POV Alice

O qu isso significa? Quem esse Tyler? Um amigo, um namorado?

Percebi que essa garota mais misteriosa do que jamais demos crdito. E o que foi aquele ataque no banheiro? Parecia que ela estava asfixiando! Ser que ela tem asma? No entendo muito o porqu, mas isso est me deixando desesperada, como se eu j estivesse ligada a essa garota de uma forma que nem eu mesma compreendo! Sinto um aperto no corao s de imaginar ela triste. como se ns nos conhecssemos h anos e fossemos como irms!

E o que fao com esse lbum? Tenho que devolver para ela!

Nem percebi, mas j estava a poucos metros da mesa de minha famlia.

Jazz me olhava com um grande ponto de interrogao estampado em seu rosto marcado pelas batalhas. Ele deveria estar vendo minha confuso, desespero e com uma certa alegria, sei l pelo o qu.

Edward me olhava lendo minha mente. Mais do que rpido a bloqueei. No tenho certeza se algum deve saber sobre o que aconteceu exatamente, parece que eu estaria expondo muito a privacidade de Bella. Quero primeiro pensar um pouco sobre o que aconteceu para decidir se devo ou no contar a todo mundo sobre isso. Ainda estou com muitas dvidas sobre o que est acontecendo.

Emm e Rose estavam curiosos, percebia-se isso pelo rosto deles, mas no sabiam ao fundo sobre o que aconteceu, ento no estavam to preocupados com esse caso. Somente intrigados. essa expresso explica com preciso o que Rose e Emm sentem. Ri desse pensamento: at parecia eu a emptica aqui e no o Jazz.

Porm, toda a minha famlia tinha os olhos fixos no misterioso lbum em minha mo. No vou contar para ningum sobre isso, nem eu mesma vou olh-lo: j foi invaso demais privacidade de Bella eu ter simplesmente olhado o nome na capa do lbum. O problema que agora eu estou curiosa e no vou desistir at descobrir quem Tyler! Mas quero saber isso s pela boca de Bella, com o consentimento e conhecimento dela que eu vou saber disso. J me sinto bisbilhoteira o suficiente por ver o futuro das pessoas!

Guardei o lbum em questo na minha bolsa - super fashion, por sinal, como tudo o que eu tenho com um olhar de aviso para minha famlia. Eles compreenderam na hora que no era para perguntar nada. Coloquei a bolsa sobre meu ombro, peguei minha bandeja com a comida intocada comida humana nojenta e joguei tudo fora. Rumei para fora do refeitrio, coloquei minhas coisas no volvo do Edward, junto com um bilhete e fui para dentro da floresta, para caar e pensar ao mesmo tempo, matando as aulas de depois do almoo.

POV Edward

Vi Bella saindo do banheiro em uma velocidade um pouco mais rpida do que um simples caminhar, tentando no correr pelo refeitrio para no chamar ateno. Tentativa em que falhou completamente, pois seu rosto estava bastante inchado, revelando um recente choro. Todo o refeitrio se virou para ela, que saiu do refeitrio sem sequer levantar os olhos.

Alice saiu do banheiro aproximadamente dois minutos depois de Bella, com uma expresso estranha. Estava perdida em pensamentos, que logo comecei a ler. Ainda estava muito confuso com o estado em que Alice achou Bella no banheiro. S que logo que Alice percebeu que eu estava invadindo seus pensamentos se bem que invadindo uma palavra muito forte, estava somente checando ela os bloqueou, deixando-me profundamente irritado. Odeio quando ela me bloqueia. Significa que ela est me escondendo algo importante, me sinto estranho, impotente, com ela me deixando no escuro.

Porm Jasper no to bom quanto a Alice no bloqueio de pensamentos no que no momento ele estivesse preocupado em me bloquear. Vi em sua mente os sentimentos ao redor. Rose e Emm estavam intrigados, mas nada mais do que isso e Alice estava... Confusa? Desesperada? Desesperado estou eu! O que diabos est acontecendo?! Mas por que eu estou to preocupado assim? O que essa garota faz comigo? No estou entendo o que estou sentindo!

