Instinto escrita por miojo, popozita


Capítulo 17
Ajuda bem vinda!


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou atolada e minha beta também. POr isso a demora.
Desculpe-me.
Espero muitos reviews e recomendações, assim que posto ainda essa semana :)



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Encarei os olhos banhados de ódio da águia, esperando que o seu golpe chegasse. Não vi de onde, mas uma águia ainda maior foi de encontro a ele, iniciando uma batalha no céu.

           Não conseguia compreender o que estava acontecendo, olhei em volta e vi que os outros ainda estavam lutando. Encarei a batalha no ar, vendo Chacal fugir, e uma águia majestosa ir atrás dele, as asas em perfeita sintonia, mas uma das patas não se articulava como as outras. – Estefan!

           Tentei-me por de pé, e com muito esforço consegui. Meu corpo inteiro doía, mas eu já conseguia me mover. Encarei Clarissa, ainda agarrada a Bella. Agora o seu pai estava em batalha.  Seus olhos brilhavam, pedindo para que eu o ajudasse. Tentei andar; as patas ainda falhavam, mas eu estava conseguindo. A batalha no céu não estava fácil, Chacal podia ser menor e menos experiente, mas era muito mais forte, e jovem.

           Em meio a bicadas e arranhadas, Estefan  iniciou uma descida em forma de cone, onde ele rodopiava em direção ao chão. Gritei em meus pensamentos pelo Edward, que largou a águia que tinha mobilizado nos braços, e correu para amparar a queda de Estefan.

 Chacal gritou, iniciando uma descida em alta velocidade em direção aos dois, me posicionei, iria esperar o momento certo e acabar com isso de uma vez. Antes de desabar nos braços de Edward, Estefan retomou a sua forma humana, segundos depois eu saltei. Meu corpo foi de encontro ao de Chacal, fazendo com que ambos caíssem no chão. Meu corpo reclamava pelos ossos quebrados, e pelo visto, ele também, já que urrou de dor. Ele se ergueu, tentando alçar voo, mas uma de suas asas estava em um ângulo perigoso, e ele cambaleou antes de conseguir sair do chão. Desaparecendo entre as árvores. No mesmo instante, deixei meu corpo desabar, retomando a forma humana.

 -Seth! - Clarissa gritou, vindo ao meu encontro. Ela se jogou em meus braços, o que me fez gemer sem seu ouvido. - Desculpe-me... Pai! - Ela me largou, indo de encontro ao pai, que estava caído na grama, amparado por Edward.

 Vesti-me rapidamente, ainda sentindo meu corpo reclamar de dor. Jacob também já estava em forma humana, mantendo um rapaz esguio e de cabelos raspados, imobilizado por uma gravata. Emmett tinha o outro rapaz, mais encorpado e de cabelos cacheados, preso em seus braços.

 -O que vamos fazer com eles? - Emmett olhou para o Edward, que ainda se preocupava com o Estefan.

 -Eles não parecem dispostos a seguir o Chacal. Talvez queiram apenas voltar para sua aldeia.

 -Não! Eles mataram pessoas! - Clarissa pediu.

 -Filha, eles só estavam cumprindo ordens. Não temos o direito de tirar vidas, se o fizermos, estaremos nos igualado a eles. - Estefan falou calmamente, enquanto cuspia sangue.

 -Mas... - Clarissa tentou protestar.

 -Nossa aldeia precisa de alguém para protegê-la. - Os dois rapazes assentiram com a cabeça, dando a entender que estavam de acordo.

 -Agora sabemos aonde encontrá-los, qualquer problema a gente aparece. - Emmett ameaçou, soltando o rapaz em seguida. Jake fez o mesmo,e  ambos se transformaram com pressa, fugindo sem olhar para trás.

 - Medrosos! - Gritou Emmett.

 - Estefan... - Me ajoelhei ao seu lado, sabia que ele tinha feito muito por mim, muito pela sua filha. – Obrigado!

 - Eu nem sabia que ainda conseguia voar. - Ele riu, apertando os olhos de dor.

