Jovem Coração escrita por brcris


Capítulo 51
Capítulo 51: Paris


Notas iniciais do capítulo

Espero que todos tenham passado um ótimo Natal! Nem acredito que o Ano Novo já chegou! Como passou tão rápido??!



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Eu me sentei no primeiro degrau da escada e fiquei fitando o horizonte depois que ele partiu. Senti como se meu coração andasse juntamente com ele, partindo e me deixando vazia.

Eu esperei na porta como se ele fosse voltar logo, mais não iria, não agora. Eu podia sentir alguma coisa, pânico talvez, crescendo no meu peito.

Mais eu tinha de superar, eu tinha de viver, essas semanas longe dele, eu tinha de aproveitar um pouco as férias, ou não, eu não sabia ao certo como, viver sem ele, percebi então que meu mundo girava em torno dele, e eu não sabia mais como agir fora de nosso mundo. 

Eu coloquei meu queixo no joelho e olhei para as estrelas novamente, admirando-as mais uma vez e tentando ver o passado em minha cabeça. Entre eu e as luzes brilhantes no céu um par de olhos negros me fitando.

Eu me levantei preguicosamente, passando pela porta e a fechei atrás de mim, olhando cautelosamente para a sala, vi que já não havia mais ninguém lá, e eu percebi que havia passado a tarde toda sentada naquelas escadas.

Eu me enterrei no sofá, passei a mão na mesa de centro e peguei o controle remoto, zapeei os canais rapidamente, parei em um canal de culinária, o que me lembrou que eu não havia comido nada o dia todo, meu estômago roncou ruidosamente.

Meu pai entrou com uma caixa de pizza nas mãos. Sua boca se repuxou em um dos lados, era um sorriso de “Eu sei que devia ter trazido um pote enorme de sorvete ao invés de uma pizza.”

Oi. ele sorriu para mim. Eu achei que você gostaria de algo para comer, alguma coisa gosmenta cheia de carboidratos, gordura e é claro muito queijo. Com fome? perguntou.

Claro. eu sorri fraco. Obrigada, Pai.

E então, você está lidando bem com esse tempo longe dele? ele perguntou se sentando ao meu lado no sofá, colocou a caixa de pizza na mesa de centro e a abriu, retirou um pedaço e me entregou.

Tentando não surtar muito, mais tudo fica bem no final. Sabe, eu suspirei. isso é uma droga, mais vale a pena saber que serão apenas algumas semanas e nada mais. Duas semanas, eu não vou morrer por duas semanas, mesmo parecendo que vou, eu acho que não, mais eu não sei ao certo.

Ok. ele disse me olhando, eu rapidamente mordi a ponta do pedaco de pizza.

Eu vou para Paris, eu deveria estar pulando de alegria, eu vou compar meu vestido de noiva, vou preparar meu casamento, caramba, eu vou me casar, eu vou me casar com o homem da minha vida, a pessoa que eu mais amo, e que mais me ama nesse mundo.

Eu te amo bem mais do que ele. ele se queixou.

Você entende o que eu quero dizer pai, você me ama, muito, eu sei, mais você me ama como filha, e eu te amo mais do que tudo, a você e a mamãe, mais eu amo vocês como meus pais, com o Jake é diferente.

Eu entendo, eu amo sua mãe mais do que eu pensava ser possível, mais do que minha própria vida, assim como amo você, são amores enormes. ele sorriu amplamente. mais são distintos.

Pai. eu sussurrei dando uma mordida no meu pedaço de pizza. Quando você soube que amava a mamãe?

Eu não sei, ao certo, mais eu não consigo entender o que me fez me importar tanto com um ser humano, eu me esforcei tanto para não matar ela, eu nunca me esforcei tanto assim, ela era diferente das outras.

“No dia em que ela chegou em Forks, ela passou por todas as mentes humanas do colégio todo, eu passei um dia inteiro vendo ela pelo pensamento dos outros, mais não entendia o que causava todo aquele furor, eu não via nada nela além de mais um humano, e só.

Quando ela entrou na sala de aula, o cheiro do sangue dela me atingiu como uma bola de baseball, bem no meio da testa, e eu fiquei uma hora inteira me segurando para que eu não a matasse, e pensando em inúmeras possibilidades de como fazer isso.

