Hogwarts...onde Tudo Começou escrita por larah16


Capítulo 9
Capítulo 9 - indecisão


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo...peço mil desculpas por ter demorado tanto pra postar, mas é que eu fiquei a semana sem pc...imagina...fiquei louca em casa..hahahaha

Lá embaixo a gente fala mais..boa leitura!!



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Bella PDV

É como acordar e não querer acordar. É como aceitar e ao mesmo tempo não aceitar. Eu gostaria que tivesse uma grande coisa que eu pudesse controlar. Mas ninguém pode mandar no coração.

Quando ele escolhe uma pessoa para gostar, você não tem a chance de decidir. É essa ou é essa mesma. Mas nem sempre você está segura de que esse ou aquele é a pessoa certa para você. Eu acho que você só tem que decidir se vai quere ficar com aquela pessoa ou se você vai seguir em frente.

Uma decisão que parece simples, mas pode trazer algumas conseqüências. Principalmente, se você já fez contato com aquela pessoa. Porque, se você escolher não, você pode sofrer por causa de muitas coisas, tipo, como seria ficar com ele? O que poderia ter acontecido? Ou, você pode pensar que essa era a escolha certa e depois você pode encontrar outra pessoa.

Ou, talvez, se você escolher ficar com aquela pessoa, você pode tentar fazê-la feliz. E conhecê-la. A conseqüência seria muito ruim se por motivos fúteis como você não gostar da personalidade da pessoa ou se ela faz alguma coisa que você não gosta. Você vai ser obrigada a discutir com a pessoa, dizer e ouvir coisas ruins e depois chorar e chorar um pouco mais.

Bom, esse é o meu dilema.

Eu não sei se é uma boa idéia ficar com o Edward. Quero dizer, eu nem o conheço direito, pra valer. E eu não sei o que estou sentindo. Toda vez que estou com ele eu me arrepio e seus olhos me fazer perder a cabeça. Mas isso pode ser só atração porque ele é bonito. Lindo, fato!

Isso é complicado. Eu nunca me senti assim antes por nenhum garoto. Eu não sei se eu posso lidar com isso. Eu posso arruinar tudo com minha estupidez. Eu nem sei exatamente o que tudo isso significa.

...

São 2:00 AM. Eu ainda não conseguia dormir. Meus pensamentos apareciam toda vez que eu fechava meus olhos. Eu, finalmente, desisti e desci para a sala comunal. Estava vazia. Claro. Quem está acordada à essa hora a não ser uma garota tola pensando no beijo que recebeu?

Eu vi alguns livros na mesa. Eu peguei um deles sem olhar o título. Comecei a ler o livro e vi que era sobre porções. Eu não lembro quanto tempo fiquei lendo aquele livro. Eu só acordei pela manhã com uma Alice gritando loucamente.

“BEELLAAAA...” – ela me sacudia tão forte que eu sentia até o meu cérebro mexer. Quase fui parar no chão.

Fiquei de pé num salto.

“Humm...peguei no sono aqui...” – falei.

“Mas o que você está fazendo aqui mesmo?”

“Eu não estava conseguindo dormir à noite e desci aqui para ver se esquecia um pouco o que aconteceu...” – falei já percebendo o quanto eu falei de mais.

“O que aconteceu Belinha??” – perguntou ela toda curiosa.

“Er..nada, não foi nada de importante...” – tentei fugir do assunto, enquanto subia para o quarto para trocar de roupa.

“Nada de importante não faz uma pessoa ficar sem conseguir dormir, Bella. Anda, fala logo.” - ela falou me seguindo.

“Ontem...quando eu estava lá na enfer...”

“AAAhhhh......já sei. Onde você estava mesmo?? Não me diga que você ficou lá na enfermaria...não acreditoo..”

“Era isso que eu ia falar antes de você me interromper, toda louca. Então, como eu ia dizendo, eu fiquei lá, só para me certificar que ele ia ficar bem, aí ele acordou...”

Alice me interrompeu de novo.

