Apocalipse escrita por Razi


Capítulo 22
Informação


Notas iniciais do capítulo

Sei que tô devendo sobre mais informações do Apocalipse, ou alguma coisa relacionada, mais enfim trago o cap. que mais amei escrever, digitar no caso.



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-Onde estamos indo? – pergunta Ivor enquanto caminhavam por um corredor dentro do Vaticano

-Já ouviu falar dos Arquivos Secretos do Vaticano? – indaga Alden ao seu lado

-O que iremos fazer lá? – pergunta o demônio apressando o passo

-Tem uma coisa que quero lá e além do que vocês precisam conhecer outros parâmetros de sua vida – respondeu Victorine que ia mais à frente os guiando.

-Isso tem haver com a caça as bruxas, Victorine? – indaga Ethel ficando ao seu lado

-Estaria mentindo se dissesse que não – diz ela seria – Mais não é só isso que me preocupo no momento.

-O que mais? – pergunta o deus curioso

-Alden poderia me esclarecer uma duvida? – indaga ela voltando seu olhar para ele ignorando a pergunta de Ethel.

O anjo faz que sim com a cabeça, fazendo com que ela prossegui-se.

-Quantos são os anjos caídos? – pergunta ela não diminuindo o passo.

-Noves – respondi ele.

-Com que causas caíram? – pergunta ela com uma expressão pensativa cravada em seu rosto.

-Três foram expulsos por grandes ambições, dois por amar...

-Um segundo – o interrompi Ethel – Dois anjos foram expulsos por amar? É isso que você disse?

-Sim – confirma Alden fechando os olhos por um segundo.

-Não acredito que fizeram uma coisa dessas – diz Ethel com um sorriso incrédulo

-Anjos – conclui Ivor dando de ombros

-E os demais, Alden? – indaga Victorine não dando atenção á pequena pausa feita por eles

-Um por ter ajudado Lúcifer á conseguir poder...

-Azazel – ela o corta – E o ultimo?

-Não sei direito, mais ao que dizem foi expulso por ter ajudado Lúcifer no inicio da revolta – respondi ele a olhando curioso.

Ela mordi o lábio inferior não deixando a expressão pensativa.

-O que nos deixa de novo sobre Lúcifer – refleti a bruxa voltando seu olhar para eles – O que sabem sobre ele?

-Não me diga que não sabe nada dele? – indaga Ivor com espanto

-Não sou de perder meu tempo procurando sobre um anjo caído – replica ela amarga – Alguém sabe?

-Metade da população – satiriza Ethel recebendo um olhar reprovativo dela – Bem, Lúcifer é digamos o anjo caído da ordem dos...

-Querubins – complementa Alden ajudando o deus que gesticula para que ele continuasse – Ao que esta descrito no texto do livro de Ezequiel.

-Posso considerar isso uma verdade? – indaga a bruxa que para em frente á uma longa porta de ferro guardada por um membro da guarda suíça.

Ela sussurra algo que eles não entendem e logo depois o guarda adormece e a porta se abriu revelando seu interior.

Ivor volta-se para trás ouvindo as vozes das pessoas que encontravam-se na praça de São Pedro orando junto aos membros da Igreja Católica. Ele deixa um sorriso escapar antes de entrar na sala também.

Aquela união e reza não levaria a nada.

Os demais seguiam pela sala passando pelas colunas e cúpulas que guardavam inúmeros documentos sobre os mais variados assuntos desde a sua criação. O ar ali era rarefeito e a luz mínima para não prejudicar o estado dos documentos mais antigos.

-Você nasceu dessa religião deveria saber se podemos considerar isso uma verdade – recrimina Victorine – Se bem que nenhuma religião deveria ser levada em conta nesse fato já que uma copia a outra.

-O que está dizendo? – pergunta Ivor se aproximando deles

-Quero dizer que nenhuma religião é made in Japan, todas são made in Paraguai – respondeu ela correndo os olhos pelas placas que haviam sobre cada entrada das cúpulas fechadas tendo apenas uma entrada e saída.

-Está dizendo que Deus não é real? – indaga Alden incrédulo

-O pai? – indaga ela voltando-se para ele – Da forma que os cristãos os vêem, não? Procure na sua mente de onde já viu a imagem que vocês tem dele.

-Zeus – conclui ele ficando perplexo

A bruxa deixa um sorriso escapar.

-Correto – confirma ela – Nenhuma religião é original em nada.

-Quer dizer que o Papai Noel também é Deus? – pergunta Ethel após pensar na hipótese – Quer dizer na imagem.

-Claro, depois de casado e aposentado – satiriza ela retornando-se para uma cúpula.

-Caça as bruxas? – indaga Ethel vendo a placa em cima da entrada – Inquisição. Idade Média. O que quer aqui?

-Tem uma coisa que quero de volta – respondi ela murmurando alguma coisa que faz com que a porta seja destravada.

