A Brilhante Forma do Amor escrita por fdar86


Capítulo 9
Cap 09 - Toda Ação Conduz a uma Reação [Parte 1]




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Horas se passaram e nada aconteceu...

As duas continuaram se evitando, e uma onda de desespero atingiu Konoka, pensando ter perdido sua espadachim para sempre. Não deveria ter feito aquilo, foi uma ação impulsiva, que saíra completamente dos planos que Asuna tería bolado para ela.

Setsuna era uma pessoa difícil, e sentia-se muito inferior a figura de Konoka, a quem idolatrava como a uma santidade, algo impossível de alcançar. Dar a ela a simples possibilidade de ter alcançado, já seria coisa o suficiente para lidar... E ainda acrescentar à isso um beijo... Konoka temeu ter ido longe demais...

A maga perdeu-se em seus pensamentos, afogando-se em sua dor na mera possibilidade de perder o amor de sua vida.

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Ás 10 horas, Asuna finalmente acordara e, ao levantar com o rosto todo amassado de uma noite bem descansada, dera de cara com uma figura imóvel e pálida sentada na cozinha, ao lado de lindos pratos de comida dignos de um café da manhã dos deuses, que a chamaria imediatamente, se não fosse a expressão da pessoa sentada à sua frente.

Ela se aproximara, sentando-se ao seu lado na mesa. Pensara se deveria ser amiga naquele momento, ou se poderia render-se rapidamente a um pequeno café da manhã... Parara uns instantes pensando no quanto sentira vontade de comer todas aquelas delícias da cozinha, e no quanto ela seria idiota se não os comesse...

Vôou em cima de um pedaço de sanduíche, jogando-o na boca inteiro. Seria uma forma de se punir, pelo 'pecado' da gula que cometera, antes de... Ops. Lembrara de Konoka.

Asuna encarara Konoka, que parecia perdida em um pesadelo, manifestando no olhar a sua preocupação: Setsuna. Lendo o simbólico grito de ajuda que a outra passava, mesmo que a maga nem sequer percebesse a presença da amiga acordada, a ruiva gritou:

– Tá, pode dizer! O que houve com Setsuna?

Konoka levara um susto tão grande, e derrubara a chícara de café, que encontrava-se próximo a ela na mesa. Asuna pulou em cima do restante para salvar, protegendo sua comida 'futura', em desespero.

– Baka! Quer tomar cuidado com meu café da manhã?

Konoka foi voltando a si, relembrando o que acontecera. Lágrimas começaram a aparecer nos seus olhos. Asuna percebera, e se aproximara, mudando até seu tom de voz, para algo que consideraria mais "compreensivo":

– O que aconteceu? Diga logo! - exclamou, impaciente.

– Eu fiz uma coisa horrível...

Konoka começara a desabafar.

– Fala logo!

Continuara Asuna, já angustiada pelo tempo que levava seu ato 'heróico' de amizade incondicional. Ela estava com muita fome... Pensara em pegar algo. Observara a maga. Viu que Konoka não estava prestando atenção nela, novamente imersa em seus pensamentos...

Asuna pulara rapidamente nas frutas que se encontravam sob a mesa, e as engulira de uma só vez. Konoka não estaria olhando, então não seria uma prova de insensibilidade da parte dela. Como de costume, após render-se a gula, Asuna voltava-se mais simpática:

– Me diga, o que houve... Quem sabe não posso ajudar?

Konoka pensava, até então, sobre o como dizer a Asuna que estragara os planos, por uma idéia idiota e impulsiva, que a afastaria para sempre de Setsuna.

De repente, após um longo silêncio de Asuna, ouvira o barulho de alguém pulando sobre a mesa, e comendo algo de uma vez. Pensara em como Asuna conseguira engolir tantas uvas de uma vez sem nem mastigar. "Incrível", pensara...

Desviara-se do assunto, até que ouvira a voz de Asuna novamente relembrando-a da sua pergunta de difícil resposta.

Nem sabia como contar o que acontecera, mas se não contasse para Asuna contaria para quem? Só de pensar em falar com Setsuna sobre isso... só de pensar, essa idéia já lhe dava a certeza do contrário:

– Eu a beijei.

Asuna começou a gritar, toda contente, como se tivesse acabado de ouvir a coisa mais maravilhosa e divertida do mundo. Enquanto Konoka a olhava, ainda pálida, com brutas olheiras, e rosto inchado, de quem já teria chorado demais, Asuna ainda se divertia com a situação, achando tudo extremamente maravilhoso.

Asuna finalmente se cansara de suas manifestações de alegria... Pular era cansativo demais... Decidira então voltar à mesa, e olhou a amiga, que aparentava estar desolada.

Um silêncio se fez por alguns instantes.

Asuna achou ter ouvido um barulho, e assegurou-se de manter o silêncio, até que fosse o que fosse, se calasse, ou se afastasse.

Novamente, Asuna fez sinal para que Konoka explicasse... Cansara de tantas palavras. A partir de hoje decidira fazer apenas sinais. As palavras a faziam perder muito tempo, que ela poderia estar aproveitando lutando por aí.

Konoka continuara.

– Então, eu segui nosso plano... Dormimos juntas, mas quando...

Asuna levantara da cadeira, e pulara em direção a porta da casa, abrindo a porta, colocando a mão para fora, trazendo-a em seguida, e fechando, tudo isso em apenas poucos segundos. Trouxera uma pequena bola de pêlos em suas mãos que, mesmo sendo amassado nas mãos irritadas de Asuna, gritava, embora quase inauditivo:

– Elas dormiram juntas! Elas dormiram juntas! Lá, lá, lá, lá, l......

Asuna o jogara contra a parede, num impulso. O arminho desmaiou com a batida. Asuna aproveitara para amarrá-lo, e entupira de algodão seu ouvido, de modo que ele não escutaria mais nada, até que ela resolvesse perdoá-lo, com sua infinita bondade. Konoka normalmente até defenderia o animal, mas naquele momento, nem tinha percebido ao certo o que teria acontecido.

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Enquanto Konoka tentava desabafar com Asuna, Setsuna tomara uma decisão que poderia marcar para sempre a vida da maga.


Fora falar com o diretor do colégio, avô de Konoka.


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