Assim que o sinal tocou eu corri para meu carro, e fiquei lá, foi quando eu decidi fugir, eu passei um tempo com os Denali no Alasca, mais eu não fiquei um minuto sequer sem pensar nela, ela simplesmente não saia da minha cabeça, aquela pequena e frágil humana, a única que eu não podia ouvir os pensamentos e não sabia o que ela sentia perto de mim, ela simplesmente me instigou.

Quando eu voltei eu tentei não pensar mais nela, mais eu percebi que aquela luta era em vão, e que eu não conseguia ficar longe dela, não conseguiria simplesmente parar de pensar nela, e logo eu vi que eu estava mesmo apaixonado, e que eu não conseguia mais controlar o instinto protetor que eu tinha por ela, eu não tinha mais forças para ficar longe dela.

Eu ainda esperava que um dia ela percebesse o mosntro que eu sou, mais ela nunca o fez, ela só me amava mais do que tudo, e eu também a amava, e por um milagre ela sentia o mesmo por mim, então aqui estamos.”

Ele sorriu brevemente com as memórias, ele segurou minha mão sob sua perna.

Sabe, quando estamos longe de quem amamos, sentimos como se algo em nós tivesse sido arrancado, como se a pessoa tivesse ido, e levado consigo nosso coração. ele suspirou. Parece que nunca fica mais fácil.

Eu simplesmente repuxei um canto da boca. Ele afagou minha mão mais uma vez e se levantou.

— Vamos, você precisa de uma boa noite de sono. — ele estendeu a mão para mim.

Eu me levantei e segurei em sua mão, ele passou um braço em volta dos meus ombros e andamos assim lado a lado.

— Você é o melhor pai do mundo. — eu sussurrei enquanto subíamos as escadas.

— Eu faço o meu melhor. — ele sorriu abrindo a porta do meu quarto.

— Ei, — minha mãe abriu a porta de seu quarto. — estava te esperando.

— Boa noite. — ele disse beijando meus cabelos.

— Boa noite meu amor. — minha mãe soprou um beijo.

— Boa noite. — eu disse balançando a cabeça incrédula. Ugh! Ele se aproximou lentamente dela, parou em sua frente, passou suas mãos por seus quadris e a puxou para mais perto, colou sua testa na dela e a beijou. A noite vai ser boa para alguém pelo menos.

— Nessie. — meu pai me repreendeu.

— Tudo bem. — eu disse bufando. Passei rapidamente pela porta do meu quarto e tive uma ultima visão, minha mãe puxando meu pai pelo braço porta adentro. Não pude evitar uma risada baixa.

Foi uma longa noite, vendo que eu não conseguiria dormir, e que não havia ninguém para conversar em casa, pois cada um dos casais havia passado a tarde toda trancados em seu quarto, eu decidi arrumar minha mala, de novo.

Depois de alguns instantes me lembrei que também não havia visto Carlisle e Esme hoje, Ugh! Não é uma coisa muito legal imaginar seus avós — mesmo que eles aparentem não ter mais do que 30 anos — fazendo sexo.

Eu liguei meu som, sem nem mesmo me preocupar em colocar meus fones de ouvido ou deixar baixo. Rodei o botão de volume até o 50 quando meus tímpanos protestaram.

Retirei tudo o que eu tinha colocado na mala, revisei cada uma das roupas, colocando em pares que combinavam e sapatos, acessórios e algumas coisas para cabelo, bolsas e maquiagem.

Algum tempo depois minha mala estava reorganizada e eu decidi que já estava cansada o bastante — não muito mais do que quando comecei — para dormir.

Coloquei a mala novamente sob meu sofá na frente da cama e coloquei meu pijama, penteei meus cabelos e os prendi em um rabo de cavalo baixo. Me de deitei na cama e puxei meu cobertor até que cobrisse minha cabeça e me enrolei em uma bola.

Diferente do que eu pensava a noite foi longa, mais superou minhas esperanças de descanso, eu dormi bem, sonhei comigo vestida de noiva e Jake do meu lado segurando minha mão, e acordei descansada.