Meus olhos desceram e pararam na caderneta que vi Bella vendo mais cedo na mesa perto de ns. Alice a segurava. A garota deveria ter esquecido no banheiro. Antes que eu pudesse especular mais sobre isso, Alice guardou-a em sua bolsa, exageradamente rosa e cheia de bordados e estampas enquanto nos mandava um olhar claramente dizendo para que no perguntssemos nada. Todo mundo entendeu. Ela colocou a, bolsa, sobre um de seus pequenos ombros e pegou a bandeja com a comida intocada, jogando tudo fora. Depois marchou para fora do refeitrio, ainda com a mente bloqueada.

O sinal do almoo tocou, avisando quehavia terminado o mesmo. Levantei-me e joguei fora minha bandeja com a comida tambm intocada, sendo imitado nos movimentos pelos meus irmos.

Minha prxima aula era de biologia. Eu a tenho sozinho. A nica sem nenhum de meus irmos, na verdade. Estvamos no meio do semestre, nenhuma prova estava prxima, o que significa que as aulas eram um completo tdio, mais ainda do que o normal. A letargia de incio das aulas aps as frias j havia passado faz tempo e todo mundo no agentava mais esperar pelas frias comearem, sendo que havia ainda muito tempo e no tinha a desculpa das provas e tenso de aulas de reviso para ocupar nossas mentes. No que esses sentimento humanos nos afetassem. Tnhamos muita experincia e sabedoria para tirarmos as aulas de letra, o que fazia tudo ainda mais entediante.

Entrei na sala que ainda estava se enchendo e sentei na minha bancada de sempre, com o lugar ao lado, como sempre, vazio. Acho melhor assim. No gosto de me envolver com humanos, ter amizades com eles, porque alm de ser extremamente perigoso, por causa de nossa natureza, era uma coisa muito temporria, pois no poderia me envolver de mais e nem v-los depois da formatura, pois seno estranhariam com o fato de eu nunca envelhecer, de estar eternamente congelado nos meus 17 anos.

A aula se passou sem nenhum contratempo, ou seja, chata! Parecia que os ponteiros do relgio estavam brincando de esttua: quem se mexer primeiro perde. Eles eram muito bons nesse jogo por sinal!

Quando finalmente a aularesolveuacabar, eu sa em disparada para o meu carro, encontrando dentro as coisas de Alice junto com um bilhete, dizendo para irmos para a casa sem ela, que tinha ido caar. Ela tinha matado aula? No liguei muito para isso no momento. Depois a subornaria para me contar tudo o que estava acontecendo. Agora s pensava em voltar para casa, esperando a boa vontade de Jasper, Rosalie e Emmet chegarem ao estacionamento. Por um momento me permiti esquecer sobre a garota misteriosa, que ocupava todos os meus pensamentos.

O que no consegui por muito tempo.

Deixei Rose, Emm e Jasper na porta de casa e fui estacionar o carro na garagem. Quando entrei em casa, Carlisle e Esme j pareciam saber tudo sobre a filha do chefe Swan.

Os meus irmos so um bando de fofoqueiros! Agora que eu no consigo mesmo ficar em paz sem lembrar-me dela, por causa dos pensamentos amorosos e preocupados de Esme, que j se afeioara a Bella sem nem mesmo conhec-la e os pensamentos intrigados e racionais de Carlisle, j imaginando um trauma, um problema psicolgico: tpico de um mdico.

No sei como, mas j estava comeando a sentir dor de cabea, mesmo sendo um vampiro. Acho que a preocupao que estou com essa garota esta fazendo certas reaes humanas aflorarem em mim.

Decidi sair para dar um passeio, espairecer e fugir dos olhos perscrutadores de Jasper, que estava apercebendo-se de minha inusitada dor de cabea.

Peguei as chaves de meu volvo que tinha colocado sobre a mesinha de centro da sala, - minuciosamente decorada por Esme, assim como o resto da casa e dirigir sem nem notar para onde ia. Deixei meus instintos me guiarem.

Quando percebi onde estava comecei a xingar meus instintos com todos os palavres que conhecia em todas as lnguas garanto que eram o suficiente para ficar por horas xingando. S no fiz isso por que no poderia ficar horas parado onde estava: na frente da casa do chefe Swan.

Sem perceber j havia sado do carro e estava procurando a janela que poderia ser do quarto da Bella. Sinceramente, parece que tudo hoje tirou o dia para brincar comigo: os meus sentimentos incompreensveis at por mim, os ponteiros do relgio e agora o meumaldito instinto que estava atacando novamente!

Achei a janela de Bella, por causa do cheiro concentrado. Depois de uma grande batalha interna, decidi por escalar sim a rvore ao lado e entrar no seu quarto para ver o por que dos meusinstintosterem insistido tanto em me trazer para c.

