O Lago dos Cisnes escrita por Vanna_Twilight, Ursinha


Capítulo 12
Cap. 11: Encontro


Notas iniciais do capítulo

E aí, finalmente em meu povo!!! Nosso principe chegou!!!
Ah, e valeu as leitoras novas por acompanharem a fic!!!
Sem mais blá-blá-blá e toda aquela burocracia aditorial de pedir comentarios e recomendações, afinal, dá quem quer, divirtam-se!!!
P.S.: Quem achou q antes tava parecido com o filme Lago dos Cisnes, vai ter toda a razão de falar isso agora!!!



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PDV Edward

Eu estava correndo.

Depois de três dias de depressão, voltei à ativa. Já havia até trazido um cavalo do nosso rancho no Texas para Forks. Eu estava no quintal da casa de campo, colocando-lhe uma cela, pronto para sair, quando uma enorme águia, maior que uma pessoa, sobrevoou a casa.

Hmm, daria uma boa refeição” pensei

Sem hesitar, peguei o arco e a aljava do chão, apontei a flecha para a águia. Estava pronto para atirar quando ela muda de curso e vai em direção a floresta. De um salto, montei no cavalo e fui atrás dela sem olhar para trás.

Depois de algum tempo, perdi a de vista, mas somente por um minuto, ela não me importava mais.

PDV Jane

Excelente. O plano de Aro estava fluindo como o esperado.

Eu já estava trazendo o humano para a floresta, o resto era com meu pai. Mudei de curso mais uma vez e pousei em um canto escondido pela vegetação, esperando o show começar.

PDV Aro

Jane já havia cumprido sua parte. Quando ela se afastou, soube na hora que o humano já estava vindo. Era minha vez de agir. Levantei vôo e fui para o lago, fazer Isabella voar rumo a sua morte.

PDV Bella

Depois de várias prazerosas horas com o corpo humano, todos já éramos animais de novo, mas faltava pouco tempo para sermos gente de novo.

Estava tirando uma pequena soneca na água, mas tinha consciência do pessoal que estava me olhando, mas o que chegou me pegou de surpresa.

Um grande gavião chegou voando pelo oeste. Olhei com desespero na hora em que suas garras no meu corpo. Quando reconheci Aro, tive quase certeza de que ele errara de propósito.

Mesmo assim, resolvi voar para escapar dele e despistá-lo, e dar aos outros uma chance de escapar, caso ele quisesse fazer algo a eles. De repente, me lembrei de que o feitiço de Liza só me protegia de ataques mágicos.

E ele está tentando me matar sem magia!!!

Eu já havia treinado durante o dia, então voei com facilidade, mas ainda estava muito abalada com aquela revelação. Voei rumo à cachoeira que jorrava no lago, mas eu era lenta se comparada a Aro. Ele se interveio na minha frente, com as garras afiadas apontando para meu coração, quase cravando nele, e dei meia volta indo para o lado em que a floresta desbotava mais densamente, mas meu nervosismo não ajudava. Ele se pôs mais uma vez na minha frente, tentando me pegar de jeito novamente, e soltei um grito assustado, indo para o lado em que o lago se tornava rio, tentando escapar dele. Notei que ele, realmente, não estava brincando.

Depois de mais algumas tentativas frustradas de me atacar – talvez frustradas até demais, já que, se ele quisesse, já teria me matado -, ele foi embora. Fiquei tão aliviada que quase desmaiei. Por um momento, quase esqueci que ele tentara me matar.

Quase esqueci que ele era mais forte que eu.

Quase esqueci que ele podia estar tramando algo.

Quase, mas não esqueci.

Mesmo assim, olhei para baixo. Todos haviam se escondido.

Planei mais um pouco, para ter certeza de que Aro se fora, garantindo a segurança.

A deles, mas não a minha.

PDV Aro

Ótimo. Mais perfeito não podia ser!

Eu já estava afastado, observando Isabella voar. Para uma humana, ela não era ruim naquilo.

Fiquei olhando para o humano, e ele estava pronto para matar a garota, com a flecha apontada para ela, que ainda não saíra do ar, quase atirando, mas ele hesitava.

–Vamos lá... Atire! – grunhi

Quando ficou claro que ele não faria isso, me afastei e me preparei para ir até lá.

PDV Edward


Aquilo era bonito demais para ser real. Tinha de ser um sonho.

O cisne com o qual eu sonhara estava voando na minha frente. Tem que ser outro sonho...

Percebi, como num sonho, que eu não era o único que estava olhando para ele. Havia um grupo de animais perto do lago que revezavam a atenção entre o cisne e eu.

Tá bem. Eles revezavam a atenção entre o cisne e a flecha que eu apontava para ele.