 -Você pode papai, e pode me ensinar! – Clarissa acariciou os cabelos do pai.

 -Claro meu amor! - Ele respirou fundo.

 -Temos que deixá-lo descansar. - Edward falou serio. - Leve-o para a casa do Jacob, assim que Carlisle sair do hospital nós passaremos lá.

 -Deixa que eu carregue. - Jake o pegou no colo, enquanto eu tentava me erguer sem a ajuda de ninguém. Já conseguia sentir minha carne se acomodando, se curando.

 -Você também precisa de descanso. - Edward me advertiu. Clarissa me abraçou, apoiando-me nela e começamos a caminhar em direção a casa.

           O caminho foi tranqüilo, embora Clarissa se mostrasse bem abalada, e se negasse a aceitar que Chacal fugiu. Fomos para a casa de Jacob. Estefan foi ajeitado na cama do Jake, e o resto de nós ficou espalhado pela sala. Confesso que me encolhi, apoiando a cabeça no colo de Clarissa, deitado no chão, e assim adormeci. Acordei com a voz de Clarissa me chamando. Carlisle já havia cuidado do Estefan, e queria me olhar. Eu já sentia o corpo perfeitamente curado.

 -Já estou bem. - Dei os ombros.

 -O que o amor não cura. - Ele olhou para Clarissa, que se encolheu de vergonha em meu peito.

(...)

-Seth! Seu retardado! E se você estivesse morrido? Tem noção de como você é burro? - Leah gritou, sacudindo-me pelos ombros, quando entrei em casa. Ela chorava, mas não deixava de me bater. Por fim, quando cansou, me abraçou.

 -Nunca mais faça uma coisa dessas, sozinho! Chame-me, alguém tem que te proteger. - Ela voltou a me bater, antes de se jogar no sofá. Só ai, reparei que o Embry estava ao lado dela. Estava cansado e precisando de um banho. Ignorei a presença do Embry e fui até meu quarto pegar roupas para me vestir. Clarissa vinha atrás de mim, segurando no cós da minha bermuda.

 -Vou tomar banho. - Ela pegou uma das minhas camisas – que agora quem usa é ela – e me encarou. Por mais que eu desejasse aquele banho, eu deixaria ir à minha frente.

 -Eu espero. - Sorri.

 -Não, eu vou com você. - Ela disse timidamente, pegando minha mãe e me conduzindo.

 -Eu não... A Leah. - Clarissa me olhou séria, e depois riu baixinho.

 -Só quero ficar com você. - Me culpei pelos pensamentos luxuriosos e a segui até o banheiro, que não é muito grande.

           Observei-a enquanto ela tirava a camisa, e deslizava o short até o chão. Não tínhamos mais vergonha, era algo tão certo para nós, que não podia existir qualquer receio. Ela entrou no boxe, ligando o chuveiro, enquanto eu tirava minha bermuda. Ouvir a água cair em seus cabelos, descendo por seu corpo, me fez parar e agradecer. Eu não poderia merecer nada o mais do que isso. Entrei no boxe, deixando a água me lavar, enquanto Clarissa me abraçava de uma forma desesperada. Sentia seu roçar batendo, e sua pele ainda tremia levemente. Ergui seu queixo, e seus olhos transbordavam lágrimas.

 -O que foi? - Perguntei temeroso.

 -Tive medo, muito medo. - Ela choramingou.

 -Eu nunca deixaria nada acontecer com você. - Falei sério, fazendo-a negar com a cabeça.

