemente de um banho, mas não poderia deixá-la sozinha. Não sabia se era por medo ou por pena, eu apenas não queria me afastar.

 

Ela comia devagar, com tremenda delicadeza. Meu corpo gritava por um banho. Ela estava tão serena; tão tranqüila, não acredito que possa tentar algo.

 

—Eu vou tomar um banho, logo ali. - Apontei para o banheiro. Ela continuou me olhando como se não entendesse.

 

—Fique aqui, por favor? - Pedi antes de me levantar. Ela concordou com a cabeça, o que me tranqüilizou.

 

—Qualquer coisa me chama. Se alguém chegar ou se precisar de mim é só gritar. - Clarissa assentiu e me levantei, passei pelo quarto às pressas pegando uma calça e uma camisa qualquer e indo direto para o banheiro.

 

Em cinco minutos já estava secando o cabelo. Lancei a toalha sobre o cesto e sai do banheiro, indo direto até a sala. Meu coração deu um solavanco quando encontrei um sofá vazio. Corri em direção à porta da cozinha, já tirando a camisa, assim que passei pela porta, notei o cheiro e voltei para dentro da cozinha. E lá estava ela, lavando o prato em que havia comido. Um alívio me inundou.

 

—Ei, não precisa fazer isso. - Peguei o prato já limpo de sua mão e coloquei sobre a pia, ela encarou a água que descia da torneira, fechando-a em seguida.

 

—Obrigada. - Sua voz agora menos afetada, estava ainda mais graciosa. Ela encarou a panela com sopa sobre o fogão. Ela queria mais.

 

—Ainda está com fome?- Perguntei enquanto pegava mais um prato, eu também estava faminto. Ela apenas concordou com um movimento de cabeça. Servi nós dois e levei os pratos novamente para a sala com Clarissa me seguindo.

 

—Tome.- Entreguei o prato a ela me sentando no sofá, ela se sentou no mesmo lugar que estava mais cedo. Comemos em silêncio, terminei primeiro e coloquei o prato sobre a mesa. Estava totalmente sem jeito, queria olhar a pequena garota ao meu lado, porém, não queria constrange-la.

 

Fiquei observando ela terminar de comer. Levantou-se pegando o meu prato e o seu e seguindo novamente até a cozinha, pensei em impedi-la, mas se isso a faria se sentir melhor, iria permitir. Então a segui.

 

—Minha irmã nunca gosta de lavar a louça. - Falei rindo e encostando-se à geladeira. O telefone tocou me assustando.

 

—Alô.

 

—Seth?- Era a voz do Jake.

 

—Jake, já está na hora?

 

—O conselho ainda não chegou, mas o Dr. Presas, ou melhor, Carlisle já está aqui. Como ela está?

 

—Bem! Já comeu e parece melhor. - Clarisse me encarou.

 

—Traga-a então.

 

—Estamos indo. - desliguei o telefone e Clarissa me olhava assustada.

 

—Calma ninguém vai te machucar. Vamos apenas tentar descobrir o que você é. - Ela mordeu o lábio inferior e respirou fundo.

 

—Venha. - Estendi minha mão, mas ela apenas me seguiu.

 

Meu coração estava levemente acelerado e apertado pelo nervosismo. Estávamos indo decidir o que fazer com Clarissa, uma total desconhecida, que de alguma forma, estava me mantendo hipnotizado com os olhos liquefeitos.


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Notas finais do capítulo

e ai amores estão gostando???
Beijos e não esqueçam os reviews!

:*