Maldito Mestre. escrita por Arizinha


Capítulo 28
Capítulo 28 - D. De Descobrindo.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/96435/chapter/28

Bem. Isso, na verdade, era um bem feito.  Eu estava verdadeiramente aproveitando a cena. Era quase como ver um sol glorioso da Califórnia nascer na nada gloriosa Forks.

Não que eu ficasse feliz com a queda do meu cunhado, absolutamente, não. Bem feito era pro idiota do Edward.

Digamos que a cena a minha frente era dí-ví-ná!

Nós entramos tranqüilamente no apartamento do Edward e nos deparamos com Victória, sendo amassada no sofá somente de saia e sutiã – espero, vorazmente, que com calcinha – pelo James, sem camisa.

Edward estava tão pasmo, que não sabia o que falar e apenas encrava a descarada da Porcória enfiar uma blusa de qualquer jeito e James pular de sofá em sofá em busca de sua camisa perdida.

“Ai, meu Deus...” murmurava Victória.

“Onde Diabos essa droga foi parar?” James, reclamava.

Notei a peça branca jogada perto da porta e a peguei, levantando suavemente. “Aqui.”

James marchou envergonhado até aqui e arrancou a camisa de minhas mãos.  “Obrigada.” Rosnou.

“Não por isso.” Levantei minhas mãos.

“Hm... Tchau, Edward.” A vadia teve coragem de dizer, passando por a gente. Ela ia deixar tudo cair sobre o pobre Jamie. Quem mandou não contar antes?

Edward e eu ficamos de mal durante muito tempo por isso.  Tá aí, mentira tem perna curta. Muahahaha. Ok, chega.

“O que você estava fazendo com Victória?” Edward inquiriu.

“Bem... “ James suspirou. “Nós estamos saindo.”

“O QUÊ?” ele berrou. “E por que você não me contou? E a Bella?”

Revirei os olhos pra isso.  Então James contou. Absolutamente tudo. Que estavam tendo um caso, que ele ficou com medo de contar porque eles já haviam saído, que ele não queria que ele achasse que era o mesmo fura-olho da época da Maggie, que quando ele viu ele me abraçando não estávamos necessariamente tendo um caso. Que eu só tinha ficado sabendo disso antes dele porque eu achei que ele havia posto a bomba, porque havia visto o novo casalzinho junto no mercado.

E blábláblá.

Edward estava furioso e eu estava entediada. Eu observava minhas unhas recentemente pintadas de azul fosco e revirava os olhos pela ingenuidade do meu ex-rolo.

“Eu briguei com Isabella por sua culpa.” Eu ouvi ele falar, irritado. “Você sabia disso! Você viu e mesmo assim não me falou nada.”

“Eu fiquei com medo qu-“

“Não.” Edward cortou. “James, você não é mais uma criança. Você coloca a culpa em seus medos ridículos pra poder bancar a vitima depois de ter me feito passar o maior papelão! Eu não acreditei na Bella, eu não fiquei com ela e-“ ele sacudiu a cabeça. “James, você é um idiota egoísta. Nada além de um egoísta mesquinho.”

De repente eu me senti verdadeiramente mal. Aquilo era uma discussão familiar e eu me sentia infiltrada no meio. Eles nem me notavam.

“Edward, eu não queria perder sua confiança! Eu ia contar, é claro que eu ia, eu só estava esperando o momento certo...”

“O momento certo? E quando seria?” ele perguntou. “Quando eu estivesse em um avião de volta a Los Angeles? Quando eu estivesse em casa terminando a faculdade?” Edward levantou, furioso. “De tudo o que você fez na sua vida, isso foi o pior.” Ele falou sério, claramente decepcionado.

Eddie não disse mais nada, ele apenas veio até onde eu estava parada na porta, com cara de idiota, e me carregou porta a fora.  Literalmente. Ele me pegou no colo no maior estilo noiva.

Ele esqueceu de pegar suas roupas, mas eu não o quis lembrar. Eu sabia que James merecia, mas eu estava me sentindo mal em acusar. Nunca gostei que brigassem com ninguém na minha frente, tinha horror em ver aqueles olhos tristes e ressentidos.

James foi um idiota pra mim, mas ele só estava... Preocupado.

Claro que ele podia ter impedido essa briga entre eu e Edward, claro que era mais fácil ele ter contado e... Bem, quer saber? Ele que vá a puta que pariu! Eu quase fiquei em detenção por ele, Edward me xingou horrores e se dependesse dele, ele jamais iria contar porra nenhuma!

Quer saber? Tomou! E foi merecido.