-Constantino não escreveu a Bíblia? – indaga Ethel entrando logo depois dela – Então ela deveria ser original.

-Constantino reescreveu a Bíblia – o corrige Ivor entrando acompanhado de Alden – Colocando algumas coisas que ele mesmo queria, separou o que poderia ser publicado e o que não deveria.

-Em outras palavras – diz Victorine ainda correndo os olhos sobre os documentos – Ele editou a Bíblia, evangelhos mais antigos e que poderiam influenciar as pessoas foram banidos. Isso sem falar que pretendiam fazer de Jesus Cristo um ser divino, acima dos homens comuns.

-E isso não é verdade? – indaga Ethel cruzando os braços

-Pensei que vivesse desde dos primórdios da vida humana – comenta Alden o olhando

-Sou mais novo do que pensa – diz ele – Não me deparei com esse tal de Jesus Cristo desde que me lembro, mas ao que vejo ele é tratado como divino.

-Ele apenas foi um cara que fez coisas avançadas para sua época – diz Victorine – Não havia nada nele de divino, só que a igreja achou por melhor tratá-lo assim, para que não houvesse mais confusões.

-Isso não é o vejo – discorda o deus

-O tempo que a Igreja está de pé e difundiu suas próprias verdades e a religião é grande demais e complexo para se perturbar – diz Ivor – Além do que só acho irônico que um pagão tenha feito a Bíblia da maneira que os humanos vêem hoje.

-Constantino era católico – corrige Ethel

-Nunca – discorda Victorine – Ele foi pagão a vida inteira, adorava o deus sol, não vê que as datas são diferentes das originais em alguns marcos da vida Bíblica? Jesus nasceu em março, dia 15, mas é comemorado seu nascimento dia 25 de dezembro, sabe por qual razão?

-Por conta do deus Sol? – chuta ele hesitante

-Correto – vibra a bruxa com um sorriso – Constantino só se converteu ao Cristianismo-catolicismo quando faltavam segundos para morrer. Você deveria ganhar o Premio Nobel por seus conhecimentos.

-Rá – ironiza o deus – Não entendo das coisas que ocorreram antes. Lúcifer por exemplo sei muito pouco do anjinho rebelde.

-Que agora recebe a alcunha de Diabo – complementa Alden.

-O que é uma ofensa á ele – replica Ivor – O anjo que sequer fez nada de diferente é apunhalado sempre.

-Você é suspeito á falar alguma coisa dele, Ivor – intrometeu-se Victorine – Já que o serve.

-Com orgulho – replicou ele – O anjo mais forte e belo que sequer tem comparação com qualquer outro, seja Querubim ou não.

-Não posso discordar disso já que eu nunca o vi – diz Victorine dando de ombros – Mais se era tão forte como é que perdeu para o Arcanjo Miguel?

-Ele o pegou com a guarda baixa – explica-se o demônio

-Aham – diz Alden – Lúcifer cometeu o pecado do orgulho. Não queria servir aos humanos, pois se achava superior.

-Daí ele dançou bonito no céu – conclui Ethel

Victorine apenas assentiu com a cabeça enquanto seu olhar recaiu sobre o que procurava.

Seu livro que haviam lhe tomado na época em que fora presa acusada de bruxaria.

-O que é esse livro? – pergunta Ivor curioso

Ela passa seus dedos sobre a capa de alto relevo que detinha uma longa arvore velha e estava lacrado por uma estranha fechadura que só ela poderia abrir. Estava mergulhada em nostalgia e lembranças dos tempos antigos, antes do século XV, tempo que começou a caça as bruxas sendo uma das primeiras a ir para fogueira.

Senti seus olhos ficarem úmidos mediantes à volta das lembranças, um puxão forte faz ela ir de encontro ao peitoral de Ethel que beija o alto de sua cabeça afagando suas costas.

A bruxa fica surpresa com um gesto por um segundo, depois respira fundo deixando-se ficar ali por um tempo.

-Obrigada, Ethel – agradeci ela se afastando dele – Mais agora temos uma coisa prioritária a fazer.

O trio de rapazes a olha curioso ao tempo que ela guarda o livro dentro duma bolsa velha que encontrara sobre a mesa de observação na cúpula.

Ela ergue seu olhar para eles.

-Temos uma cidade para destruir – decreta a bruxa com prazer na voz.


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Notas finais do capítulo

Muita coisa não é?
Preciso ressaltar que algumas informações são fatos e outras que preferi acrescentar.
Constantino se converteu sim ao catolicismo, mas não tinha se batizado até o dia de sua morte, dai resolvi inverter as coisas, apesar de metade da população deve saber que ele mantinha-se pagão.
Já com Jesus Cristo, resolvi inovar um pouquinho, mas sobre Lucifer resolvi manter tudo correto tal como as caças as bruxas.
Sobre mais explicações sobre esse ultimo item dou no proximo cap. que inicia a reta final.
Assim até sexta, pessoal.
o/



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