“Já sei, já sei...vocês conversaram e rolou um clima...e depois o Edward te beijou..” – falou, batendo palmas frenéticamente.

“É, foi isso mesmo...perái..como você sabe de tudo isso??” – perguntei cética.

“Sabendo minha fia...Madame Alice, tudo pode, tudo vê. Ligue agora: 3333-5555.” – falou gargalhando.

Olhei pra ela fuzilando com os olhos. Ela parou de rir rapidinho e falou.

“Tá, ta. Eu confesso. Eu vi o Edward ontem no jantar, e como ele não te viu veio falar comigo. Aí, ele me contou o que aconteceu. Satisfeita?”

“Não. O que ele queria comigo?”

“Não sei, mas acho que ele vai falar com você em breve.”

“Alice, Alice. Eu sei que você sabe mais alguma coisa. Então trate de falar...

“Eu não sei de nada, juro!” – ela falou fazendo cruzes com os dedos na boca.

“Tá bom. Vamos para a aula se não vamos chegar atrasadas.” – falei rebocando Alice para fora da sala comunal.

Ao sair do retrato, eu virei para a esquerda e a Alice virou para a direita.

“Bellaa, o que você está fazendo?” – perguntou ela.

“Estou indo pra aula, ué. Pra onde mais?”

“Mas agora é aula de Transfiguração, é por aqui.”

“Não é não. É aula de Trato das criaturas mágicas.”

Alice veio até mim e olhou meu horário. Enquanto eu examinava o dela, vi que tínhamos aulas diferentes.

“Ahh, legal. Era tudo o que eu precisava. Temos aulas diferentes.”

“Ai, que droga.”

“E agora, o que eu faço. Eu vou morreeerr...” - falou ela desanimada.

“Fazer o quê né. Tenho que ir. Te vejo mais tarde, então.”

“Então táh. Fazer o que. Boa aula!” – disse saindo.

Desci para o lado de fora do castelo. E acompanhei alguns alunos que estavam indo na mesma direção que eu. Olhei em volta, mas eu não conhecia nenhum daqueles rostos.

Legal, eu ia ficar boiando sozinha. Pelo menos com a Alice eu ficava mais atenta, e quando eu não entendia alguma coisa ela me explicava. Mas agora, eu estava sozinha. Para minha falta de sorte.

Descemos até o começo da floresta proibida. Nem sei porque se chama assim. Deve ser porque é perigoso andar nela, sei lá.

Atrás de uma das árvores apareceu um gigante. Calma Bella, é só o Hagrid. Ele veio até nós e chamou a atenção de todos.

“Pessoal, vamos. Se acheguem mais perto, e não se preocupem eu não mordo.”

“Pode não morder, mas fica difícil saber se pelo menos você tem dentes néh. Com essa barba toda no meio do caminho...acho até que isso no meio dela, ao invés da boca, deve ser uma vala de tão grande...” – falou um menino loiro, que estava um pouco à minha frente.

Todos gargalharam, enquanto o professor somente olhava indignado para o sujeito.

“É isso aí. Muito bem Sr. Malfoy, vejo que você cresceu muito néh..aposto que a sua minhoquinha deve estar do tamanho da de um bebê...” – falou o professor.

Todos riram mais ainda. Malfoy, olhava o professor com a expressão carrancuda.

“Você me paga! O meu pai vai saber o que aconteceu aqui!” – ameaçou ele.

“Aii, estou com muito medo do seu pai. Já pra sala do diretor Sr. Malfoy. E a próxima pessoa que der mais uma risada vai junto.” – ele falou e todos pararam de rir no mesmo instante.

“Agora, vamos entrar na floresta, até onde eu preparei uma surpresa pra vocês.” – o professor falou se dirigindo à nós.

Entrar na floresta?? Mas e se alguma coisa aparecer??

Ah é, está de dia. E além disso, o professor está com a gente, não creio que vai acontecer alguma coisa.