 -Nem por um momento eu pensei em mim, meu medo era por você. - Tudo floriu naquele momento, fazendo-me beijá-la com urgência. Apreciando seu gosto. Ela correspondeu ao beijo com desejo e fome. Colei seu corpo contra o meu, na medida em que me encostei à parede, deixando a água atiçar ainda mais nossos corpos. O calor de nosso amor nos enfeitiçou, e quando percebi minha boca já estava em eu colo. Todo o meu cansaço desapareceu, me deixando pronto para amá-la mais uma vez. Não me importei com a Leah ou com quem quer que fosse. Virei-me, deixando-a  pressionada contra a parede, ergui suas pernas, laçando minha cintura com as mesmas. Seus olhos aderiam à cor mais ousada e sedutora que ousava existir. Seus lábios buscavam os meus, com tamanha insanidade que me fazia tremer. Meu membro pulsava, de encontro a sua intimidade, mas ainda não era hora de fazê-la minha. Suas unhas arranhavam levemente meu peito na medida em que ela acariciava-me. Beijei toda a extensão de seu colo, erguendo-a ainda mais para alcançar seus seios. O desespero já era tamanho, que eu tinha dificuldades de concentrar-me em deliciar-me com ela. Eu queria mais, precisava de mais.

           Como se ela me ouvisse, Clarissa mexeu o corpo, pedindo por mais. Ajeitei-a sobre meu quadril, sentindo ela me receber com destreza. O encaixe perfeito! Esperei ela demonstrar que já estava totalmente pronta para as investidas, e logo e alo o fez, mexendo o quadril com vigor, aprofundando-me o máximo que era permitido. Começamos então o ato mais belo e prazeroso: o ato do amor.

 Nossos corpos se batiam um contra o outro, enquanto nosso suor se misturava a água que descia do chuveiro. Ela mordiscava meu ombro, enquanto cravava as unhas em minhas costas para evitar os gritos. Tentava me conter para não urrar, mas era quase impossível. Como uma máquina perfeita, nós entramos no êxtase ao mesmo tempo, sentindo tudo rodar. Minhas pernas ficaram fracas de mais, fazendo com que eu escorregasse, sentando-me no chão, ainda dentro de Clarissa.

           Ela respirava com dificuldade, e me encarava com realização estampada no sorriso singelo. Prestei atenção em todos os sons possíveis, e percebi que Leah e Embry já não estavam mais em casa.

 -Estamos sozinhos. - Sussurrei em seu ouvido.

 -Hummm- Ela gemeu, se envergonhando e escondendo a face em meu peito.

           Levantei-me, sem retirar-me dela um segundo se quer. Mesmo ensopado, caminhei com ela agarrada em mim, pela casa. Entremos no quarto, e desabamos sobre a cama, só então me permiti sair de Clarissa. Observei o teto, em transe de devaneios. Eu estava mesmo vivendo isso? Às vezes a vida pode ser tão surrealista que deixamos de acreditar que é real.

Acordei ainda muito cedo, o sol nem tinha aparecido no horizonte. Sentia necessidade de correr, tentei não acordar Clarissa, mas ela me encarou quando estava vestindo-me.

 -Aonde vai? - Seu cabelo tinha secado enquanto dormíamos, e estava bagunçado, deixando-a ainda mais bela.

 -Correr. -Fechei a bermuda.

 -Me leva?- Ela pediu já se levantando e vestindo uma camiseta. Não havia como negar a um pedido dela.

 -Venha. - Ela terminou de se arrumar e fomos. Clarissa não pensou antes de subir em minhas costas. Então, iniciamos a nossa corrida.

           Depois de meia hora correndo, parei no penhasco. Ficamos de pé na beirada, observando o sol nascer. Ela em forma humana e eu como lobo. Era tão mágico aquilo.

 O cheiro do Chacal estava por toda parte, mas isso não estava me preocupando. Não agora. Olhei para minha amada, observando o céu com um sorriso na face. Um som ecoou pelas árvores, fazendo-me virar-me de imediato, mas fora tarde de mais. Senti o forte impacto em minha lateral, lançando-me de encontro às águas negras. Chacal mergulhava atrás de mim, decidido a terminar isso de uma vez. No ar, eu não tinha como vencê-lo. Um grito agudo de Clarisse me chamou, e no instante seguinte ela se lançou. Uivei de desespero. Ela se contorcia e uma pequena e delicada águia surgiu, ainda sem saber ao certo como voar. Ela caia.

 Chacal estava perto de mais, e a água também. Clarissa vinha um pouco atrás. Enfim ela ganhara o céu. Meu corpo bateu com tamanha força na água que minha consciência se perdeu.


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