Só que... Bem, e Edward? Ele tinha que, no mínimo, me pedir desculpas. Ele foi trouxa comigo a semana inteira e tudo por causa do irmãozinho otário dele.

Quer dizer, por que ele pensa que pode desconfiar de mim, brigar com o irmão na minha frente e nem dizer que me ama depois? E por que ele acha que não precisa se desculpar e me dever eternamente?

Esse negócio aí de quem ama perdoa é uma baita mentira. Quero mais que ele suplique.

Edward, no entanto, parecia nem querer tocar no assunto. E isso me irritava! Muito. Como ele tinha coragem de não se desculpar? Quero dizer... Cadê o bom senso?

“Vamos?” não vi que o carro estava estacionado. Ele puxou minha mão, apoiando meu peso em seu corpo outra vez.

Entrei calada em casa.

Ele deu um sorriso radiante quando passamos pela porta, ele estava radiante.

“E então? Em casa, não é?” brincou.

Arqueei uma sobrancelha. Ele estava se aproximando de mim, ah, não acredito que ele vai fazer isssooooooo! Minha indignação era enorme quando ele quase me acertou um selinho, antes de eu escapar.

Toda torta, me joguei pra direita.

“O que foi?” quis saber, surpreso.

“O QUE FOI?” eu repeti. Eu bufei, furiosa. “Você só pode estar brincando.”

É, Edward Cullen não parecia mesmo querer o braço a torcer... Mas ele ia, e ia no MEU turno.

(...)

“Eu não quero ouvir nenhuma explicação.” Edward disse, assim que passou pela porta.  “Roubaram as provas? Excelente! Vocês vão ter conseqüências.”

A turma inteira me encarou, furiosa. Ah sim, eu sou a x9 agora. Eu olhei de volta, revoltada. “Qual é?” gritei, olhando pra Tanya. “É culpa de você! Vão a puta que pariu!”

“Isabella!” Edward xingou.

Qual é!” me indignei completamente agora. Edward ainda não havia pedido desculpas! “Eu não tenho culpa se queriam roubar a prova!”

“Ah, sim! Não é culpa dela!” Edward me defendeu.

A turma inteira silenciou.   Aliás, até nós dois silenciamos.  Ele havia defendido uma aluna dos outros, não, pior ainda: ele havia me defendido dos outros. Eu não ouvia as respirações, eu não ouvia minha respiração ou sequer ouvia o zumbido de uma mosca!

Depois de cerca de uns dez segundos, toda a turma explodiu em conversas desniveladas.  O nível de estresse que sua defesa maravilhosa causou foi muito alto.  E, na verdade, quando Tanya abriu a boca pra falar o que ela falou, eu já sabia que era o pensamento geral.

“Oh, que fantástico! Agora a Bella é queridinha do professor!”

Alice e Rose me olharam horrorizadas, Quil parecia querer morrer de rir do meu lado, a turma não parava de falar e eu pensei que fosse gritar.  Edward nunca teve queridinha e daí ele me tira pra queridinha? E a turma toda sabe disso logo quando eu estava sendo acusada de ser x9? É muita sorte!

Obrigada Deus! Thanks Murphy, amo vocês!

“Isso não é real...” murmurei, baixando a cabeça e enfiando ela entre meus braços. “Não é real. Não é real.”

“Calados!” Edward se recompôs. “Ela não é queridinha! Ela só foi justa e entregou as provas pra mim, isso foi uma atitude honesta e-“

Ele reparou que continuava me adulando.

“Quero dizer, foi quase heróico ela ter confrontado toda a turma... Não!”

Eu choraminguei, levantando a cabeça dos braços e o encarando.

“Ela foi justa e ponto, não fez nada além da obrigação de cada um de vocês, alunos.”  Disse por fim, vendo que não ia ficar melhor que aquilo.

Caraca! Nem isso ele faz direito.

“Enfim,” ele pigarreou. A turma estava ligeiramente me odiando mortalmente agora. “Eu estou com a nota dos seus pré-testes aqui, e o teste de verdade, que seria hoje, em função da desonestidade e malcriação de vocês, vai ser segunda.” A turma outra vez começou a sussurrar. “E é bom vocês estudarem...” ele ameaçou por fim.

Então, sim, a turma seguiu com suas enormes trombas de velório e com seus cochichos irritantes sobre o quanto eu fui trouxa e o quanto Edward era pau no... Er, enfim!

O professor de biologia começou a entregar os testes e eu comecei a me preocupar. Eu não havia feito o teste, óbvio, porque ele havia partido em dois o que eu fiz e eu acabei me... hm... Distraindo na hora do outro. Porém, o que me preocupava, era a cara de pavor que as pessoas faziam enquanto olhavam suas notas. Todas vermelhas até agora.

