O último Suspiro escrita por MadWolf


Capítulo 5
Sentimentos Adolescentes - Parte 2




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Passando por lojas, galerias e blablablá. Comprei coisas básicas, necessárias. Eu precisava de uma bota nova. Fui até uma loja, olhei algumas. Até que achei uma perfeita, do tipo da que eu estava usando agora, couro amarronzado, sem salto, algumas tiras pra enfeitar. Tinha que ser minha. Senti a presença da vendedora perto de mim:

- Boa tarde. Gostaria de alguma ajuda? Sugestão?

- Você poderia me ver uma dessas... - me virei para apontar para a bota que queria, mas ela não estava mais lá.

- Qual? -  ela perguntou.

- Tinha uma logo aqui. -  Comecei a olhar pela loja rapidamente, até que vi uma loura que cabelos estirados, olhos azuis. Só não tinha bronzeamento artificial. Pegaria mal em Minessota.

Ela virou as botas pra mim e fez um expressão de : "Oops! Peguei as botas que você queria? Foi mal. AGORA SÃO MINHAS!" E deu uma risadinha desdenhosa.

Aquela vaca devia estar estudando não? Me virei para vendedora:

- Que dia é hoje?

- Ahmm.. Domingo.

Isso explica. Pensei. Encolhi os olhos.

- Lincença. - Disse à vendedora. Fui em direção àquela vaca californiana metida a gostosa da cidade de Tower. NINGUÉM debocharia de mim. NINGUÉM, com nenhuma excessão.

Ela estava dando um sorriso falso quando me aproximei.

- Hey, se você não percebeu, eu - levantei o tom de voz, chamando a atenção de todos na loja - queria essas botas.

- Queridinha se toca. - Ela jogou a palha a qual certamente ela denominava de cabelo - Peguei primeiro. Então são minhas. Dãã.

- Sério? - Como um flash roubei as botas de sua mão - Acho que não são mais.

Me dirigi ao caixa. Dei o dinheiro enquanto ela tentava pegar da atendente  e reclamava. A ignorei. Ela tentou roubar a sacola várias vezes, mas eu desviei minha mão rapidamente em todas as ocasiões.

Quase saindo da loja agradeci a vendedora que tinha me atendido e saí de cabeça erguida. Ela estava enfurecida, provavelmente me xingara de alguma coisa. Estava focada demais em admirar meu orgulho próprio para ouví-la. Lesada. Ri alto na rua.

Tower parecia segura. Decidi ir andando até o Hotel. Eu precisava me matricular em uma escola. Ficar vagabundeando numa cidade até algum ser maligno para me atormentar em nome da minha família não fazia sentido.

Eu estava com fome.  Apreensiva. Quanto tempo me restaria até acontecer algo para que eu tivesse que sair da cidade. Me esqueci de que eu estava determinada a ficar aqui, custe o que custar. Eu era forte, eu bebia sangue humano eu podia lidar com isso. Afinal, era apenas um de cada vez.

Eu estava meio cansada de toda aquela tarde de compras tediosas, então assim que cheguei no Hotel me sentei nas poltronas que haviam no hall. Ao olhar para a mesa do centro, vi o jornal com uma matéria em destaque:

ACONTECIMENTO ESTRANHO ASSUSTA OS TRABALHADORES DO HOSPITAL GERAL DE TOWER

Na madrugada desse sábado para o domingo, uma enfermeira afirma (e prova com as filmagens do hospital) que o referido foi invadido por uma mulher não identificada. Segundo a enfermeira, Lucy Jackson, que estava quando isso aconteceu, "ela não podia ter feito nada de bom lá. Fugiu assim que a vi". 

A polícia está analisando as filmagens atrás de alguma pista.

Agora tinha ficado tenso. Se me descobrissem?


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Notas finais do capítulo

Falta a terceira e última parte.



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