Percebi que eu estava parada no mesmo lugar, os alunos já estavam à frente. Comecei a acompanhá-los à passos lentos. Percebi pelo canto do olho que um menino se aproximava de mim. Não ousei olhar diretamente.

“Está procurando companhia?” – perguntou.

“Estou, mas com você por perto vai ficar muito mais difícil de encontrar.” – falei na lata.

Ele saiu com o rabo entre as pernas. Olhei, enquanto ele saia disfarçadamente para o outro lado do grupo. Ele era bem alto e usava aparelho. Tinha uma aparência bem mesquinha. Ainda bem que eu dei um fora nele logo. Parecia que ele estava projetando o lábio para frente num bico. Não fiquei nem um pouco tocada. Quem faz o que quer ouve o que não quer. Acho que é esse o ditado.

Ao entrar na floresta,, fui surpreendida por um monte de mini dragões, eu acho. Dragõezinhos bem pequeninos que estava comendo alguma coisa no chão.

“Alguém de vocês pode me dizer o que é isso?” – perguntou o professor.

“São dragões da Sibéria.” – falou o menino que eu dei o fora.

“Muito bem, Sr. Felix. Esses dragões têm um poder de cura enorme. É muito utilizado em batalhas para o caso de muitos feridos ou até mesmo ajudam no combate. O remédio é extraído do seu veneno, que é retirado da cauda.” – ele disse, apontando para a cauda de um.

Um deles soltou fogo, e todos os alunos deram passos para trás. Eu, infelizmente, pisei no pé de um menino que estava atrás de mim.

“Perdão..me desculpa eu não percebi que você estava aí atrás de mim.” – falei, olhando para o menino.

Ele sorriu para mim e disse – “Não foi nada. Oi, meu nome é Jacob.” – e estendeu a mão para mim abrindo um sorriso estonteante.

Por um momento fiquei paralisada por aquele sorriso. Não conseguia me mexer. Quando ele começou a abaixar a mão, eu a peguei por reflexo e retribuí o aperto de mão.

“Oi, Jacob. Meu nome é Be...” – falei mas ele me interrompeu antes que eu terminasse.

“Isabella. Pode me chamar de Jake.”

“Como você sabe o meu nome, eu não faço idéia, mas pode me chamar de Bella.” – falei dando um meio sorriso.

“Então, Bella..” – começou, mas não completou.

“Então, Jake...” – falei.

“Vocês aí atrás, olhem aqui para frente. Eu vou mostrar agora como se cuida de um dragão.” – o professor falou, se abaixando e pegando um deles na mão.

Ele começou a fazer um carinho na cabeça do dragão. Hum, sei não. E foi aí que aconteceu o que eu já esperava, o dragão mordeu o dedo do professor. Ele começou a gritar e a sacudir o dragão. Até que ele soltou o dedo do professor, que já estava sangrando e soltou fogo bem na cara dele. A barba dele começou a pegar fogo, e toda a turma saiu correndo e gritando.

Jacob pegou na minha mão e começou a me puxar para fora da floresta, gargalhando que nem um louco. Olhei para o seu rosto, que mais parecia uma criança se divertindo à bessa. Ele tinha um rosto lindo. Aqueles olhos pretos, e aquele tom de pele avermelhada me deixavam cada vez mais fascinada.

Paramos de correr a uma boa distância da floresta e bem atrás dos alunos que já estavam quase dentro do castelo. Jacob ainda sorria. E eu mantinha um sorriso no rosto. Ele se virou para mim e falou.

“Hahaha, que professor idiota. Como ele pode fazer uma coisa dessas na frente dos alunos?”

“Eu não sei, mas que foi engraçado foi.”

“É, foi mesmo. Vamos sentar aqui?” – perguntou ele apontando para alguns bancos que estavam perto do jardim.

“Hum..vamos, não vai ter mais a aula mesmo.” – falei o seguindo.

“Senta aqui. E aí, me conta. Seus pais são bruxos?”

“Er..sim, são. Eles estudaram aqui quando eram mais jovens.”

