Mine

                Ela andava pela estrada com malas nas mãos, havia fugido de casa sem nem ao menos se despedir. Era uma fuga, uma fuga para perto de seu amor.

                Esperou o trem das 8:30 da noite, queria chegar para pegar ele na saída do trabalho.

                O trem havia chegado, correu e entrou, as esmeraldas grandes e brilhantes ficavam ansiosas a cada minuto que se passava minutos que pareciam durar anos.

                Se sentou na janela, olhando para a escuridão La fora. Estava tão feliz, o tempo passava devagar , ela sorria sem parar. Prendeu os cabelos negros com algumas mechas rosas em um rabo, estava meio quente La dentro.

                O trem começou a andar e ela ficava cada vez mais ansiosa. Seu coração disparara com o movimento do veículo. Em duas horas estaria perto de seu amor. De seu Sasuke.

                Começou a se lembrar de como se conheceram.

                ‘’ – Oi – Disse um moreno, sentando-se de seu lado, com um sorriso no rosto.

                - Oi – Disse ela com um sorriso, esperara muito tempo por aquilo.

                - O que faz aqui sozinha? – Perguntou ele, a olhando curioso. Nunca havia visto aquele lado do sombrio Uchiha.

                - Pensando. – Disse ela, que continuo a olhar para a água do pequeno rio onde se encontrava os pés.

                - Pensando no que? – Perguntou o moreno, se aproximando um pouco mais dela. Ela começou a chorar.

                - Não... sei o que fazer da minha vida. Estou no final do ensino médio e nem sei o que vou fazer. – Ela soluçava e ele a abraçou com carinho, pela primeira vez.

                - Se você quiser, pode vir comigo. Vou fazer faculdade em Tóquio. – Disse ele sorrindo com a idéia. Ela também sorriu.

                - Mesmo? – Disse radiante.

                - Mesmo... – Disse ele ainda sorrindo, aproximando seu rosto. Logo seus lábios se tocaram, um primeiro beijo. ‘’

                - Senhorita...? – Disse o homem que passava para ver os bilhetes.

                Sakura se assustou, afinal, nem percebera que havia caído no sono. Pegou o bilhete e estendeu ao homem grisalho. Ele fez um pequeno furo no papel e o devolveu para a moça.

                - Obrigada Senhorita. – Disse sorrindo simpático. Quando ia se virar para pedir o bilhete de outro passageiro, a rosada lhe cutucou, com as esmeraldas brilhando.

                - Quanto tempo falta para Tóquio? – Perguntou ela, sorrindo para o moço, que ficou um tanto pasmo.

                - Menos de dez minutos, agora se me da licença. – Disse se virando, ela vibrou por dentro, estava quase lá.

                Após alguns minutos o trem começou a frear, ela olhou para fora e La estava a estação. Seu sorriso se alargou. Estava tão feliz.  

                Pegou a bagagem que não era muita e saiu do trem, se dirigindo para uma lanchonete perto da estação. La estava ele.

                Um homem com uma camisa e um avental retirava os pratos de uma mesa, seus cabelos rebeldes eram um charme, juntamente com os olhos negros e o corpo um tanto másculo. Ele olhou para fora como de costume para ver o movimento da estação e se surpreendeu com o que viu. Era ela. Ela realmente tinha vindo. O coração disparou e um sorriso se abriu assim que a viu do outro lado da rua, segurando uma mala rosa Pink e com uma mochila nas costas. Sasuke deixou os pratos em cima de uma bancada e saiu porta a fora, ela atravessou a rua, e quando estava a poucos metros, jogou a mala no chão e pulou em cima do homem que amava. Seu Sasuke.

                - Aii que saudade de você... – Disse ele ao pé do ouvido dela, a beijando logo em seguida.

                Vários curiosos se dirigiram a janela da lancheria para ver o motivo de tanta alegria, e muitos sorriram com a cena a sua frente. Um menino que havia acabado de entrar na faculdade, estava girando a namorada no colo, com um sorriso de alegria nos lábios.

                - Vem, vamos para a nossa casa. – Disse ele, pegando na mão dela, e a puxando.

                Ela pegou rapidamente a mala e antes de ele sair com ela, ele fez um sinal positivo para o chefe que estava na janela, e ele o deixou ir.

                Agora estavam sentados no sofá, conversando besteira.

                - Você se lembra daquele dia? – Ela o perguntou, sorrindo.

                - Como eu podia esquecer? Foi o dia que eu te abracei pela primeira vez – Disse sorrindo, a abraçando mais forte. Ela rio.

                - Você transformou a filha de um pai descuidado em uma rebelde. – Ela ria ao falar disso, e ele também.

                - Você sabia que eu sempre gostei de você? – Disse ele, olhando para os lados, com um sorriso divertido no rosto.

                - Sério? – Disse ela surpresa. – Desde quando? – Ela mantinha os olhos arregalados, isso o divertia.

                - Des da primeira vez que te vi, te achei linda. – Disse ele, se aproximando cada vez mais dela, colocando a mão em seu rosto.

                - Mesmo? – Disse ela sorrindo de leve.

                - Mesmo. – Disse ele por fim, a beijando com amor e carinho.

                A saudade que sentiam um do outro fora desaparecendo aos poucos assim como os beijos foram aumentando a intensidade. Quando se deram por conta, ela estava em seu colo, sendo levada para o quarto onde passariam o resto da noite.

                Nas manhã seguintes ela sempre acordava ao lado dele. As vezes ele já estava acordado, as vezes ela já estava acordada. Mas o que importava era que eles estavam juntos. Nas semanas seguintes foi somente alegria, ate que as contas chegara.

                Eram 2:30 da madrugada de segunda feira. Os dois estavam na sala, ambos em pé e com os olhos duros e sérios.

                - Sakura! Temos contas para pagar! Você tem que começar a se virar. – Disse ele, apontando a carta que estava em suas mãos para ela.

                - Calma. Eu arrumo um emprego, não se preocupe. – Disse ela séria, o olhando.

                - Não quero que aconteça a mesma coisa que aconteceu com os seus pais. – Disse ele, a olhando. Os olhos dela se encheram de lágrimas.

                Ela correu até o quarto e pegou sua carteira dentro da gaveta,  era sua. Saiu pela porta chorando e ele saiu atrás.

                 - Eu nunca vou te abandonar. – Ele disse, quando ela já estava pronta para uma despedida, ele fez ela parar, a surpreendendo.

                - Eu lembro como nos sentimos sentados na água – Disse ele se aproximando da figura estática no meio da rua. – E toda vez que te olho é como se fosse a primeira vez – Ela começou a chorar de novo, porem, com um sorriso no rosto. – Me apaixonei pela filha cuidadosa de um pai descuidado – Ele agora estava na frente dela – Ela é a melhor coisa que já foi minha. – Então a beijou.

                Agora estava tudo bem, porque eles iriam agüentar. Eles não olhariam para trás. Eles não voltariam atrás. Eles conseguiriam agora. Eles podiam ver agora que cada um era especial. Eles se amavam.

Fim