Mas uma vez, estava no meu dilema. Decidir se atirava naquele cisne azulado ou se o deixava viver.

Antes que eu tivesse chance de decidir, ele mudou de rota e pousou perto da beira do lago. De algum jeito, reparei que sua expressão era assustada, então abaixei o arco. Mas ele não me olhava Segui seu olhar, direcionado a oeste.

Ele estava com medo do pôr do sol?

Tão depressa que quase não tive certeza, me lembrei mais uma vez das várias noites em que sonhava com ele e me aproximei dele. Antes de atingir dois metros de distancia, ele começou a gritar.

Não era o grito animal que eu esperava. Era um grito humano.

O grito de uma garota.

A garota que sempre me tirava o sono.

O grito da minha garota encantada.

Entrei em pânico. Ela podia estar ferida! A águia que vira antes podia tê-la machucado!

Me aproximei de modo que podia carregá-la se quisesse. Procurei por um ferimento a vista, sem encontrar nada. Me lembrei que, talvez, ela pudesse falar.

–O que eu faço pra essa dor parar? – implorei

Ela me olhou como se dependesse de mim para sobreviver.

–Me ajuda – disse aos sussurros, com lágrimas nos olhos – Por favor, me ajuda!

Ela começou a brilhar, no mesmo tom de azul do qual me lembrava. Mas era mais lindo visto daquele jeito. Teria sido a visão do paraíso, se aquilo não lhe infringisse tanta dor.

Depois de segundos que pareceram rápidos demais para serem realmente segundos, o brilho secou e o cisne desapareceu. Me apavorei.

Um pavor que sumiu na mesma hora em que apareceu, junto a todo o resto do mundo e de minhas preocupações.

Só o que restou no lugar, foi à garota que estava em meus braços.

Seus grandes orbes de chocolate líquido pareciam aparentar surpresa ao me verem. Acompanhei o desenho de seu rosto, que tinha formato de coração. Seus cabelos cacheados também eram cor de chocolate, e faziam um contorno no rosto que dava um contraste perfeito a sua pele pálida e chegavam até a metade de suas costas, onde eram ainda mais claros com as raízes meio arruivadas devido ao pouco sol de que dispúnhamos.

Seu rosto era tão pálido que era quase possível ver sua pulsação, mas era claro o suficiente para notar que ela corou quando percebeu que eu a analisava. Seus lábios rosados estavam entreabertos, revelando parte de uma fileira de dentes perfeitamente brancos e direitos. Reparei que ela analisava meu rosto e sorri.

PDV Bella

Aquele era o homem mais lindo que eu já vira. Lindo demais pra ser real.

Meus olhos acompanharam suas feições pálidas: o quadrado do queixo, a curva suave dos lábios cheios – agora retorcidos num sorriso - a linha reta do nariz, o ângulo agudo das maçãs do rosto, o mármore macio da testa – parcialmente oculta por uma mecha de cabelo bronze, escuro com o suor – para o qual nem liguei-...

Deixei os olhos para o final. Eles eram grandes, calorosos como de esmeralda líquida, e emoldurados por uma franja grossa de cílios escuros. Olhar em seus olhos fez com que eu me sentisse extraordinária – como se meus ossos tivessem virado esponja. Eu também fiquei meio tonta, mas isso deve ser porque esqueci de respirar.

Mas por quê?

–Quem e você? – perguntou

–Como chegou aqui? – indaguei

–Eu perguntei primeiro – disse e sorriu como se fôssemos velhos amigos. Estranho era como eu sentia que o conhecesse desde sempre...

–Tudo bem – mordi o lábio. Apesar daquela sensação, me perguntei se devesse dizer a ele – Eu sou Bella

–Sem sombra de dúvidas – ele tava babando?

–Não, não, não é isso... – corei – Não foi um alto elogio. Meu nome de verdade é Isabella, mas me chame só de Bella

–Ah... – ele parecia sem graça

–E você?

–Meu nome ou a pergunta anterior? – um meio sorriso de tirar o fôlego faiscou em seu rosto. Mas uma vez, esqueci como se respira

–As duas coisas – disse por fim

–Bem eu sou Edward Cullen, e eu...

–Cullen? – o cortei – Você estava na minha festa de aniversario semana passada, não estava?

–Sim. Mas estou envolvido a muito mais tempo do que isso.

–Envolvido? – precisei de duas tentativas para pronunciar a palavra.

–Acho que tenho muito mais a contar, certo?

–Eu também tenho – dei de ombros

–Tudo bem – ele parecia pensar – Eu sonhei com você no começo da semana anterior

–E eu não sei o que fazer agora – terminei

–Não há nada que possa fazer para essa dor... Parar? – seu rosto era de quem sofria. Ao que reparei, ele parecia sentir a minha dor.