“Esse é o seu primeiro ano aqui?”

“É sim. Primeira vez também? – perguntei.

“Primeira vez. Eu fiquei surpreso quando recebi a carta...” – começou.

“Surpreso porque?”

“Por que eu não sabia que era filho de bruxos..”

“Como assim?” – perguntei, e vi sua expressão se transformar numa cara de dor.

“Ai, desculpe...eu não devia ter perguntado..” – tentei consertar.

“Não tem problema, é só que ainda é meio complicado pra mim, falar sobre isso.”

“Não precisa falar se não quiser.”

“Eu não sei porque, mas quero contar pra você...Eu..meus pais, morreram quando eu ainda tinha oito anos...e eles nunca me contaram sobre serem bruxos. Sempre vivemos nos mudando, mas um dia...quando eu cheguei da escola...” – seus olhos se fecharam, e eu, instintivamente me aproximei dele e afaguei seu braço.

“Não precisa terminar.” – falei, mas ele continuou falando como se estivesse relembrando exatamente como foi.

“...encontrei a casa em chamas..ainda havia uma parte onde o fogo não tinha chegado, entrei pela porta dos fundos..o fogo começava a aparecer na cozinha, corri para dentro e gritei por meus pais, mas ninguém respondeu..”

“Jake...tá bom..”

“...entrei na sala e vi..o que eu nunca devia ter visto.. ver meus pais mortos no chão, me fez querer morrer também..corri para dentro e deitei ao lado deles, esperando que o fogo me queimasse e eu pudesse encontrá-los no lugar onde eles estivessem...” – ele parou e abriu os olhos.

Pude ver que ele ainda sofria ao lembrar do que aconteceu. Eu segurava sua mão, e ele que a apertava forte começava a afrouxar o aperto.

“E o que aconteceu depois?” – perguntei olhando para baixo, corando.

“Eu acordei na casa de um velho senhor que tinha me tirado de dentro da casa antes que as chamas me alcançassem. Ele disse ter me ouvido gritando e correu para ver o que aconteceu. Essa é a minha história.”

“Mas com quem você ficou?”

“Com meus tios no Brasil.” – falou ele meio triste.

“Hum...sinto muito pela sua perda.”

“Mas, chega né. Eu já falei demais sobre mim, me conta um pouco da sua história.”

“Mas não tem nada de interessante...”

“Mas eu quero saber...ou você vai deixar eu como o falador??”

“Bom, eu moro em Londres com meus pais. Eu tive uma infância normal vivendo com os trouxas. Até que minha mãe decidiu mudar para um lugar afastado, por causa dos meus estranhos feitos que estavam acontecendo. Aí eu recebi a carta, que era super esperada por meus pais.”

“Nossa. Parece bem melhor que a minha.”

“Nem de perto. Meus pais nunca me deram muita atenção pra mim, e tenho quase certeza que eles agora devem estar passando férias em algum lugar enquanto eu estou aqui.”

“UAU.” – ele falou e sorriu.

O sinal tocou e eu me levantei para ir para a próxima aula. Ele segurou meu braço e falou.

“Eu vou te ver de novo?”

“A gente se vê por aí.” – falei saindo.

Entrei no castelo e segui pelo cardume de alunos procurando por Alice. Ia ser bem difícil encontrar ela. Já que ela era tão baixinha. Andei pelo meio dos alunos e senti alguém tocar meu ombro e dizer.

“Pode me informar um caminho?” – perguntou.

Ué, tem alguém perdido aqui no castelo?

“Sim. Pra onde?” – falei, virando para o sujeito.

“Para o seu coração.” – falou com sua voz rouca e dando um sorriso torto, que me fez derreter toda.

“Edward...”

[...]


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Notas finais do capítulo

Bom gente por hoje é só isso..espero que tenham gostado...

E eu queria agradecer à todos que enviaram reviews e dizer que eu adorei cada um...até aqueles que só diziam "gosteii" hahaha

Obrigada...e comentem muitoo...preciso de vossas opiniões...