Meu celular vibrou e eu logo fui atende-lo.

-Alô? – perguntei

-Isabel? Oi filha, só liguei pra avisar que eu já cheguei em casa – minha mãe disse.

-Ah ok... eu to na rua, posso te ligar mais tarde? – perguntei.

-Claro... até mais tarde

-Até – disse e desliguei o celular, percebi que já não havia mais ninguém na cadeira a minha frente... que estranho...

Resolvi pagar a conta e ir passear pela cidade, fui ao parque e a algumas lojas interessantes na cidade, mas voltei pra casa logo que anoiteceu.

-Lar doce lar – pensei alto entrando em casa, logo tranquei a porta, resolvi ir dormir pois amanhã eu teria um longo e cansativo dia de apresentações e aulas.

13/09/2025

Querido diário, 

Acabei de acordar e vim logo escrever por que daqui a pouco tenho aula, ontem conheci Damon quando estava no Grill, ele parecia... deixa pra lá, nos apresentamos e conversamos um pouco, mas ele sumiu de repente quando acabei de falar no celular(minha mãe me ligou)...

Ah! Ontem fui a algumas lojas e fui ao parque da cidade, é tudo muito bonito e verde por aqui, espero  fazer amizades hoje.

 Acabei de escrever e fui fazer minha higiene matinal, logo após vesti uma blusa de manga comprida preta e uma calça jeans, que combinava com minha bota preta, fui até a janela e olhei a rua, estava chovendo bastante... é.... eu vou usar a bota.

Arrumei meus materiais e chamei um táxi, que demorou um pouco a chegar.

-Chegando atrasada no primeiro dia de aula! Que maravilha – disse olhando o pátio vazio.

Fui até a secretaria pegar meus horários e o número do meu armário.

-Olá, onde posso pegar meu horário de aulas? – perguntei para uma ruiva que estava atrás de uma bancada.

-É aqui mesmo, qual seu nome minha querida? – a mulher perguntou.

-Isabel Pierce – respondi e suspirei, será que iria demorar muito?

-Aqui está – a baixinha disse me entregando um papel.

-E aí esta o número do seu armário também – ela disse e sorriu

-Obrigada – disse e corri pra minha aula de trigonometria, a aula foi fácil, pois na minha antiga escola já estávamos bem adiantados, e depois de muitas apresentações chegou a hora do intervalo...

-Olá – uma garota ruiva veio até mim.

-Olá – disse simpática.

-Quer se sentar comigo no refeitório? – ela perguntou tímida

-Err... ta bom – disse e fomos em direção ao refeitório, que por sinal estava lotado, fomos até uma mesa perto da janela.

-E aí, como está sendo o primeiro dia de aula? – ela perguntou

-Legal... mas já estou adiantada em várias matérias – disse pensativa.

-Hm... Gostou de algum garoto? – ela perguntou curiosa

-Sei lá, nenhum veio falar comigo – disse e percebi um garoto vindo em nossa direção.

-Oi, posso me sentar com vocês? – ele perguntou cuidadoso.

-Pode – eu e a garota que eu ainda não sabia seu nome falamos juntas.

-Meu nome é Tyler – o garoto se apresentou.

-Eu sou Marina – a garota que acabei de descobrir que se chama Marina se apresentou.

-Eu sou Isabel – disse e sorri, depois disso não paramos mais de conversar, e por sorte a próxima aula teríamos juntos, quando o recreio acabou fomos pra aula de Biologia, que passou voando também e nos encontramos no estacionamento.

-Nos vemos amanhã – me despedi pegando meu celular.

-Vai de táxi Isa? – Mari perguntou.

-Vou... por que? – perguntei

-Eu te levo no meu carro – ela disse e me puxou na direção de seu carro, era um Volvo preto.

Mostrei como era o caminho e ela me deixou em casa, entrei no prédio e dei de cara com Damon.

-Olá – disse sorridente e comecei a subir as escadas.

-Você mora aqui? – ele perguntou enquanto subíamos a escada.

-Sim, desde ontem... – disse pegando a chave e entrando no apartamento.

-Entre – disse e ele adentrou na casa.

-Por que você sumiu de repente ontem no Grill? – perguntei indo pra cozinha.

-Eu me lembrei que tinha um compromisso urgente – por alguma razão não acreditei no que ele disse.

Peguei chocolates na despensa e fui pra sala.

-Quer? – ofereci me sentando ao seu lado no sofá.

-Não, obrigado – ele disse dando um sorriso torto.

-O que você faz? – perguntei.

-Várias coisas... Mas não importa, me fale sobre você – ele disse simpático.