Eu havia pulado a parte do colar. Não havia contado sobre ele de propósito, mas o por que... Não faço idéia. Acho que porque não era muito segura pra ele. A prova disso?

O fato de eu virar um cisne todo dia por causa dele.

Mas eu não tinha como me esquivar disso. Como foi que ele disse? Eu já estava envolvida.

Não poderia lhe negar nada agora.

–Ao que sabemos... Há um jeito. Havia um colar de... Diamante... – eu não conseguia pronunciar a palavra sem gaguejar – que veio sendo transmitido através das gerações pela minha família desde a idade média, feito pela Liza e pelas crianças, que protegia minha família contra os feitiços das bruxas que meus ancestrais caçavam. Descobrimos que ele pode anular a dor que sentimos nas transformações, mas acontece que eu o perdi – ri sem emoção e corei.

–Como era esse colar? – perguntou em tom de esperança

–Não me lembro muito bem... – forcei minha memória a lembrar – O cordão era azul claro... Tipo céu de primavera. O fecho era de prata e havia um diamante em formato de coração incrustado no meio. Mas por que a pergunta? – sorri desdenhosa pra ele.

Ele também sorriu pra mim, e levou a mão até o bolso de trás da calça. Só nesse momento reparei que ainda estava sentada do lado dele, mas não me afastei. A sensação era... tão boa...

Quando trouxe a mão de volta para frente, esta estava fechada em punho e virada para cima. Dava para notar que havia algo na palma. Edward a abriu lentamente, revelando o que estava escondido na palma de sua mão. Quando ela ficou ereta, vi o que continha e levei a mão ao rosto de espanto.

–Onde você...?- estava sem fala

–Aqui na clareira, na semana passada, quando estava caçando com meu pai e meu irmão. Eu ouvi você cantando e vim procurá-la, mas você tinha fugido com o barulho de um tiro, acho... Estou certo? – assenti, envergonhada e com um sorriso amarelo que não passou despercebido por ele – Bom, quando cheguei só o que achei foi isso.

Ele ficou de pé e me ajudou a levantar. Fiquei de costas para ele e trouxe meu cabelo para frente. Edward passou as mãos pelo meu pescoço e pude sentir a maciez delas, enquanto roçavam em minha pele, colocando lá o colar, de onde ele nunca devia ter saído.

Enquanto o diamante pendia em meu pescoço, soltei meu cabelo e me virei para fitar Edward.

Quando olhei em seus olhos, comecei a perder o fio do pensamento. Ele pareceu estar na mesma situação. Sem perceber o que estava fazendo, mas hipnotizada demais por aqueles olhos verdes para tentar resistir ou mudar de idéia, comecei a me aproximar. Nossas bocas estavam tão perto que eu podia sentir o cheiro de seu hálito, quente e fresco como uma brisa no verão.

Então, era isso. Eu estava apaixonada por um desconhecido?

Apaixonada por Edward Cullen?

Fechei os olhos sem pensar na resposta, incoerentemente, e me aproximei mais. Já podia sentir o gosto de seus lábios. Assim que minha boca começou a roçar na sua...

–Poxa, mas que sena tocante... – nos separamos rapidamente e olhamos para o lado do qual a voz vinha, oposta ao lago, e vimos um enorme gavião pousando. Ele brilhou em uma luz incrivelmente negra e vermelha (cor de sangue, só pra lembrar), e deixou em seu lugar um cara de cabelos pretos. Embora não fosse mais um gavião, ainda tinha olhar de rapina. Aro

Outra vez, caramba?! Tá ficando até chato falar o nome dele!

–Vejo que meu plano não deu muito certo... – lamentou-se

Edward e eu nos entreolhamos sem entender.

–Só uma flecha humana – explicou ele – era necessária

Choque

–Você queria que eu a matasse! – acusou Edward gritando

–Você é um caçador, não? Por que mais eu te traria pra cá? – ele andou um pouco, com uma expressão pensativa - Agora, claro, você é inútil. Você é tão inútil quanto... – uma luz faiscou em seu olhar - Um porco.

O colar dele brilhou

–Não! – gritei

Tudo aconteceu muito depressa.

Corri para frente de Edward, levantando o pulso com a pulseira na nossa frente como um escudo. As sombras e os corvos saltaram do ônix de Aro com tamanha ferocidade que quase não consegui distinguir as formas, e temi não ser forte o suficiente para nos proteger

Antes que elas nos atingissem, minha pulseira começou a brilhar assim como meu colar, e vi um escudo se formar a partir das luzes de ambos, cada uma de uma cor, e se postar na nossa frente corajosamente, impedindo que Aro nos atingisse. Mas não era a minha proteção que me importava de verdade, e sim a dele.