Eu me levantei assim que vi uma luz forte pela minha janela. Fui até meu banheiro, lavei meu rosto e escovei meus dentes, penteei meus cabelos e os prendi em um coque desajeitado, passei uma maquiagem leve, e troquei de roupa.

Quando eu terminei de comer uma tigela de cereal, eu decidí que já havia protelado demais. Eu sentei no meio da minha cama e abri a caixa com cautelosa curiosidade. Ridiculamente, eu ainda esperava que as fotos aliviassem alguma parte da saudade.

Quando eu puxei a foto, eu suspirei alto. Jacob estava tão lindo quanto era na vida real, olhando pra mim na foto com os olhos cálidos dos quais eu sentirei tanta falta nos dias que vão se passar.

Era quase um mistério que ele fosse tão... tão... acima de qualquer discrição. Nem um milhão de palavras poderiam se igualar a aquela foto. Foi no dia do almoço na casa de Emily, Jake e eu estavamos sentados nos degraus da entrada da casa, de mãos dadas, ele olhava intensamente dentro dos meus olhos.

Eu só soube da existência dessa foto alguns dias atrás quando Emily me entregou, ela estava em um envelope vermelho com vários corações.

O casal mais lindo que eu já conheci, espero que a vida de vocês seja repleta de alegrias e que vocês possam compartilhar esse amor lindo que une vocês por muito tempo. Boa sorte minha querida Nessie.

Emily.”

Ela havia simplesmente me entregue o envelope, piscado e foi embora depois de me dar os parabéns no casamento do vovô.

Eu havia guardado a foto dentro do envelope em uma caixa de chapéu que ficava guardada no ponto mais alto do meu closet, todas as minhas fotos com Jake, cada momento e presente estavam ali.

Meu celular vibrou impaciente em cima da minha cama e antes que ele caísse no chão eu o peguei, abri e vi o nome no identificador de chamadas com uma foto.

Jacob.

— Jake. — eu disse aliviada.

— Sabe o quanto eu queria ouvir sua voz? — ele me perguntou.

— O quanto eu queria ouvir a sua. — eu disse animada. — Você chegou faz muito tempo? Como foi o vôo? Como é a cidade? Você está gostando? Está muito frio? Eu disse para você levar roupas fortes... — ele me interrompeu com uma risada longa e maravilhosa. — O que? — eu perguntei.

— Calma meu amor. — ele não sabia o quanto eu amava quando ele dizia isso. — Eu cheguei ontem, mais hoje logo cedo eu tive uma reunião, a vôo foi ótimo, só seria melhor se você estivesse lá comigo, a cidade é linda, e eu já conheci o Metropolitan Museum Of Art, o Central Park e uma boate.

— Jacob Black, você está em New York há algumas horas e já conheceu a boate mais freqüentada da cidade, mais uma boate? Eu estou realmente ofendida. — eu disse.

— Eu fui até lá me encontrar com um colaborador da empresa, Charles Bass, mais não fique ofendida, eu nunca olharia para ninguém, a não ser aquela linda garota que eu vi ontem, ela era realmente linda.

— Jake! — eu gritei.

— Sabe, ela era linda, cabelos castanhos que caiam em uma cascata nas costas, um corpo lindo e escultural, seus olhos castanhos cheios de desejo quando me viram, o jeito com que ela passa a mão nos cabelos e os joga para trás me deixou fascinado. — ele riu.

— Não tem graça Jake, eu estou aqui, sozinha, morrendo de saudades de você, e você vem me falar de umazinha qualquer que você achou linda, me desculpe mais eu estou realmente furiosa com você, mais eu acho que eu tenho razão, pois se eu não estou enganada, você agora é meu noivo. — de novo, mais uma risada.

— Ness. Se você não percebeu, eu acabei de descrever você sua boba! — eu suspirei alto enquanto ele ria mais ainda. — Você sabe muito bem que eu não tenho olhos para ninguém e nunca vou ter, eu seria um idiota se tivesse, pois eu tenho a noiva mais linda e perfeita do mundo, e eu não a trocaria por nada, porque eu adoro quando ela fica nervosa, ela fica tão fofa!

