Eu estava sem palavras como sempre, ela sempre causava isso em mim, mas isso não significava que eu não estava com a mente em um turbilhão de palavras, sentimentos e sensações como nunca antes em minha vida.

Estar vivendo aquilo com o qual eu tanto ansiei era indescritível. E quando eu achava que não podia ficar melhor, ficava.

De certa forma as dúvidas e inseguranças tinham ficado para trás, naquele momento só nós dois existíamos.

Quando ela disse que queria se tornar minha, eu não consegui mais resistir, pagaria o preço que custasse por essa noite, mais não me arrependia de nada, nunca iria me arrepender.

Afinal eu a amava, eu queria ela, e de alguma forma, por algum milagre ela também me amava, também me queria.

Ela estava deitada embaixo de mim, com as mãos firmes e geladas escorregando por meu corpo todo, entre os arrepios, calafrios e espasmos que me ameaçavam cada vez que ela chegava perto de algum ponto mais sensível, e que em determinado momento parecia ser meu corpo todo.

Às vezes minha mente perdia a concentração e eu achava que iria pular em cima dela a qualquer instante, esquecer todo o resto e consumar aquilo que meu corpo pedia, implorava.

A espera, a antecipação, a expectativa, tudo se condensava em uma dor física que atingia meus pontos mais vitais. Mas eu me controlei e forcei a mente a se acalmar, e o corpo foi realmente relaxando sob o toque dos dedos frios,

Eu queria fazer aquele momento durar para sempre, queria ser gentil com ela, mais minha parte lobo tentava me  dominar, eu queria ter rasgado suas roupas, e tê-la feito minha naquele instante.

Mais ela era importante demais para mim, mesmo sob forte tentação eu queria que fossemos devagar, com cuidado, nunca me perdoaria se fizesse algo com ela.

Apesar da falta de luz, a lua iluminava seu corpo perfeito, sua pele branca e sedosa sem nenhuma cicatriz, nenhuma imperfeição sequer, seus cabelos emaranhados delicadamente.

Seu rosto mostrava uma concentração profunda em mim, eu não tive vergonha, assim como ela também não tinha, nós pertencíamos juntos para sempre.

Eu sempre pertenci à ela, e pertenceria para sempre. Aquela noite era apenas uma confirmação disso.

Percebi que ela deixava sua timidez de lado, e explorei o corpo que tanto me encantava já com alguma familiaridade, tocando todas as partes dela, traçando as linhas com a ponta dos dedos, como ela fazia em mim, chegando perto das partes mais escondidas, partes que antes eu só pensara em tocar.

Ela também gemia baixo em algumas passagens, e em uma ou duas vezes disse meu nome com a voz quase inaudível, não mais do que um sussurro.

Observei como seu peito subia e descia com a respiração acelerada, seu pulso rápido. Sentia a testa suada apesar do tempo frio, que já não a incomodava. Eu estava com medo do desconhecido, mas meu corpo inteiro pulsava pedindo por aquilo.

Havíamos chegado a um ponto sem volta, não havia muito a fazer, talvez pudesse esperar mais um pouco, mas eu não acreditava nisso, eu via em seus olhos que ela queria aquilo tanto quanto eu.

Tudo estava indo bem, bem demais, mas o esforço maior viria agora. O cuidado, a tensão de nossos corpos, o medo, de que algum movimento brusco a machucasse.

Fiquei me perguntando como seria quando eu estivesse me movendo dentro dela. De repente não quis mais esperar. Eu queria saber.

Dei pequenas mordidas em seu pescoço, ela estava suada, corada, um tormento por toda a parte.

Me afastei um pouco dela, gerando um gemido de protesto. Me inclinei e voltei a dar pequenas mordidas em seu pescoço, no lóbulo da orelha, ela me levava a loucura.

Desci pelos seios, me demorando um pouco nas partes que a faziam gemer, e desci pela barriga lisa. Quando ela percebeu que eu ia continuar descendo, segurou meus cabelos com as mãos.

Eu sabia que ela estava terrivelmente envergonhada, então segurei suas mãos com uma das minhas com firmeza e continuei descendo.

- Calma. – eu disse com uma voz baixa.

Foi um choque para ambos quando a encontrei com a boca e a língua, uma sensação totalmente desconhecida, de quente e invasão ali onde era mais sensível, o cheiro era intenso devido ao grau de excitação que ela tinha atingido. Inspirei profundamente enquanto provava seu sabor, explorando todos os pedaços dela, deixando que o cheiro me inundasse.

Senti suas mãos novamente em meus cabelos. Eu a soltara sem perceber, mas elas já não faziam resistência, pareciam me guiar, guiar o ritmo, a pressão que eu precisava fazer para levá-la ao êxtase.

Ouvi um grito abafado no mesmo momento em que suas mãos me puxaram avidamente para cima.

Ela começou a me beijar como nunca antes, ela ofegava profundamente, gemia baixo, tentadoramente embaixo de mim, suas mãos percorriam meu corpo sem pudor algum.

Eu sabia que aquela noite seria a melhor de nossas vidas, eu queria fazê-la especial, para ambos, e era nisso que eu estava focado, mais eu sabia, com ela me beijando daquele jeito, me tocando daquele jeito, seria dificil manter o foco... e a sanidade.