O homem pálido, de rosto oval e olhos simplesmente cálidos estava defronte á sua máquina de escrever.

Fora um presente do seu avô, que tinha morrido brutalmente na guerra anos atrás.

O monstro, um apelido amorosamente dado por seu pai, estava digitando as novas linhas de seu novo poema.

Preferia as maquinas antigas ao invés dos novos computadores.

Não para tudo também.

Há certo tipo de trabalho que ele prefere fazer com a ajuda de computadores, e há outro que ele prefere manualmente.

E esse essa seu favorito.

- Matar – esbravejou ele acabando o seu poema e passando a mão pelos longos cabelos negros.

Deu um sorriso de canto de boca, e suspirou lentamente longe do papel.

 Eu não posso deixar digitais, pensou ele.

Foi até sua pequena mesa “mágica” e pegou um par de luvas novas com a ajuda de uma pinça.

Colocou as lentamente para que o látex não rasgasse.

Preciso tomar muito cuidado, afinal à situação é muito importante. Não posso decepcioná-los.

O mostro deu uma olhada para seu quarto de “diversões”, como gostava de chamar.

O quarto era o maior da casa e talvez o mais que tinha objetos. Desde máquinas á brinquedos.

Tudo era organizado por tamanho e por tipo, nas grandes prateleiras cinza do lugar.

A maior parede do recinto, era coberta por monitores e máquinas de escrever de vários tamanhos e tipos, e recortes de jornais, alguns já meio amarelados.

O homem que aparentava ter uns 30 anos se sentou na cadeira onde se encontrava a máquina, e cuidadosamente pegou o papel que acabara de digitar.

Dobrou cuidadosamente e colocou dentro de um envelope pardo de tamanho médio.

Pegou a caneta tinteiro comprada em um leilão, escreveu o endereço e logo depois escreveu:

“Para meus grandes amigos CSI’s”

- Pronto. Agora tudo ocorrerá do meu modo. – falou ele se espreguiçado da cadeira.

Ele se levantou e foi cuidadosamente em direção ao espelho que se encontrava num canto escuro do local.

Ele suspirou e logo depois cantarolando começou a tiras suas roupas, uma calça moletom escura e uma blusa velha cinza, e depois de feito ficou olhando para seu corpo nu.

Apesar de algumas cicatrizes no tórax seu corpo era vistoso e saudável.

Muitas mulheres cobiçam aquele pedaço de carne.

Ele sorriu lembrando da mulher que havia asassinado na noite anterior.

Ela era tão bela, mais tão pecadora...

Ele tirou os pensamentos da cabeça para não acabar em êxtase.

Eu sou perfeito. E depois desses meus feitos eu serei a obra-prima do superior.

E assim ficou o monstro, parado olhando para si mesmo pensando talvez no próximo assassinato que iria cometer.