Dark Rose escrita por TayCristie


Capítulo 1
POR QUE EU TENHO PESADELOS?


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capítulo.. Espero que gostem...
Espero que a fic seja bem recebida e tenha muitos leitores...
Bjukas!!
*--*



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  Eu andava tendo uns sonhos esquisitos. Eu andava, andava... e sempre sentia que estava sendo seguida. Mas sempre que olhava para trás e para os lados, não via nada. Apenas a rua deserta. Aquilo estava começando a me assustar. Mas eu não ia me deixar abalar por sonhos. Afinal, eles não podem sair da minha cabeça.

  Precisava contar isso para alguém. Mas para quem? Minha amiga Drew, que me largou e agora só anda com as populares? Minha mãe que eu só vejo no café-da-manhã e no jantar? Não mesmo. Acho que não posso confiar mais nem na minha própria sombra.

  Hoje não foi diferente de um dia qualquer. Depois do jantar fui direto para o quarto. Com o sono que eu estava, aqueles travesseiros estavam muito chamativos. Parecia que diziam meu nome.

 

"Venha, Corine. Venha! Venha para nós."

 

  Apaguei a luz, e deixei apenas a do meu abajur acesa. Me deitei. Ah, como é bom deitar quando você realmente está cansada. Não demorei muito a desligar a luz do abajur também.

  Só foi eu pegar no sono para os sonhos começarem. Mas esse sonho era bom. Eu estava com meu pai em um lago. Cantávamos uma canção feliz e gargalhávamos. Eu costumava fazer aquilo com ele mesmo. Mas isso foi antes. Antes dele morrer. Eu não queria que ele tivesse. Meu pai, sim, tinha tempo pra mim. Ele me entendia. E mesmo que fosse só isso, mesmo ele estando morto, eu resolvi contar.

  Estou tendo uns sonhos estranhos, eu disse.

  Que tipo de sonhos, querida?, ele quis saber.

  Eu hesitei um pouco.

  Sempre estou em uma rua escura e sinto alguém me seguindo, eu disse. Seus olhos se estreitaram.

  Sendo seguida?, disse ele, a voz meio preocupada.

  Eu assenti, e ele ficou pensativo.

  Está chegando, murmurou ele.

  O quê está chegando?, perguntei. Meu pai não respondeu.

  Nossa alegria de antes se dissipou.

  Olhe lá, Corine, disse ele, apontando para o meio do lago. Eu não olhei.

  Pai, me responda. O quê está chegando?, eu estava ficando nervosa. Quando meu pai me escondia alguma coisa, é porque era sério.

  Papai me olhou fixamente.

  Só me prometa que aceitará, Corine, disse ele.

  O que tenho que aceitar?, perguntei. Aquelas mensagens indiretas estavam me deixando louca.

  Me prometa, insistiu ele. Eu olhei em seus olhos verdes, como os meus. Estavam apavorados.

  Eu... Prometo, consegui dizer.

  Quando ele lhe oferecer, a pegue. Não jogue fora. Eu não queria que você se metesse nisso, mas não há escolha, disse ele. Estava falando como se soubesse o que iria acontecer.

  Num repente ele pegou minha mão.

  Dará tudo certo, Corine, disse ele, Não tenha medo, embora haja situações em que não haverá como não ter, mas... Eu estarei com você. Eu não estou realmente...

  O sonho mudou. Foi como estar dentro de um enormo buraco negro. As plantas, o lago, meu pai. Tudo foi sugado e tomado por escuridão.

  Eu estava paradam, de olhos fechados. Me sentia molhada. Não precisava abrir os olhos para saber que estava chovendo. Sentia os grossos pingos baterem em minha cabeça. Abri os olhos. Não havia o sol do outro sonho. Estava tudo escuro. A noite era iluminada apenas pela luz da lua.

  Olhei para os lados. A rua, em que eu estava parada bem no meio, estava deserta. Olhei para as minhas roupas, e percebi que elas haviam mudado. Não era mais o vestido floral do outro sonho. Era calça jeans preta, jaqueta de couro preta, e uma bota, que mais parecia um cutuno. Eu estava completamente encharcada.

  Corri na direção de um beco. Comc certeza não haveria nenhum telhado, mas eu poderia ficar embaixo da escada de incêndio das casas. Quando parei de correr, a sensação de estar sendo seguida voltou.

  Ouvi um barulho e pulei de susto. Mas era só um gato saindo de uma das latas de lixo. A chuva parou e eu suspirei. Ufa!

  Saí de debaixo da escada, e observei algumas pichações no muto. Estavam escrito coisas como Só um Apocalipse pra colocar adrenalina na Terra, e Quando morrermos, não sobrará nada além de uma caveira. Eu ri quando li essa última. Esses caras eram malucos, mas não deixavam de ter razão.

