Ela se aproximou de seu braço e o beijou .Logo ela injetou uma agulha prateada em sua veia.

    Ele arregalou os olhos,ela o beijou...

    -Isso.Morras meu amor,morras em silêncio...Logo seu coração estará nesta estante junto com tantos outros nesta estante.

    Ele se foi...

Mas ela ainda não estava satisfeita,abriu lhe o peito e de lá tirou seu trunfo:o coração.

Seu coração foi colocado em um jarro,assim como todos os outros de rapazes que passaram por sua vida.

Tudo começara com seus pais,que viajaram e ao retornarem encontraram sua filha em um estado de sanidade mínima.Ela arrancou lhe os corações e os colocou em jarros,os corpos foram queimados e as cinzas jogadas ao vento.

Matou o noivo que foi encontrado com outra na cama,matou também o irmão que a deixou para casar com outra.E foi assim com todos os outros amantes que descobriram seu segredo.

E a cada vitima dizia para si mesma:

-Mais um coração,mais um...Outra pessoa para ficar comigo nesta gélida mansão...

O corpo do pobre não foi queimado,ela fez com ele algo especial...

O enterrou.

Em seu jardim,em meio às flores vermelhas que ali cultivava e combinavam com seus olhos símbolos da perdição

Em sua lápide ela escreveu:

“Posso ter lhe arrancado o coração,mas foste tu que arrancaste o meu 1º e o levou consigo para essa cova fria.”

Como era de se esperar,a sanidade mental dela ficou frágil...

Não saia para fazer vitimas,não mais...Ficava ali sentada na cova dele.

-O que foi que eu fiz?Eu estava feliz,então...Eu o matei

Sim,ela fez algo errado..

E naquela mesma noite ela se redimiu.

O desenterrou,tirou a pesada tampa de pinho e fitou o corpo dele.Já exalava um forte odor,mas ela parecia não ligar...

Tirou o coração dele do jarro,o beijou e o devolveu ao seu dono.

E com um rápido movimento do bisturi arrancou o seu próprio.

Pela manhã encontrei os corpos sujos de sangue dos dois.E na mão dela,jazia o seu coração...Tão vermelho como seus olhos.

Pus-me então a enterrar a ladra de corações.