Rose recebeu a dela com umas três piscadelas surpresa. “Parabéns, Hale.”

“Um A-?” ela nem pode acreditar.

A situação de Rose era quase tão complicada quanto a minha, havíamos estudado juntas esses dias, foi bom ela ter se saído bem. Óbvio que pela cara dele, ele mesmo ajudou em algumas coisas, mas isso a gente não conta.

“Ah, fala sério!” eu ouvi o berro de Tanya. “Eu consegui mesmo um B+?” ela estava surpresa.

“Pois é, Srt. Denali, não havia necessidade de roubar a prova, afinal de contas...”

Ela fez um som, chateada, mas nada disse.

Alice já estava sorrindo radiante antes mesmo dele lhe dar a prova. A+. “É muito orgulho...” comentou, trincando a língua em meio aos dentes.

Revirei os olhos.

Jacob recebeu a dele com uma sobrancelha arqueada, assim como Mike que em seguida fez uma careta, provavelmente percebendo que nem assim passaria.

“E aí, Bella?” Quil me cumprimentou.

É, Quil não só ainda era meu colega, como ainda sentava do meu lado. Uma porcaria, né?

“Hei, Quil.” Eu disse, voltando a ignorá-lo.

“Hm...” ele pigarreou. “Não mudou de idéia? Ainda não quer ir ao baile?”

Eu tirei meus olhos da janela e o encarei. “Não.” Deu de ombros. “Com você, pelo menos.” Sussurrei.

“Desculpe?”

“Nada.” Sacudi minha cabeça e o encarei, como quem não diz nada.

Ele enrugou o cenho, franziu os lábios e virou pra frente. “Parece que fez as pazes com o professorzinho...” comentou ele.

“Definitivamente isso não é da sua conta.” Devolvi, na hora.

“Por que está sendo tão rude?” perguntou, chateado, me olhando.

“Sr. Ateara, vá sentar-se lá.” Edward apontou pra uma cadeira do lado de Mike. “Agora.”

“Por quê?” ele perguntou, surpreso.

“Quero a má influencia aí sozinha.” Quil definitivamente se chateou, ele levantou, e se foi, mas me mandou um olhar indignado antes de ir. “Aqui,” Eddie me entregou uma olha com uma durex grossa colada no meio. “Procure não rasgar suas folhas.” Ele piscou.

Eu olhei boquiaberta pra nota.

A+

Não é real!

*

Mancando e bem chateada, marchei até o ginásio nas últimas aulas.

“Bella!” Rosalie exclamou, espantada. “Meu Deus!  O que houve com seu tornozelo?” bom ela não ter visto o dia todo...

Eu suspirei. “Torci descendo a escada. Longa história.”

“Bella!” Alice disse, vindo até nós. Ambas estavam com os uniformes de líderes de torcida e eu estava também, claro, mas não faria movimento algum. Ela me olhou de cima a baixo. “Não vou querer saber, certo?”

Eu concordei. Ela riu.

“Eu fiquei sabendo,” Rose disse, passando as unhas vermelhas contra o uniforme e as encarando depois. “Que James e Edward estão de mal um com outro.” Ele me encarou por cima das unhas. “Por quê?”

“Porque Edward pegou ele comendo Victória no sofá.”

“’Pó pagar!” Rose disse, estendendo a mão pra Alice.

“Droga!” a baixinha resmungou, pondo uma nota de vinte nas mãos da loira.

“Eu vou querer saber?” perguntei, repetindo as palavras da morena.

“Não.” Ela revirou os olhos. “Sabia que Tanya, Kate e Irina vieram falar com a gente?”

Eu ri. “Sério?”

“Sim, e elas estão meio que indignadas com você.” Rose exclamou.

Sacudi a cabeça, mancando pra dentro do ginásio. Tinham muitas garotas lá dentro... Digamos que nosso teste além de ficar famosinho, ainda deixava as lindas participantes liberadas do último período.

Mas isso nem se comparava com a baderna que estava do lado de fora do ginásio; o capo de futebol ao ar livre, pelo dia agradável, estava repleto de aspirantes a atletas. Jacob, como o capitão do time de futebol, também estava tendo problemas.

Os gritos de lá se misturavam com as daqui, as futuras líderes estavam meio neuróticas agora que  eu havia chegado.

Não faço déia do porquê.

“CALAAAAAADAS!” berrei no megafone que Rose me entregou.

Sim, na hora da escolha das novas líderes de torcida eu selecionei apenas Allie e a Loira pra me ajudar. Jéssica e Ângela foram cortadas sem dó.