  Já estava me virando, para ir andar por aí, esperando eu acordar, quando ouvi outro barulho. Esse era mais silencioso, mas mesmo assim me assustou. Olhei em volta. Nada. Já ia dar um passo, quando na entrada do beco, surgiu uma silhueta que seria de assustar até o Freddy Krueger (eu acho).

  Era um homem. Poderia ser uma mulher. Não dava para saber, pois usava um capuz que cobria todo o rosto. O capuz favia parte de uma longa capa preta. Era bem assustador.

  A pessoa começou a andar em minha diração. A cada passo que dava, eu recuava um. Não demoraria muito até eu ficar encurralada. Eu tremia, e embora estivesse encharcada pela chuva, podia sentir que estava suando um pouco.

  A coisa estendeu a mão, e eu reprimi um grito. Em um piscar de olhos, aquilo já estava cara a cara comigo. Na verdade, era cara e capuz. Prendio ar. Tentei recuar um pouco, mas parecia que aquilo estava preso à mim, pois a distância entre nós ficou intacta.

  Finalmente a coisa me deixou me afastar um pouco. Eu ia dar um berro, quando ela começou a falar.

  Finalmente posso falar com você, disse, e percebi que era homem. Sua voz era bonita. Meio rouca e suave.

  O-o quê você quer?, gaguejei.

  Lhe entregar uma coisa, disse, e eu me arrepiei. Será que era sobre isso que papai estava falando?

  Em sua mão, se materializou uma coisa que eu não consegui ver o que era de imediato.

  Ele levantou a mão, segurando pelo caule, onde não havia espinhos. Era inacreditável.

  Me afastei mais um pouco. Não queria ficar perto daquela coisa. Nem do homem de capuz. Ele me assustava.

  Aquilo era uma rosa. Mas não era uma rosa comum. Era uma rosa negra. Só de olhar para ela eu sentia vontade de sair correndo.

  Ele esticou a mão, me oferecendo a rosa. Não peguei.

  Pegue, gritou ele. Eu pulei de susto. Agora estava tremendo de medo.

  Não, gritei em resposta.

  Do mesmo jeito em que aparecera, a rosa sumiu de sua mão, e então retornou novamente.

  Não posso ficar com ela por muito tempo, disse ele, Ela só pode permanecer com seu verdadeiro dono. E a dona desta é você, Corine Bandlech.

  Eu arregalei os olhos. Como ele sabia meu nome?

  "Só me prometa que aceitará, Corine." A frase que meu pai disse no outro sonho ecoou em minha cabeça.

  Não sei o que deu em mim, só sei que, com um pouco de dificuldade e tremendo toda, estiquei a mão.

  Ele me entregou a rosa negra, e quando pisquei os olhos, ele desapareceu.

  Fiquei lá parada, com a rosa na mão. Olhei para ela. Era linda, não havia dúvidas, mas era assustadora.

  De repente comecei a arfar, e jogando a rosa em uma das latas de lixo, comecei a correr. A chuva voltou.

  Acordei arfando. O coração parecia que ia sair pela boca. Acendi a luz do abajur e me sentei na cama. Limpando um pouco de suor da minha testa, disse:

  _Foi só um pesadelo.

  Me inclinei para a outra mesinha de cabeceira, peguei a jarr, coloquei um pouco de água no copo e bebi. Me voltei para a outra mesinha para desligar o abajur e...

  Tive que levar as mãos à boca para não gritar. Alí em cima, perto do abajur, estava ela. A rosa negra.

  A olhei espantada, mas pensei rápido. A peguei por onde não havia espinhos, fui até a janela do meu quarto e a taquei longe. Não queria que aquele pesadelo se tornasse real.

  Voltei para a cama, e forcei a mim mesma à voltar a dormir.

  Felizmente não teve mais nenhum sonho nem pesadelo. O dia parecia lindo. A luz do sol invadia meu quarto. Era sábado, finalmente. Sem escola. Depois de acordar direito, desci para tomar café-da-manhã.

  Estava tudo perfeito até eu ver o novo enfeite da mesa. Gritei. Minha mãe veio correndo.

  _O que foi, querida? - Ela perguntou.

  _Onde arrumou isso? - Perguntei, apontando para a rosa no vaso, no meio da mesa.

  _Não é linda? - Disse ele. - Diferente. A achei no jardim.

  _Vou jogar fora - eu disse, indo com tudo pra cima da flor.

  _Nem pense nisso - disse minha mãe. - Essa flor ficará bem aí. E você não fará nada. Só porque ela é negra? Ah, por favor, Corine!

  Engoli em seco. Aquela rosa me perseguiria pelo resto da vida. O único jeito era descobrir o significado daquilo, embora eu não quisesse realmente. Mas acho que não terá outro jeito.


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Notas finais do capítulo

Genteee.. O que acharam?? Acham que vai ser uma boa fic??
Espero que tenham gostado. Quero dizer que cada capítulo será muito bom, e que gostarão de ler...
Bjukas!!
*--*