— Eu não fico fofa quando estou nervosa! — me queixei. — Tudo bem, me conte mais do seu dia.

— Tudo bem. A cidade está um caos, está nevando há trinta e seis horas seguidas e muitas ruas estão interditadas, eu tinha mais uma reunião agora, mais a porta da empresa foi fechada pela neve, e eles nos liberaram, eu estou no meu quarto de hotel, que poderia ser a suíte presidencial, e eu não tenho nada para fazer. — ele bufou.

— Jake, que pena que você perdeu a reunião, mais logo você vai estar tão atarefado que não terá tempo para falar comigo, então temos que aproveitar esse tempo para conversarmos. — eu sorri.

—Sabe, eu acabei de tomar um banho de banheira maravilhoso, e com o tamanho daquela banheira eu acho que você caberia muito bem nela comigo. — ele riu de novo.

— Eu adoraria estar ai com você. — eu ri também. — Principalmente tomando um banho de banheira.

— Eu também, mais teremos que esperar por um bom banho de banheira até eu voltar. — sua voz soava animada. — E então tudo pronto para Paris?

— Sim, mais mala foi refeita algumas vezes, e eu estou tentando escolher uma roupa para usar no avião, e estou realmente apreensiva por viajar com Alice, Rose e minha mãe, principalmente quando estaremos em Paris, sabe Alice vira um verdadeiro furacão quando se trata de compras. — eu sorri.

— Eu também teria medo, mais eu espero que tudo de certo, se não fosse pelo vestido eu estaria indo com você, mais você sabe que dizem trazer má sorte quando o noivo vê o vestido da noiva antes do casamento.

— É eu sei, e isso é uma droga, eu queria curtir Paris com o meu noivo e não com a minha mãe, sabe dizem que além de cidade luz, Paris também é a cidade dos casais apaixonados. — eu disse.

— Eu sei, eu te prometo uma visita a Paris depois da nossa lua de mel. Alias você já decidiu para onde vamos? — perguntou.

— Meu pai está tramando algo com Carlisle e os meninos, eu não sei ao certo mais ele disse que a lua de mel seria uma surpresa. — eu falei.

— Ok. Isso vai ser realmente engraçado, espero que seu pai nos mande para algum lugar paradisíaco e não para um lugar sem, como eu posso dizer, privacidade. — ele riu.

— Eu também. — eu parei por um tempo. — Eu sinto sua falta. — eu suspirei.

— Eu também Ness, mais logo estarei de volta, voltarei tão rápido que você nem vai notar, eu prometo. Bom, mais agora eu preciso ir. Te ligo depois, tudo bem? — perguntou.

— Claro, meu avião parte as nove, quando eu pousar eu te ligo, e não se esqueça nunca. — eu pausei.

— Me esquecer? — ele perguntou.

— Que eu te amo mais do que minha própria vida, e de que você prometeu cuidar do meu coração e que o traria de volta logo. — falei.

— Nunca me esquecerei disso meu amor, eu também te amo, mais do que tudo, e eu voltarei correndo para você. Eu te amo.

— Eu te amo também, Tchau. — eu disse triste.

— Tchau. — ele sussurrou com uma voz sexy.

Eu passei os dedos mais uma vez na foto. Olhei para a porta enquanto ouvia passos seguindo para o meu quarto. Eu coloquei a foto dentro da caixa quando a porta se abriu.

— O que é isso? — minha mãe perguntou enquanto entrava no quarto.

— Só algumas lembranças, coisas minhas e do Jake que eu guardo. — eu disse.

Me arrependi no mesmo momento. Quando eu me virei para a porta, Alice e Rose estavam paradas logo atrás da minha mãe. Ela suspirou.

— Own! — Alice disse correndo em minha direção. — Olha essa é de quando você tinha apenas um ano. — ela colocou a mão — teatralmente — sobre onde ficava seu coração.

— Olha, quando ela aprendeu a dirigir. Quase consigo ver a boxer do cachorro aqui. — Rose disse repreendendo minha mãe com o dedo. — Você devia tomar mais cuidado com o ângulo de suas fotos.

— Ei. — eu disse puxando a foto da mão de Rose. — Eu adoro essa boxer! — eu me queixei.