Silencio.

“Obrigada.” Eu pigarreei. “Bem, como vocês notaram, infelizmente eu torci meu pé.” Disse, indo até as três mesas que estavam no canto do ginásio, próximas a cesta de basquete.  Ali seria o nosso lugar como juizas. “E como sabem também, todas as líderes de torcida, sem exceção, vão sair esse ano.” Eu suspirei. “Então teremos que escolher todo um novo time e uma capitã decente, porque não podemos deixá-las sem nenhum amparo.”

Me sentei na cadeira, seguida por Rose e Alice.

“Então, dêem o melhor de si.” Eu sorri, quase maldosa. “Vai ser necessário.”

Eu não pude deixar de sorri das carinhas de medo.  Tão ingênuas...

(...)

Quarenta e cinco minutos depois, minha cabeça explodia e eu não havia visto nenhuma menina se sobrepor as outras. Todas eram simples demais, paradas demais, chatas demais. Não tinham personalidade!

Eu havia anotado cerca de dez nomes, e riscado mais ou menos duzentos! Ok, é exagero...

“A última concorrente,” graças a Deus... “é a Gabrielli Ambrozio.”

Então, uma ruiva, no sentindo mais literal da palavra, veio até nós. Ela usava uma legging preta e um moleton verde simples.  Ela sorriu.

Foto: http://www.eobx.net/wp-content/uploads/2011/01/Molly-Quinn-Photo-Gallery.jpg

“Pode começar.” Murmurei, meio sem vontade.

Então, começou a tocar Poison, da Nicole e ela sorriu, sacudindo o cabelo.  A coreografia começou calma, seguindo os passo, até ela começar a se mexer de verdade.

Então, um sorriso incrédulo nasceu em meu rosto. Seus movimentos eram sincronizados, ritmados e harmoniosos. Ela impunha segurança, mostrando que sabia o que estava fazendo ali e o que queria.

Pensei em chorar de felicidade percebendo que ali... Ali eu tinha minha capitã!

(...)

“Não! Não! Meu ovo esquerdo que eu vou deixar isso!” Jacob berrava aos quatro ventos, enquanto batia o pé no chão.

Rose e Alice me olharam e, antes deu as impedir, fui arrastada pro bolo de jogadores que se reuniam ali. Quil ficava olhando com as sobrancelhas arqueadas pra um jogador que estava afastado dos demais, parecendo muito calmo.

“Relaxa, cara...” Emmett, que estava com a boca escancarada o tranqüilizou.

“Relaxar é o caralho!” ele disse. “Vocês já notaram o que estão esperando que eu faça? É contra as regras!”

“Não está escrito em lugar algum que não pode...” Seth disse, mordendo o lábio inferior.

“Não vou dar meu lugar pra aquela... Aquela... Aquela coisa!”

“Hei, hei, hei, qual é a da muvuca?” Rose inquiriu.

Eles todos nos olharam. Rose estava com as mãos na cintura, enquanto Allie e eu, de braços cruzados, a seguíamos.

“Viram? Viram?” Jake apontou pra nossa postura mandona. “É isso que vai acontecer! É assim que vai ser!”

“O que vai ser, mané?” Alice perguntou.

“Ofensas, TPM... É isso que vocês querem?” ele perguntou.

Eu agarrei a gola de Jacob na maior cara de pau, e mandei:

“Explique.”

Ele se desvencilhou sem jeito e o jogador, a essas alturas furioso, veio até nós. E quando tirou o capacete eu quase caí pra trás.  Odiei ela. Rose sentiu exatamente o mesmo.

Foto: http://www.best-cine.com/wp-content/uploads/2010/06/cinema-Megan-Fox1.jpg

“Eu quero entrar pro time!” ela disse, sua voz ligeiramente rouca. “E essa coisa aí não quer deixar, mesmo ele vendo que eu jogo melhor do que metade deles, incluindo aquela vareta fina ali que eles chamam de quarterback!”

“Você quer entrar no time?” Alice se horrorizou. “Por quê?”

“Porque eu quero, ora! Não pode? Bando de machistas... Vou te contar, hein?”

Quer saber? Mudei de idéia.

“Isabella Swan.” Me apresentei, lhe estendendo a mão.  

“Natasha Ravenna.” Ela estendeu de volta.

“Por mim você já está dentro,” eu sorri. “Vou fazer um abaixo assinado.”

“Não!” Jake gritou. “Não quero tanto alarde assim...” ele fez uma careta. “Droga.”

“Jake, pensa bem...” Alice entrou na causa. “Você nem vai estar aqui ano que vem.”

