O último Suspiro escrita por MadWolf


Capítulo 7
Faço amizade com um aviso do destino - Parte 1




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Depois de dizer um "oi" nervoso e apressado, sai andando rápido, sem nem mesmo cumprimentar o garoto, afirmando que estava atrasada e disparei pelo corredor, atropelando algumas pessoas que ou estavam distraídas demais ou ficavam muito furiosas resmungando algo sobre parecerem invisíveis.

Tranquei-me no armário do zelador. Muita gente já tinha falado sobre isso, em filmes e seriados infanto-juvenis. Eram pilhas de coisas de limpeza, misturadas com coisas arrumadas que só faziam a minha cabeça doer tentado pensar naquilo. Respirei fundo, joguei meus livros no chão. O que diabos significava aquilo? Pensando bem, eu parecia um completa idiota. Eu, uma vampira de.. hm.. (vamos deixar minha idade para lá), estava em choque com um simples humano insnificante. Mas aquilo era assustador. No dia de meu aniversário, eu sonhara que estava sendo atraída, não sabia por quê, mas sentia remorso por vê-lo machucado. Alguns dias depois, eu sonhara com o bosque perto do lago, na Romênia, onde eu conhecera Trevor, o que parecia ter sido um milhão de anos atrás. Eu olhava para os lados, pensando em encontrá-lo, ou ao menos ter a sensação de estar sendo observada, mas lá estava ele: Alex, na minha frente. Dilacerado no pescoço como obra da minha família. E agora eu o tinha visto. Na minha frente, sem nada de anormal, se apresentando como namorado de Sophie.

De novo, o que diabos significava aquilo?

Eu não era capaz de desvendar aquilo, muito menos queria. Respirei fundo, peguei meus livros e saí rapidamente do armário do zelador. Ninguém me viu. Assim espero.

O Sr. Newman, professor de história estava falando sobre toda aquela história de Primeira Guerra Mundial, consequências pro mundo atual e blablablá. Resumindo: coisas que eu já não suportava mais ouvir. Eu sentava no fundo da sala, isolada em um dos cantos e rabiscava desatenta meu caderno, fazendo sei lá que figura bizarra que riscos poderiam gerar. Desviei meu olhar do teto para um mapa ao meu lado. A Romênia, tão distante, porém com um perigo tão iminente que eu...

- Correto, Senhorita Sutter? - O Sr. Newman havia me interrompido. Prester a dar aquele showzinho para a turma, fazendo perguntas para os desatentos.

- Sim, Senhor. Certamente a Alemanha estaria muito insatisfeita com suas áreas de influência. - Respondi. Epa. Como eu tinha feito aquilo? Eu estava prestando atenção na aula? Não sei. Isso me deixara confusa demais para saber.

- Hm. Muito bem. - Ele parecia insatisfeito por eu ter acertado, talvez surpreso por eu ter acertado e ele certamente não poderia se passar por aquele deu uma liçãozinha para os que não estavam nem aí para sua aula. Ele voltou a explicar, gesticulando fazendo comparações e aquelas coisas todas que os professores emotivamente exagerados fazem.

Comecei a observar pequenos detalhes na sala. Coisas que os outros estavam fazendo, palavras escritas na paredes, sussurros... Olhei para o lado. Comecei a suar. É. Vampiros suam. Tem um organismo mais ou menos funcionando do mesmo jeito humano. Mas se cura mais rápido as unhas não crescem, nem o cabelo. Leia Vampire Diaries, depois A segunda breve vida de Bree Tuner, ou algo assim, não sei o nome direito. Enfim, esses livros iriam ajudar nessa questão.

Continuando: era Alex. Apesar de estar no fundo da sala, estaa super atento, fazia algumas pequenas anotações. Como eu não havia percebido ele na minha aula antes?

- Oi. - O interrompi. Um nerd a menos faria um mundo mais feliz, caras mais felizes e mais descontráidos também vinham no pacote.

Alex se virou pra mim.

- Ah, oi. - Sua expressão era de constragimento com raiva e ignorância.

Eu estava envergonhada e nervosa. Respirei rápido. Porque eu estava fazendo disso tudo uma coisa tão grande?

- Sou Elizabeth. Bem, Alex, me desculpe por aquela atitude. Eu realmente estava apressada. - Menti. Quer dizer, menti sobre estar atrasada, não nas desculpas.

- Imagina, Elizabeth. - Ele sorriu. - Isso acontece.

Sorri também, um sorriso fraco, meio sem jeito.

- Você é legal. Dá pra perceber. Outra pessoa teria dito um "tudo bem" seco e frio sem nem mesmo olhar pra mim.

Ele pareceu pensar. Como se estivesse se debatendo por não ter feito aquilo. Não gostei nada daquilo. Pedi a minha mente que relaxasse, eu estava muito nervosa.

- Pessoas. - Ele disse. - Ainda irei entendê-las.

- Talvez quando você começasse a ler mentes. - Eu ri. Oops. Pensei um pouco alto demais. Porém, para minha surpresa ele também riu.

- Ei, ei. - Fui dizendo. Não era minha intenção. Desculpe.

- Nada não, Liz. Quer dizer, posso? - Assenti e ele continuou. - É muito complicado mesmo, sabe? Quer dizer, sei lá. São tantos caráteres que as pessoas imponhem, não se decidem nem se respeitam.

Entendi perfeitamente o que ele disse. Ele devia ser sempre aquele cara do canto, às vezes aquele que os populares do canto. Percebi esse acanhamento tanto nele como Sophie.

- Relaxa, cara. - Dei uma palmadinha em seu ombro. - Você ainda irá ler mentes.

Demos risinhos fracos.

- Alex e Elizabeth, por favor! Francamente, vocês vêm conversando a aula inteira! - A sala toda explodiu um um gemido "Hmmmmmmmmm..." daqueles sugestivos. Ouvi cochichos de "Se Sophie sabe dessa hein?" e risadinhas. Alex corou e se encolheu. Eu estava morrendo de raiva. Minha vontade era de ir até a mesa do senhor Newman pegar aquele grampeador e jogar na cara daquela menina. Depois grampearia sua boca lentamente. Eu jamais traíria alguém como Sophie, que me ajudou, querendo humano adolescente, por mais identificação que eu tivesse. Eu estava muito enfurecida.


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