Jovem Coração escrita por brcris


Capítulo 43
Capítulo 43: Calmaria


Notas iniciais do capítulo

Lindas leitoras, aqui estou eu, de novo!
bom, capitulo lindo, romantico, e em familia.
Espero que gostem, vejo vcs lá embaixo.
Agradecendo aos 253 reviews, obg!



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Quando abri meus olhos pela manhã, algo estava diferente.

Era luz. Hoje, o dia não estava quente como no final de semana. A névoa esverdeada que vedava minha janela confirmara isso.

Me sentei lentamente na cama, olhei para o relógio, ainda era cedo. Eu entrei no banheiro, quando fui escovar os dentes olhei fixamente a imagem refletida no espelho.

O rosto continha felicidade, mais aflição, mais com certeza aparentava mais idade, talvez eu tivesse mesmo mudado.

Agora, minha taxa de crescimento era aparentemente “normal” — como dizia Carlisle. Mais há algum tempo, eu começara a notar algo mais, talvez fosse o amor que fizesse isso com as pessoas.

Me olhei no espelho de novo, checando minhas suposições. Depois desisti e voltei a me arrumar, coloquei botas e um casaco grosso, não que eu sentisse muito frio. — minha parte humana sentia algum, a vampira não.

— Bom dia.

Eu disse passando pela sala, todos me olharam ansiosos por algo. Depois de alguns segundos eu dei de ombros e fui para a cozinha.

O café da manhã foi um evento silencioso, eles deviam achar que eu precisava de tempo, e espaço, ou talvez só não quisessem agüentar todo aquele drama adolescente.

— Bom dia.

— Bom dia mãe.

Ela me fitou, sentada, comendo sozinha, pude ver a duvida em seus olhos.

— Eu estou melhor. — eu murmurei baixo, olhando de volta para minha comida.

— Tudo bem. — ela disse se virando para a porta.

— Er, mãe — eu perguntei, ela se virou para me olhar. — será que podemos ir caçar amanhã? — eu disse me lembrando das minhas olheiras já aparentes.

Ela voltou e me deu um beijo de despedida.

— Claro. — ela disse saindo da cozinha.

Eu não queria chegar cedo demais na escola, mais também não queria ficar dentro de casa. Chuviscava, mais não o suficiente para me molhar, enquanto eu ia para o meu carro.

Liguei o som alto e comecei a cantar junto com a música. No caminho para a escola, a cerração fechada era tudo que eu conseguia ver pela janela do carro.

Quando cheguei ainda não havia muitos carros, ainda estava cedo, Lyss e Emm ainda não deviam ter chegado. Mesmo assim, logo estacionei e desliguei o motor do carro.

Eu coloquei um CD de músicas pesadas no som do carro, e aumentei o volume até que não conseguisse mais ouvir meus pensamentos.

O estacionamento já estava lotado o suficiente para que eu decidisse sair do carro, enfiei minhas coisas dentro da mochila, coloquei a alça sobre o ombro e sai.

Na sala de aula, eu sentei em minha cadeira, deixando meus livros espalhados pela mesa. Eu era a única da sala que tinha uma mesa só para si. Talvez eles fossem espertos o suficiente para ter medo da minha parte vampira, geralmente os humanos tinham.

A sala foi enchendo lentamente, enquanto alguns tiravam seus casacos e penduravam em suas cadeiras.

— Nessie. — Lyss disse animada.

— Oi.

Eu disse sorrindo fraco. Emm tocou minha mão e olhou para mim curiosamente. Eu só assenti, ela sorriu largo.

O dia passou surpreendentemente rápido. Logo, eu estava na frente da escola de novo, andando pelo estacionamento vazio até meu carro. 

— Oi. — disse uma voz rouca vindo em minha direção.

— Oi. — eu senti meu rosto ficar mais radiante, ele sorriu largamente quando me virei.

Nossos olhos se encontraram e eu sorri também. Ele deu apenas um passo, e então nossos corpos se encontraram e nós sorrimos juntos.

Ele alisou suavemente minhas bochechas, e então ele segurou meu rosto entre suas mãos quentes.

Lentamente, sem tirar os olhos dos meus ele se inclinou em minha direção e colou nossas testas, olhando fixamente em meus olhos. Eu tracei o formato perfeito de seu maxilar, e então seus lábios perfeitos.

Seus lábios se abriram sob o meu toque, eu pude sentir seu hálito quente tocar meu rosto.

— Estava preocupado. — seus dedos tocaram levemente meus lábios.

Eu me inclinei lentamente e coloquei minha bochecha sob o seu peito, podia ouvir o martelar alto do seu coração, — assim como o meu, frenético na presença dele. — e também sua respiração pesada.

— Eu estou perfeitamente bem. — eu disse fechando os olhos.