— Ele ainda tem ela? — Rose perguntou incrédula levantando uma sobrancelha.

— Não sei se é a mesma, mais as pretas são minhas favoritas. — eu sorri.

— Eu adoro as pretas, Emm fica simplesmente delicios... — Rose tentou dizer antes da minha mãe interromper sua frase.

— Ei, informação demais com a minha filha. — ela se queixou. — E você. — ela se virou para mim. — Como assim ”As pretas são minhas favoritas?” — ela me indagou.

— Ops! — eu disse. — Mais são as minhas favoritas mesmo, fazer o que? — eu dei de ombros.

— Renesmee! — minha mãe gritou.

— O que, você acha que eu não sei o que vocês pretendiam fazer ontem. Eu vi como você olhou para o papai. Não venha se fazer de casta. — eu ri alto.

— É Bella, ela tem razão. E vamos combinar que vocês não são o casal mais, como eu posso dizer, “silencioso” da casa. — Rose disse rindo. — E você e o cacho... Jake fazem muito barulho?

— Ah! — minha mãe arfou. — Tudo bem, eu não preciso saber dos detalhes da vida sexual da minha filha. — ela se virou para mim e fez uma careta, nós rimos juntas.

— Mais, eu quero saber, me conta tudo! — Alice disse animada se jogando em minha cama, Rose fez o mesmo. — E ai? — ela ergueu as sobrancelhas.

— Não. — eu balancei a cabeça. — Sem essa de saber sobre minha “vida sexual”, já foi constrangedor o bastante falar sobre isso com a minha mãe e o vovô, não vou passar por isso de novo. — protestei.

— Tudo bem. — Rose bufou. — Tudo pronto? — ela perguntou olhando para minhas malas.

— Sim. — eu disse.

— Entao vou falar para seu pai pegar suas malas e para que ele as coloque no carro. — ela disse saindo do quarto.

— Bom, agora que a Rose já foi você pode me contar tudo. — Alice disse batendo palmas.

— Não. — eu ri de novo. — Tenho que comer alguma coisa antes de irmos. — eu disse saindo do quarto, mamãe fez o mesmo enquanto Alice nos olhava com o olhar “Vocês vão me pagar” o que me fez rir mais alto ainda.

— Ela não vai me deixar em paz, não é? — eu perguntei me sentando na banqueta da cozinha.

— Nunca. — minha mãe sorriu e saiu da cozinha.

Eu dei uma mordida em uma maçã e tomei um copo de água. Encontrei meu pai no corredor caminhando com minhas malas, ele sorriu rapidamente e depois voltou a andar para a garagem.

Eu fui até a sala e zapeei pela TV, canais de culinária sempre atraiam minha atenção e depois eu parei no Discovery Home and Health, onde um casal preparava seu casamento, eu assisti o programa todo com os olhos marejados.

Depois de algum tempo vendo TV percebi que já eram quase sete horas e daqui a pouco teríamos de sair.

Eu subi as escadas rapidamente e encontrei Alice saindo de seu quarto com uma bolsa nas mãos, ela me olhou com um olhar entrecortado que me fez estremecer. Eu entrei em meu quarto e peguei minha bolsa que estava em cima da cama.

Escovei os dentes e os cabelos mais uma vez, coloquei uma exarpe verde e meu casaco preto, eu estava com uma legging cinza, botas de montaria cano baixo pretas, e uma blusa cinza escura, e o verde da minha exarpe “quebrando” o tom monocromático.

Passei sombra, rimel e um gloss rosa, mesmo sabendo que eu dormiria durante o vôo e estragaria minha maquiagem por completo e depois teria de retocar tudo.

Fechei a porta de meu quarto enquanto saia. Todos estavam se beijando e se despedindo na sala de estar. Rose estava quase engolindo a cabeça do tio Emm em um beijo, Alice quase fazia o mesmo, e as mãos do tio Jasper me davam medo enquanto percorriam seu corpo.

Carlisle beijou o alto de minha cabeça, Esme fez o mesmo.

— Tenha cuidado minha princesa. — ela disse e depois sorriu.

— Eu tenho dó de você. — tio Emm sussurrou em meu ouvido.