“E ela é a melhor saída pra vocês, do FHS, seguirem intactos.” Rose completou.

“Elas tem razão, cara...” Seth sorriu.

Jake fez uma carranca enorme e saiu dali, deixando toda a muvuca pra trás. Toquei o ombro de Nath e sorri:

“Você está dentro.”

Ela sorriu radiante e arrumou uma das mexas morenas que lhe caiam, sedosas, aos olhos.

*

Jogada de pernas pra cima no piso da sala, demorei pra ver minha mãe aparecer vinda da escada.

Ela estava preocupada por causa da minha avó, eu sabia, mas parecia ainda mais preocupada com a minha atual situação.  Eu estava chateada por Edward ter esquecido de pedir desculpas... Quero dizer, não é como se fosse normal ele me xingar, não acreditar em mim e não se desculpar.

Ele era tão orgulhoso as vezes e isso o tornavam milhares de vezes mais imaturo que eu.

E era tão irritante pensar que podíamos estar juntos, já, agora, poderíamos nem ter nos separado.... Se ele acreditasse em mim. Se ele me desse valor. Se ele confiasse em mim... SE ele não me comparasse com a Maggie.

Não era legal o que eu estava fazendo, sabia que falar com ele era a coisa certa a fazer, mas também era partir por cima de meu orgulho e seguir correndo atrás dele.

E estava na hora dele correr atrás de mim. Estava na hora DELE bancar o homem.

“Bella?” minha mãe veio até mim, me olhando de trás do sofá. Era engraçado ver ela por esse ponto, minha pernas estava sobre as almofadas do sofá, meu corpo jogado no tapete macio e meus cabelos espalhados por tudo que era canto. “Você está bem?”

“Aham.” Fui evasiva demais. Droga!

“Conte.” Ela mandou, sentando no sofá.

“AH, mãe... Não quero contar, sério... Não quero mais falar disso.” Desconversei, sentando.

“Bella, é bom você falar com sua mãe...” ela disse, fazendo um bico.

Chata.

“Sim, bom falar com minha mãe, não com minha mãe psicóloga.” Suspirei. “É o Edward.”

Ela sorriu de canto. “Eu sei, ele me ligou três vezes na última hora.” Ela mexeu na ponta de uma mecha sua.  “Não sei o que houve, mas ele parece preocupado.”

Deveria estar mesmo. Revirei os olhos. Eu não acreditava que ele havia ligado três vezes.... E pra minha mãe ainda.

Seu celular tocou. Ela sorriu e me mostrou a tela:

Genro Dos Sonhos ligando

“Há...” eu não pude evitar. “Genro dos sonhos?” perguntei, fazendo aspas no ar.

Ela riu de mim, piscou e atendeu. “Sim?” o falante ideal começou a berrar coisas do outro lado da linha e eu vi meu celular tocando sobre a mesinha de centro. Até achei engraçado, ele estava ligando com o residencial pra mim e com o celular pra minha mãe. “Ah, não atende?” ela me olhou. “Quem sabe se você ligar agora? Ok, beijos.” Ela desligou e me encarou. “Atenda.”

“Não.” Cruzei os braços.

“Atenda!”

Eu só sacudi a cabeça e ela mesma pegou o celular. “Mãe, não!” mas era tarde. Ela atendeu e me passou.

“Bella?”

“Oi, Edward.” Soei desanimada.  Minha mãe revirou os olhos.

“Bella! Por que você não me atendeu?”

“Eu estava...hm... No banho. Que você quer?”

“Sair.” Ele disse, sua voz estava hesitando. “Com você.... Amanhã a tarde.” Pausa. “Depois da aula.”

Da última vez que saí depois da aula com ele, me encrenquei muito.

“Ok.” Ele mordi o lábio inferior, ficando subitamente ansiosa.  “Então... Até lá!”

“Até lá.” Sua voz foi suave como nunca havia sido.

Desliguei o telefone e encarei minha mãe: Por que será que eu estou adorando isso?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, oi! Eu demorei um tempão pra postar, sinto muiito :( É que agora faculdade começou pra valer e eu estou em vendo louca. Essa semana já começam os seminários - o nome assusta, mas nem é tudo isso - e eu estou querendo apresentar o meu direito porque valem muitos pontos.

Não vou esquecer as histórias.

Enfim, comentem muito! Eu sinto falta dos comentários de vocês :( E eu quero mandar beijos tbm pras lindas que recomendaram a fic *--* Bia Myazaki, Rayannereis e CherryBlur. Obrigada mesmo!

Beeijos, pra todas vocês! E não esqueçam de passra lá no blog, eu postei um conto novo na página do PPLiterário!