Ele passou o braço por mim e me abraçou forte, descansando seu rosto em meus cabelos.

Ele pegou meu rosto entre as mãos, eu não conseguia mais respirar, ele hesitou como em nosso primeiro beijo, minha cabeça girava, e então seus lábios grossos e quentes pressionaram os meus.

O sangue queimou sob minha pele, queimou nos meus lábios, com um suspiro selvagem eu fechei meus dedos nos cabelos dele, apertando ele contra mim.

Meus lábios se abriram e eu pude sentir seu hálito quente dominar minha sanidade. — ou o pouco que restava dela nestes momentos — e eu me esquecer do mundo a nossa volta.

Seus lábios gentis nos meus, suas mãos quentes em minhas costas, colando nossos corpos, ambos já ofegando.

— Vamos. — ele disse abrindo a porta do passageiro para que eu entrasse.

— Eu não posso dirigir meu carro? — eu ri.

— Pela minha idade, e experiência, eu tenho o dever de levar minha namorada seguramente para casa. — ele riu beijando a ponta do meu nariz, e eu entrei no carro.

Ele entrou e ligou o carro rapidamente. Enquanto dirigia ele segurava minha mão em seu colo. Ele estava tão silencioso hoje.

— Jake, o que foi? — eu perguntei atordoada.

Ele me olhou por um segundo e depois voltou a fitar a estrada.

— Jake? — eu emendei.

— Eu estou preocupado, Leah gosta de criar confusão. — ele disse num fôlego só.

— Tudo vai ficar bem Jake, tudo vai dar certo.

Eu disse afagando seu rosto, sem saber ao certo se eu acreditava em minhas próprias palavras.

— Eu era quem devia estar dizendo isso, não você. — ele riu.

— Somos um casal diferente, se lembra? — eu ri também.

— Claro, claro.

Quando olhei para a estrada, já estávamos estacionando na frente da garagem. Ele saiu do carro e abriu a porta para mim, andamos de mãos dadas até a porta.

Minha mãe estava sentada ao lado do meu pai no sofá, ambos vendo TV,  Alice estava sentada na mesa de jantar com Esme, rodeadas de projetos, e Rosalie e Jasper estavam jogando xadrez.

— Jacob. — minha mãe pareceu surpresa.

— Bells. — ele disse enquanto cruzávamos a sala. — Edward. — ele cumprimentou.

— Jacob. — meu pai disse.

Ficamos assistindo TV por algum tempo, Jake estava sentado do outro lado do sofá, só por precaução. Meu pai me olhou e depois riu silenciosamente. Eu me levantei depois de algum tempo, meus músculos travados e cansados.

— Eu preciso de um banho, educação física. — eu estremeci.

— Preciso dizer que você é idêntica a sua mãe?

— Jake. — eu disse dando um tapa leve em seu ombro.

— Tudo bem. — ele se defendeu levantando as mãos em rendição.

Eu beijei seus lábios rapidamente, mais quando o fiz tive de olhar para os meus pais.

Minha mãe parecia estar se segurando para não rir, meu pai tinha uma expressão um pouco séria, mais logo mudou.

— Igual ao Charlie. — Jake disse rindo do meu pai.

Eu abri a boca uma vez mais dei de ombros.

— Ok. — eu suspirei e subi as escadas.

Eu tentei me apressar, mais aquela água quente do chuveiro depois de um dia cansativo não podia ser apressada. Eu destravei os músculos das costas, e lavei meu cabelo.

Escovei os dentes rapidamente, e fui para o meu quarto ainda de toalha, peguei meu pijama que estava pendurado e coloquei, afinal já era quase noite.

Quando cheguei à sala Jake estava sentado no mesmo lugar, meus pais estavam abraçados no outro sofá, eles viam um filme antigo.

Posso me sentar assim com Jake? — eu perguntei mentalmente. Ele refletiu por um segundo e depois assentiu com a cabeça.

Eu atravessei a sala e me sentei ao lado de Jake, me aconchegando em seu peito quente, ele olhou para o meu pai, que fingiu não ver, e ele me abraçou.

O filme era da década de 50, sobre um casal separado por intrigas, que por sinal era muito triste. Minha mãe olhava a TV apertando os olhos e suspirando, sua forma de chorar, eu suspirava junto com ela.

Mais cansada do que eu imaginava, exausta, eu cai no sono em seus braços quentes, quando o casal do filme pode finalmente ficar junto.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?
ai (suspiro) tão anciosa para Amanhecer, 359 dias.
Não vejo a hora de assistir. Como minha BFF diz "Putaria em tela grande", mais eu não acho q vai ser assim....
Tio Bill sabe bem como fazer isso, nu artistico bill? tabom b29;

beeijoos :)