— Porque? — eu perguntei sem entender a brincadeira.

— Aposto que elas vão te obrigar a comprar lingerie, sabe Rose adora aquelas coisas cheias de renda, e eu não posso dizer que não gosto também. — ele riu alto.

— Emmett! — Rose bateu em seu braço. — Vamos? — ela perguntou.

— Sim. — eu disse beijando Jasper rapidamente.

— Boa sorte com suas tias. — ele disse enquanto me abraçava. Eu estremeci falsamente como resposta.

O porta malas do carro estava abarrotado, mesmo sendo o Jeep do tio Emm, meu pai nos levou até o aeroporto, sempre segurando a mão da minha mãe na sua.

Quando estávamos entrando na sala de embarque eles se depediram, seus olhos se tocaram por um minuto e eu me senti triste por eles, não era fácil para nossa espécie se separar de seus companheiros.

Embarcamos alguns minutos depois, Rose e Alice foram juntas no banco detrás, e eu fui com mamãe, apenas alguns minutos depois eu acabei caindo no solo no ombro dela. Acordei algumas horas depois com um saculejar leve.

— Nessie? — minha mãe disse. — Acorde, nós acabamos de pousar. — ela sussurrou em meu ouvido.

Eu me levantei ainda meio desacordada, tive de piscar algumas vezes até que meus olhos se acostumassem com a claridade. Sorri amplamente quando vi o aeroporto pela janela.

Passei a em meus cabelos e depois em meu rosto, arrumei minhas roupas e peguei minha bolsa.

— Sabe, vamos levar mais alguns minutos para sair, acho que durante esse tempo você deve querer retocar sua maquiagem um pouco. — minha mãe sugeriu sorrindo.

— Estou tão mal assim? — perguntei rindo.

— Eu podeira te confundir com o Coringa facilmente. — Alice disse apoiando o queixo no encosto da minha poltrona.

Eu peguei minha bolsa rapidamente, peguei um lencinho e um espelho, sim eu estava hororosa, Coringa seria a miss universo perto de mim. Eu limpei onde a maquiagem havia borrado e acabei retirando tudo.

Peguei um corretivo e passei em minhas olheiras, depois passei um pouco de pó e blush no rosto, uma sombra rosa e rimel e voilà eu estava bem melhor.

Um carro nos esperava em frente a saida do aeroporto, o hotel ficava a apenas 15 minutos na Place de La Concorde, a uma quadra do Faubourg Saint Honoré, o Hôtel de Crillon, da luxuosa rede "The Leading Hotels of the World", num prédio de 1775, cinco estrelas, com uma vista linda da Torre Eiffel.

— Nos temos de começar com as compras ainda hoje, temos que aproveitar cada minuto aqui, verificar cada loja, e encontrar o vestido perfeito. — Alice disse animada enquanto fazíamos o check in no hotel.

— Parece que faz décadas que eu não venho a Paris, eu estava mesmo precisando voltar aqui, a renda daqui é simplesmente única! — Rose comentou.

— E então, qual será nossa primeira compra em Paris? — mamãe perguntou depois de mandar nossas malas para o quarto.

— Prada! — Alice gritou.

— Channel! — Rose disse.

— Qualquer uma, mais quero comprar um Louboutin ainda hoje, eu preciso de um salto 14 com solado vermelho. — eu disse rindo.

Rimos juntas e saímos hotel a fora de braços dados para nosso primeiro dia de compras em Paris.


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Notas finais do capítulo

Gente, sei q disse q ia postar semana passada mais tive alguns imprevistos, quebrei o pulso direito, oq me leva a não consegui digitar, viajei, não pude postar, consegui terminar hoje e provalvelmente com o meu pulso, levarei vinte mins para postar, uahsusha.
Bom, aqui uma area q eu adoro, compras, n compras em si, pq eu acho frustrante fazer compras, nunca acho oq eu quero, mais as marcas *-*
Louboutin, meu sonho! Postarei um novo na quinta pois amanhã vou viajar. Até la, comentem bastante, estamos chegando aos 400! Queria pedir q voces recomendassem, e agradecer a quem já o fez.

Beijos e até o próximo!



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