Os olhos de Aro brilharam em um vermelho vivo intenso, que me fez lembrar uma ferida aberta, tamanho era seu ódio, e seu ataque ficou mais intenso. Quase em sincronia, o escudo também ganhou mais força, continuando a nos proteger.

Quando ficou claro que não nos atingiria, ele parou de nos atacar e ficou pensativo. O escudo também sumiu. Continuei na frente de Edward por precaução e o olhei uma vez. Ele estava pasmo.

–Não pode protegê-lo para sempre – ele ameaçou – Me de a pulseira e o colar que eu o deixo em paz

Olhei rapidamente para Edward, e o vi tirar com pressa uma flecha da aljava, colocá-la no arco e atirá-la em Aro, que nem se preocupou em ser atingido. Apenas levantou a mão com a palma virada para nós de frente a flecha, que se desmaterializou meio segundo antes de atingi-lo, virando cinzas.

Fiquei perplexa.

–Você não faz idéia de com quem está se metendo – vociferou

Assim que seu colar brilhou, quase nos atacando, fiquei em posição de defesa

–Papaaaaaaai! – ouvimos um grito suplicante vindo da floresta

Olhamos para lá, mas ninguém se deixou abalar. Ele se postou para atacar novamente

–Papai! – esse veio com mais raiva

Aro rangeu os dentes, rosnou alguma coisa e saiu em direção ao bosque.

Edward me olhou como quem pergunta o que aconteceu.

Sorri para ele.

Eu devia uma a Bree

PDV Bree

Eu posso ter mais de quatrocentos anos, mas nunca vi uma cena melhor do que essa!

Flash Back On

Fred e eu estávamos caminhando juntos na forma humana, esperando Bella terminar a conversa com aquele humano, quando chegamos a uma borda do lago mais remota e escondida pela vegetação.

Decidimos brincar um pouco com a água e nos aproximando, mas reparamos que tínhamos uma indesejável visita na floresta.

Tinha uma garota meio baixinha de cabelos loiros se olhando na água. Era Jane, a filha de Aro. Ela parecia estar escolhendo jóias pra usar, só que sem as jóias.

–Está vendo o mesmo que eu? – perguntei a Fred

–Uma oportunidade? – perguntou malicioso

–Isso mesmo – retruquei o olhar – Eu só preciso achar alguns amigos

Me afastei um poço e chamei uma galera que conhecera a algum tempo

–E então? Vocês topam? –perguntei depois de explicar a situação. Eles assentiram e lhes mostrei onde estava Jane.

Eles se aproximaram sem fazer barulho, e quando Jane finalmente os notou...

Já era fedo pra todo lado!

–Socorro! – ela gritou

Flash Back Off

Fred e eu não parávamos de rir, enquanto meus amigos gambás bombardeavam aquele cheiro em Jane e ela gritava chamando Aro.

–Ah! – ela já estava cheirando pior do que esgoto de metrópole, seja lá o que isso for – Vai ser o fim de vocês todos! – apontou para cada um de nós com ferocidade – Papaaai! – suplicou

–Caprichem, viu? – estimulei

Sorte nossa que Jane sabe magia, mas não sabe como aplicá-la! Pensei

Estávamos tão embriagados que nem nos lembrávamos o porquê de estarmos fazendo aquilo até que Aro apareceu literalmente voando e tivemos de nos esconder, mas ficamos em uma posição em que podíamos ver e ouvir tudo.

–Jane... rá-rá-rá! – ele tava rindo dela?!

–Esse é o pior dia de toda a minha vida! – ela reclamou e bufou – Eu quero ir pra casa – e gritou um - Agora!

–Fique calma, você só precisa de um banho com... – o fedo o atingiu e ele não conseguiu respirar – Vinagre... E suco de tomate

Tossiu mais algumas vezes e se transformou. Pelo menos ela não virou águia junto, senão a floresta toda ia feder!

–Sou o que? Uma salada?! – indagou, enquanto levantava os braços para Aro pegá-los e soltou um berro enorme quando ele o fez.

Ele tossiu um pouco mais.

–Um banho bem demorado – e se afastou

Olhei para Fred com a maior cara de tacho, e ele me olhou do mesmo jeito. Caímos na gargalhada de um jeito que pareceu combinado.

–Vamos contar aos outros? – sugeri

–E você ainda pergunta? – retrucou, e corremos juntos até a cachoeira.


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Notas finais do capítulo

Talvez eu passe um tempo sem postar com a volta as aulas, mas vou fazer o possível pra postar mais logo!!!Quem tem sugestões, por favor, eu to precisando!!!