Vi que o quarto de Bella no era muito organizado. Tinha roupas jogadas por uma cadeira de balano e no cho ao redor dela, parecendo que ela tinha tido problemas em escolher suas roupas e estivesse com preguia de reorganiz-las.

O quarto era bem espaoso, mas parecia que estava preso no tempo de quando Bella era beb e tivesse somente trocado o bero por uma cama e tivesse adicionado uma mesa de estudos com um computador de ltima gerao. O pai no deveria ter percebido que a filha crescera.

O modelo do computador, junto com o tamanho do quarto e com as roupas de marca me fizeram ter certeza de que Bella era rica. Afinal o pai dela era chefe de polcia. Mesmo que sendo de uma cidade to pequena, ainda era um emprego bem prestigiado.

Bella estava na cama que ficava no centro do quarto e estava completamente enrolado no cobertor, se mexendo descontroladamente, gemendo um pouco e resmungando coisas inaudveis at para o meu ouvido super sensvel.

Seu sono estava muito inquieto e logo senti meu corao se apertar. Cheguei hesitantemente para mais perto dela, sem saber se era o certo a ser feito. Estiquei uma mo para afagar-lhe o cabelo, ainda em dvida, mas quando finalmente a toquei seu sono de sbito se tornou mais calma e agora ela parecia com um anjo dormindo, fazendo o que eu nunca mais seria capaz de fazer. Continuei a afagar-lhe os cabelos sem nem mesmo perceber. Decidi que era melhor eu ir embora. Sa do quarto de Bella pulando a janela.

Dirigi para minha casa, ainda mais confuso do que quando cheguei aqui.

Logo que entrei na casa fui falar com Carlisle em seu escritrio, sobre o fato de no poder ler a mente da garota. Ele no achou que fosse algo significativo, apesar de ter ficado intrigado. Ele decidiu que seria melhor somente monitorar a garota de longe, para ver qual o seu problema, mas sem tomar atitude nenhuma, nem pression-la. S observar.

Fui ao meu quarto e liguei em uma msica que gosto muito: Clair de Lune. Deitei em meu sof de couro e deixei minha mente vagar pelo resto da noite.

POV Alice

Durante a caada pensei mais sobre o que ocorreu. No consegui chegar concluso nenhuma. A nica coisa de que tinha certeza era de que iria devolver o lbum para Bella no dia seguinte e faria questo de continuar sem ver nada. Quem sabe ela se abriria mais comigo quando o devolvesse.

Estava chegando em casa quando tive uma viso de Edward no quarto de Bella afagando-lhe os cabelos. Meu Deus! Isso est realmente comeando a ficar bizarro. No vou contar nada a ningum sobre essa pequena excurso do Edward. Ele deve estar bem confuso. Precisa do seu tempo para pensar sobre o que est acontecendo.

Entrei na casa e todo mundo olhou para mim sugestivamente e eu dei o mesmo olhar de mais cedo, alertando-os para na falarem nada.

Apesar de estar decidida a dar o espao para o Edward, eu no deixava de estar preocupada com ele. Vigiaria suas decises no meu canto. Sempre que ele estivesse perto bloquearia minha mente para ele no perceber que o observando.

Ele chegou. Foi conversar com Carlisle sobre no ler a mente de Bella e depois foi para o quarto, ligou seu aparelho de som em uma de suas msicas clssicas favoritas: Clair de Lune.

A noite passou relativamente rpida e logo j era a hora da aula. Fui separar as roupas de toda a famlia.

Para mim escolhi uma cala branca capri justa ao corpo com uma bata azul com detalhes branca bordados, no muito solta, para eu poder colocar um casaquinho curto que ia um pouco abaixo do busto.

Para Rose era uma cala jeans de lavagem clara com uma blusa verde de manga com um decote arredondado e bem generoso do jeito que ela gostava e uma jaqueta jeans

Para Emm, Edward e Jasper foram basicamente roupas iguais: camisa social com jaqueta esporte e cala jeans, mudando somente cor e detalhes de corte e estampa.