-Hm... Não tenho muito o que dizer – disse comendo um chocolate.

-Você disse que quer estudar sobre sua família não é? – ele perguntou.

-É, por que? – perguntei, será que ele tinha alguma informação?

-É que eu tenho uns livros em minha casa que falam sobre várias famílias, talvez você ache sobre a sua nele, vai querer? – ele disse e sorriu.

-Se não for incomodo... sim – disse empolgada.

Ficamos a tarde toda conversando até que ele teve que ir embora, mas trocamos telefone.

Eu tinha uma sensação estranha... Como se eu já o conhecesse...

Depois de comer uma refeição de verdade e fazer minha higiene fui escrever em meu diário.

Querido Diário.

Hoje conversei um pouco mais com Damon e ele me ofereceu uns livros antigos que podem ter alguma coisa sobre minha família e eu aceitei, hoje foi meu primeiro dia de aula, conheci Tyler e Marina, eles são bem simpáticos... Marina é Ruiva e um pouco baixinha, Tyler é alto e tem cabelos bronze, acho que seremos grandes amigos, não tenho muito o que escrever... Só sei que minha vinda para Mistyc Falls é a melhor coisa que já fiz na vida!

Esqueci de ligar pra minha mãe! Vou ligar agora.

Parei de escrever e deixei o meu diário na cômoda- agora que moro sozinha não preciso mais escondê-lo- e peguei meu celular, disquei o número de minha mãe e esperei ela atender.

-Alô?

-Oi mãe

-Oi filha! Esqueceu de me ligar ontem não é?

-É... eu fui dormir cedo...hoje foi o meu primeiro dia de aula – respondi deitando em minha cama

-Como foi lá então? Fez muitos amigos? – ela perguntou curiosa como sempre.

-Foi bom, mas a matéria está atrasada... Fiz amigos sim, Marina e Tyler, eles são legais – disse e der um bocejo  involuntário.

-Acho melhor eu deixar você dormir... Me liga amanhã ok?

-Ok, beijos – me despedi

-Beijos – ela disse e eu desliguei o celular largando-o na cômoda, dormi rapidamente...

Eu estava em um lugar escuro... uma floresta, comecei a andar cuidadosamente quando vi um vulto passar ao meu lado.

-Quem está ai? – perguntei receosa e vi outro vulto passar ao meu lado, de repente fui jogada a alguns metros de distância e bati a cabeça em uma árvore, logo senti um cheiro de ferrugem que eu conhecia muito bem... sangue.

-Corra Isa! Fuja! – escutei uma voz familiar gritar, mas meu corpo não me respondia mais, eu estava tonta e tudo estava embaçado, escutei rosnados vindos de todas as partes.

De repente eu estava sendo carregada.

-Vai ficar tudo bem – a voz dizia, mas quando eu estava prestes a cair na inconsciência senti meu pescoço sendo perfurado, gritei de desespero.

-Isa! – escutei a voz gritar.

Saltei da cama, meu coração estava aos pulos, esse fora o pior pesadelo que tive em toda a minha vida...

Percebi a janela aberta e fui logo fechá-la, pois estava ventando muito, olhei para o relógio e percebi que já estava atrasada pra aula.

-Droga! – murmurei pra mim mesma correndo para o banheiro, fiz minha higiene, vesti a primeira roupa que vi pela frente e chamei um táxi, que dessa vez foi rápido.

Entrei na sala e sentei rapidamente na ultima carteira, pelo menos eu já sabia a matéria que o professor estava passando, as outras aulas passaram rapidamente e logo chegou o intervalo.

-Olá Isa – Marina veio saltitante até mim.

-Olá Mari, onde vamos sentar hoje? – perguntei

-No mesmo lugar de ontem, e se não se importar... convidarei Tyler para sentar conosco – ela disse corando.

-Você gosta dele? – perguntei já prevendo a resposta.

-Err... Lá vem ele, vou convidá-lo – ela mudou parcialmente de assunto e foi em sua direção.

Após convidá-lo fomos para a mesa, Tyler disse que daqui a pouco viria pois tinha que resolver algumas coisas.

-Você ainda não me respondeu – disse parecendo desinteressada.

-Ainda não respondi o que? – ela perguntou confusa mas logo entendeu.

-Eu... eu gosto dele sim, pronto, respondi – ela disse direta.

-Hmm... Então se prepara que ele vem vindo – disse percebendo o nervosismo de Marina.

-Olá meninas – ele disse se sentando.

-Olá Tyler – Respondemos em uníssono, de repente escutamos um grito e todos correram pra ver o que tinha acontecido.