Apocalipse escrita por Razi


Capítulo 2
Anjos


Notas iniciais do capítulo

Yo.
o/
Um aviso daqui pra frente leiam as notas finais, pois se tornarão explicativas.
Assim sendo vamos ao cap. de hoje.



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Abel olha para a avenida que havia abaixo de si com tal opacidade que lhe conferia certa sobriedade.

Encontra-se no topo de uma torre que simplesmente ficava no centro da cidade.

Suspira enquanto vê o mar caótico que se denomina transito ser mais uma vez o mesmo de sempre.

Tudo é tão mundano.                                        

As pessoas não vão mais as igrejas muito menos se dão ao luxo de pedirem suas ajudas.

Abel novamente suspira enquanto deixa suas asas brancas amostra.

Quem iria vê-las?

Os humanos?

Jamais.

Já não tinham mais tempo para olharem pra cima e verem um homem de cabelo prateado com asas abertas.

-O homem que chora – diz Anke se aproximando dele – Abel.

Ele volta seu olhar para Anke e faz um cumprimento com a cabeça.

Que sequer deveria fazer para alguém como o mensageiro que é Anke.

Anke fica então ao seu lado.

O vento bate em seu rosto deixando o frescor inundar seu corpo.

-O que viestes fazer aqui? – pergunta Abel fazendo suas asas farfalharem

Anke faz um beicinho e logo depois volta á olhar o céu alaranjado da tarde.

-Sabe muito bem que seu Pai está de novo por aqui – respondi ele pondo as mãos nos bolsos da frente de sua calça – Assim sendo ele quer rever alguns de seus prediletos.

-Ele não possui prediletos – retorqui Abel fechando os olhos por um instante.

Anke sorri com escárnio.

-De onde tirou a idéia que não tem? – pergunta ele retórico – Existem tantos que ele detesta, tantos que fazem tê-lo vontade de vomitar.

-Refere-se aos humanos? – indaga Abel tentando manter-se indiferente.

-É o melhor exemplo que pode ter – diz Anke dando de ombros

-Incrível como você pode ser tão cruel – queixa-se Abel balançando a cabeça pesaroso.

-Cruel? – sibila Anke com escárnio – Não tenho este tipo de comportamento, meu caro. Trata-se de pura ilusão sua.

Abel suspira e dá de ombros quando ouvi um agudo grito de alguém vindo do leste.

Anke assobia ao seu lado.

-Mais uma morte para gorda conta de uma galera – comenta ele com um rápido sorriso

Abel o olha reprovativo, só que Anke finge não notar.

-Vai lá – insinua ele – Talvez consiga dar um jeito.

Abel farfalha suas asas e prepara-se para tomar vôo.

-Uma coisa antes de ir – diz Anke o impedindo – West Flowers, três noites.

Abel assenti com a cabeça e logo depois deixa-se cair da torre, bate suas asas tomando o rumo de onde viera o grito.

Anke o vê se afastando enquanto acende seu cigarro.

Logo depois se vira para descer da torre.

Ainda tinha gente para ser avisada.

 

                                        >>>>>>>>>>>>

 

Alden adentra a capela fazendo o sinal da cruz em seu corpo.

A arquitetura gótica do lugar lhe remetia os tempos idos da Idade Média.

Seu pensamento vagueia por um tempo por entre os detalhes do teto, mas logo retorna para o altar onde um órgão jazia silencioso.

Ele então volta seu olhar para as poucas pessoas que se mantinham entre as fileiras cabisbaixas rezando baixinho.

-Ca unul care traieste de vise, corecta?  (Aquele que vive de sonhos, correto?) – indaga Anke ficando ao seu lado.

-Nu a avut aici pentru a ridica in picioare, Anke. (Não devia por os pés aqui, Anke) – diz Alden numa voz sussurrada.

-Pentru care motiv? (Por qual motivo?) – pergunta ele surpreso o olhando.

-Si mesagerul din specia nu trebuie as intre in sigur Sfintul fatoma (O mensageiro das espécies jamais deve entrar em solo divino) – respondi Alden sussurrando mais com uma solenidade que chega a arrepiar Anke.

Anke sorri com escárnio recebendo em seguida um olhar nada agradável de Alden.

-Acest lucru nu s-a intimplat mai mult acum. (Isso não acontece mais agora) – discorda ele – Occidentul flori, doua nopti. Nu ati inteles? (West Flowers, duas noites. Entendeu?).

Alden nada diz, apenas assenti com a cabeça.

Anke põe a mão em seu ombro, depois sai da capela deixando-o pensando no convite que sabia muito bem quem o fizera.

O homem que criara todo o planeta o chamava junto com outras inúmeras pessoas para o local onde todos os seres independente da raça encontravam-se para uma decisão.

Decisão essa que receava saber.                                                   

Alden ergue seus olhos para os poucos humanos que ainda residiam na capela, suspira saindo logo sem seguida.

 

“Ninguém consegue fugir do que vai acontecer” {Cícero, De Natura Deorum, 3.6}

 

 


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Notas finais do capítulo

Os anjos agradaram?
Achei o cap. legal na medida do possivel.
Primeiro = A lingua falada entre Alden e Anke trata-se de romeno.
Segundo = Meu niver é na segunda e como presente posto dois cap. da historia que trarão as duplas de elfos e deuses.
Enfim espero algum review e até a proxima.
o/



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