O dia comeou normal, tirando o fato de eu no ter visto Bella. J estava quase pensando que ela iria faltar quando um Sagitar estacionou a duas vagas de distncia do nosso volvo, saindo dele uma Bella que, novamente me surpreendeu pela simplicidade e beleza de suas roupas: uma leggin preta com uma blusa mais comprida rosa Pink com detalhes de rock pretos e um casaquinho de sarja preto. Adolescente e arrumado. Mas sua expresso no me surpreendeu em nada: triste e desesperada, porm ela parecia ter tido uma boa noite de sono, pois no estava com olheiras. Vi, na verdade, em minha viso de ontem noite que quando Edward afagou-lhe os cabelos, seu sono ficou tranqilo.

Nem deu tempo de falar com ela para devolver o lbum, pois o sino tocou. Eu poderia at entregar rpido o objeto para ela, mas queria ver o que ela falaria depois, queria fazer isso com calma. Quem sabe no almoo.

Fui para as minhas aulas que se passaram arrastando. Nunca tive to pouca pacincia com escola: sempre fui bem humorada nesse quesito, mas estou muito ansiosa para o horrio do almoo.

Depois de o que pareceram horas, finalmente esses horrios abenoados chegou, mas foi s para me decepcionar: ela no estava no refeitrio.

O sino bateu indicando o recomeo do horrio das aulas e nada dela. Ser que tinha ido embora? Descartei essa possibilidade quando olhei para a janela que dava para o estacionamento e vi o carro dela. Procurei por seu futuro e vi que no tinha nada. Tinha desaparecido! No como se ela tivesse morrido, pois seno a veria morta, ou pelo menos o acontecimento. Mas no vi simplesmente nada. Com certeza era mais um de seus mistrios, ento resolvi ignorar por hora. Depois verificaria isso com mais calma.

Continuei vigiando o Edward, com muita cautela para ele no perceber. Sua aula de agora era biologia e... era com ela.

POV Edward

Estava entrando na minha sala de biologia. O almoo tinha sido um tanto quanto... estranho. Por dois motivos na verdade:

Um porque a Alice estava bloqueando sua mente e parecia to perdida em pensamentos que nem notou meu olhar pregado nela tentando decifrar o por que desse silncio. E o segundo motivo e talvez mais importante:Ela no estava l.

Sentei-me em minha bancada de sempre, pensando que seria somente mais uma aula que eu sentaria sozinho, agentando o tdio e o marasmo.

Doce engano.

Junto com o professor,elaentrou.

Meu corao h muito tempo morto parecia ter voltado a bater no entendi bem o porqu s sei que o nico lugar vago na sala para ela era ao meu lado. Dito e feito. O professor indicou a o lugar vago ao meu lado para ela, que veio em passos cambaleantes e se sentou.

Seu cheiro era deslumbrante. Melhor do que qualquer outro, mas diferentemente do que eu pensaria, consegui suportar sem muitas dificuldades. Fiquei a aula inteira a observando, tentando decifrar o que sua mente no me dizia.

No preciso dizer que no obtive muitos resultados, alm do fato de ela estar triste.

A aula acabou e decidi que era melhor eu sair logo dali. No podia me envolver com um humano, pois invariavelmente traria problemas. J tinha me deixado levar at demais por aqueles olhos profundos de um castanho chocolate. Os olhos mais lindos que eu jamais vi.

Estranhamente, dessa vez, eu demorei a sair da sala. Geralmente sou sempre o primeiro, devido minha maior agilidade e velocidade. Porm, hoje ficamos s eu e ela por ltimo na sala. Ela recolhia seus materiais com lentido, como se estivesse deprimida demais at para esse ato. Sai rapidamente dali. Estar sozinho com ela e seu cheiro, apesar de ter me contido bem, era pedir para arranjar um desastre. Estava j do lado de fora da sala quando ouo um barulho ensurdecedor de coisas caindo.

Entrei correndo na sala, com Alice em meu encalo, provavelmente tendo previsto o acontecido.

Quando vi, da porta da sala, no acreditei. Parecia que meu corao ia sair pela boca com o desespero. Ela estava jogada no cho, com seu material todo espalhado em sua volta. A carteira estava meio tora, indicando que Bella havia batido nela na queda e pela posio em que se encontrava, com certeza tinha sido a cabea.

Alice saiu correndo e comeou a juntar o material de qualquer jeito na bolsa de Bella, enquanto eu, mais desesperado do que nunca estive em toda a minha existncia, a peguei no colo, com todo o cuidado que pude reunir. Fomos correndo para nossa casa, no meio da floresta, para que Carlisle pudesse examin-la.

Pela primeira vez, rezei.